A Comitiva dos Bravos – Parte I (A Viagem)

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Kirkmund me passou algumas notas, e me falou sobre grande parte da história que vos trago aqui. Não estive junto de meu sábio mestre de Amaunathor, mas a aventura me foi passada com requinte de detalhes ímpar, e é essa história que irei compartilhar com vocês aqui. Essa é a história de como a Comitiva dos Bravos venceu a morte no Jardim de Chauntea…”

Por Andrea Argêntea

Andrea Argêntea

Para iniciar essa narrativa do modo certo, precisarei começar de um ponto que seja possível entender o que levou a Comitiva dos Bravos à Abadia do Feixe Dourado. E quase deixou a vila a própria sorte, por interesses tão honrados quanto o grave problema que ameaçava a existência do povoado.

A comitiva dos Bravos é um grupo de homens e um elfo, cujos propósitos divergem em intenção, mas convergem em ideais. Não me prolongarei em detalhar o papel de cada membro, pois o momento será oportuno mais a frente, mas é relevante identificar sua composição. Lucius sacerdote de Tempus, fervoroso, temente, violento e de resposta rápida a uma peleja, representa a principal infantaria do grupo. Harash Variel, um nobre príncipe elfo, que busca redenção por feitos passados, ainda confusos e obtusos em comparação aos seus atos atuais. Domina tanto a arte da espada, bem como a da magia. Junto com Lucius, representam a linha de frente de combate do grupo. Por último, Kirkmund, o Peregrino. Um viajado e experiente sacerdote de Lathander, é o pilar de sabedoria da Comitiva dos Bravos, paciente, político, conciliador e um perpetuo guardião da vida, é o membro cujas palavras sempre são ouvidas e vem sendo aceitas por seus pares. Kirkmund é o que mais se aproxima do papel de um líder da confraria.

Há ainda outros membros que eventualmente se incorporam a Comitiva dos Bravos, mas não fazem parte do grupo permanente. Me perdoem o pouco conhecimento sobre suas personalidades, mas alguns são tão misteriosos que impacta em minha descrição a respeito.

Caliban, o último druida dos Vales, taciturno, esse homem é um guardião da natureza nos vales e seus interesses se confunde e eventualmente converge aos da Comitiva dos Bravos. Zarok Malorn, paladino de Tyr, e filho do governador do Vale da Névoa – Haresk Malorn. Zaroq é um virtuoso paladino e amigo da comitiva. Zhakarias, um tiefling sobre o qual sei muito pouco, e do que se sabe, ele é um espião do Vale das Sombras e vem fornecendo informações vitais para Lorde Mourgrene e a Comitiva dos Bravos sobre as atividades drows na região. Há ainda um Ghitzerai e dois guerreiros de Tempus, um deles, dissidente da Comitiva dos Bravos de nome Wolf Gang. Por fim, eu quem vos lhe escrevo – Andrea Argêntea, protegida de Kirkmund. Meu papel é o de acompanhar e registrar os feitos da Comitiva dos Bravos, ajudando quando minha canção convém.

Feitas as apresentações, vamos voltar a história…

PARTIDA DO VALE DAS SOMBRAS

Os aventureiros haviam saído do Vale das Sombras com o destino certo ao Vale da Névoa, onde uma verdadeira guerra entre o Vale da Névoa e orcs, era eminente. A viagem foi feita por barco e passado 1 dia e meio, já estávamos margeando o rio, quando avistamos um grupo de soldados em uma luta frenética contra camponeses e aldeões.

Vale das Sombras

A primeira vista pensamos que se tratava de uma chacina, pois os camponeses atacavam com as mãos nuas, e imediatamente a Comitiva dos Bravos iniciou uma série de medidas para conter a carnificina e proteger as pessoas.

Kirkmund foi o primeiro a agir, e rogando as bênçãos de Amaunathor, conseguiu congelar os movimentos de um soldado que se encontrava na iminência de pôr fim a vida de uma criança de não mais que 10 anos de idade, no chão e indefesa.

Quando o soldado teve seus movimentos paralisados por Kirkmund, notei que uma expressão de pânico nos olhos do soldado, pois a criança até então indefesa, para a surpresa de todos se virou contra o soldado e mordeu-lhes a perna.

Imediatamente a percepção dos heróis ganhou outra conotação e talvez houvesse sido a luz parca da aurora que se aproximava no horizonte, ou mesmo a relva alta à distância que a embarcação se encontrava, fosse o que fosse, uma coisa era fato aos experientes heróis. Aqueles camponeses não eram normais.

Zumbis

Carne lacerada, olhos vazados, roupas podres, vísceras expostas, e quando o vento ficou contra a embarcação, trouxe consigo um cheiro de morte, típico de matéria orgânica em decomposição. Os camponeses eram zumbis, imagens distorcidas das vidas que tiveram outrora. E os soldados era quem precisava de ajuda, pois não eram poucos mortos-vivos.

Após uma batalha rápida e graças as bênçãos de Kirkmund, cuja divindade da vida é poderosa contra mortos-vivos, os zumbis foram rapidamente destruídos. Por sorte nenhum dos soldados foi gravemente atingido e o soldado paralisado foi o primeiro socorrido pela Comitiva dos Bravos. Entre os soldados estavam um de notória fama ao grupo, se tratava de Zaroq Malorn. O paladino havia reunido o destacamento de soldados para reduzir a quantidade de mortos-vivos que continuamente avançam em direção a Abadia da Espada e terras ao norte do rio.

Após curar os feridos e se restabelecer, a comitiva e os soldados seguiram por terra, sentido Abadia da Espada. Zaroq havia revelado aos heróis que eles estavam em Vau Ashaben e relata que Elmo de Peldan se encontra sitiada por orcs.

Bandos de orcs estão espalhados por toda a região, pilhando e destruindo tudo em seu caminho. Justamente por isso, o paladino não seguiria com a Comitiva, além de destruir eventuais grupos de orcs, o paladino tem a missão de recrutar o máximo de forças nas vilas que povoam o vale para se preparar para a batalha contra os orcs em Elmo de Peldan. Porém, Zaroq revela aos aventureiros que a Abadia do Feixe Dourado, a pouco dias havia lhe enviado uma mensagem, em verdade um pedido de ajuda, problemas graves com mortos-vivos colocam em risco toda a vila. O paladino então pede ajuda da Comitiva para apoiar a Abadia do Feixe Dourado, enquanto ele e seus soldados seguirão para Elmo de Peldan.

Após breves despedidas o grupo se separou e a a comitiva seguiu para o norte.

A Comitiva segue

Continua…

Essa é uma história criada pelo Mestre das Masmorras – Diogo Celho, e grande parte de seu conteúdo é próprio e adaptado por Bruno de Brito, jogador e interprete de Kirkmund, o Peregrino…

Gostou dessa história e quer ler mais, clique aqui e conheça o guia de Forgotten Realms!

Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

View Comments

  • Esporo que todos estejam gostando das aventuras e da história, estou gostando muito de mestra para este grupo de jogadores.

  • As aventuras estao super empolgantes e bem elaboradas! Os desafios mutio bem encaixadoa no enredo e com inimigos poderosos e letais! Mal posso esperar pelas proximas sessoes para Lucius e a Comitiva dos Bravos atenderem todos os seus objetivos com pleno exito!!

    Vida longa ao rpg!! E que todos revereciem o Martelo Inimigo e a redencao da Abadia da Espada juntamente com o Vale da Batalha!!!

  • Dom. Alonso, notou os hiperlinks nos nomes dos personagens no inicio? Levará o leitor às histórias desses personagens. Me mande a história de Lucius, para poder fazer o mesmo.

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