No Campo Frio, onde as ruínas guardavam segredos sombrios, Chandra, a guerreira celestial do fogo, travava uma batalha épica contra as forças ínferas.
Num ato de coragem, Chandra impediu que os ínferos concluíssem um ritual maligno, mas o preço pago foi alto demais. Gravemente ferida, as ruínas desmoronaram ao seu redor, como testemunhas silenciosas do sacrificio da anja.
Mesmo com seu corpo marcado pela dor, Chandra recorreu ao poder de seu “Salto de Chama” para escapar do colapso iminente.
Despertou em um local desconhecido, onde Rafaete, um jovem estudioso das ruínas, a acolheu. A desconfiança inicial da guerreira celestial deu lugar a uma relutante aceitação, pois ela ocultava sua verdadeira natureza, receosa do julgamento humano.
O tempo tecia sua trama implacável sobre Chandra e Rafaete, entrelaçando suas vidas em uma jornada marcada pelo amor e pela passagem inexorável dos anos. Viveram juntos, compartilhando a paixão pela exploração das ruínas do Campo Frio, onde os segredos do passado se misturavam com a promessa do futuro.
Chandra, a guerreira celestial do fogo, dedicou-se a auxiliar Rafaete em seus estudos, catalogando e decifrando os mistérios que as ruínas guardavam. A anja, envolta na efemeridade da vida humana, temporariamente esqueceu de sua imortalidade enquanto seu amado envelhecia.
No entanto, a realidade cruel da mortalidade começou a apertar seu abraço em torno do coração de Chandra.
O desespero a envolveu ao perceber que o tempo, incontrolável, transformava Rafaete diante de seus olhos. Foi então que Chandra, impulsionada pelo desejo desesperado de prolongar a vida de seu amado, embarcou em uma busca por uma solução.
Nas entranhas das ruínas, a guerreira celestial assumiu sua verdadeira forma, uma luz brilhante em meio à escuridão ancestral.
Chandra enfrentou criaturas reptilianas malignas dedicadas a uma divindade serpente, forçando os sobreviventes e sacerdotes a prepararem um ritual arcano. Cada passo, cada gesto, era uma dança entre a esperança e o sacrificio.
O coração de Chandra pulsava com a tensão de sua decisão.
Sabendo que Rafaete não aceitaria seu sacrifício, a anja preparou tudo em segredo. Quando o cenário estava pronto, Chandra conduziu seu amado às ruínas, sob o pretexto de uma investigação.
A narrativa atinge seu ápice de emoção quando Chandra, envolta na luz dos acontecimentos, leva Rafaete para o epicentro do ritual. O amor, a esperança e o desespero se entrelaçam, criando uma melodia de emoções que ressoa nas paredes antigas das ruínas.
Entretanto, no ápice do ritual, correntes profanas emergiram, inibindo o poder de Chandra.
Ela lutou desesperadamente contra forças além de seu controle, mas a verdade que ela guardava com tanto zelo foi revelada. Suas asas vermelhas, cabelos ruivos e a luminosidade de sua natureza celestial foram expostos diante do amado.
Enfraquecida pelas correntes, Chandra observara seu amado caminha em sua direção. Ela temia sua reação, ela havia mentido para ele sobre sua natureza, mas assim que Rafaete conseguir chegar até ela a envolveu em um abraço apaixonado e reconfortante.
Chandra estava aliviada, mesmo enfraquecida ela estava aliviada, seu amado tinha perdoado ela, pela mentira, mas sensação de alívio logo foi transformada em dor.
Rafaete a abraçara e beijara sua testa, mas logo depois, entoando cânticos malignos Rafaete agarrara a essência invisível de um anjo, o homem iniciou um ritual para arrancar a auréola de Chandra, e em um coro, junto com os sacerdotes serpentes Rafaete revelou seu segredo.
Seguidor do deus serpente e líder do culto, Rafaete sempre soube da natureza de Chandra, e durante os anos ele pesquisou uma forma de roubar os poderes dela.
Ele descobriu que precisava enfraquecer o corpo e principalmente a mente da anja.
A dor rasgou o coração de Chandra, seu amado, em quem confiara sua verdadeira essência, revelou-se como o arquiteto de sua própria queda.
O sacrificio que ela estava disposta a fazer para prolongar a vida de Rafaete tornou-se um pesadelo, enquanto as correntes profanas aprisionavam seu poder celestial.
Enquanto Rafaete iniciava o ritual para arrancar a auréola de Chandra, o coração da guerreira celestial mergulhou nas profundezas da traição.
A esperança desvaneceu, substituída pelo lamento de um amor quebrado. Os cânticos malignos ressoavam, ecoando a tragédia que se desenrolava nas ruínas antigas.
Chandra, agora enfraquecida e aprisionada, enfrentava o tormento da traição.
O culto serpentino, que Rafaete liderava, revelava-se como uma sombra que sempre pairara sobre a sua jornada. A anja, que um dia lutou contra as trevas para proteger a luz, agora via seu próprio brilho ser obscurecido pelo veneno da traição.
Assim, nas profundezas das ruínas, onde a luz divina e as trevas se encontraram, Chandra testemunhou a desconstrução de sua própria divindade. O amor e a confiança, outrora inabaláveis, foram substituídos pela cruel realidade de um destino que ela não podia mais controlar.
Laíz nasceu em uma família de pastores e teve um início de infância muito comum, mas quando completou seus 8 anos, parte do seu poder acordou.
As chamas dançavam ao redor de Laíz, refletindo nos olhos que brilhavam com uma intensidade divina. A energia, antes contida, agora se manifestava de maneira incontrolável. Sua família, apavorada, trancou-a em um celeiro, temendo o poder que brotava daquela criança inocente.
Os dias se tornaram uma longa noite para Laíz, que viu sua liberdade ser substituída pelo confinamento.
A única companhia era o silêncio e a escuridão, mas por trás dos olhos brilhantes, algo mais se manifestava. Seus poderes, como uma força selvagem, cresciam junto com a dor de ser isolada.
A mãe de Laíz, presa entre o amor e o medo, entregava-lhe alimentos em meio ao desespero. Contudo, o destino da jovem parecia selado pela vergonha e pelo temor daqueles que a trouxeram ao mundo.
O momento decisivo chegou quando Laíz completou 10 anos.
Seus poderes, agora uma tempestade prestes a se desencadear, acenderam as palhas do celeiro, envolvendo tudo em chamas. A jovem, tomada por uma força incontrolável, viu seu único refúgio se transformar em brasas.
A vergonha daquilo que ela se tornara consumiu Laíz, empurrando-a para fora do celeiro em chamas, em direção à escuridão da noite. Com lágrimas escorrendo por suas bochechas, ela correu para longe, buscando o desconhecido.
A necessidade de fugir daquilo que era e do que era capaz tornou-se sua única verdade.
O Campo Frio, envolto em mistérios e sombras, chamou por Laíz.
Cada passo que ela dava parecia guiado por uma força invisível.
Os charcos e as ruínas, marcados pelo frio implacável, tornaram-se o destino daquela criança cujos olhos ainda refletiam as chamas que haviam consumido seu lar.
O Campo Frio
Ao sul do Vale do Rastelo e ao norte do Vale da Cicatriz, encontrasse um charco sem trilhais, assombrado por espíritos de guerreiros que pereceram em dezenas de batalhas locais.
Durante o verão, os pastores do Vale do Rastelo e os plebeus do Vale da Cicatriz trazem suas ovelhas para aproveitar a grama alta, uma vez que os animais não se importam com os espíritos sem descanso que jazem nos túmulos sem lápides sob as colinas.
No inverno, apenas os tolos se aventuram no interior do Campo Frio.
A cena era carregada de emoções conflitantes: a tristeza da rejeição, o desespero da fuga e a curiosidade diante do desconhecido. Laíz, agora uma pequena chama em meio à escuridão, caminhava rumo ao seu destino incerto.
Na ruína, algo antigo parecia pulsar em sintonia com a energia divina de Laíz.
O lugar, marcado por séculos de história esquecida, era como um ímã para a jovem cuja essência divina clamava por propósito.
O cheiro acre da queima ainda pairava no ar quando Kalmir e Fafnir chegaram aos destroços do celeiro incendiado. O calor residual das chamas contrastava com a frieza que envolvia suas almas, alertando-os para a presença de algo divino e, ao mesmo tempo, ameaçador.
A missão era clara: averiguar o possível nascimento de um santo no Vale Rastelo.
Os irmãos de armas, cientes do peso que recaía sobre seus ombros, olhavam para os escombros em busca de sinais. Entre as cinzas, a energia divina pulsava como uma canção celestial, mas não soava pura e inalterada.
A percepção aguçada dos guerreiros revelou que não eram os primeiros a investigar aquele local.
A tristeza e a indignação se misturavam enquanto observavam os restos da fazenda, testemunhas silenciosas da carnificina infligida por um ínfero impiedoso. O mesmo que agora caçava o que eles buscavam.
O vento sussurrava segredos antigos, e os olhos de Kalmir e Fafnir se encontraram em silenciosa comunhão.
A missão ganhava contornos mais sombrios, e a urgência os impelia a agir com rapidez. A energia divina, antes tranquila, agora era como um fio tênue prestes a se romper.
Karnia, em sua busca pela localização da Árvore do Fogo, seguia as orientações de um item dedicado ao Deus do Fogo, Kossuth.
Ciente da presença ameaçadora dos drows na região, a barda temia pelos planos malignos que os elfos negros poderiam estar tramando. O artefato mágico, mesmo com sua direção às vezes ambígua, guiava Karnia em direção a um poder significativo de fogo.
Em uma das direções indicadas pelo item, Karnia chegou a uma antiga ruína.
Utilizando seus conhecimentos e magias, a barda descobriu que aquele local pertencera, tempos atrás, a um humano intitulado Rei Derretido.
As lendas contavam que ele usava uma “coroa de fogo” que o tornava poderoso, mas, com o tempo, o artefato consumiu sua carne e ossos, transformando-o na figura tétrica conhecida como Rei Derretido.
Apesar de compreender que aquela ruína não era o local da Árvore do Fogo, Karnia, movida pela curiosidade, decidiu investigar o som de combate que ecoava nas profundezas do local. Foi então que testemunhou uma batalha intensa entre Kalmir, Fafnir e um Osyluth, um Diabo dos Ossos.
O embate era feroz, e Karnia percebeu que o Osyluth estava determinado a levar consigo uma criança desacordada presente no local.
Mesmo sabendo que aquela ruína não era o ponto de interesse inicial, a barda não pôde ignorar a urgência do momento. Movida por um impulso heroico, ela se lançou na batalha, unindo forças com Kalmir e Fafnir para derrotar o terrível Diabo dos Ossos.
O Osyluth, apesar de sua ferocidade, não resistiu à aliança improvável entre a barda e os guerreiros.
Contudo, antes de ser vencido, o Diabo dos Ossos desferiu um ataque venenoso com seu ferrão, atingindo Laíz, a criança santa que agora estava vulnerável no campo de batalha. se ele não teria a criança santa os Arcontes também não a levariam.
O envenenamento foi um golpe inesperado, uma sombra que pairou sobre a vitória conquistada. Karnia, Kalmir e Fafnir olharam com preocupação para a criança desmaiada, uma vítima inocente dos horrores que se desenrolavam. O compromisso de Karnia com a proteção daqueles que não podiam se defender a impeliu a agir.
Karnia, Kalmir e Fafnir agiram com urgência.
A jovem, com um espírito forte, lutava contra as adversidades, mas seu corpo estava debilitado pelos dias caminhando nos charcos e pelo ferimento causado pelo terrível Osyluth. Sem tempo para formalidades, os três se lançaram na missão de salvar a vida da criança.
Enquanto Karnia, com sua perícia mágica, iniciava um tratamento para neutralizar o veneno que ameaçava Laíz, Fafnir seguia seus instintos, determinado a encontrar o artefato essencial para a missão que haviam recebido. A busca incessante do guerreiro não se abalava mesmo diante da urgência do momento.
Com a ajuda dos novos guardiões, Laíz enfrentava os desafios de seus ferimentos e a ação tóxica do veneno. O ambiente estava carregado de tensão, mas também de determinação. Karnia canalizava suas habilidades para aliviar o sofrimento da jovem, enquanto Kalmir mantinha um olhar vigilante sobre o ambiente, antecipando qualquer ameaça que pudesse surgir.
Enquanto isso, Fafnir, observava as chamas, do lampião dedicado a Kossuth, conduzirem-no a uma direção específica, Karnia tinha largado no chão, durante o combate.
Seus olhos perspicazes detectaram uma pedra falsa no altar, e sem hesitar, ele a removeu, revelando um baú oculto. Com mãos ágeis, Fafnir abriu o baú e encontrou uma carta com inscrições antigas e, para sua surpresa, a “coroa” do Rei Derretido.
A descoberta do artefato crucial trouxe uma reviravolta à situação.
Fafnir, mesmo diante do perigo iminente e da urgência em salvar Laíz, compreendeu a importância da missão que haviam sido designados. A emoção se entrelaçava com o senso de dever, criando uma atmosfera intensa e repleta de significado.
Enquanto Karnia continuava seus esforços para curar Laíz, Fafnir segurava com reverência a coroa do Rei Derretido, e iniciou a leitura da carta:
Incauto ladrão de túmulo,
Ao encontrar estas palavras, saiba que está destinado a um fardo que vai além do peso físico da coroa que carrega.
Esta coroa, uma vez símbolo da pureza celestial de Chandra, minha amada, foi corrompida por minhas ambições e desejos sombrios.
Não escrevo para transmitir arrependimento, pois minha trajetória foi forjada nas chamas do egoísmo e da ganância. Pelo contrário, estas palavras são uma maldição sussurrada pelos ventos da desesperança, desejando a quem segura este artefato a dor e o sofrimento que acompanham meu legado.
As chamas que um dia iluminaram a auréola agora queimam como brasas ardentes de vingança.
Quem ousar usurpar meu mais precioso tesouro carregue consigo não apenas a coroa, mas também a maldição que lhe está intrínseca.
Desejo, com a última faísca de minha existência corrompida, que a escuridão persiga aqueles que se aventuram neste caminho.
Que o sofrimento se torne sua sombra constante, e que a auréola, antes símbolo de esperança, seja agora o farol que atrai as trevas.
Que a maldição que proferi ecoe eternamente na mente de quem busca a coroa do Rei Derretido.
Com desespero sombrio,
Rafaete, o Rei Derretido
Fafnir, segurando a coroa corrompida nas mãos, sentiu o peso da decisão em sua alma.
A esperança de transferir os poderes de Chandra para Laíz era tentadora, mas o estado frágil da jovem e a aura sombria que envolvia a auréola o fez recuar.
A coroa não era apenas um artefato; era um receptáculo de dor, traição e ganância, impregnado pelos atos malignos de Rafaete.
Ao observar Laíz, Fafnir viu sua luta contra os ferimentos e o veneno do Osyluth. O dilema interior do guerreiro refletia a intensidade do momento.
Ele compreendeu que entregar a coroa poderia ser um ato de benevolência ou uma condenação, e o coração do aventureiro estava dilacerado por essa escolha.
Enquanto isso, Karnia, Kalmir e Fafnir compartilharam suas histórias e missões no Vale Rastelo.
Kalmir e Fafnir buscavam a jovem com a fagulha divina e a auréola roubada de Chandra. Acreditavam que, com a união dos dois, poderiam trazer Chandra de seu dormente eterno.
Por outro lado, Karnia, uma investigadora astuta, desvendara os planos dos drows na região do Vale Rastelo. Os elfos negros cobiçavam a Árvore do Fogo, e a barda estava decidida a impedir que alcançassem seu intento sombrio.
Karnia, após ouvir os relatos dos arcontes, teve uma epifania.
Lendas druidas ecoavam em sua mente, sugerindo que a Árvore do Fogo era o símbolo primal do fogo.
Uma ideia brilhou em sua mente como uma chama ardente: levar a coroa corrompida até as chamas da árvore para purificar o item e, assim, salvar Laíz.
Com todo o cuidado, os três arcontes saíram das ruínas, levando consigo a jovem Laíz e a coroa imbuída de escuridão.
No caminho, encontraram o grupo de Karnia, membros dos Harpistas, cuja chegada na região da Árvore do Fogo foi guiada pelo item dedicado a Kossuth.
A união dos dois grupos prometia ser a luz na escuridão que se desenhava.
Entretanto, Karnia não possuía todas as informações sobre a misteriosa Árvore do Fogo. Desconhecia a existência de uma área mágica criada pelos druidas para proteger e esconder a árvore.
Ao chegarem, depararam-se com um ritual drow para abrir a porta mágica que escondia a árvore.
O grupo, decidido, enfrentou os drows que protegiam a entrada e o ritual, mas logo perceberam que outros drows já haviam entrado. O tempo tornou-se um inimigo implacável.
Karnia, Kalmir e Fafnir se depararam com a majestosa Árvore de Fogo, enquanto ao mesmo tempo avistavam um grupo de drows iniciando um ritual diante dela.
Karnia, com determinação, pegou Laíz e a coroa, dirigindo-se à árvore. Kalmir e Fafnir, liderando os Harpistas, seguiram em direção aos drows. O confronto era inevitável; eles tinham que impedir o ritual sombrio que se desdobrava diante da Árvore do Fogo.
Karnia aproximou a coroa do calor da Árvore e testemunhou as rachaduras escuras do artefato diminuindo gradualmente.
Seu plano estava dando certo. Entretanto, seus ouvidos captaram gritos e o eco inconfundível de uma batalha fervorosa. Karnia já sabia da presença dos drows, cientes de que seus planos precisavam ser interrompidos.
O que ela não sabia era que líderes cruéis da família Pharn estariam lá – não um, mas três dos temíveis irmãos Pharn: Glauthar-Kay, Xulgos Pharn e Irennan.
O confronto iminente não seria uma batalha comum; seria uma chacina.
Ao observar a coroa que precisava de mais tempo para ser purificada, Karnia tomou uma decisão rápida. Entregou o artefato a Laíz e a alertou para só colocá-lo quando estivesse totalmente limpo.
A jovem foi instruída a deixar o local assim que possível.
Karnia, com um beijo reconfortante na testa de Laíz, partiu correndo em direção à batalha que se desenrolava. O tempo se tornou um inimigo e cada segundo era vital.
O medo se agarrava ao coração da barda enquanto ela se aproximava do campo de batalha.
Os irmãos Pharn, Glauthar-Kay e Xulgos, eliminavam seus aliados sem esforço, revelando um prazer sádico em seus olhos. Chegando ao local, Karnia viu apenas Kalmir e Fafnir de pé.
O motivo era claro: os Pharn desejavam prolongar o sofrimento dos arcontes celestiais.
Fafnir, em um momento de vulnerabilidade, caía de joelhos com um corte profundo entre as costelas pela adaga de Xulgos.
O drow poderia tê-lo matado ali mesmo, mas optou por prolongar o sofrimento do arconte. O medo e a impotência paralisavam Karnia, que desejava ajudar, mas sabia que não teriam chances de vencer aqueles drows cruéis.
Antes que Karnia pudesse tomar uma decisão, um calor crescente e uma luz intensa irradiaram do centro do campo de batalha.
A jovem Chandra, com sua aura resplandecente, pousara no meio do conflito. Sua presença ofuscou os drows, e sem proferir uma palavra, Chandra sorriu para Karnia antes de se lançar contra os Pharn, tomando o combate para si.
Karnia sabia que o tempo para a purificação da coroa talvez não tivesse sido suficiente, mas entendia que as consequências só se revelariam se sobrevivessem àquela batalha mortal.
Kalmir, envolto em uma mistura de brutalidade e raiva, defendia seu irmão dos implacáveis soldados drows, enquanto o campo de batalha se transformava em um redemoinho de caos e desespero.
Aproximando-se de Fafnir, cujo corpo exibia os sinais do profundo corte causado por Xulgos, Karnia sentia a tensão no ar.
A jovem Chandra conduzia o combate, afastando-a dos feridos e indefesos …
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