A Comitiva dos Bravos – Parte III (Neve e Sangue)

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O grupo cavalgava há horas e pelos meus cálculos, a Abadia não deveria está muito longe, ao final do dia, vimos pequenos grupos de três a cinco pessoas se aproximar, eram aldeões, camponeses e todos pareciam ir em direção ao mesmo destino, vendo aventureiros armados como uma proteção naquele caminho, se juntaram quase como uma romaria, após estes outros grupos vieram. A noite chegou rápida com o frio do inverno. Carroças e cavalos foram organizados ao redor de uma grande fogueira cujo objetivo era aquecer os corpos e as panelas com sopa, carne e pão, uma refeição simples, porém nutritiva. Kirkmund e algumas outras pessoas tratavam de cuidar disso, enquanto eu (Andrea) e Harash, organizávamos os turnos e a vigília. Lucius amolava frente as chamas o gume de seu machado, contemplativo as chamas, a paz perturbava o sacerdote de Tempus.

Kirkmund percebeu que grande parte daquelas pessoas fugiram de suas vilas e aldeias assoladas por orcs. Carregaram o que podiam levar no corpo e nos animais de carga que acompanhavam. Eles haviam perdido seus lares, segurança, plantações, riquezas de uma vida inteira. O clérigo de Lathander lamentou e sentia que tal mal poderia chegar a todos os vales se não fizessem algo e rápido. Apenas uma coisa era notória no grupo de pessoas que se somaram a Comitiva dos Bravos, todos vieram com uma vela acessa como um sinal de orientação e proteção para o caminho a frente.

Kirkmund viu quando Andreia chorou ao ouvir que o homem que foi responsável por te trazer ao mundo – Frei Tuck, morreu a não menos que um dia na Abadia do Feixe Dourado. As pessoas que narravam o fato para a barda, lamentavam tanto quanto ela a perda e uma sombra escura permeavam os fatos de sua morte. Além da morte do Frei Tuck, descobri também que muitas pessoas estavam indo prestar suas últimas homenagens ao Frei da Deusa Chauntea e buscar abrigo na Abadia contra os ataques orcs.

19 da Nevasca, 1384 CV

Todos estão sentando em volta da fogueira conversando, e não vai demorar o raiar das primeiras luzes do sol, quando o alerta veio de Lucius:

“Preparem-se a algo errado… estamos sendo cercados! ”

Surgindo do leito da neve e indo em direção do grupo, eles se arrastaram se beneficiando dos últimos momentos de escuridão para surpreender suas vítimas, eram orcs.

Os orcs bem experimentados em batalha, vestindo armaduras de cota de malha e com espadas de qualidade avançaram causando pânico e tumulto no acampamento. Para a Comitiva dos Bravos o maior desafio ali não seria neutralizar aquela ameaça, mas reduzir o número de vítimas fáceis para os orcs, as pessoas que tinham se juntado ao grupo.

Uma mulher grávida foi a primeira gritar de pânico quando um orcs se aproximou dela com uma lança afiada e vil. Com as mãos em sua barriga ela gritou pedindo auxílio, Harash e Kirkmund se lançaram rumo a protege-la, e o elfo chegou primeiro. Lançando poderosos ataques contra o orc, este desistiu de atacar a grávida e tomou o elfo como adversário. Kirkmund atravessou o campo de batalha sem se importar com os inúmeros ataques que recebia por tal movimento descuidado e no caminho chamou todas as pessoas para que se aproximassem dele.

Grande parte dos camponeses se aglomeraram ao redor de Kirkmund e este invocou as bênçãos de Amaunathor, uma cúpula de energia cintilante criou um verdadeiro escudo que impediu o avanço dos orcs para contra os camponeses.

O fio do aço amolado de Lucius ceifou incontáveis orcs e Harash também foi rápido em responder com Magia e Espada contra aqueles numerosos inimigos.

Camponeses que não conseguiram adentrar na cúpula divina invocada por Kirkmund pereciam frente a lâmina vil dos orcs. A quantidade de inimigos, os gritos dos camponeses e a própria vida dos membros da Comitiva dos Bravos começa a correr sério risco. Em situações passadas, este mesmo grupo agiria de forma independente e caótica, gerando resultados imprevisíveis e muitas vezes negativos, mas a Comitiva amadureceu, e ciente de que apenas a união pode garantir um resultado favorável, os membros do grupo começam a realizar ações coordenadas e mudar o fiel da balança a favor do bem.

Kirkmund assume a retaguarda, protege e cura os feridos, além de rogar pela proteção de seu Deus a seus aliados.

Harash com sua espada embebida de magia fulmina os orcs a uma velocidade espantosa, invocando suas magias ancestrais.

Lucius utiliza as preces do deus da guerra Tempus para se tornar um avatar da batalha, forte e grande como um gigante da colina, ele adentra em um frenesi incessante, se tornando uma réplica dos guerreiros lendários de Tempus. O clérigo da guerra escolhe como seu adversário o líder dos orcs – Orcoude “Morde Pedras”, montado em um vigoroso Worg.

E eu com minhas canções inspiro meus novos amigos a vencer essa difícil batalha.

Orcoude “Morde Pedras”
Continua…
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A Comitiva dos Bravos – Parte I (A Viagem)
A Comitiva dos Bravos – Parte II (A Fazenda)

Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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