Como moscas numa teia podre, parte 8 – tragédia revelada

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No âmago da mina, uma tragedia foi revelada!

Tragédia revelada

Cobertos pela poeira e pelos fragmentos de escombros que haviam acabado de cair, quase que por cima de suas cabeças. Enquanto tossiam e expeliam terra de suas bocas secas e sedentas, Forflin que parecia abalado com a profunda tosse e abafamento provocado pela poeira, ainda teve a sensibilidade de perceber que um dos membros daquele grupo, parecia ter ficado para trás, quando gritou:

– Lypottin! Onde está você?!

Todos olharam para trás, dando por falta da gnoma florestal. Lentamente o som do desabamento diminuiu e a poeira baixou, quando finalmente eles ouviram o som baixinho de tosse e um som rouco e abafando em resposta:

– Estou aqui! Estou bem – nesse instante sua hiena se dirigiu até ela com velocidade, lambendo, sua mestra, que continuou – Consegui passar no último instante, foi por pouco – ela tossiu mais um pouco e prosseguiu – Vamos adentrar mais e sair deste local, ainda parece inseguro.

O grupo, sujo dos pés à cabeça, ainda se recuperando da poeira absorvida do deslizamento que quase os vitimou, adentrou ainda mais na câmara, percebendo que ela tinha proporções ainda maiores do que qualquer outra em que haviam estado anteriormente. Juliette e Forflin tiveram um arrepio e pressentiram uma força estranha fantasmagórica e sinistra naquele local, uma sensação que parecia ser repartida por Thunderlad e Lypottin, que pareciam se entreolharem. De repente, diante dos olhos deles, uma visão se apresentou para eles, foi quando então eles viram com os próprios olhos a seguinte cena:

“Uma grande tropa de svifneblins apareceu emergindo de um caminho, que atualmente se encontrava fechado. Todos munidos de uma série de equipamentos de mineração, entre eles estavam Plun e mais dois que se destacavam dos demais por seus equipamentos mais protetivos e em melhores condições, além de se mostrarem altivos e severos ao extremo, em relação aos demais. Durante as visões, pareceu-lhes que esses dois gnomos e Plun, exerciam liderança sobre os demais, que se organizaram conforme suas ordens e assim habitaram o local, afastando as aranhas com um grande turíbulo de ouro e prata que emanava uma fumaça roxeado, pertencente àquele que parecia ser o líder de todos, um gnomo orgulho e imponente, mas de olhar frio. O tempo passou e a medida em que avançavam em suas escavações, encontrando veios de cobre e ouro, lentamente, alguns dentre eles, foram percebendo que a estrutura da mina apresentava fragilidade, mas eram desacreditados pelos seus superiores, exceto Plunthervalderon (Plun), que após algum tempo, começou a concordar com os demais, todavia, seu irmão mais velho, líder daquela companhia, ignorou seus avisos, até que…

Durante as escavações, a mina começou a ruir em vários locais e finalmente desmoronou numa série de estrondos e deslizamentos de terra e rochas que se espalharam por toda a mina. Muitos mineradores foram soterrados e ao final, todos foram confinados, alguns tentaram cavar uma saída, mas não tiveram sucesso, enquanto outros provocaram mais soterramentos, perecendo no processo.

Presos na mina, sem poderem escapar, começaram a sofrem com os efeitos da privação de água e comida, porém, nem todos queriam perecer dessa forma. Assim, no ápice da desnutrição e morte que os rodeava, os três líderes conversaram e decidiram canibalizar aqueles que haviam morrido, contudo, isso não ficaria por aí. Pois o orgulho e vontade de viver dos dois maiores líderes era mais forte do que o bom senso e assim, eles decidiram que teriam que matar para se manterem vivos, mas Plun foi contrário aquela decisão, no entanto, quando deu as costas ao seu irmão, foi assassinado por ele, com um golpe certeiro de picarete dado em sua nuca.

Após isso, o tempo passou e uma sombria atmosfera surgiu sobre aquela companhia, que se tornou uma turba de zumbis mineradores, que ruídos pelos líderes, que haviam se tornado em sinistras e demoníacas criaturas inumanas, se tornaram esqueletos, cujo o trabalho constante não parou, até aquele momento. Prisioneiros de uma poderosa maldição que os acometeu, trabalhadores condenados a uma eternidade de sofrimento e privação, onde reviviam suas mazelas todos os dias sem fim. ”

Assim, o grupo, retornou a si com o fim da visão, alguns não contiveram a emoção, como Edgar, Juliette e Forflin, que se emocionaram diante da tragédia revelada e choraram, enquanto Plun lhes reapareceu, apesar deles terem percebido que todos os membros do grupo pareceram terem visto a visão. O grupo olhou para Juliette, que estava tão próxima do fantasma, que no auge de sua sensibilidade e consternação com o pequeno, não se conteve e lhe deu um abraço, percebendo, assim como todos, a intangibilidade do svirfneblin. A jovem nobre, sentiu que estava abraçando a si própria e deixou lágrimas escorrerem por seu belo rosto.

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Juliette tentou abraçar um fantasma.

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Criação e elaboração: Patrick, Henri e Sandro
Autor da imagem de capa: Shin
Autor da imagem de Forflin: o próprio
Fonte de demais imagens: internet

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Sobre o Autor: Patrick Nascimento

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