A Cidade Perdida de Luckendor, 2ª Parte: A Águia, a Coruja e a Serpente, sessão final

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No dia 17/01/2016, das 08:00 as 12:00 ocorreu a 17ª sessão de Arzien, com o Grupo 2. A sessão contou com a presença de 75% dos jogadores na forma presencial e 25% online, através do Roll20. Essa foi a segunda sessão presencial em Arzien desde que comecei a contar em Agosto/2014!

Nesta sessão os heróis enfrentam os terríveis Yuan-tis Língua-das-Trevas que haviam enganado o grupo desde que chegaram em Luckendor.

Essa foi a sétima e última sessão da aventura “A Cidade Perdida de Luckendor, 2ª parte: A Águia, a Coruja e a Serpente”. 

Saiba mais sobre o Grupo 2

Acesse a primeira parte dessa aventura A Cidade Perdida de Luckendor, 1ª Parte: Cruzando Myd-Arventhor

Para rever a última sessão online desse grupo, acesse: Sessão 14

O Salão Cerimonial

Zelot, Krusther, Eberk, Sean e Miyu haviam chegado ao Salão Cerimonial do Templo de Valumbar após cruzarem três salas anteriores, onde enfrentaram e derrotaram outros yuan-tis liderados por Farid.

O grupo ainda estava digerindo tudo que aconteceu, pois haviam caíado em algum ardil orquestrado pelo sha’ir Halaman,  sob a forma de Latifa, enquanto estavam nas Catacumbas do Templo (reveja as Sessões 07, 0912 e 13). Na ocasião os heróis haviam sido trancafiados em uma sala que estava sendo inundada por areias do deserto. Se não fosse as habilidades ladinas de Zelot, estariam todos mortos.

Em seguida descobriram que os Sentinelas de Valumbar eram na verdade homens-serpentes e, no Salão Cerimonial, descobrem que o próprio Mennak, que se dizia profeta de Valumbar, também era um yuan-ti e liderava um culto ao deus Sviluss, Deus serpente da Feitiçaria, Escuridão e Destruição.

Agora  os heróis precisavam agir o mais rápido possível. Seus companheiros que haviam ficado para trás (Cedric, Vlendzer e Youssef) estavam amarrados por grossas cordas e suspensos por correntes até o teto. Um yuan-ti guiava Cedric para dentro de um grande fosso no centro da sala puxando correntes presas no teto, que pareciam movimentar uma engrenagem com algumas polias, roldanas, trilhos e pesos. Sabe-se lá que horrores aguardavam o meio-elfo no fundo desse fosso. 

Mennak, gesticulando com braços e mãos, parecia realizar uma oferenda viva para Sviluss, que era representado por imagem de metal na forma de um hexagrama verde que estava posta em cima de um altar cheio de crânios, velas e sangue.  Desenhado na parte central do símbolo havia uma grande serpente circundando um escudo.

Símbolo de Sviluss encontrado no altar.

Os inimigos eram 10 yuan-tis com feições humanas, 2 yuan-tis com cabeças de serpente e Mennak,  o clérigo que lidera todo este culto. Assim que Mennak nota a presença dos heróis ordena que os servos de Sviluss matem a todos enquanto conjura uma magia em nome do Deus Serpente:


Mennak
: Grande Sviluss, Senhor de Toda a Escuridão e Mestre de todos os povos alkemorianos, glorifique-nos com sua benção neste combate contra os infiéis estrangeiros!

Era o início de um tenso combate.

Mennak, líder dos Yuan-ti Língua das Trevas.

Os heróis conseguem escutar Cedric falando alto, enquanto mergulhava no fosso:

CedricNÃO SE PREOCUPEM COMIGO! Halaman, que está com Sâmira e é aliado dos homens-serpentes. Eles estão realizando algum ritual na Praça da Tríade, do lado de fora do templo! Vocês precisam impedir que cheguem até o Olho-de-Fogo!

Mesmo surpresos com a revelação, seus aliados não recuariam neste momento. No fundo o ranger sabia disso, apesar de não temer a própria morte.

Zelot, mesmo amaldiçoada pelo toque da múmia, é a primeira agir e avança com sua espada-longa mágica. Ela acerta um golpe em um yuan-ti na barriga. O golpe congela parte da sua pele, que se parte assim que ela retira a espada. A ladra tinha um plano em mente e precisava executá-lo.

Em seguida Sean Kallingard avança em investida com sua espada larga e acerta um poderoso golpe no ombro esquerdo de outro yuan-ti, que fica gravemente ferido.

As demais criaturas avançam em direção aos heróis sacando suas espadas de lâmina curva e escudos, enquanto outros disparam flechas de arcos longos. Sean consegue bloquear um ataque, mas é atingido por um segundo golpe de khopesh e por uma flecha, que raspa seu braço direito. Zelot também é atingida por um golpe de espada, porém uma aura mágica de cor branca impede que a lâmina corte sua carne. A ladina sabia que o Medalhão do Equilíbrio estava a protegendo.

Na sequência o bárbaro Eberk  avança brandindo seu machado anão, e atinge a barriga de outro yuan-ti, que cambaleia. A monja Miyu se junta ao combate, atingindo um poderoso chute rodopiante contra outro inimigo. Ao longe, o feiticeiro luparano Krusther Nesmish conjura uma poderosa magia de um pergaminho: mísseis mágicos potencializados em direção a Mennak, que, mesmo com sua resistência a magia, é ferido pelas flechas incandescentes.

O combate que segue  exige que os heróis sejam rápidos e efetivos, afinal Cedric estava sendo mergulhado em um fosso escuro e não conseguia se desvencilhar das amarras.

Zelot sabia que precisava impedir que ele morresse dessa forma. A ladra avança contra o yuan-ti que estava descendo o ranger fosso adentro, se expondo na parte central do Salão. Como também era uma habilidosa guerreira no uso de duas armas, a “Sombra dos Medalhões” enfrenta sozinha dois yuan-ti usando sua espada-longa e espada-curta mágica.

Salão Cerimonial do Templo de Valumbar: os heróis enfrentam Yuan-tis Língua das Trevas.

Na parte esquerda do salão os combatentes corpo-a-corpo Sean, Eberk e Miyu tentam impedir o avanço dos inimigos, enquanto o feiticeiro Krusther utiliza suas magias de ataque a distância. Kallingard convoca o nome de Heinvarg, o Deus da Coragem e Justiça, e incentiva seus companheiros a lutarem contra essas forças malignas.

Mennak conjura diversas magias contra os heróis, tanto para atrapalhá-los quanto fortalecer os seus semelhantes. As criaturas avançam sem medo de morrer, tentando cercá-los. Os yuan-tis com cabeça de serpente são os mais poderosos e quase matam o guerreiro Sean em dado momento.

O anão Eberk entra em fúria e aumenta sua capacidade combativa consideravelmente. Apesar da maior parte se conter e não querer arriscar sua vida neste lugar imundo, o bárbaro, que detesta tudo relativo a Alkemor, sabia que precisava acabar com isso logo. Ele precisava de seus aliados vivos, pois eram os únicos com o conhecimento de como sair dessas terras malditas.

Em dado momento a Zelot escuta a voz de Vlendzer, que consegue se desvencilhar da mordaça que tapava sua boca:

Vlendzer: “Zelot, tem algo sinistro no altar. Eu escutei uma voz vindo de lá. Daqui consigo ver um pano preto cobrindo alguma coisa estranha.”

Em seguida, mesmo preso e de cabeça para baixo, o bardo inicia uma canção mágica que inspira coragem em seus aliados.

Do outro lado, Youssef consegue se desvencilhar das cordas e, sem perder tempo, pega uma espada de um homem-serpente morto e salta em direção ao fosso. O genasi da terra sabia que Cedric precisava urgentemente de ajuda.

Graças aos poderosos ataques de Sean, Eberk e as magias ofensivas de Krusther, os homens-serpentes com cabeça de cobra são mortos. Os demais inimigos já estavam praticamente derrotados. Mennak, percebendo que não conseguiria vencer, inicia uma fuga pelo portal ao sul do salão. Eberk ainda consegue alcançá-lo, mas erra o golpe com seu machado. O maligno clérigo conjura uma maldição sobre o anão, que sente sua mente ficar enevoada e confusa.

Miyu, temendo pela morte de Cedric e Youssef, depois de derrubar um homem-serpente, corre e salta em direção ao fosso.

Perto dali, Zelot tem a impressão de escutar um som vindo do altar, uma voz que sussurra em alkemoriano próximo ao seu ouvido: “Liberte-nos. Liberte-nos….”. 

A ladra, depois de ouvir a sinistra voz, tinha que escolher se puxaria as correntes que ergueriam Cedric do fosso ou se iria até o misterioso altar. Ela termina de matar o último homem-serpente que a atacava, vai em direção as escadas do altar e puxa o pano preto que cobria alguma coisa. Para sua surpresa, é revelado um grande símbolo feito de metal escuro de uma cabeça de chacal: era o símbolo de Valumbar, o Deus dos Mortos, dos Vivos e da Ressurreição.

Zelot revela o símbolo de Valumbar no altar.

Neste momento um forte brilho de cor roxa-escura se faz na imagem e nas duas estátuas de gigantescos homens-chacais na parte sul da câmara. Uma fenda escura e enevoada surge no ar e três criaturas sinistras com cabeças de chacais e pelagem negra emergem de algum mundo distante.

Do portal em frente ao altar sai um humanóide de tamanho médio vestindo trajes sacerdotais, segurando um grande cajado dourado espiralado, com uma pedra negra no final. Dos portais em frente a cada uma das duas estátuas sai um humanóide grande, musculoso e ameaçador, vestindo armaduras de faixas de metal e segurando gigantescos falciones. Os olhos dessas criaturas extraplanares brilham um profundo roxo enegrecido, imbuídos de vingança.

Estranho humanóide que emerge de um dos três portais.
Dois outros humanóides grandes emergem de portais.

A criatura com vestes sacerdotais fala em voz alta:

Criatura: “A ira de Valumbar arrastará as almas dos profanadores que obliteraram as imagens e símbolos do Deus dos Vivos e dos Mortos!” A criatura se vira para Zelot e continua: “Humana, retornada do mundo dos mortos, impeça que alcancem o Olho-de-Fogo!”

A criatura abre a boca e aspira um ar negro e fétido de Zelot. A ladra, surpresa, sente que a maldição do toque pútrido da múmia desaparece, deixando sua pele com as tonalidades originais. Zelot não perde tempo e vai direto até as correntes que suspendiam Cedric e começa a puxá-las, na esperança de conseguir salvar o ranger. Em seguida Zelot liberta Vlendzer das amarras.

As outras duas criaturas, maiores, mais fortes e portando grandes falciones, correm pelo templo caçando os profanadores yuan-tis. Uma delas segue em direção a Mennak, que tentava fugir. Eberk fica paralisado. Sua mente estava enevoada e confusa, graças a feitiçaria negra de Mennak.

Krusther conjura uma magia de vôo e segue em direção a passagem sul, para tentar impedir a fuga de Mennak.

Em seguida Youssef emerge do fosso juntamente com Cedric, que estava desmaiado e bastante ferido. Seu corpo estava coberto por pequenas perfurações e sua pele pálida. O genasi diz:

Youssef: “Cedric estava em um fosso de serpentes! Ele precisa de ajuda!”

A criatura com cabeça de chacal, que havia aparecido na frente do altar, se aproxima e cura Cedric, e em seguida o guerreiro Sean, que acabava de ter matado o último yuan-ti. Vlendzer também se aproxima e constata que, apesar de bastante ferido, o meio-elfo iria sobreviver.

O humanóide com cabeça de chacal, vestido com trajes sacerdotais, se aproxima de Eberk e cura seus ferimentos. O anão sente que de alguma forma a maldição conjurada por Mennak é dissipada, mas ainda sente bastante cansaço físico, consequência do fim da sua fúria.

Youssef recupera seus equipamentos e dos demais, que estavam amontoados ao redor do altar. Cedric, que havia sido curado, se levanta com a ajuda de Miyu e Vlendzer. Ele estava bastante debilitado. Neste momento o halfling fala em voz alta:

Vlendzer: “Rápido, vocês precisam impedir Halaman! Ele está com Vorssenach, o líder dos yuan-tis! Iremos recuperar nossos equipamentos e logo alcançaremos vocês.

Krusther, Zelot, Sean e Eberk seguem direção a saída do templo. No caminho encontram Mennak, no Salão dos Pilares, acabando de ser morto por um dos guardiões que portava um grande falcione. A criatura observa com olhar de ódio e vingança o corpo de Mennak enquanto remove a lâmina de suas entranhas.

Antes de morrer ele ainda amaldiçoa os heróis, enquanto engasga no próprio sangue:

Mennak: “Não vão *gasp* c-conseguir impedir que c-chegue*gasp*mos ao medalhão. Sviluss triunfará e *cof* s-suas almas estarão….*gasp*…..Per…di…das!”

A Praça da Tríade

Assim que saem do templo, Sean, Zelot e Krusther chegam a grande Praça da Tríade. Eles já haviam cruzado este local horas antes. Foi aí que conheceram Mennak e grande parte da história sobre Luckendor foi revelada (reveja a Sessão 7).

A Praça da Tríade trata-se de uma gigantesca praça pavimentada com um formato triangular. O local não possui cobertura, mas diversas colunas laterais sustentam tetos e arcos de rocha, margeando todo o interior. Muitas dessas colunas estão rachadas ou destruídas e seus pedaços (que devem pesar toneladas) ao chão. Os templos de Anzurf e Surya estão arruinados, enquanto o de Valumbar ainda se encontra conservado. É noite e o todo o local é iluminado por piras flamejantes.

Entrada do Templo de Valumbar.
Ruínas do Templo de Anzurf.
Ruínas do Templo de Surya.

Em frente a cada uma dessas estátuas estavam uma das 3 chaves de Haran-Pharak: (i) O Bastão Dourado, em frente Águia, (ii) Sâmira Olhos-de-Esmeralda, em frente a Coruja e (iii) o Pedestal Negro, em frente ao Corvo. No centro da praça os heróis avistam círculos desenhados no chão e dispostos a formar uma área central. No centro de cada círculo haviam estátuas: uma Águia, uma Coruja e um Corvo, animais que representam as três grandes divindades cultuadas pelo Culto dos Três CírculosAnzurfSurya e Valumbar, respectivamente.

Na área de encontro dos três círculos se encontrava a estátua de Haran-Pharak, o grande líder religioso que libertou Luckendor no passado (reveja a história antiga do local clicando aqui). Ao redor da estátua uma escada de pedra circular descia para dentro do chão. Essas escadas não existiam quando os heróis cruzaram a praça.

No centro da Praça os heróis avistam Halaman,  Nyaga e também uma grande criatura bestial, um homem-serpente musculoso e aterrorizante, com cabeça e cauda de serpente. Krusther reconhece como sendo Vorssenach, o yuan-ti que os heróis combateram na aventura nas Cavernas Mulich.

Espalhados por toda a área estavam homens-serpentes ocultos sob a forma de Sentinelas de Valumbar.  Os heróis escutam Halaman e Vorssenach discutirem como iriam entrar na Tumba de Haran-Pharak, já que ela estava aberta. Os ânimos pareciam estar a flor da pele entre eles.

Continua em Sessão 18.

Praça da Tríade, local onde os heróis chegaram ao final da Sessão.
Estátua de Haran-Pharak no centro da Praça da Tríade.
Vorssenach, líder dos Yuan-Ti Língua das Trevas, Alkemor.
Halaman, mago Sha’ir de Alkemor que havia enganado os heróis e feito uma aliança com os Yuan-Tis.
Nyaga, o misterioso homem de pele negra que havia sido visto ao lado de Latifa (Halaman).

Comentários do Mestre

Essa foi a última sessão da 2ª parte da trilogia A Cidade Perdida de Luckendor. Agora os heróis entram no desfecho final para encontrar o Medalhão do Poder, mais conhecido como Olho-de-Fogo em Alkemor.

A Tumba de Haran-Pharak foi destrancada com a revelação do segredo do grande libertador de Luckendor: as três chaves foram usadas para abrir sua tumba, local onde estaria escondido o medalhão.

Os grandes inimigos dos heróis se encontram na última parte dessa trilogia, intitulada “Cidade Perdida de Luckendor, 3ª parte: A Tumba de Haran-Pharak”.

O que será que esta por vir? 

Conseguirão os heróis encontrarem o Olho-de-Fogo antes de seus inimigos?

Aguardem as cenas dos próximos capítulos.


———

Sobre a sessão em si, não há nada como mestrar presencialmente ao lado de seus amigos! Só não foi inteiramente presencial pois o quarto membro (Daniel – que interpreta Krusther) está na Austrália. Aliás, Daniel está de parabéns por se esforçar a jogar conosco. O fuso horário dele é mais de 12 horas!

Segue abaixo algumas fotos retiradas durante o jogo.

Esquerda pra direita: Diogo Borges (Eberk), Bruno Brito (Zelot), Marcelo Guimarães (Sean) e Bruno Gonçalves (DM).
Caixa conectada via bluetooth, de onde saia a voz de Daniel Alonso (Krusther). Daniel estava morando na Austrália, mas mesmo assim participou!

Bruno Gonçalves

Mestre Aposentado, criador do cenário de campanhas Arzien, jogador de RPG a mais de 18 anos nos diversos cenários dos mestres da Orbe dos Dragões. Atualmente escreve sobre RPG, Dicas de Mestre e Cenários de Campanha.

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Published by
Bruno Gonçalves
Tags: Grupo 2

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