A Lenda de Luckendor e de Haran-Pharak

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A história da Lenda de Luckendor e de Haran-Pharak foi revelada por Sâmira Olhos-de-Esmeralda a medida que os heróis do Grupo 2 se aproximavam das ruínas dessa antiga cidade.

Para saber os detalhes dessa aventura, acesse o resumo da Sessão Online 6.

História

Luckendor foi fundada a mais de 2000 anos atrás, sob o nome de Mentapsah, uma cidade escravocrata pertencente a Al-Najarst. Ela era um “Oásis dos Deuses”, um local onde as areais da morte de Myd-Arventhor ainda não haviam tragado. Em locais como esse a vida pode se desenvolver, ao contrário de qualquer outra região nesse deserto onde era impossível plantar algum alimento ou extrair água.

Luckendor, o Oasis dos Deuses de Myd-Arventhor

O Olho-de-Fogo, era um lendário medalhão mágico que se tornou símbolo de poder e dominação nas Terras Desérticas de Alkemor. Diversos povos e tribos alkemorianas acreditavam que ele veio diretamente do Talzûn e seu usuário seria um escolhido para governar os homens de todos os desertos.Os habitantes de Luckendor viviam em um regime fechado, dominado pelo medo e servidão. Tumérios, astanígeos, nelípcios, povos estrangeiros além de raças humanóides poderiam ser encontrados como escravos. Sempre foi assim, durante séculos de história. Até o surgimento de um herói que mudou completamente o destino da cidade depois de 1800 anos: Haran-Pharak, O Portador do Olho-de-Fogo.

O medalhão durante séculos havia passado por diversas mãos antes de chegar até Haran-Pharak. Um dos últimos usuários foi o Vizir Essafah, de Al-Kardif, que queria controlar o governo do reino usando a influência do medalhão para fortalecer o exército com novos guerreiros que jurariam lealdade ao portador do medalhão. Durante esses anos os reinos de Al-Tirân e Al-Kardif estavam em conflito, e o senhor de Al-Tirân soube da presença do medalhão no reino inimigo. Não demorou muito para que o medalhão chegassem as mãos do Sultão Ashad Hamek que governava Al-Tirân com mãos de ferro. Em 413 VII Prd o Vizir Essafah é assassinado e o Olho-de-Fogo muda de mãos mais uma vez.

Durante muitos anos o Sultão Ashad Hamek foi o portador dessa relíquia. Conhecido pela sua crueldade, o Sultão queimava as pessoas vivas, dizendo ser enviado vivo de Yazlan, O Eterno para purificar a alma dos homens. Ele inflamou guerras e conflitos entre os reinos, sem pouco se importar com o seu povo. Um dos motivos por Al-Tirân ter se afundado e hoje ser uma nação pobre se devem a essas batalhas malsucedidas. Se não fosse um homem de fé chamado Haran-Pharak, o destino de milhares estaria comprometido.

O cruel Sultão Ashad Hamek queimava as pessoas vivas em nome de Yazlan.

Haran-Pharak derrotou o Sultão Ashad Hamek e 422 VII Prd e tomou o medalhão para si. Na época ele sabia que aquele item lendário era cobiçado por muitos lordes e sultões malignos, mesmo assim resolveu usa-lo para o bem em diversas cidades escravistas.

Depois que Haran-Pharak livrou Al-Tirân da tirania de Ashad ele iniciou uma jornada por diversas cidades alkemorianas para acabar com a escravidão. Durante anos o famoso o Portador do Olho-de-Fogo trouxe paz e esperança para diversos povos oprimidos. Ele se tornou uma lenda viva e ajudava a todos por onde passava. Mas, nenhuma cidade se tornaria tão emblemática quanto Luckendor, sua cidade-natal.

Em 424 VII Prd Haran-Pharak regressou para Luckendor, a sua cidade natal. Ele juntou diversos seguidores, guerreiros fiéis e liderou uma rebelião que culminou na queda dos senhores escravocratas da cidade. Depois disso, pela primeira vez na história, Luckendor se tornou uma cidade livre, onde o sumo-sacerdote governava sob os desígnios de 3 Deuses.

Haran-Pharak criou o Culto dos Três Círculos, uma seita de adoradores e defensores de Luckendor que cultuam a tríade Anzurf, Surya e Valumbar. Ele fez isso para manter uma forte aliança entre as igrejas dessas três divindades e para atrair fiéis para a nova cidade de Luckendor.

Haran-Pharak, o Portador do Olho-de-Fogo

Luckendor prosperou. Passaram-se décadas e Luckendor cresceu muito devido a lenda que cercava a cidade. A cidade, que era um verdadeiro oásis em Myd-Arventhor, floresceu como nunca antes na história. Atraiu comerciantes, viajantes, trabalhadores e homens de fé de todos os 4 cantos. A notícia de que existia uma cidade livre de escravidão e maldade atraiu milhares de peregrinos. O governo da cidade era uma Teocracia em volta de Haran-Pharak e Os Três Círculos. Diziam que Luckendor era abençoada pelos Três Deuses e aqueles que os cultuassem teriam uma vida longa e próspera, tanto no mundo dos vivos quanto dos mortos.

Durante 40 anos a cidade de Luckendor foi alvo de bandidos, monstros e outros perigos, mas sempre foi protegida pelo sumo-sacerdote e o Culto dos Três Círculos. Até que certo dia um exército perigoso marchou centenas de quilômetros para saquear e tomar a cidade. Esse exército invasor era de Tharkesh, conhecidos por serem seguidores fanáticos de Sviluss, O Deus Serpente. Em termos militares eles eram superiores em todos os sentidos. Não demoraria muito para a cidade ser tomada.

Exercito de Tharkesh, seguidores fanáticos de Sviluss, o Deus Serpente.

O sumo-sacerdote, que temia que isso algum dia acontecesse, havia criado um plano muitos anos antes. Antes da desgraça se abater sobre Luckendor, Haran-Pharak, que já estava velho e cansado, ordenou aos seus asseclas que embalsamassem seu corpo, assim como dos demais clérigos e os colocassem dentro de uma tumba criada a muitos anos atrás. Para que o medalhão não caísse em mãos erradas, a Tumba foi selada por poderosas magias e rituais. O bastão de Haran-Pharak foi levado para longe de Luckendor, bem como antigos pergaminhos e tomos. Seus asseclas protegeram seu legado e suas lembranças como puderam, mesmo durante a invasão tharkeshiana.

Luckendor sucumbiu após a morte de Haran-Pharak, em 464 VII Prd. O exército de Tharkesh saqueou tudo, destruindo construções, estátuas, casas e templos do Culto dos Três Círculos, matando as pessoas que estavam dispostas a morrer em nome de Haran-Pharak.

Os homens de Tharkesh eram fanáticos por Sviluss e entre suas fileiras existiam um grupo de Yuan-Tis malignos, que coordenavam todos os ataques e invasões. Esses Yuan-Tis queriam o Olho-de-Fogo a qualquer custo.

Entretanto, os senhores de Tharkesh jamais encontraram o medalhão, que se perdeu no tempo. A cidade foi abandonada, os sobreviventes levados escravos. O local ficou conhecido como uma cidade fantasma, onde aqueles que lá morreram escolheram a liberdade ao invés da escravidão. Dizem que essas almas foram levadas para o paraíso ao lado de seus senhores.

Os clérigos dos Três Círculos criaram falsas pistas, ofuscando o verdadeiro rastro do Olho-de-Fogo. Isso protegeu a relíquia durante séculos após a morte de Haran-Pharak e queda de Luckendor. Muitos rumores e histórias diziam que Haran-Pharak ainda estava vivo, vagando pelo deserto, bem distante de Luckendor. Outros boatos diziam que o Sumo-Sacerdote escondeu o medalhão em locais variados, todos distantes de forças malignas.

Depois disso Luckendor nunca mais voltou a ser o que era. Entrou em colapso em todos os sentidos e se tornou um antro de monstros e bandidos. Os tesouros e outros documentos históricos importantes também se perderam nas areias do tempo.

Porém, a a Tumba e o Olho-de-Fogo jamais foram encontrados.

Dizem as lendas que os 3 Deuses os protegiam.

O Segredo de Haran-Pharak estava seguro.

Até então.

Sobre a Garota Sâmira

Sâmira Olhos-de-Esmeralda é uma jovem garota al-ghumbakiana com 12 anos de idade que foi criada pelas sacerdotisas de Surya na cidade de Zukh-Mosir, às margens do Rio dos Deuses, ao sul de Azelust, a capital de Al-Ghumbak.

A garota é uma das 3 chaves capaz de abrir a Tumba de Haran-Pharak, local onde se esconde o Medalhão do Poder, que é conhecido em Alkemor como o Olho-de-Fogo. Ela é uma chave-viva cujo nascimento e futuro já estava pré-destinado, já estava “escrito”, conforme dizem as suryanas. Segundo as lendas, a garota encontraria estrangeiros que a salvariam das garras do mal e a levariam as Ruínas de Luckendor, o seu destino final.

Sâmira foi resgatada pelos heróis das garras do Alfatir Kethjaris na aventura Morte na Floresta das Estacas.

Bruno Gonçalves

Mestre veterano de Dungeons & Dragons e criador do cenário original de Arzien. Joga RPG desde 1998, com ampla experiência em diversos sistemas e mundos clássicos. Hoje, compartilha dicas e ideias para mestres e jogadores em busca de campanhas mais ricas e envolventes.

View Comments

  • Muito legal esse conto. Mas acho que esta faltando algum texto, talvez tenha esquecido, pois não consegui perceber a relação nesta estória com o aparecimento de uma garota com olhos de esmeralda. Poderia me explicar ou evidenciar isso?

  • Fala meu velho, que bom que gostou do conto.

    Você esta certo. Esse texto não explica quem seria a garota com olhos-de-esmeralda. Vou adicionar um trecho que explica isso melhor.

    Mas basicamente essa garota é Sâmira Olhos-de-Esmeralda, uma jovem garota com 12 anos de idade que foi criada pelas sacerdotisas de Surya, a Deusa do Conhecimento, Profecia, Mistérios e da Noite. Ela é uma das 3 chaves capaz de abrir a Tumba de Haran-Pharak, local onde se esconde o Medalhão do Poder, que é conhecido em Alkemor como o Olho-de-Fogo. A garota é uma chave-viva cujo nascimento e futuro ja estava pre-destinado, ja estava escrito. Segundo as lendas, ela encontraria estrangeiros que a salvariam das garras do mal e a levariam as Ruinas de Luckendor. Esses estrangeiros seriam seus guardiões e a levariam ao seu destino final.

    O medalhão é o item que os heróis estão atras. Eles fazem parte de um conjunto conhecido como Os Medalhões de Krynplastor.

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