Aventura CaLuCe: Caçada Insana em Vilaverde, segunda parte

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Mirante onde ocorreu o confronto da dupla contra o ogro.

Enquanto conversaram, era possível verem os vapores da condensação de suas falas, que divergiam entre permanecerem naquele local para um breve descanso, ou prosseguirem na caçada. Quando finalmente, Markin S’man declarou:

– Prosseguiremos  Alundra! Você consegue captar os rastros do ogro?

A jovem lhe respondeu com uma expressão de casualidade:

– Sim mestre Markin. Os rastros do ogro são claros como uma trilha. – apontou para pegadas no chão – Veja! Elas seguem para aquela direção.

O sol havia aparecido há algumas horas, todavia, inicialmente não conseguiu penetrar com força no interior do bosque onde a dupla progrediu, passando para eles, que após vararem a noite em sua caçada, um tempo frio porém agradável.

Eles ainda estavam animados com a vitória que haviam conseguido contra o ogro que os confrontou e seguiram seus rastros pela mata, subindo e descendo pelos caminhos acidentados daquela mata.

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Markin S’man Tinthalion.

Com a continuidade da marcha, o elfo dourado, que após ouvir o som de água corrente alguns metros a frente, percebeu que a fadiga começava a vencê-los, e a dupla começava a exibir seus primeiros sinais enquanto seguiam os rastros, quando Markin, percebendo a sonolência da jovem Alundra, disse de forma impositiva:

– Escutei o som de um rio a frente, talvez fosse um bom local para um descanso. Faremos uma pausa, pois precisamos descansar um pouco. Encontre um lugar para descansarmos Alundra.

Assim, após vencerem mais um aclive, com a ajuda de galhos e raízes que encontraram pelo caminho de subida, eles conseguiram alcançar um ponto de descanso, aos pés de uma grande e larga árvore de cedro, cujo fato de estar no alto do aclive, lhe dava um aspecto imponente e majestoso, pois a fazia uma das maiores árvores dessa categoria naquele lugar, devida a sua posição, algumas de suas raízes estavam expostas, no lado do rio, e eram muito grossas e longas, permitindo de duas pessoas de tamanho médio conseguissem se ocultar entre elas, como se fosse uma toca a margem de um rio calmo e abundante de água limpa.

A dupla percebeu que a grande árvore tinha marcas de golpes, mas que apesar de poderosos, não foram o bastante para derrubá-la. Eles chegaram a conclusão de que o ogro havia passado por ali e por algum motivo havia agredido o cedro.

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Alundra Vilegane – batedora dos Caçadores Insanos.

Enquanto Alundra contemplou a beleza daquele recinto, S’man percebeu que alguma criaturinha havia corrido diante da presença deles e adentrado rapidamente por um buraco no cedro.

Voltando sua atenção para o ambiente em que estavam, ele novamente teve uma sensação de nostalgia, mas sua memória ancestral ainda não havia conseguido discernir o que seria, enquanto ele observou aquele belo lugar. A dupla viu que o rio poderia ser facilmente divisado por meio de um tronco que havia sido cortado e posto naquele local, funcionando como uma ponte. O elfo, percebendo que ali seria um ponto ideal para descanso declarou:

– Faremos um descanso curto aqui Alundra. Acredito que aproximadamente uma hora será suficiente. Pegarei o primeiro turno. Vá descansar.

Alundra se dirigiu para as raízes da árvore, se cobriu com seu manto de peles e adormeceu rapidamente, como que confiante em está sob a proteção de um poderoso herói.

Markin S’man Tinthalion, sentou-se numa raiz que se estendia até a margem do rio e mantendo o mínimo de seus movimentos, aguardou, com olhos semicerrados pela aproximação de qualquer ameaça.

O elfo dourado sentiu sede e decidiu esvaziar e novamente preencher seu cantil com a água daquele rio. Ao fazê-lo, ouviu o som de alguma coisa vinda da direção de Alundra.

Quando se voltou naquela direção percebeu um movimento estranho vindo da mochila da jovem. Ao se aproximar, viu um pequeno simiano vasculhando e encontrando um pedaço de ração, que rapidamente levou para a boca, ao perceber a aproximação do elfo, correu para o cedro em fuga como um larápio quando apanhado em flagrante delito.

Percebendo que a criaturinha estava faminta e na expectativa de passar o tempo com alguma diversão, Markin sacou uma fruta de sua bolsa e a ofertou para a criaturinha, que se voltou para ele. Lentamente o macaquinho se aproximou com cautela do elfo, por fim pegou a fruta com destreza, afastou-se do benfeitor que lhe disse em seu idioma élfico:

– Está com fome não é pequeno? Pois coma à vontade e não se preocupe, não lhe farei mal.

Curiosamente o pequeno macaco, que ficou encarando o herói, balanço a cabeça como se concordasse com o que foi dito por ele. Para Markin, a criatura parecia tê-lo entendido.

Tentando não demonstrar surpresa, pois ele recordou que a muitas eras atrás, algumas raças de macacos aliadas do povo élfico, haviam sido ensinadas a se comunicarem numa rudimentar linguagem que misturava o silvestre e o élfico e parecia que de alguma forma aquele macaco havia aprendido essa linguagem, apesar dele se expressar com muita dificuldade e erros gramaticais, o elfo conseguiu, com sua grande capacidade de raciocínio, abstrair as informações que a criaturinha estava lhe passando.

Markin, olhou para o macaco com benevolência e então eles iniciaram uma longa conversa, da qual o elfo dourado teve de abstrai muito do que era dito pelo simiano, uma vez que apesar dele conseguir se comunicar, a linguagem dele era muito rudimentar e em alguns momentos a compreensão se perdia, truncada entre palavras erradas ou sem significado.

Tinthalion conseguiu absorver, do diálogo, alguns fatos como a presença do ogro que eles haviam derrotado anteriormente e que foi o autor dos danos ao cedro que era a moradia do símio e o fato mais importante, a passagem de um diabo farpado, que não o viu, e lhe advertiu para que tomasse cuidado com um sinistro corvo de olhos vermelhos. Markin agradeceu ao macaquinho e pediu que se abrigasse, pois eles livrariam aquela floresta da diabólica criatura.

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Markin teve um diálogo com o pequeno Mic.

Assim, Alundra despertou vendo o herói a olhando com serenidade. A jovem assumiu o lugar do elfo, pegando o turno no rápido descanso que estavam tendo naquele lugar.

Markin fechou brevemente os olhos, no intuito de obter um descanso melhor e recobrar boa parte de suas forças, contudo, foi acordado com poucos minutos de soneca, por uma sacudidela pela jovem batedora, que com seu arco curto em mãos, o alertou sobre um barulho constante que ouviu.

Percebendo a possibilidade de que alguma criatura hostil poderia ter se aproximado, o elfo aguçou sua audição, no entanto, enquanto prestou atenção, a dupla foi subitamente atacada por um trio de orcs, que viram naqueles aventureiros uma possibilidade de ganho maior do que o cervo que eles estavam caçando. Apesar de fortes e tenazes combatentes, conhecedores do terreno onde os intrépidos caçadores insanos estavam, eles foram rechaçados e mortos pela dupla Markin e Alundra que com muita astúcia e destreza conseguiram sobrepujar a força bruta de seus oponentes.

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Confronto da dupla contra os orcs. Fonte: Roll20.net

Mesmo com o rápido confronto, a dupla conseguiu ter um breve descanso que lhes rendeu um novo ânimo para prosseguirem em sua extenuante jornada, todavia ainda ansiavam por uma boa cama e um lugar seguro para poderem dormir adequadamente. Mas sabiam que naquele bosque obscurecido pela maldade, eles não poderiam repousar de forma tranquila.

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Criação e elaboração: Patrick, Aharon.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin

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Sobre o Autor: Patrick Nascimento

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