Comentários do mestre:

Essa foi a aventura que marcou o retorno de um jogador de grande calibre no cenário de aventuras de Crivon, Diogo Borges, reestreou com seu personagem principal, Drigos Poderkaine, paladino da Ordem do Senhor da Justiça. Essa sessão foi jogada no dia 14 de dezembro de 2015. Seu personagem é marcado pelo forte senso de justiça dos paladinos, com pragmatismo e um lógica, que surpreende até seus inimigos. Vamos acompanhar sua trilha entre os demais heróis de Crivon?

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O retorno de Fênix: uma aterradora verdade

“Está chovendo, as gotas caem finas no rosto de Drigos Poderkaine e sobre seu corpo nu… Enquanto, solitário em meio a mata, olhou para o horizonte de uma noite fria e chuvosa, e recordou os acontecimentos que o levaram até aquele lugar.”

Lentamente, Drigos abriu seus olhos e viu alguns borrões iluminados ao seu redor por uma luz bruxuleante. Ajustando o foco de sua visão, sentiu como se não a usasse a muito tempo. Começou a sentir uma desconfortável sensação de dormência que parecia dominar seu corpo inteiro, quando ouviu uma voz masculina melodiosa e sem emoção lhe dizer:

 – Seja bem-vindo ao mundo dos vivos novamente, Fênix Poderkaine! Apesar de que algo me diz que você já deve ter ouvido essa frase algumas vezes, e não se sinta tão bem ao ouvi-la. – Aquele que declarou isso emite o som de um riso nervoso.

Lentamente a dormência foi deixando o corpo de Drigos, que agora sentiu uma descarga vinda da câimbra deixada em seu lugar, quando finalmente seus olhos puderam discernir nitidamente o lugar onde estava e com quem estava, ele viu que o lugar onde estava era uma pequena caverna ou gruta, no entanto o aspecto das paredes denotou uma característica diferente da rocha, mais parecendo madeira crua, tão irregular quanto uma caverna, no entanto o cheiro de madeira da sequoia era forte e penetrante e pareceu ao paladino que não respirava a muito tempo, pois suas narinas recebiam aquele aroma agradável como uma descarga sufocante de cheiros que o deixaram inebriado.

Poderkaine tossiu um pouco e pode perceber, à medida que foi reassumindo seus sentidos lentamente, que estava acompanhado de uma figura a qual nunca havia visto anteriormente.

Tinha traços finos, uma longa cabeleira loura prateada, onde era possível ver a mostra suas élficas orelhas pontiagudas, sua pela era clara, chegando a exibir uma sinistra coloração azulada dada a exacerbada palidez, ele trajava uma desgastada meia armadura negra com detalhes em dourado, contendo o símbolo de um reino que lhe era bem conhecido, era a insígnia do falcão flamejante do Reino de Falcon, portava duas espadas em cada lado de seu cinturão finamente trabalhado e contendo um símbolo do infinito, além de outras armas menores, demais equipamentos de aventureiro e um estranho volume envolto em panos em suas costas.

Apesar de sua expressão amistosa para com o Poderkaine que havia acabado de despertar, havia uma aura mística ao seu redor, que tentava encobrir algo que seus brilhantes olhos dourados não conseguiam esconder, uma sombra de malícia e maldade. A estranha figura lentamente depositou um pequeno frasco de porcelana no chão de terra e raízes e com um odre levou água a boca do paladino, que com uma voz fraca e rouca disse com estranheza:

– Quem é você?! Onde estou? O que estou fazendo aqui? E mais importante… Onde está meu irmão e meus amigos?

O elfo cinzento, ignorando a pergunta lhe deu de beber, prosseguiu silenciosamente, deu-lhe de comer e em seguida saiu deixando o paladino a sós. Para Drigos Poderkaine as sensações que teve lhe pareceram estranhamente novas, como se fosse a primeira vez que bebia ou comia.

Quando sentiu que novamente tinha forças em suas pernas e músculos, levantou-se de seu leito e vendo o vazio frasco no chão, o pegou e viu runas que diziam em idioma comum: “Óleo de Alpha – Anna”. Ele se ergueu e saiu em busca do estranho elfo, enquanto uma breve oração mental agradeceu a Tyr pela nova oportunidade que lhe havia sido dada. Como se tivesse percebido a movimentação de seu paciente, o elfo regressou dizendo:

– Bom saber que recobrou sua força com velocidade, pois precisará dela muito em breve. Para ser sincero – ele olhou brevemente para saída da gruta atrás de si – precisará dela imediatamente.

Drigos olhou mais atentamente para o elfo e percebeu que suas habilidades e poderes paladínico pareciam regressar, com a força que novamente lhe tomava e à medida que sua benigna aura se expandiu no local, detectou que seu estranho cuidador não estava vivo e se sobressaltou dizendo com rispidez, em posição defensiva:

– O que você quer de mim? Onde estão meus amigos? Quem é você, ou melhor, o que é você?

O vampiro fez uma careta de surpresa e levantando as mãos em sinal de não agressão, disse serenamente:

– Bem, você recobrou seus poderes mais rápido dessa vez. Mas vamos as respostas que lhe são merecidas e outras que precisa saber para o desafio para o qual foi destinado a vencer, Sir Drigos Fênix Poderkaine. Eu sou Alucard, antigo Senhor da Guerra de Falcon, defensor da Família Real de Falcon e… era o último dos Cavaleiros da Luz Celestial – olhou para o chão com uma expressão triste.

Drigos, com um assombro em seus olhos ao ouvir aquilo, se arrepiou, pois ele sentiu com sua grande empatia, que o morto-vivo parecia dizer uma aterradora verdade.

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Criação e elaboração: Patrick, Diogo Borges.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin