Como moscas numa teia podre, final – as teias podres estão caindo

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Personagens envolvidos: 

Juliette Tasselroff – endoariana (humana) – ladina
Forflin dos Muitos Livros – anão da montanha – mago
Lypottin Ente Negro – gnoma da floresta
Sigurn Escudo Abençoado – anão da montanha – guerreiro

As teias podres estão caindo.

Com a destruição de Berdan, os intrépidos aventureiros se reagruparam para tratarem de seus machucados e avaliarem a situação de cada um dos seus membros, após o árduo e letal confronto que ceifou a vida de Igor Mateiro. Contudo, durante esse breve momento de descanso, o grupo consternado com a morte prematura do único rastreador que dispunham, deu-lhe um enterro digno, dentro das possibilidades que tinham naquele momento e naquele local que outrora emanava um ar funesto e carregado de angústia, medo e ira, mas que parecia ter esse clima amenizado com a eliminação do que parecia ser a fonte daquele ambiente de terror.

Enquanto Forflin, Lyli e Thunderlad tratavam do funeral de Igor, o guerreiro Edgar vasculhou alguns corpos e a sala ao redor. Tentando disfarçar seu repentino e irresistível interesse em investigar o corpo podre de Berdan, Juliette dissimulou com seus aliados, desviando a atenção dos mesmos, enquanto punha suas mãos enluvadas nas entranhas do horrendo cadáver. Resistindo a ânsia de vomito que teimava em lhe acometer, enquanto adentrava as vísceras putrefaz da criatura, a ladina encontrou algo que mudaria sua vida, encontrando uma pequena varinha feita de osso, a medida em que a segurava, percebeu que seu tamanho cresceu um pouco, até se ajustar a sua também pequena e delicada mão feminina. A nobre, sentiu um arrepio que lhe percorreu até o amago de seu ser, mas percebendo que não poderia ficar ali contemplativa, voltou a si a tempo de evitar que seus aliados percebessem o que tinha feito, quando ouviu a voz de Edgar, aparentemente contente por ter encontrado algo e convidando os demais a verem sua descoberta.

Quando todos, que haviam terminado de enterrar o rastreador numa meia cova se aproximaram, perceberam que o guerreiro havia encontrado uma pequena pilha de ouro e cobre bruto. Forflin percebeu que os olhos do guerreiro pareceram reluzir com o brilho dos minérios encontrados. Thunderlad, solicitou que o arcano fizesse uma avaliação do que havia sido achado e o mesmo se prontificou a fazê-lo, percebendo que entre aquelas pepitas haviam muitas de baixa qualidade e pouco valor comercial, o que freou os ânimos de Edgar, que por sua vez indagou a Juliette, que parecia exalar o fedor desagradável dos mortos, assim como aqueles que os confrontaram corpo-a-corpo, se poderiam ficar com aquilo que haviam descoberto, ao que a nobre habilmente concordou, desde que fossem passadas aos fiscais do tesouro, as taxas necessárias para regularização dos valores.

O grupo dividiu os espólios e prosseguiu pelo único túnel que havia, seguindo por uma hora e meia até chegar numa câmara de construção irregular, onde no meio deste havia um abismo atravessado por uma velha ponte de madeira e cordas que interligava os dois pontos do local. Em ambos os lados, haviam pilhas do que pareciam serem grandes ossos amontoados, além de lixo, entulhos e escombros. O odor de morte já era sentindo de forma mais atenuada, desde a morte de Berdan, mas continuava presente, além de que neste lugar, a sensação de abafamento e de umidade eram mais fortes. Juliette percebeu algo brilhando tenuemente em uma das pilhas e de forma furtiva, porém não o bastante para se esquivar da atenção constante de Edgar que estava de prontidão e percebeu os movimentos da ladina, ela encontrou o que parecia ser um turíbulo de prata, contendo algumas runas, desenhos e inscrições que lhe chamaram a atenção, rapidamente guardando o item, sem que os demais membros de seu grupo pudessem percebe.

Quando, Thunderlad e Forflin, que estavam mais a frente investigavam as pilhas, o mago anão percebeu que o formato daqueles ossos era muito estranho e na verdade não se assemelhavam com a estrutura regular de um humanoide, mas se assemelhando a pata de uma aranha gigante. Foi então que todos ouviram estranhos ruídos, como poderosos estalos, vindos do abismo e uma estranha sensação de perigo tomou aqueles que ali estavam. Em seguida, uma horripilante aranha de grandes proporções surgiu, babando e estalando suas presas, a criatura iniciou um ataque rápido contra aqueles que considerou serem um banquete que não se apresentava a muito tempo.

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Ameaçadora aranha

O grupo rapidamente se articulou para confrontar a besta e pareciam suplantá-la apesar de sua grande habilidade de fuga e esquiva, no entanto, eis que surgiu uma segunda aranha, tornando o confronto mais difícil para o grupo que acabara de sair de uma luta ferrenha contra mortos-vivos. Mas para a surpresa de todos, um grande estouro vindo do alto da caverna ecoou e no fim do som, a aparição de alguém caindo e gritando, terminando no barulho de algo caindo em meio a pilha de pinças de aranhas. Eis que surgiu da pilha com uma expressão espantada e assustado com algo que havia acabado de lhe acontecer em outra localidade do mundo, um misterioso guerreiro anão, que sem aparentemente nada entender sobre quem eram aquelas pessoas estranhas, pôde perceber muito bem que independentemente disso, estavam em necessidade e ele próprio em perigo, com aquelas ameaçadoras aracnídeas naquele lugar sombrio. Assim, Sigurn, com seu machado em punho lançou-se para ajudar aquele grupo, se engajando na batalha.

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Fonte: Roll20.com

Thunderlad, apesar de lutar bem, tombou após ser atingido pelo veneno de uma das aranhas, fato que deixou Forflin muito preocupado e aflito com a condição de seu aliado, enquanto a outra se preparava para capturá-lo, contudo as ações rápidas de Sigurn e Edgar foram decisivas para impedir que o clérigo anão perecesse, enquanto Juliette e Forflin se engajavam e minavam as forças das aranhas, com seus ataques a distância. Por fim, o grupo triunfou, mas percebeu que mais aranhas pareciam vir das profundezas do abismo.

Sem perderem tempo ou pararem para diálogos, por saberem que se não agissem rapidamente poderiam perecer frente a uma quantidade desconhecida de aranhas que pareciam subir em grande número e velocidade. Assim, a comitiva iniciou uma corrida desesperada rumo a saída da Caverna da Teia. E a medida em que corriam, perceberam que aranhas os perseguiam não muito longe, temendo que o grupo, que se deslocava mais lentamente por conta de Thunderlad que era carregado por Edgard e Sigurn, Forflin e Juliette, intentaram atrasar as aranhas com um deslizamento de terra, para tanto, o anão arcano percebeu que uma das vigas de sustentação de um dos trechos do túnel que seguiam parecia mais frágil que as demais e neste ponto, começaram a centrar ataques mágicos e com ferramentas, iniciando um desmoronamento.

Sabendo que se não deixassem o local seriam enterrados vivos, correram desesperadamente, percebendo que ainda haviam aranhas se aproximando, contudo, depois de um grande estrondo, a sensação das aranhas em seu encalço desapareceu, quando finalmente eles sentiram o ar e a ventilação ténue do mundo exterior se alegraram e cheios de poeira, contemplaram a floresta e seus aliados, que os observavam incrédulos, pela habilidade e destemor que a dupla teve ao desempenhar a missão de atrasar as aranhas, que culminou por enterrarem-nas para sempre, ao menos por aquele lado.

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Criação e elaboração: Patrick, Henri e Sandro
Autor da imagem de capa: Shin
Autor da imagem de Forflin: o próprio
Fonte de demais imagens: internet
Fonte de imagem da batalha: Roll20

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Sobre o Autor: Patrick Nascimento

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