A História de Xavenides

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Há muito tempo atrás, cerca de 293 anos atrás, havia uma bela elfa que nutria um amor obcecado por um outro elfo. O nome desta elfa era Charol White Stone. Filha de nobres artesões elfos de Celadon, no reino élfico de Demesnes. Charol, foi seduzida pelos encantos de um elfo recém chegado aquele reino. Aerion adquiriu a aceitação da corte élfica para permanecer na Corte e trabalhar no reino. Meses após a união que até então era secreta, Charol e Aerion decidiram tornar público o laço que havia envolvido os dois elfos – Eloin, a União eterna dos elfos.

Greyhawk_CoraWhitestone Greyhawk Histórias de Greyhawk
Charol White Stone

O Eloin é um poderoso ritual no qual dois elfos são consagrados perante a benção dos Seldarine (O anel de deuses élficos). Contudo, os pais de Charol negaram a mão de sua filha e após isso foi instaurada a fúria no seio da família White Stone. Apesar de carismático e diplomático Aerion emitia uma insegurança aos pais da jovem elfa, e esta “desconfiança” foi razão da negação do Eloin.

Aerion e Charol continuara a se encontrar secretamente, Celadon era por demais grandes, e diversos locais ficaram marcados pela força deste amor. Em um desses encontros Aerion revelou ter descoberto um meio de conquista a confiança dos pais de sua amada. Charol desejou saber como isso seria possível, e Aerion contou sobre a Jóia do Selamento, um item que a muito tempo tinha sido dado como perdido e fazia parte segundo as histórias, dos tesouros criados por Gumes Favasseon, um nobre e o mais poderoso Campão de Corellon que já viveu em Celadon a 780 anos atrás, durante a fundação do grandioso Império de Aerdi, este que ajudou inúmeras vezes o Reino de Demesnes contra suas ameaças.

Uma destas em especial os Drows de Mengra-Kilion, um reino obscuro e profundo nas entranhas do Abbor-alz. Segundo as fábulassobre este herói, ele havia sido visto pela última vez no Cordão Prateado, uma fronteira existente entre o reino dos altos elfos de Demesnes e os elfos negros de Mengra-Kilion, nas entranhas do Abbor-alz. Aerion disse que caso conseguisse tal item (A jóia), teria lealdade e heroísmo reconhecidos para pode ter a mão de sua amada concedida. Porém os perigos lá existentes poderiam também implicar que jamais ele voltaria aos braços de sua amada.

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Aerion

Charol, temendo a integridade de seu amado, preferiu ela correr todos os riscos e ir atrás da Jóia, crendo que todos os elfos veriam o “ato” de Aerion, cujo qual receberia a jóia para se passar como aquele que de fato havia recuperado o item, como um digno elfo. E no dia seguinte sem o conhecimento de ninguém, a elfa desapareceu, para nunca mais ser vista durante os próximos 300 anos.
Ainda durante o desaparecimento da elfa, Aerion foi culpado pelo desaparecimento da ela, contudo, este permanecendo no reino élfico ainda por 2 meses, trabalhando e dando continuidade a sua vida, fez todos perceberem que ele de fato, não tinha culpa alguma do desaparecimento de sua amada. E no 3º mês após o desaparecimento de Charol, Aerion recebeu permissão da corte dos elfos, para sair do reino de demesnes e procurar por sua “amada”.

A verdade é que semanas seguintes após a saída de Aerion, este conseguiu reencontrar a elfa, dentro de cavernas as quais a luz jamais poderia chegar. Charol estava irreconhecível. Ela havia se transformado em um gigante horripilante e feio – um Troll. Ao rever Aerion Charol que ainda preservava parte de sua consciência élfica contou ao amado o que havia transformado naquilo.

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Charol havia se transformado no troll Xavenides

Durante dias, após entrar nas cavernas do Abbor-alz, procurei pelo Cordão Prateado, fugi de muitos monstros, escorreguei em buracos, encontrei lagos, os quais fui forçada a comer animais crus para sobreviver, até que depois de muitas dificuldades cheguei ao portão. E uma vez diante dele, percebi que tinha o nome prateado, devido sua cor, muito belamente ornamentado, percebi na divisão das duas portas que o cerrava um belo anel feito em um metal negro. Me senti atraída pelo anel, e quando o toquei, não apenas o portão havia sido aberto, mas uma magia sinistra foi liberada do anel, quando dei por mim, havia sido transformada neste ser. O anel, havia se transformado em pó nas minhas mãos!

Foi então que com um leve sorriso Aerion aparentemente sentiu-se feliz com a miséria daquela que ele supostamente amava. Charol, não compreendeu o sorriso de Aerion e sentiu uma profunda dor pela aparente felicidade de seu amado com sua situação.

Aerion gargalhou sadicamente, e como um último ato de pena, explicou a pobre Charol seu tórrido plano.

E removendo um belo colar existente em seu pescoço deixou a magia revelar sua verdadeira forma:

Um drow!

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Aerion era um drow!

Contudo ferido como estava, Gumes errou na concepção do ritual de ativação do Anel do Selamente, aquele cujo se posto em um portal, passagem ou caminho, impede qualquer entidade de ir de um caminho para o outro, segundo as lendas, somente entidades de poder supremo, seria capazes de tentar quebrar este poderoso encantamento. Mas a falha de Gumes, foi a chance para os Drows. “Caso, qualquer ser toque a jóia, este terá grandes chances de morrer, todavia, sendo um alto elfo de Demesnes a morte não alcançará, mas um punição irá tomá-lo…”

Disse que aquele portão cujo agora encontrava-se aberto, havia sido selado em um último esforço por Gumes, para evitar a continua vazão de quantidades indescritíveis de monstros que poderiam vir a ameaçar a paz no Abbor-alz e na floresta. selando com um poderoso artefato o portão prateado.

Charol, compreendeu naquele momento que havia sido manipulada pelo ardil do Drow, que enganou seu coração, mas não aos de seus pais. O choque sofrido foi tão grande que Charol esqueceu-se de quem era, de onde havia vindo, ou porque estava ali. E passou a errar pelas cavernas do Abbor-alz…

Segundo as lendas, 10 anos após este incidente os drow, iniciaram uma guerra contra Celadon, que até hoje é contada com temor e medo. Este assunto foi esquecido a muito e somente alguns elfos, mais maduros de Celadon parecem ainda carregar o medo nas lembranças…

Quanto a Charol, esta foi reencontrada por Ranis e Tamoreus, que em um de seus acessos de lucidez, revelou aos dois heróis que ela não era o que parecia ser, mas cientes de que a transmutação sofrida pela elfa era praticamente sem volta, decidiram reduzir seu sofrimento, congelando ela no tempo, servindo de guardiã da Unção de Kord, na sala Octagonal. O congelamento não havia abatido sobre ela de modo pleno, e algumas vezes ela saia do estado de “parada” e explorava as câmaras e salas do Lar de Tamoreus…

A história de Charol ou Xavenidez, é uma Tragédia conhecida através Harpa sentimental de Leod Dek, um famoso e rico bardo da cidade de Gold Plain, a Sudoeste de Leukish.

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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