Terra dos Escudos

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ESTATÍSTICAS DO REINO

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Brasão Terra dos Escudos

Nome oficial: Reino Santo do Fiel Escudo
Soberano: A mais honrosa senhora, Condessa Katarina, Lady Amazona de Walwort
Governo: República, decidida por nobres locais
Capital: Critwall
Principais Cidades: Admundfort (pop. 5.000¹ [ocupado por Iuz]), Sentry Luminosa (2.700), Critwall (pop. 14.300), todas as demais cidades estão destruídas.
Províncias: (informações antigas) 23 nobres governando as vilas e cidades a partir de Admundfort (a ilha hoje se encontra separada do domínio).
Recursos: Gado e alimentos, no norte as terras estão ocupadas.
Cunhagem: Atualmente nenhuma (atualmente uma casa da moeda está preparando a cunhagem das seguintes moedas: Cavaleiro (p.o), Escudo (p.p), Molho (p.c)
População: 27.000 homens 79% (OSF), Halfling 9%, Elfos 5%, Anões 3%, Gnomos 2%, Meio elfos 1%, Meio orcs 1%
Idiomas: Comum, Halfling e élfico
Alinhamentos: LN*, LB, CB
Religiões: Heironeous*, St. Cuthbert, Mayaheine, Pholtus, Trithereon
Aliados: Veluna, Furyondy, Verbobonc, Dyvers, Greyhawk, Ducado e Condado de Urnst, Povo Alto, Igreja de Heironeous.
Inimigos: Iuz, todas as forças remanescentes da Sociedade do Chifre, Reino dos Bandidos.

¹Estimativas incertas

RESUMO

A Terra dos Escudos já foi outrora constituída de dezenas de províncias de diversos tamanhos, estas se estendiam do rio Ritensa no sul até a estrada do Vigilante próximo a cidade de Alhaster perdida em 577 CY para uma guilda conhecida como Mão Vermelha, pertencente ao Reino dos Bandidos. Ao norte a fronteira mudou ao longo dos séculos. O reino hoje conhecido por muitos como a “Nova Terra dos Escudos”, abrange apenas cerca de 32 a 52 quilômetros ao redor da cidade de Critwall e a ilha de Scragholme localizada na foz dos rios Veng e Ritensa. O Reino mantém as ilhas de Scragholme e Sentry Luminosa como bases militares e capitais do domínio. O atual governo objetiva recapturar todas as terras perdidas e faz disto seu principal objetivo, apesar da atual paralisia desde o ano passado. O restante da Terra dos Escudos está sob administração de Iuz, através de seus agentes em Admundfort, proclamado capital regional em 587 CY. Todavia a eficácia do governo de Admundfort é questionável, uma vez que este se encontra cercado pela marinha furyondêsa e, ocasionalmente é invadida por grupos fanáticos de aventureiros. Imagina-se que a ilha agora é habitada por orcs e quase todos os demais habitantes foram mortos. O atual governante da ilha é Vayne, membro do Coração de Osso, sobre o qual pouco se sabe desde a Grande Cruzada do Norte. Dezenas de milhares de pessoas vivem nas terras ocupadas, sob um regime de escravidão e degradação horríveis. Cidades como Porto do Machado e Stahzer foram completamente dominadas e despovoadas. Antes da guerra a Terra dos Escudos tinha estabelecido talvez o mais moderno e bem cuidado sistema de estradas de Flanaess. Quando os exércitos invadiram a nação do norte e leste, essas estradas acabaram ironicamente contribuindo para acelerar a queda do reino. Ainda hoje as estradas conservam um bom estado, e são utilizadas pelas forças de Iuz para envio de mercadorias ao norte.

O clima local é temperado e ameno até quase as fronteiras com o Reino dos Bandidos ao norte. Com um clima tropical na costa sul, as praias nesta região fornecem um ambiente muito acolhedor por todo o litoral do Nyr Dyv.

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Mapa da Região

Iuz controla um conjunto caótico de humanoides nesta região, um número que tange dezena de milhares de seres. As forças da Terra dos Escudos estacionadas em Critwall compõe-se de aproximadamente 5.000 entre a infantaria e cavalaria. Embora esta maioria de homens e mulheres de elite sejam veteranos endurecidos nas batalhas, estes estão cansados da guerra e é cada vez mais freqüente os assaltos suicidas que grupos isolados realizam contra o exército humanoide. O povo da Terra dos Escudos mudou consideravelmente nas últimas duas décadas. O que antes era um orgulho arrogante mudou para uma determinação em recuperar as terras perdidas. Eles estão dispostos a sacrificar suas vidas para recuperar o que outrora já foi deles.

HISTÓRIA
Quando Ferrond rompeu com o Grande Reino em 254 CY, os nobres do litoral do Nyr Dyv se recusaram a reconhecer o novo rei em Dyvers. Fiel ao ideal da antiga Aerdy, mas total oposição ao decadente regime em Rauxes, estes nobres não declararam completa independência, ficando assim em um meio termo entre a autonomia e seu status como ex-vassalo do vice-rei. Quando a situação tornou-se crítica e no norte formou-se um conjunto anárquico de Livres Senhores, os nobres do sul, também se uniram para formar a Terra dos Escudos, representando um baluarte contra a depredação e o caos no norte. Uma vez sobre o comando do conde de Walworth em Admundfort, a única cidade notável na região tornou-se referência para quem deveria liderá-los. Desta forma Conde Walworth como comandante da combinação de forças dos nobres. Dentro de um punhado de anos, a nova capital, viu a formação dos Cavaleiros do Escudo Sagrado, a guarda pessoal do conde, que serviu como referência para a criação do pensamento de integridade, honestidade e justiça em nome de Heironeous e do reino que nascia.

O primeiro real desafio para à autoridade do Escudo veio durante 420-445 CY, quando um senhor da guerra local adquiriu a Mão e o Olho de Vecna, dois poderosos artefatos malignos. O senhor, Halmadar, o Cruel, conquistou a região perto de Delcomben e sitiou Critwall, até que foi drogado por seus súditos e sepultado vivo nas Colinas Kron. Após o episódio de Halmadar, o conde de Walworth aumentou o tamanho dos Cavaleiros do Escudo Sagrado e posicionou diversas milícias destes por todo o reino.

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Soldados escudanêses

Quando a Sociedade dos Chifres surgiu com o desaparecimento de Iuz, suspeitas de atividades da ordem na Terra dos Escudos fez crescerem a desconfiança do povo sobre os estrangeiros. Visto como inimigos dedicados a atividades vis para a “escuridão” e sacrifícios malignos, acreditava-se que eles haviam jurado sobre altares Ashen em Molag que marchariam para Admundfort e revestiriam as paredes do castelo com as vísceras do conde.

Apesar de anos se passarem sem qualquer atividade militar significativa, o período entre 550-570 testemunhou pesados combates na região oeste, as margens do rio Ritensa. Grandes fortes como Torkeep foram erguidos, mas suas defesas logo se mostraram inadequadas. Em 579 CY, a Sociedade dos Chifres se reuniu com Senhores do reino dos Bandidos nos Campos da Guerra em Wormhall. Comandando hobgoblins e um grande exército mercenário apoiados por demônios, o vasto exército enxameou os territórios ocidentais, ignorando as fortalezas e resíduos de resistência, além de arruinar aldeias, vilas e fazendas.

Milhares de escudeneses se reuniram no Porto do Machado para deter a invasão, mas suas linhas de defesa foram quebradas e os seus corpos serviram de forragem para as bestas que acompanhavam o exército.

Por volta de 581, Critwall caiu para os invasores. Os vencedores dividiram a Terra dos Escudos de forma caótica segundo o poder de seus generais, bandidos, goblinoídes e agentes da Sociedade do Chifre. Embora muitos Cavaleiros do Escudo Sagrado tenha permanecido em Critwall, centenas se refugiaram em reinos vizinhos, articulando com os seus líderes meios de enviar ajuda às suas terras caídas. A soberba e arrogância dos nobres da Terra dos Escudos causou clivagem mais profundas do que se foi possível imaginar, no entanto, apesar dos fracos acordos, formou-se um recrutamento para tentar salvar o reino. Nos primeiros meses de 583 CY, no entanto, os ocupantes começaram a fugir das terras ocupadas, deixando apenas um punhado de fracos defensores facilmente derrotáveis. Embora o movimento tenha sido mal compreendido na época, os relatórios informavam que os exércitos de Iuz estavam fora de marcha e sintonia. Porém um novo comando reuniu o exército disperso e organizou-o para uma grande defesa no coração das terras ainda dominadas. No Coldeven daquele mesmo ano, quando os Hierarcas da Sociedade do Chifre foram quase todos mortos e o seu reino natal caiu em profundo silêncio, a Terra dos Escudos pôde finalmente ser reconquistada em nome do Conde Holmer, Cavaleiro comandante do reino.

Furyondy que tinha grande experiência em lidar com Iuz e seu exército, expediu emissários para Admundfort, oferecendo apóio militar e financeiro par a grande invasão que certamente estaria por vir. Temendo anexação, logo após sua recuperação dos danos, o Conde Holmer recusou as ofertas e expulsou os agentes de Belvor de seu reino. Dentro de meses, os exércitos de Iuz, que tinha atacado o lado oeste do Reino dos Bandidos, estava em sua fronteira oriental. Submergidos e incapazes de apoiar a resistência nas duas frentes, a Terra dos Escudos foi rapidamente derrotada. Com um exército de 11.000 escudeneses, o reino não pôde fazer frente a invasão que vinha destruindo tudo sumariamente e muitos morreram mais uma vez. Enquanto que com sob domínio da Sociedade do Chifre e do Reino dos Bandidos, a vida para o povo havia sido apenas “difícil” (na maioria dos casos). Agora sob domínio de Iuz, o povo e os agricultores foram forçados a trabalhar para orcs, necromantes e demônios. Estas criaturas não sabiam nada sobre misericórdia, e a vida na Terra dos Escudos tornou-se a persistência do medo, de não saber se no dia seguinte receberia a morte ou uma mutilação, tendo apenas certeza de uma coisa – não havia quaisquer resquícios de esperança.

A última cidade a ser tomada foi a solitária fortificação na região rural do reino, mais especificamente Admundfort que resistiu até as últimas forças contra a ocupação de Iuz. Grande parte da população fugiu para esta cidadela, embarcados em navios de Willip, mas segundo registros, muitos morreram, e a evacuação não foi completa. Conde Holmer, já um nobre cavaleiro, permaneceu com seu reino, apenas para ser levado para os calabouços de Dorakaa. Em 585 CY um grupo de ousados heróis furyondêses se lançou em uma arriscada missão de resgate, concluída com êxito de salvar o Conde Holmer, porém o antigo cavaleiro era agora uma concha quebrada do que já fora um homem. Ele morreu louco, no final daquele mesmo ano.

Com a maior parte do exército ocupados em Admundfort, Iuz tornou a cidadela uma Capital Regional, administrada pelo Coração de Osso, Vayne, que é aconselhado por um séquito de demônios. O resto do reino caiu para líderes menores, incluindo vários demônios. A terra fértil tornou-se o “celeiro” do exército inteiro de Iuz. Grande parte do trabalho físico realizado é feito por zumbis e humanos, sendo estes últimos exauridos até o máximo de suas forças, para depois serem transformados em zumbis e continuarem o serviço.

Quando Belvor IV realizou a “chamada” para a Grande Cruzada do Norte em 586, as fileiras de Furyondy encheu-se de exilados da Terra dos Escudos. Belvor percebendo isto identificou entre os escudeneses uma poderosa líder. Lady Katarina, uma jovem prima do Conde Holmer. Ele então a nomeou Marquesa de um exército inteiro de escudeneses, Cavaleiros do Escudo Sagrado, furyondêses e outros mercenários. Esta força formada se destacou no inicio com importantes vitórias e foi fundamental para a retomada de Grabford. A partir daí, lady Katarina virou a sua atenção para a sua terra natal, despedaçando com precisão militar a cidade de Critwall. Em 599 CY, as forças inimigas foram expurgadas de Critwall. O governo da Terra dos Escudos foi restabelecido, ainda que sobre uma área muito pequena. Katarina foi nomeada Condessa de Walworth. Katarina e seus cavaleiros olham agora para o lado oriental do reino, com planejamento de ataques cirúrgicos contra o inimigo, confiante de que vão recuperar a terra perdida (“talvez não neste ano ou no próximo”, dizem…).

Heironeous têm lhes mostrado o “caminho da justiça”, e é alinhada com grande sacrifício e fúria na batalha. Aqueles acorrentados pelo Senhor da dor, serão liberados, eles chorarão. Aqueles que temem o amanhecer, serão ensinados na arte da guerra, força e coragem. As terras perdidas serão recuperadas, pois a nós foram prometidas. O Escudo ressuscitará!

Soldados fora da cavalaria, no entanto, possuem pontos de vista diferentes, e as perspectivas de libertar o resto da Terra dos Escudos é sombria. Estes acreditam que a liberdade virá, mas não nesta década. As forças contra eles são esmagadoras em números, armas e fortificações. Será uma longa e amarga luta.

Conflitos & Intrigas: Alguns humanos “libertados” são suspeitos de serem agentes de Iuz, mas eles já estão instalados em importantes posições em Critwall. A proposta de aliança com bandidos refugiados do Tangles provocou uma cisma amargo entre a Condessa Katarina que não tolera ilegalidade, e seus assessores mais próximos, que são muito mais práticos. Estes acreditam que “o inimigo de nosso inimigo é nosso amigo”.

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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