Aventura CaLuCe: Um Merlin desafiado – a Cantora Escarlate

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Um Merlin desafiado: a Cantora Escarlate

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Circe Delthona, a Cantora Escarlate. By Telthona

Intrigado com os estrangeiros, o arcano decidiu que teria que aprofundar sua investigação e se aproveitando de sua posição parcialmente oculta e dos diálogos que corriam em voz alta competindo com a cantoria da meia elfa ele conjurou uma magia que lhe permitia ler os pensamentos dos presentes, mas apenas um de cada vez, pois era preciso muita concentração e isso exigia muito da mente do arcano.

Enquanto isso, a Cantora Escarlate bailou e cantou muitas músicas de seu repertório durante seu deslocamento pela taverna, pulou em mesas, sentou nos colos de alguns fregueses, cochichou em algumas orelhas, afagou cabelos, bebeu vinhos e, por fim, parou sobre a bancada onde estava Shael, próxima a estátua do anão.

Durante sua sondagem mental em busca dos pensamentos dos presentes, ele se deparou com frivolidades, falsidade, lascívia, angústia, medo, curiosidade, excitação e euforia.

Saltando de uma mente para a outra, ele foi captando superficialmente os pensamentos de cada um, até o momento em que tentou se fixar na mente de um dos homens próximos a lareira, o que aparentava ser mais velho, pois havia ouvido brevemente:

– Temos que continuar avançando, ou nos pegarão…

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O homem mais velho tinha pensamentos furtivos.

No entanto, enquanto a Circe cantava sobre sua mesa, olhando para o misterioso homem de manto, Melin aprofundou sua sondagem nessa mente. Foi quando o arcano sentiu que havia sido interrompido pela força de vontade do homem, que se levantou imediatamente, perscrutando a sala e vendo a jovem cantora que estava a sua frente.

Fez-se uma breve pausa, um pequeno suspense, pois não se sabia qual seria a reação do homem que simplesmente voltou a sentar e a continuar a ouvir a boa melodia cantada.

Percebendo que Shael vinha lhe servir um aperitivo, despropositadamente, Kraver sondou a mente do comerciante e ouviu, quando ele já estava bem próximo:

– Devo matá-lo!

Sacando uma adaga por baixo da bandeja, o servil homem tentou atacar Merlin, dizendo que se lamentava pelo ato, mas, mesmo assim, continuou a tentar atingi-lo. Subitamente sendo seguido por muitos presentes que tentaram atacá-lo.

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Shael atacou Merlin.

Kravinoff esquivando-se com maestria e se desvencilhando como podia de seus atacantes e pretensos captores, começou uma batalha contra conhecidos, que a seu ver estavam sendo controlados por alguma força, e ele estava disposto a descobrir e anular a origem do controle sobre os aldeões.

Mesmo assim, contra os quatro forasteiros, para quem se mostrou bastante desconfiado, o arcano mostrou sua face implacável, conjurando poderes arcanos que foram anulando, com grande severidade, um a um os estranhos.

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Combate no interior da taverna. Fonte: Roll20.net

Merlin utilizou um poder flamejante que eliminou imediatamente um dos forasteiros que se jogou para dentro do bar (sobreviveu), provocando um pequeno foco de incêndio.

Em seguida, percebendo que estava encurralado entre os irmãos Blondit e Shael, ao notar a chegada em fúria do homem no qual tentou aprofundar sua leitura e que no momento de sua chegada havia atingido Kraver com uma adaga de arremesso, sem pestanejar, o arcano conjurou um conjunto de dardos incandescentes que fulminaram o homem imediatamente, tirando-o do combate (sobreviveu).

Na sequência, deixou a taverna para levar o confronto para campo aberto, onde as irmãs Carol e Ana assistiram atônitas a continuação do combate ao longe.

Novamente os irmãos Blondit tentaram agarrar o mago, enquanto Shael tentou atingi-lo (falando a todo instante que sentia muito pelo que estava fazendo contra o mago), mas o oponente que chamou a atenção de Kraver era o guerreiro com armadura de cota de malhas, que surgiu ameaçadoramente com seu escudo e espada em punho, contudo o arcano havia conjurando uma poderosa magia de proteção que afastava suavemente os ataques que lhe eram dirigidos.

Temendo o pior, Merlin sacou e vestiu uma luva de couro de cobra, segurou uma casca de ovo, e após proferir palavras místicas, conjurou uma grande e poderosa mão de energia cintilante translúcida que surgiu, para a surpresa de todos.

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Merlin conjurou uma poderosa e gigantesca mão de energia mágica.

A primeira vítima da grande mão mágica foi o guerreiro forasteiro, que foi atingido por um esplêndido golpe dela, num movimento rápido em que a mão se elevou e depois o atingiu como uma mão dá um tapa esmagador numa pequena mosca.

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Uma poderosa e gigante mão de energia mágica começou a eliminar os oponentes de Merlin. Fonte: Roll20.net

O guerreiro, que olhou o poder mágico de Merlin com terror, foi tomado por uma grande surpresa e não teve chance de sobrevivência, pois foi afundado num grande buraco no chão. Kravinoff, olhou o resultado da potência de seu ataque mágico e em seu íntimo, ele se felicitou por estar convicto de que havia conjurada a magia certa naquele momento. Todavia, os demais, não titubearam e tentaram agarrar o mago, mesmo sob a ameaça da poderosa mão espectral.

De repente, Kraver ouviu um guincho de medo de Circe, vindo do interior da taverna, pedindo ajuda e decidiu adentrá-la, na expectativa de salvá-la do halfling, aquele, que por exclusão, seria o mestre que estava por detrás do domínio de todos os que ali estavam e o verdadeiro desafiador no duelo.

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Kraver fulminou o halfling.

Sem pestanejar, entrou rapidamente na taverna e dirigindo-se na direção do halfling que estava de frente para a jovem, ele o atacou com poderosos misseis mágicos que atingiram o pequeno por todos os lados, eliminando-o de forma implacável, antes que este pudesse esboçar qualquer reação. Porém os irmãos Blondit e Shael continuaram a tentar atacá-lo.

Durante os momentos em que tentava se desvencilhar de seus adversários, o arcano percebeu uma abrupta emanação de calor na área ao seu redor e daqueles que estavam enfeitiçados e ao ouvir uma voz conjurando em dracônico, percebeu que uma bola de fogo surgiria no local.

Antes que a destruição mágica que adviria dessa força mágica aparecesse, Kraver utilizou seu poder arcano para desfazer a bola de fogo com sua contra mágica.

Ao eliminar o efeito da magia, evitando assim os danos e a possível morte de todos, ele viu que a origem da magia veio de Circe, que o olhou com um sorriso de deboche e declarou:

– O verdadeiro confronto, começa agora. Deveria ter aceitado minha proposta e se tornado meu amante Mestre Merlin.

Assim, deu-se início ao confronto entre a Cantora Escarlate e Kraver, todavia, o mesmo foi breve, pois Kravinoff era detentor de grande experiência e poder e além de contar com a mão mágica ainda utilizou seu poder flamejante para atingir sua oponente, sendo que no processo acabou criando focos de incêndio na construção.

Ademais, no clímax da batalha, a desafiante subestimou o arcano ao desferir nele um encanto para atordoá-lo e viu sua chance de paralisá-lo ser anulada pela contra mágica de Merlin, ficando a mercê da mão de energia do arcano que a agarrou e a apertou, enquanto o próprio Kraver a atingiu com o Bastão de Nephidan, causando um ferimento na cabeça da mulher.

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Merlin encurralou e prendeu Circe. Fonte: Roll20.net

As pessoas que estavam sob efeito do encanto da cantora despertaram a tempo de iniciarem um combate contra o fogo provocado pelo confronto, aturdidos por todo o estrago que havia sido provocado e sem entenderem o que havia acontecido.

Merlin, com sua rival agarrada e machucada exigiu:

– Renda-se ou sofra as consequências!

A garota, com um olhar amedrontado, diante do grande poder do arcano e pelo medo da morte por esmagamento e sentindo a dificuldade em sua respiração, lhe respondeu rapidamente, guinchando de dor:

– Eu me rendo! Por favor! Não me mate! Eu me rendo!

Merlin olhou friamente para jovem e para se certificar de que ela não seria uma ameça, apertou o punho com força, o que levou a mão mágica a esmagar a jovem.

O som de ossos quebrando foi ouvido por alguns dos presentes, que ainda lutavam contra as chamas da taverna, enquanto outras pessoas adentraram o local para ajudar, alertados pela profusão de barulhos que toda aquela confusão havia causado.

Com horror, Shael e Joana viram a cantora, que se contorcia na mão, parando de se mexer e logo após ter ficado inconsciente, ser atirada ao chão pela mão de energia, com um sangramento na cabeça e cheia de hematomas pelo corpo.

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Kravinoff subjugou Circe.

Pensando em tratar da jovem para obter dela informações que lhe seriam relevantes, Kravinoff agarrou a cantora e a levou até sua montaria, para buscar tratamento com a alquimista de Nova Caminite, Belatrix Benvedorian.

Ao sair da taverna com o corpo da cantora sendo segurando pela mão mágica gigante, passou pelo local onde jazia o corpo do guerreiro que havia derrotado com sua poderosa mão de energia e lembrou da expressão de surpresa e terror que o mesmo exibiu instantes antes de ser esmagado pelo grandioso poder.

Merlin montou, observou rapidamente o buraco no chão onde o guerreiro estava morto, olhou para a escuridão da noite, exibiu um leve sorriso de contentamento e partiu, enquanto as pessoas, ainda atônitas, combatiam o fogo.

E isso é tudo o que tenho a dizer sobre o assunto: ele assassinou uma boa garota.

Assinado: O Amigo do Povo – Erebelar Bons Vinhos

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Criação e elaboração: Patrick, Bruno Gonçalves.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin

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Sobre o Autor: Patrick Nascimento

2 Comments

  1. Excelente resumo.

    Só chamar atenção ao seguintes fatos:

    1) Merlin não sentiu prazer em derrotar seus inimigos. Alias, esse sentimento não existe em seu comportamento.

    2) Merlin gosta de resolver os problemas de forma mais objetiva e melhor custo x benefícios.
    Assim sendo, ele faz análises de cenários em sua mente e tenta encontrar a melhor saída.

    Porém, esse combate foi atípico.

    Que capacidade mágica/psíquica foi essa que manipulou tantas mentes ao mesmo tempo?

    3) Certamente nem todas as mentes estavam sob feitiço ali, visto que os dois forasteiros encapuzados estavam lá
    certamente para roubar ou prejudicar alguem. Merlin concluiu isso depois que o forasteiro mais jovem saltou pelo balcão em direção a
    administração da taverna, possivelmente para roubar.

    O mais velho partiu em direção a Circe, para talvez molesta-la ou sequestrá-la.

    4) O halfling não atacou o mago, ele havia ficado dentro da taverna por muito tempo.
    Merlin achava que ele era o mentor daquele ataque.

    5) O homem de armadura partiu para cima de Merlin com sua espada. Era um desconhecido até então. Se o interesse era desacordar o mago,
    esse homem poderia tentar agarrá-lo ou desmaiá-lo.

    6) Para Kraver, os inocentes ali eram o taverneiro e os irmãos Blondit, pois eles atacavam sem saber porque.

    Quando a barda tentou conjurar uma Bola de Fogo, foi uma surpresa para o mago.
    Ela era a mentora o tempo inteiro daquela tramoia.

    ALém disso ela tentou conjurar uma poderosa magia destrutiva em área, demonstrando claramente que não tem remorso em ferir inocentes.

    Ao descobrir que ela estava por trás desse ataque, Merlin queria dar uma lição nela, não matá-la.

    Agora ele precisa descobrir quem é ela, se ela é um membro do Trio Nefério e porque estava o atacando.

    Aguardo cenas dos próximos capítulos…

  2. Valeu nobre! O resumo tenta ser um registro para as gloriosas aventuras de Merlin e outros heróis de igual magnitude e sua redação ás vezes tenta trazer alguns esclarecimentos e lanças pontos para ajudar o jogador do pj a entender a trama, deduzir suas nuances para que tenha sucesso. E os handouts do Roll20 também têm essa função.

    Sobre os fatos elencados:

    1) O texto é levemente tendencioso em alguns pontos, em outro descreve friamente o que ocorreu. A interpretação dos fatos cabe a quem o lê e quanto a verdadeira natureza de Merlin é de conhecimento do jogador e do DM. Fique tranquilo quanto a isso;

    2) Sim, isso é esperado de um pj tão analítico quanto Kraver;

    3) Quem saberá?! A seguir em cenas dos próximos capítulos, caso Merlin se lance nesse desdobramento;

    4) Sim, é uma hipótese plausível;

    5) O Guerreiro forasteiro foi ofensivo, mas esmagá-lo com o Punho de Energia, será que foi proporcional a ameaça?

    6) Sim, é uma hipótese plausível;

    Foi uma excelente partida de retorno. Estou gostando e quero ver como se dará o desenrolar disso. Vamos que vamos nobre Bruno! Merlin deve tomar cuidado, pois como disse Imortal Ghêda: “Existem mais de uma maneira de se derrotar um grande mago!”

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