A Estrela de Fogo

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Sandy pensava, a fumaça ainda pairava no ar e suas narinas estavam quase se acostumando a poluição que entranhava sua roupa, armadura e o combate contra Malba estava próximo em seu pensamento como o soprar do vento que arrepiava sua pele firme de guerreira. Silvertite estava em seus pensamentos, o Dragonado em um rompante de coragem ficou para confrontar o observador para que Sandy e seus aliados pudessem escapar dos seus raios mortais.

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Sandy olhou os céus em busca de algum sinal de sua fiel companheira, sua melhor amiga. Mas o que ela viu foi um raio, um risco luminoso e incandescente no céu. A paladina segurou seu medalhão com o símbolo do Cavaleiro Furyoso carregado no peito e sentiu o frio do ferro que compunha seu símbolo sagrado, aquela estrela estava muito próxima…

Gatts ofegava muito, sua boca estava seca, suas pernas estavam em câimbras e seu corpo todo doía. Ele estava exausto, ontem pela manhã tinha ido rumo ao encontro de bugbears que perturbavam a paz da humilde cidade de Hommlet e depois dali sua via foi uma correria sem fim para salvar, resgatar e proteger, mas ele não conseguia recordar do quê. Seu coração estava desacelerando e a medida que a calma ia voltando uma memória lhe veio a mente, um raio de cor dourada atingindo o grande campeão de Furyondy Nybas Tyrangur, um ícone heroico de Furyondy de seu reino que morreu enfrentando uma criatura da qual o Guerreiro Mago fugiu. Gatts não era covarde, ele sabia que tinha se deparado contra o mais difícil e incontestável desafio de sua vida, um Beholder. Ter sobrevivido a aquele combate provava mais que todas as suas aventuras de Baranford à Beira Estrada. Ainda assim o guerreiro arcano se sentia um derrotado, um fraco e ele não tinha vergonha de suas calças molhadas com o fruto do medo mágico que o fez chegar até ali. Ele não era mais o mesmo, na verdade ele não sabia quem era e olhou para os céus em busca de uma resposta. O que o furyondês viu foi um risco de fogo no céu atravessando o hemisfério e vindo, vindo em direção… uma direção muito próxima.
Gatts fechou os olhos para o clarão e deixou que o quer que fosse o livrasse da culpa que sentia por tudo que ele não era.

Após ser deixado por Aescriel e aquele o qual o iniciado da ordem arcana e ex companheiro chamou de Chronos. Erzurel decidiu que retornaria para Hommlet, alguma coisa certamente havia para ser salva, talvez um de seus companheiros. O sol estava lá no limiar de uma nova aurora em sua linha laranja Pelor mostrava que a luz sempre procederia a escuridão e o servo de Pelor sentia uma tranquilidade prazerosa nisto. Uma certeza de que suas forças poderia mostrar valor frente aos inimigos que provaram ter uma força que seu grupo não venceu.
Mas uma coisa fez o sacerdote de Pelor parar. um frio na espinha lhe percorreu e ele se virou em direção aos céus, o que ele viu foi o inicio de uma era, O inicio de um novo tempo. Ele fechou os olhos e aguardou pacientemente o efeito que aquela luz produziu em seu ser. Erzurel nunca mais seria o mesmo.

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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