O Templo Elemental da Terra – Parte IV (O Retorno de Kalin)

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Das poções encontradas no baú, após analise, descobriu-se que uma era uma raríssima poção de Forma Etérea, magia do 9º círculo que permitiria a quem bebesse atravessar qualquer área em linha reta, houvesse obstáculos ou não, e até mesmo andar para cima como que voando, ou adentrar no solo. Aquele que a ingerisse seria transferido para o plano Etéreo por breves instantes. E o valor de tal poção segundo Gatts facilmente poderia valer entre 35 até 40 mil moedas de ouro.

Narração: Bruno de Brito
Jogadores:
Gatts (Diogo)
Daniel Alonso (Pyrus)
Fabrício Nobre (Eophain)
Bruno Simões (Kalin Orochi)

Sessão de 05.08.17

Palavras do Mestre: Agradeço aos esforços dos jogadores: Fabrício, Diogo Coelho e Don Alonso – tem sido cada vez mais difícil coincidir nossas agendas, e o empenho e interesse dos jogadores mostra que viver as aventuras de Greyhawk, é um exercício prazeroso.

O Templo do Elemental Maligno

Textos dos Jogadores

Pontos de Experiência

Sessão do dia – 29.07.17

Diante daquela grande lagosta, os aventureiros Eophain, Questin, Gatts e Pyrus, sabiam que teriam um árduo combate, mas se coordenados, conseguiriam vencê-lo sem baixas. E foi o que ocorreu!

Pyrus conjurou sobre si, a Força dos Justos, magia que o fez crescer em tamanho atingindo quase 3 metros de altura, e ao fim do processo entregando uma bolsa ao halfling Questin ordenou que o pequenino aplicasse seu conteúdo sobre o corpo paralisado de Eophain. E logo na sequência, foi o que foi feito. Imediatamente Eophain foi recobrando os seus movimentos observando Gatts lançar um único ataque sobre o Chuul.

Ciente do risco que o kensai sofria paralisado frente a criatura, o guerreiro mago Gatts, não teve outra escolha a não ser representar a frente de combate, porém quando viu o halfling aplicar sobre seu companheiro um estranho óleo, e Eophain recobrar os movimentos, sentiu aliviado, e antes de se afastar do monstro aplicou sobre ele um único ataque. Seja por sorte, técnica, ou efeito da magia que existe na Espada larga de sua família, o ataque foi tão poderoso, que conseguiu encontrar uma brecha entre as placas do tronco do ser, enterrou a lâmina da espada quase até o cabo e puxando lateralmente quase partiu a criatura ao meio!

O Chuul havia sido derrotado!

O grupo agora poderia explorar aquela área e talvez descobrir o que aquele monstro guardava naquela passagem. Havia uma porta, que Questin não chegou a tentar abrir com sua perícia, devido o surgimento dos vermes, e ele já estava se adiantando para concluir a tarefa. E assim, sem perda de muito tempo ele conseguiu destravar a fechadura, porém alertou:

– Acredito ter ouvido alguma coisa  lá dentro senhores, mas o som é baixo e abafado.

Cautelosos aproximaram-se da porta Eophain e Pyrus, enquanto Gatts e Questin se mantiveram na retaguarda.

Abrindo a porta com força, o grupo notou um aposento, e a luz que irradiou em seu interior revelou uma criatura guardada pelo tempo e aparentemente em um estado de morto-vivo há anos, consciente e faminta pela energia de vida daqueles que lhes tiraram da escuridão ela não estava só. Três criaturas humanoides atacaram Eophain e Pyrus. A primeira avistada conseguiu com sorte transpor a proteção do sacerdote de Joramy e acertá-lo uma pancada. Além da dor pelo soco, Pyrus percebeu que o ataque da criatura lhe absorveu a energia. O sacerdote se sentia mais fraco. E aquele efeito revelou-lhes a natureza daqueles mortos-vivos – inumanos. Aquele combate precisava terminar de forma rápida pois cada toque da criatura drenava-lhes a energia vital, se chegasse ao limite de suas vicissitudes, poderiam se transformar naqueles monstros.

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Inumanos da sala esquecida

E mais uma vez com uma estratégia de ataques coordenados que contou até com a participação corpo a corpo (porém pouco eficiente) de Questin, o grupo derrotou os inumanos rapidamente.

O aposento parecia estar fechado a décadas. Uma estante, uma mesa com duas cadeiras, uma pilha de entulhos no canto a esquerda, 1 baú destruído com moedas espalhadas e um outro intacto e bem preservado, além de um pequeno sofá. Era tudo que havia naquele recinto.

Investigando cada uma das coisas, o grupo interpretou que se tratava do quarto de um alquimista, morto a muito tempo. Seu corpo foi encontrado na pilha de detritos da sala, juntamente com 3 chaves. Uma delas abria a passagem pode onde o grupo entrou, a outra uma porta no fim da sala. Pela posição no mapa, Gatts sabia onde aquele acesso daria. E a última chave menor, abriu o baú conservado. Dentro dele o grupo encontrou pergaminhos mágicos e poções, dentre elas uma muito especial e outra que seria muito útil. Na estante o grupo achou itens que apenas Gatts com sua natureza de mago conseguiu entender. Estranhos frascos de vidro (Becker, Tubo de ensaio, etc), misturas e outras coisas que pertenceram certamente a um alquimista, em verdade o que havia feito deste local sua morada enquanto esteve explorando o tempo. Os objetos o guerreiro mago de Furyondy, não saberia como utilizar, era uma bomba, 2 extratos e uma poção de veneno.

Das poções encontradas no baú, após analise, descobriu-se que uma era uma raríssima poção de Forma Etérea, magia do 9º círculo que permitiria a quem bebesse atravessar qualquer área em linha reta, houvesse obstáculos ou não, e até mesmo andar para cima como que voando, ou adentrar no solo. Aquele que a ingerisse seria transferido para o plano Etéreo por breves instantes. E o valor de tal poção segundo Gatts facilmente poderia valer entre 35 até 40 mil moedas de ouro.

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A poção de Forma Etérea

Uma outra poção também chamou a atenção do grupo, Gatts havia identificado seu efeito e disse tratar de uma poção da Eloquência. Aquele que a ingerisse, se tornaria um mestra da mentira, sendo muito difícil não acreditar nas palavras.

Com as duas poções, o grupo teve uma brilhante ideia. Venderiam a poção de Forma Etérea em troca do pergaminho de ressurreição, e a mentira que fosse necessária contar, a poção de eloquência garantiria total crença. O grupo temia que o pergaminho estivesse ali exclusivamente para ser trocado pelas Asas de Frumar, quem o comprasse poderia ficar visado, mas com essa estratégia eles trariam Kalin de volta! Ainda que Eophain discordasse da estratégia, foi vencido pelo voto favorável de Pyrus, Questin e Gatts.

Com o plano em mente e o mapa parcial das áreas exploradas, o grupo facilmente chegou à loja dos gnolls do templo da terra, não antes de passarem por uma tropa com aproximadamente  35 de bugbears. Impressionados o grupo encostou na parede do corredor e deixou a comitiva passar. De posse das vestes do templo da terra, o grupo passou como membros de outra raça que são devotos da mesma entidade.

Não tardaram chegaram até a loja, porém ainda no corredor Pyrus notou quando Questin bebeu a poção dada a ele por Gatts, e um brilho mágico percorreu os olhos e a boca do halfling. Apesar de ter sido criada há muito tempo, a poção ainda mantinha os seus efeitos mágicos.

E sem muitos rodeios, o halfling foi direto:

Gnomo, tenho aqui comigo uma poção que possivelmente seja do seu interesse. Trata-se de uma poção de forma etérea. Uma magia de 9º círculo concentrada em uma simples e valiosa poção. Tem interesse?

Todos os aventureiros, inclusive os gnolls perceberam a gafe do halfling ao chamá-lo de gnomo. E após um breve silêncio, com um estranho sorriso o gnoll ignorou a “piada” do halfling, e afirmou interesse pelo objeto, após colocar um monóculo, avaliando com cuidado a poção contida no vaso.

Quanto você quer pela poção pequenino “gnomo”?

Tendo sido devolvida a piada, Questin aparentemente ignorou a brincadeira e foi tácito

Você pode me pagar 40.000 moedas de ouro, ou trocar esta poção por aquele pergaminho, o que me diz?

O gnoll olhou o halfling nos olhos e curioso, perguntou o que ele deseja fazer com aquele escrito poderoso, cujas linhas mágicas lidas pela pessoa certa poderia trazer uma pessoa morta a não mais que 10 anos, de volta à vida.

E veio a primeira mentira do halfling.

Um amigo querido pereceu no confronto contra Frumar, como acreditamos ser possível derrotá-la, precisamos estar com o grupo completo.

Enquanto falava, todos pareciam absortos ao que o halfling falava, como se não conseguissem dedicar a devida atenção, e simplesmente quisesse que ele parasse de falar. Retrucando o gnoll disse impaciente:

Tá tá tá, halfling, podemos fazer negócio, mas sua poção não cobre todo o valor do pergaminho. Complete com 3.000 moedas de ouro, e podemos fechar negócio.

Pensativo o halfling lembrou de uma coisa que Gatts havia lhe dito que poderia ser usado com argumento:

Veja bem, caro gnoll, estamos comparando uma poção que contem uma magia de 9º círculo, contra um pergaminho que contem uma magia de 5º! Na verdade eu estou na desvantagem aqui, não acha?

Gatts havia lhe dito que a magia era do 7º círculo, mas aparentemente o halfling havia se passado neste detalhe, fosse como fosse, parecia que o gnoll se divertia com a ignorância do pequenino, e devolveu em resposta:

Você não entende de magia halfling, pague as 3 mil moedas restantes e o pergaminho será seu.

Questin se voltou para o grupo e de ombros disse:

Temos essas moedas?

Gatts afirmou silenciosamente com a cabeça, e de sua mochila retirou a quantia restante. Finalizado o negócio, o gnoll falando em um estranho idioma, que apenas Gatts e Pyrus conseguiram compreender falou:

Leve esta poção para o senhor Romag, e peça-lhes para em troca nos entregar a Espada Juramentada. Vamos colocá-la aqui e ver se seu dono aparece…

Fechado o negócio, o grupo retornou para a ante-sala do Cofre de Romag, todos estavam ansiosos para que Pyrus conjurasse aquela poderosa benção sobre o falecido sacerdote. Entretanto foi Eophain que colocou uma questão chave:

Senhores, para acessar o corpo do clérigo de Pelor, será necessário Pyrus dispender uma de suas magias, correto? Se sim, devemos decidir se exploramos um pouco mais o templo, ou trazemos o sacerdote de volta e descansamos por lá.

O kensai estava correto, todos chegaram a esta conclusão. E após breve reflexão decidiram que era mais interessante trazer o sacerdote o quanto antes de volta.

E assim foi feito. Invocando os poderes da magia elemental da terra contida no pergaminho, Pyrus desprendeu as linhas escritas em pó de diamante do pergaminho e sobre o corpo de Kalin depositou uma poderosa magia.

E o sacerdote acordou de seu sono de morte.

Após breve comemoração pelo seu regresso, todos se preparam para descansar, Gatts ainda conversou com Kalin brevemente e após todos irem dormir, o guerreiro mago em seu turno invocou uma magia antiga, um feitiço capaz de sondar áreas distantes dos olhos físicos do mago. Gatts viajou até a cena onde um confronto estava para começar.

Ele viu Sandy, Thrommel, Erzurel, Nybas e um homem desconhecido diante de um grande descampado, onde pessoas estavam aprisionadas em um cercado com 2 gigantes da colina vigilantes para completar, mortos vivos rondavam a esmo a clareira…

Continua na próxima sessão!

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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