A proposta da xerife, o baile

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Personagens:

Delgrim Escudo Dourado (anão) – guerreiro campeão de 4º nível
Sigurn Escudo Abençoado (anão) – guerreiro mestre da batalha de 4º nível
Juliette Tasselroff (humana endoariana) – ladina de 1º nível e bruxa de 3º nível

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A Heroína de Unicórnio Cinza

Sessão de 11/07/2017

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O grupo discute seus rumos na Taverna do Verme Verde. Fonte: internet

A tarde, o grupo constituído por Delgrim, Juliette e Sigurn se encontram novamente na Estalagem/Taverna do Verme Verde, onde, provocados por Sigurn, discutem os próximos passos que darão. Juliette confessa sua desconfiança para com as autoridades locais, e referindo-se a Lady Samira, comentou que o fato dela os estar convidando para um evento não significa que realmente o grupo poderia confiar nela.

Delgrim comentou que os humanos são complicados em suas interações e interpelou Juliette sobre seu comentário sobre ameaças, na noite anterior, e quis saber se ela estava falando de uma coisa genérica ou se havia algo específico que ela não estaria querendo revelar.

Juliette, com um olhar enigmático reafirma apenas sua desconfiança, mas alerta que o grupo deve manter a mente aberta quanto a proposta da Xerife da Cidadela Verde, porém não deve confiar cegamente no que viria dela. Destacando questões como os fatores que levaram ao cerco de Unicórnio Cinza e seu fim, ou sobre o tal dragão adormecido na Floresta do Medo e o estranho Olhos Âmbar.

O grupo decidiu que precisava se manter unido, o máximo que pudesse, pois assim poderiam prevenir ameças em comum. Para Juliette, por trás de cada sorriso ou belas palavras das autoridades locais, poderia haver uma adaga traiçoeira.

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Lady Quendrix Rastanan entrou na taverna. Fonte: internet

O diálogo deles é interrompido pelos gritos eufóricos dos consumidores da taverna, que anunciavam a chegada da Heroína de Unicórnio Cinza, que lutou com as tropas do Protetorado Morth contra as forças orcs que a sitiavam. Era Quendrix Rastanan, guerreira e braço direito de Lady Mirian Tasselroff.

A guerreira adentrou o estabelecimento sob uma salva de palmas dos que ali estavam, acompanhada por quatro guardas da Cidadela do Portal, que estavam devidamente armados e armadurados, portando o tabardo daquele lugar.

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Quatro soldados da Cidadela do Portal faziam a escolta da guerreira. Fonte: internet.

A renomada guerreira olhou na direção dos anões e de Juliette e fez uma breve reverência, cumprimentando a eles, enquanto cumprimentou com mais reverência a nobre. Os anões devolveram o cumprimento da mulher guerreira.

Mediante a aparição da afamada Quendrix, Juliette começou a suar frio, enquanto segurava com força o braço de Sigurn – como se tivesse sido tomado por um temor profundo. Reclamar de calores, empalideceu, e quase desfaleceu. Ao ser questionada sobre que estava sentindo, ela dissimulou, dizendo aos companheiros que seu mal estar seria em virtude do tempo e convidou a todos para darem uma volta na cidade.

O grupo achou estranha a inesperada reação de Juliette, porém concordaram em acompanhá-la numa volta pela cidade. Até porque a taverna começou a lotar com a quantidade de curiosos que expressaram suas vontades em ver a tal Heroína da Vila de Unicórnio Cinza, que foi realizar check-in na estalagem.

Andando pelas ruas

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Igor Mateiro, rastreador do grupo, pereceu na Caverna da Teia. Fonte: paizo

Andando, ao dia, pela movimentadas ruas da cidadela, Delgrim interroga Juliette sobre sua experiência na  tal Caverna da Teia. A nobre muda a expressão de tranquilidade para a de um terror que estava sendo revivido apenas na recordação. Ela comentou para os anões sobre sua incursão com Forflin e os outros no lugar, comentando com lamento de Igor Mateiro, que pereceu durante a jornada.

Juliette esbugalhando os olhos, empalideceu ao contar sobre os mortos vivos que haviam encontrado, sentido novamente tonturas ao recordar das perigosas aranhas gigantes. Delgrim busca maiores informações sobre a mina, sobre seus mineradores e o que buscavam, porém Juliette apenas concentrou sua estória no terror e perigo que sentiu – novamente sentindo náuseas, sendo amparada pelo anão, ela contou sobre os mineradores malditos, que praticaram o canibalismo ao terem ficado aprisionados.

Delgrim se frustrou com o relato da nobre, pois o achou demasiado carregado de sentimentalismo e detalhes desnecessários em relação o que realmente gostaria de saber. A única conclusão que teve era de que realmente era uma mina, e seja lá o que seus antigos mineradores buscassem deveria ter grande valor.

O grupo elucubrou a possibilidade de se hospedarem em outro lugar, no entanto as possibilidades eram:

  1. Estalagem/Taverna do Verme Verde;
  2. Hospedarias dos Templos (Santuário das Fontes e Templo das Lanças Ardentes) – 5 PP pelo leito;
  3. Alguns dos moradores da Cidadela Verde têm o hábito de alugarem cantos até leitos em suas residências para viajantes ou interessados em pernoites, pelo valor de 5 PC;

Juliette propõe que eles procurem Frida para verificarem com ela a possibilidade dela os hospedarem. Delgrim pensou que na Estalagem do Verme Verde seria o local mais protegido da cidadela – por conta de todos os seus amigos anões lá hospedados.

O grupo novamente interage entre si, expondo seus pontos de vista e conhecimentos quanto a personalidades como a Xerife Lady Samira, o bardo Andreas Vanderslake. E da necessidade deles terem de interagir com todas essas personalidades e conhecer mais suas naturezas.

Chegou o crepúsculo, durante a conversa, Sigurn – que se encontrou rapidamente com seu superior durante a caminhada, recebeu a liberação de sua vigília durante aquela noite para ir ao encontro com a xerife, um notório bêbado local se aproximou do trio, seu nome era Isolde.

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Isolde, o bêbado, dialogou com os pjs. Fonte: internet

Uma figura local, muito conhecida, esse homem de meia idade, tinha o aspecto de uma pessoa degradada pela ruína e pela bebida, suas olheiras fundas e escuras, cabelos e barba desgrenhados, aparência abatida e hálito quente e alcoólico, pediu ao grupo por algumas moedas.

Compadecido, Sigurn dá ao bêbado 5 PC a Isolde que agradece, enquanto Delgrim ignora solenemente a figura, ao passo que Juliette enojada ficou distante.

O bêbado vai embora, enquanto o trio decidiu que precisavam se articular para seguirem para o Baile da Xerife. Assim, Delgrim decidiu retornar para o Verme Verde, enquanto Sigurn e Juliette – carecendo de novas e apropriadas roupas  para o baile seguiram para o mercado, na Feira da Cidadela, para irem a Rua do Tecido, local onde estão os alfaiates da cidade.

Sigurn e Juliette no mercado

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Juliette e Sigurn vão até a feira de Vila Verde.

Sentindo uma grande felicidade e malícia no olhar de Juliette, que convidou todos para irem ao alfaiate, ele deixou a incumbência de cuidar da proteção de Juliette à Sigurn, retornando para a Estalagem, onde ele se aprontaria para logo mais.

Eufórica e com Sigurn ao seu lado, com uma expressão fechada, a nobre vai cantarolando até chegarem a Alfaiataria de Bregus, um estabelecimento frequentado pela burguesia local. São atendidos por uma alfaiate que os auxilia, ouvindo com atenção as recomendações de moda dadas por Juliette.

Durante as negociações, Sigurn – que pareceu indeciso e arredio a gastar suas economias, que estavam sendo reservadas para a compra de uma nova armadura, sentindo-se acanhado e envergonhado com a exposição que estava sofrendo no estabelecimento, acabou cedendo a grande capacidade de persuasão de Juliette e além de ouvir e acatar todas as recomendações da nobre, acabou levando dois trajes (um de gala e um outro para aventuras).

Eles deixaram o local e foram se aprontar para o Baile na Mansão da Xerife. Sigurn pareceu estar bastante aborrecido, enquanto Juliette irradiava alegria, portando seu novo vestido.

O Baile da Xerife

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O grupo foi levado para a Mansão Morus, num ponto mais afastado, fora das muralhas da Cidadela, onde ocorreu o baile. Fonte: internet

Juliette – que bailava e cantarolava deixando o anão envergonhado, chegou com Sigun na estalagem, atravessando pelo lado da taverna, encontraram Delgrim, Glader e Baern, que estavam aprontos para o evento, e naquele momento bebiam enquanto aguardavam a chegada da carruagem que os levariam para o baile.

Os anões fazem uma chacota sobre Sigurn e seu ataque consumista, enquanto aguardam a chegada de Juliette que havia subido para se aprontar. Após um tempo, Sigurn também o fez. Quando todos estavam prontos – reparando na estonteante beleza de Juliette, que havia se aprontado com muita elegância para o baile, o grupo seguiu para o tão esperado evento.

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O gnomo Glinbert, o joalheiro era mais um dos participantes do baile. Fonte: internet

Os membros do grupo chegaram na grande e bela Mansão Morus, residência da Xerife Samira Morus D”Ilcs, numa área mais afastada e reservada da cidadela. Perceberam que o local era guardado por vigias. No jardim, do pátio onde as carruagens faziam suas manobras, o grupo pode ver novamente uma estátua da mesma figura heroica que também estava no Santuário das Fontes (templo de Elorian).

Ao desembarcarem e serem recebidos pela governanta, viram quando Quendrix Rastanan acabava de deixar a mansão. A mulher estava arrumada para a ocasião, no entanto, pareceu a Juliette que ela deixava o recinto contrariada. A heroína ao sair, viu o grupo e os cumprimentou com uma reverência.

O grupo foi desarmado (Glader com adaga e Sigurn com sua espada curta), antes de entrar no baile, apesar das reclamação de Juliette que tentou dialogar com a governanta – mas foi em vão. No interior, um mordomo anunciava a chegada dos membros do grupo.

Dando pela falta da Xerife durante o evento, o grupo interagiu com os presentes, percebendo que existiam muitas figuras com as quais eles haviam encontrado até aquele momento. Sigurn preferiu ficar na companhia de Glader e Baern. Delgrim  e Juliette foram interagir com aqueles que consideravam figuras chaves da Cidadela Verde.

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Iulf – proprietário do Worg Empalado, conversou com Delgrim e proporcionou um momento de tensão para Juliette. Fonte: internet

A dupla (Juliette e Delgrim), viu muitas pessoas, mas interagiu com: Glinbert o gnomo joalheiro – que ofertou generosamente um anel de ametista para Juliette, como um sinal de apreço e respeito por sua participação na Comitiva do Aviso e depois dançou com a nobre; com Astride e Hanna Verdemanto com quem conversaram brevemente; com Iulf – proprietário da Taverna do Worg Empalado – que teve uma conversa divertida com Delgrim e Kerigan (uma mulher trans), falando sobre a fabricação de suas bebidas e outras coisas.

Juliette, após muito dançar com o gnomo e outras pessoas que ficaram muito animadas para dançar com a nobre – que levantava olhares para si, por conta de sua beleza estonteante. Percebeu que uma bandeja com uma bebida específica – ofertada por Iulf, vinha sendo direcionada para cada um dos membros da comitiva e se atemorizou, pois pensou que os copos poderiam estar batizados com algum veneno e rapidamente alertou mentalmente Delgrim e Sigurn para não beberem o liquido e conseguiu falsear que havia bebido o seu, ou trocar seu copo com outro.

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O racista Sir Olaff. Fonte: Pathfinder Artwork

No entanto, apesar do suspense, pareceu que as bebidas não estavam envenenadas. Delgrim junto com Iulf e Kerigan beberam. O anão apreciou bastante o sabor da bebida.

Juliette teve uma oportunidade para conversar com Sir Olaff – antigo amigo de Sir Alexander Brussel e conhecido de Sir Valérius Tasselroff.

Durante a conversa, ela percebeu características do cavaleiro, que lhe pareceu racista, machista, autoritário e excessivamente confiante, porém dissimulou como se aquilo não lhe afetasse. Ele agiu de forma cortês com a nobre, ofereceu seu auxílio no que ela precisasse, ofertou um mensageiro para enviar suas correspondências e um quarto em seu sobrado, mas destacou que não toleraria a presença de anões em sua residência.

Após um longo tempo de festa, a música foi interrompida, assim como as danças, quando foi anunciado aos presentes a chegada da Xerife Samira Morus D’Ilcs, que numa chegada magistral, disse aos presentes:

Fala de Lady Samira:

– Espero que estejam aproveitando a festa! … Estamos festejando nossas vitórias, em prol desta nossa terra. … Convoco agora, todos os que receberam o convite expresso para nossa reunião, no jantar.

Assim, algumas das pessoas presentes foram adentrando numa outra sala, onde uma longa mesa com comida havia sido disposta.

Finalmente, após ter percebido que nada havia ocorrido com Delgrim, Sigurn bebeu seu copo com o scotch e entrou na sala de jantar. Delgrim observou aqueles que adentraram o recinto e por último entrou.

No interior do Salão de Jantar, os personagens e depois figuras foram  encaminhadas, pelos serviçais, para seus respectivos assentos marcados.

O que os estariam aguardando naquele jantar ou seus desdobramentos, em breve eles saberiam.

Continua…

Criação e elaboração: Patrick, Alan, Ângelo, Sandro.
Autoria da logo de capa: Shin
Fontes de imagens: internet

Pontuações de experiência:

As pontuações de experiência pelas interpretações foram:

  • Juliette – 150 ptos de xp – contando a melhor cena da sessão (Sigurn e Juliette no mercado); 50 XP pela persuasão em Sigurn – já computados pelo jogador;
  • Delgrim – 160 ptos de xp (por estar sempre atendo e recordar estórias relacionadas ao grupo)
  • Sigurn – 140 ptos de xp (interpretação)

Cartas da sessão:

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Juliette, a Dama Desmaiada.
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Juliette e Sigurn no Mercado.
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Juliette, a Dama Dissimuladora.

 

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Sobre o Autor: Patrick Nascimento

4 Comments

  1. “Compadecido, Sigurn dá ao bêbado 5 PC a Isolde que agradece, enquanto Delgrim ignora solenemente a figura, ao passo que Juliette enojada ficou distante.”

    Faltou registrar o despeito e a raiva de Juliette quando o bêbado insolente afirmou que Lady Samira (velha e cafona!) era mais bonita do que ela.

    Essa sessão foi excelente. Os cards também ficaram ótimos, graças ao já legendário Alan “Sigurn” Venic.

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