Gatts e seus companheiros, os Heróis da Mágoa, continuam a exploração da caverna onde supostamente está a resposta para inocência de Dikstra an Craite, a meio-orc condenada a morte pela justiça de Reymend. Agora os aventureiros precisam correr para encontrar as provas que inocenta Dikstra e retornar para Reymend antes que o clero de Santo Cutberth execute a sentença de morte. Esse é o resumo da partida ocorrida no sábado dia 16.06.18 e que contou com a participação:
Diogo Coelho (Gatts)
Gillius Machado do Trovão (PdM)
Questim Himbble (PdM)
Dustran Capasheno (PdM)
03 de Preparos 597 Ano Comum
Gatts cedeu alguns de seus itens mágicos, entre eles sua armadura para o anão Gillius. Assim o anão poderia continuar representar a frente de combate do grupo. O mago furyondês se reservaria a apenas apoiar com seus feitiços e em último caso sua espada ao grupo. Isso feito, a pedido de Gatts, Questin avançou nas sombras para investigar a câmara a frente. Se houvesse mais daqueles monstros, eles precisaria estar preparados. Questin era um ladino com habilidades especiais. Havia se aprimorado na arte de dançar com as sombras e assim mimetizar as mesmas. Na prática o halfling havia desenvolvido a capacidade de ter a escuridão como aliada, podendo enxergar através do mais profundo breu, bem como saltar extra-dimensionalmente entre os planos material e das sombras.
Quando o halfling voltou, veio com a certeza de que não havia mais daqueles monstros. No caminho a frente do grupo 4 caminhos foram descritos e Gatts escolheu um.
Os aventureiros chegaram até uma área guardadas por 2 ogros e 1 cão infernal, e os inimigos foram abatidos facilmente. Não havia nada de especial do comodo. Aparentemente as criaturas eram guardas do local e o grupo conseguiu neutralizar a ameaça facilmente. A distância Gatts e Dustran abateram o cão infernal, enquanto Gillius deu conta de um ogro e Questin com sua furtividade conseguiu enfiar sua pequena espada diretamente no pescoço do ogro antes deste se quer ter tempo de reagir.
Seguindo adiante, os aventureiros pararam diante de uma passagem obstruída por restos de madeira, pedras e equipamentos sucateados de mineração. Removê-los era uma tarefa fácil, entretanto avaliando rastros, Dustran revelou que aquele caminho não era utilizado com frequência. Com isso o grupo ponderou se não era melhor evitar aquele local. Quem quer que tenha entrado na mina, não passou por ali e se aquela passagem estava obstruída, algum problema tinha.
Mas o coração e a curiosidade dos aventureiros é um gato indomável. Quando Questin revelou ao grupo por sobre os escombros uma moeda cintilante de trigo (p.o.), o grupo decidiu que valeria a pena uma sondagem preliminar. E a pedido de Gatts, Questin novamente adentrou as sombras. Enquanto o pequenino avaliava aquele lado, Gillius e Dustran foram até uma câmara próxima, identificando que ali, nada além de equipamentos de mineração abandonados haviam.
Quando Questin retornou, o que ele disse aos companheiros aguçou a curiosidade do grupo e eles decidiram que iriam averiguar a passagem obstruída. O halfling revelou ainda que no local um estranho disco feito de ouro (aparentemente) repousa sobre escombros.
Os heróis removeram os entulhos que obstruíam a passagem e foram a adiante. A câmara tinha um cheiro estranho de poeira estagnada, paralelepípedos de mineração espalhados pela área, moedas de ouro e um disco feito de mesmo metal. Ao fundo da câmara papiros estavam jogados e aparentemente poções também.
os aventureiros começaram a recolher as moedas e explorar a câmara alertas a alguma ameaça, e foi Gatts que viu primeiro. Saindo por entre as fendas da parede uma criatura com a consistência de um polvo, com dentes espalhados pelos seus tentáculos e uma disposição completamente indescritível a monstruosidade avançou contra o guerreiro mago. Gillius que estava mais ao fundo da câmara também foi atacado por outro ser similar.
As criaturas atacaram Gatts com 4 tentáculos e a medida que o ataque ia acontecendo o guerreiro mago foi recordando sobre o que era aquela criatura. E entre esses pensamentos, um aumentou a gravidade daquele combate. Cada toque de um daqueles tentáculos poderia incorrer em graves consequências para o alvo. Um vítima da Besta do Caos, poderia vir a se tornar uma!
Com essa lembrança em mente, Gatts alertou aos seus companheiros. Aquele encontro precisava terminar rápido, ou uma tragédia poderia estar a caminho dos Heróis da Mágoa.
Questin se juntou a Gatts para combater uma das criaturas, enquanto Dustran apoiava com suas flechas Gillius. E a habilidade de cada dupla foi suficiente para vencer as Bestas do Caos, sem sentir quaisquer efeito colateral pelos ataques dos monstros.
Mais tranquilos, o quarteto recolheu as moedas, os pergaminhos e acabaram encontrando algumas poções também. Gatts foi o último a sair da câmara, ainda olhando intrigado para os monstros. Uma das Bestas do Caos pode ter sido um aventureiro incauto tal como o seu grupo havia sido, e ter terminado sua vida ali. Isso explicaria, os tesouros. E aquele disco com inscrições… Tantas perguntas fizeram Gatts esquecer de analisar melhor os monstros. Deixando para trás um interessante componente material arcano.
O grupo deixou a câmara para trás e voltou ao local onde enfrentaram os monstros da ferrugem. Uma vez ali, Dustran e Questin se dirigiram para a passagem obstruída por rochas. Foi ali que o halfling tinha visto o conjurador das trevas. E quando estavam próximos para voltar para o corredor de onde vieram inicialmente, Gatts notou algo fora do comum.
Seus companheiros perceberam quando o guerreiro mago observava com ar misterioso a passagem, finalmente falou:
– Não há rochas.
O grupo não entendeu, e retornaram para o lado de Gatts. E o halfling disse:
– Como assim, Gatts?! Houve um desmoronamento ali meu amigo. Não vê?
– Errado pequenino. É uma ilusão.
E jogando uma pequena pedra na direção dos escombros, esta atravessou como se nada houvesse. Uma tremulação nas rochas, como atingindo por um véu fino, fez todos perceberem a magia ilusória. Gatts estava certo. A magia desapareceu e revelou aos olhos do grupo um corredor escuro. Gatts solicitou ao halfling que novamente saltasse nas sombras e explorasse o caminho, mas o pequenino balançou a cabeça negativamente. Sua habilidade sobrenatural só poderia ser utilizada uma quantidade limita de vezes por dia, e sua carga havia se esgotado.
Gillius foi avançando cautelosamente, com Dustran, Questin próximos e Gatts na retaguarda do grupo. Começou com cochichos baixos e quando Gillius percebeu que eram homens se preparando para surpreender o grupo, foi o anão que tentou lhes surpreender.
O que o grupo encontrou foram 4 homens a espera do grupo, aparentemente guardando a área. Três dos homens estavam bem armados, vestidos com lorigas segmentadas e espadas longas com um brilho singular no fio da lâmina. Estes eram liderados por um mercenário de porte mais altivo jactando-se de eventual superioridade, olhou para os invasores.
Ainda que ameaças tenham sido trocadas entre os dois grupos opositores e o pedido de cautela de Gatts tenha sido ignorado por Gillius, um duro e inevitável combate se iniciou.
Graças as magias de Gatts e o esforço combinado dos heróis, um a um os bandidos foram sendo derrotados. Os bandidos ainda contaram com a ajuda de um homem oculto nas sombras que atendia pelo nome de Bast. Esse tal dissipou a esfera de resiliência invocada por Gatts para aprisionar o líder dos mercenários, e ainda que a magia tenha sido dissipada com êxito, Gatts invocou outra e novamente o líder dos bandidos estava aprisionado.
E em meio ao combate Gatts foi interrompido por uma mensagem mágica de Pyrus, que lhe transmitiu:
“Gatts, tive que sair às pressas de Reymend. Uma legião conhecida como a Legião do Chifre está atrás do príncipe. Termine o q começou é muito importante! Procure Dimitri!”
Quem lhe enviou aquela mensagem havia sido Pyrus, e o que quer que tivesse ocorrido, ele precisava obedecer.
O conjurador não voltou a se intrometer no combate e assim, sem apoio mágico, os antagonistas perderam para a força de Dustran, Gatts, Gillius e o halfling Questin Himbble.
Derrotados, um dos mercenário sobreviventes estava desacordado e o líder já havia deposto suas armas de haste. Seu nome era Garbadd, e mostrou sensatez em responder as perguntas do grupo sobre o que eles faziam ali e a quem serviam. Garbadd mercenário que era, tentou barganhar com o grupo, e Gatts temeroso por um novo embate conduziu com diplomacia o interrogatório. O grupo de mercenários eram homens de Dyvers e foram contratados por um sacerdote chamado Bast. Ele estava guardando encarcerada uma nobre de Reymend em uma câmara secreta mais ao fundo.
As fibras da pele de Gatts tremiam de tensão, ante a mensagem recebida por Pyrus e a agonia de ter que resolver logo aquilo tudo. Thrommel estava certo. Gatts sabia o por que daquilo, mas não podia revelar aos seus companheiros, ainda mais considerando o estado de saúde de seu monarca.
A legião que Pyrus havia mencionado, Gatts já ouvira falar da Legião do Chifre, um grupo de guerreiros de elite, responsáveis pela guarda pessoal dos Duques da antiga Sociedade do Chifre, hoje parte do império de Iuz. Se eles chegaram a Reymend, a vida de Thrommel sofre grave perigo… E Gatts sabia, toda a ajuda seria importante.
Ao voltar o olhar para Gabbard, lhe ocorreu uma ideia. E ele novamente precisaria usar de seus atributos sociais.
– Garbbad, tenho uma proposta a lhes fazer. Nos espere na saída desta mina. Quero seus serviços de mercenário.
O mercenário olhou Gatts nos olhos, e testou as palavras proferidas pelo guerreiro mago, como quem esperava ver um desvio do olhar, uma respiração fora do normal, mãos inquietas, ou qualquer sinal de que o pensamento ia em uma direção e a linguagem do corpo ia em outra. Mas o mercenário não viu vacilos. A palavra de Gatts era tenaz, como aço temperado sem falhas.
– Podemos conversar, guerreiro furyondês, mas devo adverti-lo. Não trabalho de graça e a depender do serviço que queria que lhe preste, pode ser que precise no mínimo da mesma quantia a qual me foi paga por esse serviço…
E foi a vez de Questin perguntar:
– Por quanto você fez esse mal feito? Que diga-se de passagem culminou no fracasso?!
O grupo se controlou para não rir ante a ironia do pequenino. Mas no fim ele estava certo.
– 15.000 trigos (p.o.). Esse foi o preço pago.
Gatts ouviu aquela quantia, e avaliando a força e as armas carregadas pelo mercenário, considerou possibilidades em sua mente.
– Nos aguarde fora da mina. Conversaremos.
E assim foi feito. Gatts comentou com seus companheiros sobre a mensagem recebida por Pyrus e a apreensão tomou conta do grupo.
Deste ponto em diante, o grupo recuperou-se dos ferimentos. Gillius que foi ferido gravemente e até chegou a tombar foi restaurado através de unguentos possuídos pelo e a dor dos ferimentos atenuou. O grupo sentia a falta de um sacerdote, mas não tinha muito tempo para pensar na falta que um fazia.
A pedido do grupo, Questin seguiu para a região norte da masmorra, afim de explorar os corredores e como batedor retornar para alertar o grupo de eventuais problemas que poderia vir de lá. Dustran, Gillius e Gatts começaram a procurar na área pela passagem secreta. Segundo Gabbard, ali havia uma e daria para o local onde se encontrava os últimos mercenários e possivelmente esse tal de Bast.
O grupo conseguiu descobrir uma alavanca escondida por de traz de uma rocha em falso e abrir uma passagem de pedra. O acesso seguinte revelava um corredor reto e com aproximadamente 2 metros de largura. Havia três lances de escadas e mais a frente, ao final iluminação.
Os aventureiros avançaram com cautela.
Gillius mais uma vez foi a infantaria do terceto. Mas as flechas precisas de Dustran chegou primeiro aos mercenários que estavam na nova sala.
Quando os Heróis da Mágoa chegaram no aposento final se depararam com 5 antagonistas. 3 eram mercenários tais como enfrentados na sala anterior, porém os dois últimos eram diferentes. Havia uma mulher, se é que podia se dizer uma mulher. Seu cabelo era totalmente branco, e sua pele tingida com um vermelho intenso. Em sua mão uma afiada lança era manejada com uma maestria ímpar, entretanto ela estava longe de ser uma guerreira, seus movimentos e técnicas se igualavam ao dos monges, e atendia pelos companheiros pelo nome de Amurumm.
O outro, estava mais ao fundo da câmara e observava com olhos fundos, o grupo que desafiava o seus planos. O homem vestia um roupão afivelado por um cinto de couro preto. E aqui e acolá abotoaduras e presilhas de ouro ornavam suas vestes. Um símbolo profano pedia em seu pescoço. E Gatts reconheceu imediatamente – Vecna. Aquele deveria ser Bast, o conjurador que atormentou o grupo em distintos momentos naquela masmorra.
Mais ao fundo, a câmara virava para a direita do grupo, e eles podia ouvir os gritos femininos de alguém desesperado.
Gatts, Dustran e Gillius avançaram sobre os inimigos, atentos a superioridade numérica dos oponentes o trio estacou no corredor de acesso para a sala e ali esperou os 3 mercenários avançarem. E foi assim escolhendo com destreza e sabedoria a forma de combate que rapidamente os mercenários foram derrotados.
Gatts e Gillius conseguiram separar Ammurum e Bast e enquanto Dustran enfrentava a monge, o anão e o guerreiro mago avançaram sobre o sacerdote. Ciente da força que um clérigo possui, Gatts manobrou com inteligência os ataques contra Bast. E em um momento singular o sacerdote de Vecna invocou os conhecimentos proibidos de seu clero e invocou sobre Gatts a palavra da morte. Com um toque na testa do guerreiro, uma poderosa magia foi descarregada. Gatts viu sua vida passar como um relâmpago, frente a tamanho poder conjurado contra ele, e reuniu toda sua força de vontade para resistir. Gatts sentiu quando a energia destrutiva rompeu em cortes no braço, tronco e pernas, tentando vociferá-lo em múltiplas partes.
Mas no final, Gatts resistiu. O sacerdote não esperava isso, e sem os mercenários para defendê-lo e Ammurum distante, não teve outra alternativa, se não evadir. A palavra que o sacerdote proferiu era desconhecida pelos idiomas a Gatts, mas assim que o sacerdote a disse, ele desapareceu.
“Amphinis Chatelié”
O sacerdote desapareceu, como se nunca houvesse estado ali. A monge também segurou uma pedra em seu colar e sob si, um disco preto se abriu e ela caiu desaparecendo. Gatts conhecia aquela magia, era Portal Dimensional. Ela não estava longe, mas ele não arriscaria ir atrás dela.
O combate terminou. Quando Gatts e Gillius foram verificar a origem dos pedidos de socorro notaram um mulher amarrada a cordas de cânhamo. Gatts foi até ela e quando sua luz livrou a penumbra do local, o guerreiro furyondês estacou por um momento. Apesar de suja, com evidentes escoriações por tentativas frustradas de romper a corda e com terra manchando suas vestes, a mulher era linda. Talvez a mulher mais bonita que Gatts já houvera visto.
Dustran ficou para trás para cobrir a retaguarda do grupo e notou quando Gatts veio de encontro a ele com uma mulher em seus braços e o anão logo atrás.
Eles haviam encontrado Caleb Mengue, a primeira dama de Reymend.
Questin se juntou ao grupo logo depois, revelando outras passagens e tesouros guardados pelos bandidos. O grupo recolheu os espólios e avançou para fora.
O grupo saiu da Mina e notou que apesar da pesada tempestade que caia, a plenitude do meio dia estava próxima. O grupo precisava agir rápido. Gatts encontrou Garbadd do lado de fora conforme combinado o mercenário não fugiu. Seu companheiro já estava acordado, ainda muito ferido, mas fora de perigo. O guerreiro furyondês acertou com líder mercenário de Dyvers um encontro em Reymend. Lá eles acertariam o serviço.
Gillius teve que se despedir do grupo. Ele sabia que perto do grupo só atrapalharia as coisas. Aquela tempestade era originária de sua “maldição”, e estar com o grupo era problema certo. Combinou com Gatts que os encontraria na Cidadela de Greylode, e partiu após invocar um relâmpago mágico.
Caleb revelou a Gatts que não queria voltar a cidade. A dama sofria maus tratos nas mãos de seu esposo, e queria se ver livre daquela relação dolorosa. Gatts lhe prometeu proteção. Mas precisava mostrar a justiça da cidade que ela estava viva, só assim inocentaria Dikstra. Caleb fez Gatts prometer, que nenhum mal lhe ocorreria. Feita a promessa, ela seguiu com o guerreiro mago.
Os cavalos mágicos atravessavam ruidosamente a estrada a uma velocidade espantosa. O tempo urgia para aquele grupo.
Continua…
A aventura foi um completo sucesso, com um requinte ímpar de interpretação e imersão. Gatts conseguiu vencer todos os desafios, utilizando as melhores habilidades de seus companheiros e entendendo que sem eles, a aventura poderia ser muito mais difícil, se não impossível. Graças a capacidade interpretativa e bem justificada pelos valores morais de lealdade e uma bondade singular, Gatts conseguiu vencer sem perdas.
Pontos de Experiência detalhados:
TOTAL: 8.840
Foi uma aventura divertida e muito prazerosa. Obrigado DC.
Quem venham os próximos desafios!
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