A Guilda de Rakdos (Parte I) | Heróis da Ordem

Esse resumo representa a continuação da sessão começada no dia 16.02.2019 e depois continuada no dia 24.03.2019.

Os aventureiros da Ordem: Aescriel, Kalin, Lester e Rathnar finalmente chegam a Keristen e impressionam com a beleza e movimento da cidade que é atualmente a principal fonte de conhecimento de toda Furyondy, e inesperadamente se veem envolvido em uma trama para frustrar os planos de uma Guilda de Escravocratas, conhecidos como a Guilda de Rakdos.

Jogadores:

Marcelo Guimarães – Aescriel;
Bruno Freitas – Rathnar;
Bruno Simões – Kalin;
Lester ou Fester?! – PdM;
Insix – PdM.

Esse é um artigo original escrito por Bruno de Brito e revisado por Bruno Simões.

Insix

10 de Preparos de 592CY

nsix se aproximou da mesa em que os heróis estavam e se sentou em uma das cadeiras vazias. Pegou uma garrafa de rum e depositou o líquido em um copo de barro ali presente. De uma única golada ingeriu o líquido sem esboçar qualquer sinal de desagrado e virou o copo de cabeça para baixo na mesa, mirando nos olhos de cada figura ali sentada, disse finalmente:

“- Infelizmente eu não posso ajudá-los. O que vocês buscam, é o que eu também procuro. Temos objetivos em comum, mas com finalidades distintas.”

Rathnar, Kalin, Aescriel e Lester se entreolharam em dúvida, e o elfo do sol foi o primeiro a falar: “- Não entendo. A minha ordem me enviou e disse que você me ajudaria. Tem alguma coisa que não está clara para mim”.

“- Está sim. A Ordem Arcana sabe que estou atrás do berílo há muitos meses. E só isso que eles sabem, mas não meus propósitos. E acredito ser muito difícil coincidir com os seus – Aescriel, é este o seu nome, correto?” Insix questionou Aescriel olhando para Renfri, buscando ali a confirmação de informações que tinha sido previamente lhe entregue algumas horas atrás.

“-Sim, este é o meu nome e imagino que já sabe quem são os meus companheiros…”

“- Sim. Acredito que com isso, não temos mais qualquer assunto a tratar.”

As Motivações de Aescriel e seus companheiros

“-Está equivocada.” Começou Aescriel. “- Encontrar essa gema é minha missão de vida. Não é um caso que envolva vida ou morte, mas posso lhe afirmar que falhar nela, é condenar-me a tal sentença. Se não entregar essa gema a Ordem Arcana de Greyhawk, tornar-me-ei um Nulo, um ser incapaz de manifestar magia. Cometi erros suficientes para que tal pena fosse justa, entretanto tive uma chance de me redimir, e aqui estou atrás dessa gema. Quero reparar um grande erro que cometi e aqui não faço meia volta para pedir-lhe que me ajude.”

Insix e os demais ouviram atentamente a suplica de Aescriel e havia muita sinceridade ali, na verdade era isso apenas que havia. Aescriel estava profundamente arrependido do que fez, mesmo que ainda sob a condição de vampiro à época. Reparar os erros do Aescriel, O Vampiro, era a penitência que precisava cumprir para eximir-se de todos os erros cometidos. E Insix, disse após um tempo de reflexão:

“- Eu faço ideia da sua necessidade Aescriel, elfo do sol. No entanto, a causa pela qual estou atrás dessa gema, é uma promessa que fiz a um anão de nome Talglor. Ele me pediu que continuasse a busca pelo Berílo, a Esmeralda Escarlate. Somente essa gema seria capaz de libertar a alma de Laucian do julgo eterno sob o controle de Raven. Eu já tenho a localização dessa joia e estou muito perto de ter tudo necessário para a partida Nyr Dyv a dentro.”

” – Sua motivação é tão nobre quanto a minha, e acredito que por isso, devamos seguir caminhos distintos, e que a sorte possa decidir nas mãos de quem essa gema deve cair…”

A Ajuda da Pirata do Nyr Dyv

Rathnar ouviu o que a pirata disse e se surpreendeu internamente em como os desígnios de Corellon eram confusos e misteriosos. E disse: “- Sinto lhe dizer minha cara. Recuperar essa pedra e entregá-la a Talglor, Coração de Mithral não será possível. O bravo anão pereceu nas misteriosas masmorras do Lar de Tamoreus. Eu estive com ele até o último momento. Lester também é testemunha. A única coisa que restou do bravo anão foi essa gema de Luz Solar… Você está livre do compromisso que tinha com o anão, uma vez que não é possível entregar-lhes a gema para o ritual que o anão provavelmente conjuraria para libertar este jovem amaldiçoado de nome Laucian.”

Insix abaixou os olhos em uma breve demonstração de tristeza. Lester e Rathnar perceberam pesar no semblante da pirata, ela realmente lamentava a perda. Após uma quantidade de tempo ela limpou os olhos com as costas de uma das mãos e voltou a olhar os aventureiros.

“- Certo. Se vocês precisam do Berílo, eu posso ajudar. Mas antes preciso que me ajudem a pegar o Palantír.”

Confusos, os aventureiros se entreolharam, e Kalin indagou: “- Do que se trata?”

“- É uma importante peça que preciso colocar em minha embarcação, o Dol Angra. Com ela, minha não pode não apenas navegar nas águas, mas também através das nuvens…”

E foi Kalin que falou primeiro: “- Onde está esse Palantír, e o que precisa ser feito para consegui-lo?”

“- O Palantír se encontra na Catedra de Alquimia, a Universidade de Conhecimentos Químicos de Oxenfurt. O local onde este item se encontra é famoso por suas proteções mágicas e seus guardiões construtos. É necessário um grupo forte para conseguir vencer os desafios do local onde o Palantír se encontra.”

Motivações e Ética

“- Nos pede para que invadamos o local e roubemos um objeto lá existente? Não somos este tipo de herói. E a propósito, por que há uma recompensa de 30.000 moedas de ouro por sua cabeça?”

“- Vocês tem muitas perguntas que, independente do que eu diga, apenas os mergulharei em um mar de dúvidas e receios. Será mais fácil se eu lhes revelar. Primeiro, o Palantír pertence ao Dol Angra, e dele foi tirado quando fui acusada de pirataria pelo Reitor da Catedra de Alquimia. Venham comigo e mostrarei quem ele é.”

Insix se levantou e de pé dirigindo para sua filha, disse:

“- Prepare tudo para amanhã à noite.”

Com uma afirmação, Renfri também se levantou e com seu grupo saiu da estalagem por outra passagem. Insix continuou andando e o grupo veio logo atrás.

Caminharam por becos e casas escuras daquela área de Keristen, sem fazer qualquer pergunta adicional à pirata. E em uma ruela, desceram por uma passagem íngreme e escarpada até o subterrâneo.

Uma vez lá disse: “- Estamos nas docas subterrâneas. Aqui é onde a Guilda de Rakdos prepara sua próxima remessa para ser enviado ao norte pelo Willip Fortress. Essa foi a negociação que vocês viram, e aqui é um dos postos de preparo da encomenda.”

E foi Lester que perguntou: “- E o que eles preparam aqui?”

“- Mulheres. jovens, crianças e adultas, todas mulheres, rumo aos portos do norte, em direção a Terra dos Escudos”.
Kalin entendeu tudo. Eles traficavam para Iuz!

A Doca Subterrânea

“- Eu não me preparei para isso!” Bradou Kalin. “- Não solicitei as bençãos de Pelor para encarar uma situação assim. Preciso de uma hora para buscar orientação espiritual”.

“- Se estamos em um território hostil, Kalin, não temos todo esse tempo. Qual o menor tempo mínimo que você necessita?” Indagou Aescriel.

” – Dá-me um quarto de hora.”

Concordante o grupo iniciou uma investigação preliminar das câmaras mais próximas. Em uma Rathnar e Insix verificaram entulhos e sujeira, tal qual um depósito de entulhos. E em outra, Aescriel e Lester descobriram barris vazios. Em um o halfling descobriu sangue e um dedo humano em um dos barris. Aquela situação manifestou uma das personalidades de Lester. Aescriel se surpreendeu quando viu Fester, o Explorador Surgir.

Havia um símbolo gravado nos barris, o símbolo daquela Guilda.

Rathnar e Insix notaram movimentação nos entulhos e recuaram. Finalmente Kalin havia concluído sua meditação e estava pronto. Todos estranharam a “nova” personalidade de Lester, mas Rathnar, Kalin e Aescriel já sabiam das variações de ego do halfling. Insix olhou com estranheza, mas se os companheiros dele não viam problema, não seria ela que veria também.

Continua…