Joshua estava diante de Anderson, amarrado e indefeso, o outrora soldado de Vila Pratinha, descumpriu seu dever de proteger o povoado e ser um mantenedor da lei, mas não, sua ambição, ganância e vilania foram instrumentos de um diabo farpado, cujo destino foi sucumbir perante o fio da espada vingadora de Sir. Joshua Wenishay. O paladino poupara o soldado na esperança vã que ele tivesse sido ludibriado ou enganado pelas falsas promessas do ser infernal.
Mas Wenishay estava mais uma vez, iludido sobre a natureza dos homens vis, o deboche e a postura do homem agora preso deixava claro que não havia ali qualquer faceta de arrependimento ou pesar pelos seus atos. Wenishay pensava nas crianças agora órfãs, pois seus pais milicianos, fazendeiros ou aldeões foram mortos pela opressão causada pela maldade daquele homem desgraçado.
O paladino desejava em seu íntimo mais verdadeiro cumprir ali mesmo a justiça que não procedeu na caverna onde derrotou tanto o demônio que foi destruído, bem como aquele homem que estava ali agora indefeso, pronto para a mais simples punição, uma “justa e cega sentença”. Mas seus anos de experiência e vivência, garantira a Joshua Wenishay Poderkaine a sabedoria de que a justiça não tem sentimento, ela é uma força inexorável e peremptória da vontade da lei e esta só pode ser exercida por um representante do clero de Tyr, dividade máxima da justiça de Crivon Toran.
Mas se condenado fosse, a Vingadora Sagrada, a lâmina da justiça, saciaria a vontade de Wenishay como executor da lei, pois era para isso que os paladinos eram forjados nesse mundo fragilizado por inimigos poderosos que teimam em maculá-lo.
Não naquele momento. O paladino precisava saber daquele pobre peão, o que o demônio queria com a sua captura e mais… Se algum ser infernal dentre os muitos que escaparam da fenda aberta por Lothian, existia nas proximidades de Vila Pratinha.
Ameaças, suborno, vantagem, a mais simples corrupção veio a mente de Anderson, ele precisava ou achava que tinha visto uma centelha de vantagem – tolo, quanto mais falava, mais temperava a certeza de culpa, pobre idiota. O outrora capitão de Vila Pratinha, no final sabia que sua única saída era tentar atenuar a sua sentença, contribuindo com informações que satisfizessem aqueles “lobos implacáveis da lei”, ele então vomitou as suspeitas, cuja experiência do paladino vinha lhe alertando e incomodando todo o tempo.
Havia mais um ser do inferno, e esse era perigosamente mais poderoso, frente ao diabo farpado outrora derrotado por Wenishay sozinho.
E o Cavaleiro da Luz Celestial queria saber? Ele não se importava, para ele só havia um objetivo – Aniquilar e extirpar o último demônio de Vila Pratinha.
Anderson, teve certeza de ter visto uma fagulha de empolgação no olhar de Wenishay, mas não era possível que aquele paladino pudesse estar contente por ir de encontro a um demônio que em seu medo, tinha certeza poderia derrotar o paladino, Anderson compreendeu naquele instante, ele entendeu porque aqueles guerreiros de Ecnor eram conhecidos como – A Legião Insana!
E ele sentiu mais medo do senso de justiça daqueles loucos, do que jamais sentira frente aos diabos com que se relacionou.
Ele nunca havia testemunhado aquilo…
Criação e elaboração: Bruno Santos.
Fontes de imagens: internet
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Gostei muito desse texto com as impressões de Wenishay! Muito legal! Ficarei na espera dos próximos. Abraço.