Crivon

A proposta da xerife, o jantar

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Personagens:

Delgrim Escudo Dourado (anão) – guerreiro campeão de 4º nível
Sigurn Escudo Abençoado (anão) – guerreiro mestre da batalha de 4º nível
Juliette Tasselroff (humana endoariana) – ladina de 1º nível e bruxa de 3º nível

Assista o vídeo da sessão no canal do Orbe no YouTube

Para ver o áudio desta partida, clique aqui.

O jantar

Sessão de 13/07/2017

No salão de Jantar da Mansão Morus, os personagens e personalidades mais importantes da Cidadela Verde se reunirão. Fonte: internet
Lady Samira Morus D’Ilcs, xerife da Cidadela Templo de Elorian (Cidadela Verde). Fonte: miguelregodon – paizo

O grupo adentrou o belo salão de jantares da Mansão Morus, sob os olhos vigilantes de guardas que estavam no interior do recinto, guardando as portas de acesso. Em seu interior, foram um a um conduzidos por serviçais a seus respectivos lugares a mesa, no entanto, seguindo o exemplo dos demais, aguardaram o momento em que a autoridade máxima e anfitriã da festa se sentasse primeiro.

Assim que Lady Samira Morus se sentou em sua cadeira, na ponta próxima a lareira do salão, os demais a seguiram, sendo acomodados pelos serviçais, que foram enchendo seus copos com água e suas taças de cristal com um vinho agridoce de qualidade superior.

A Xerife da Cidadela agradeceu a presença dos presentes naquela reunião, dizendo:

Fala de Samira:

– Primeiramente agradeço a todos por terem atendido ao meu chamado, sei como estão ocopuados com seus respectivos afazeres. Quero ter o prazer de introduzir a vcs os integrantes da Comitiva do Aviso: Lady Juliette Tasselroff, mestre Delgrim Escudo Dourado, o senhor Sigurn Blessshild e destaco a ausência, sentida, de mestre Forflin dos Muitos Livros

Após todos fazerem um aceno de cabeça e Juliette distribuir sorrisos aos seus pares, Lady Samira continuou:

Fala de Samira:

– Destaco aqui as presenças de Lady Erwing Flecha Fantasma, Lady Astrid Verdemanto, do clericato de Elorian, Dom Erick Lança Ardente do clericato de Magnus, os cavaleiros: Sir Echo Kalestrel e Sir Olaff Belgonath, o respresentante dos comerciantes locais, Dom Glinbert Olphestain, e por fim, Mestres Baern e Glader da Comitiva Comercial de Dalagarth, nação amiga do Protetorado Moth;

Erguendo uma taça de vinho, enquanto os serviçais foram terminando de servir as taças dos demais presentes, a xerife lhes ofertou um brinde, dizendo:

Fala de Samira:

– Gostaria de novamente agradecer aos membros da comitiva do aviso, que prestaram um grande serviço a esta cidadela ao nos informarem dos acontecimentos em Vila do Unicórnio Cinza e suas descobertas durante a jornada. Notícias que foram de grande valia.

Sir Echo Kalestrel. Fonte: Paizo

Após o brinde, quase todos bebem o conteúdo do vinho – Juliette, desconfiada, fez uma expressão de conformidade com o momento, mas não bebeu.

A xerife, dando a entender que tais informações trazidas pela comitiva, haviam sido de grande valia e gerado consequências que seriam ditas ali, passou a palavra para Sir Echo Kalestrel.

O cavaleiro, com um ar sereno, em seu traje de gala no tons de prata e vermelho, suspirou, se ergueu em seu lugar a mesa, mostrando todo seu porte atlético em sua roupa elegante e relatou:

Fala de Kalestrel:

– Em relação as forças que estavam sitiando a Vila de Unicórnio Cinza, quero destacar que a reunião dos exércitos do Lâminas Morthíferas, dos xerifes que cederam seus contingentes, que aliados aos nosso, foram o suficiente para esmagar a petulância dos orcs e seus aliados.

Uma ressalva para Lady Quendrix Rastanan, que sozinha se incumbiu de eliminar muito ogros, e para o filho de Njord, o Capitão Uthigar – chefe da guarda daquela vila, que com o sacrifício dos seus homens conseguiu atrasar o propósito das forças orcs.

Eliminamos muitos dos lideres do exército inimigo, menos Lugbrúz, que parece ter fugido utilizando o poder de algum arcano que o auxiliava.

Tenho que ressaltar que foi encontrado entre as forças orcs, um draconiano, que escapou.

Quanto ao fato de haver um lunático tentando despertar o dragão Veldrat – o Ancião, acho que Sir Olaff trará maiores informações.

Erguendo-se em seu assento à mesa, Sir Olaff Bolfonath, estufou o peito, exibindo um sorriso forçado para os presentes e falou:

Fala de Sir Belgonath:

– Seguimos, conforme ordenado, no encalço de um bando de cultistas do dragão Veldrat. Conseguimos alcançá-los no ponto que havia sido indicado pelas autoridades da Cidadela Verde.

Entramos em confronto e descobrimos que o fora da lei Haphiner Olhor Âmbar, em conjunto com um estranho arcano que ainda não identificamos, estava liderando esse bando de orc.

Temos indícios de que os cultistas do dragão tenham ligações com os cultistas do obscuro, devido ao fato de termos encontrado alguns de seus acólitos entre os mortos.

Estamos dando Haphiner como desaparecido, pois o facínora, para não ser pego, pulou de uma cachoeira, após receber 4 flechas de meu melhor arqueiro.

Haphiner é perigoso, porque embora estivesse desarmado conseguiu matar dois soldados meus.

Olhos Âmbar está sendo dado como desaparecido, já que não encontramos seu corpo.

Ressalto que a caverna de Veldrat continua selada como Lady Samira, Lorde Andrius e seu grupo assim a deixaram. Os patifes não tiveram a oportunidade de removerem os entulhos que lá estavam.

Sir Olaff Belgonath. Fonte: Pathfinder Artwork

O cavaleiro fez uma breve pausa, como se fosse continuar e então destacou que não haviam mais relatos. Contudo, antes que Lady Samira pudesse se manifestar, Sir Olaff a interrompeu para lamentar a perda de Sir Alexander Brussel, um dos quatro cavaleiros da Cidadela Verde, e amigo próximo. Ressaltou, apontando para Juliette, que o cavaleiro havia perecido defendendo a nobre de perigosos orcs, durante a missão dela em direção a Vila de Unicórnio Cinza.

Juliette, consternada e com um olhar de tristeza, a nobre acenou com a cabeça – confirmando cada palavra de Olaff, que rendeu homenagens ao seu semelhante. Conforme Olaff, Brussel tinha uma linha de pensamento alinhada com a dele.

Delgrim lembrou dos momentos finais de Alexander e de sua morte desonrosa nas mãos dos orcs, lamentando o triste final de um guerreiro tão prestigiado. Sigurn se manteve num silêncio sepulcral.

Após o minuto de silêncio rendido ao nobre morto, Lady Samira, após destacar que a vaga para cavaleiro da cidadela estaria em aberto, declarou:

Fala de Samira:

Agradeço aos mestres pelo empenho de todos e seus relatos.

Com não é segredo, estamos enfrentando problemas financeiros, e tenho como proposta o envio de uma expedição para explorar a localização chamada de a Caverna da Teia…

A xerife declarou que após reiteradas audiências com anão Forflin dos Muitos Livros, chegou-se a conclusão de que – apesar das ameças que haviam sido combatidas pela Comitiva do Aviso, a mina era passível de operacionalidade por parte da Cidadela Verde, e que teria indícios de conter veios de cobre e ouro. A empreitada estaria sendo arquitetada e montada ha algum tempo.

Dom Erick Lança Ardente do clericato de Magnus solicitou a palavra e disse para manter a isenção e idoneidade desta empreitada cada um dos representantes, que ali estavam, deveriam ter um emissário nesta comitiva.

Lady Samira concordou e solicitou que naquele momento fossem ali destacados aqueles que deveriam seguir na jornada vindoura. Pois a primeira expedição deveria garantir o fim das ameaças dentro da caverna para deixa-la habilitada para a exploração mineral.

Delgrim se escalou como representante da Comitiva Comercial de Dalagarth, apesar de ter percebido certo desconforto de Baern – líder de sua comitiva. Sigurn, se oferece para dar proteção na expedição, recebendo a confirmação da xerife. E Juliette, aconselhada mentalmente, decide seguir junto com a comitiva, sendo indicada por Samira como uma das líderes da expedição. Sir Olaff, solicita seguir com a expedição, sendo referendado pela xerife que o destacou com a segunda liderança. Ao final ela ficou de decidir quem seria a terceira liderança e solicitou que todos se aprontassem para a jornada, pois ela deveria partir em três dias.

O jantar prosseguiu, com seus membros conversando amenidades e questões menos importantes, até ser encerrado pela xerife, que agradeceu a todos e fez um brinde em honra a expedição. Ao final envio os personagens de volta para a cidadela, por meio de carruagens que os aguardavam.

Juliette e Quendrix

O grupo chegou a Taverna/Estalagem do Verme Verde e conversou brevemente sobre suas impressões relativas ao jantar com a xerife. Era visível que Juliette não estava feliz com a ideia de retornar a Caverna da Teia, sua expressão traduzia um misto de conformismo forçado, uma sensação de desolação e desemparo. A nobre ficou contemplativa enquanto encarava a noite que parecia indicar uma chuva vindoura.

Juliette conversou com Quendrix. Fonte: internet

Por outro lado Sigurn pareceu animado com a ideia de seguir numa jornada. Delgrim demonstrava seu interesse em descobrir o que poderia ser encontrado.

Juliette, suspirando, novamente exprimiu sua insatisfação em retornar para a floresta para seus aliados, quando todos ouviram a voz de uma pessoa que adentrou o saguão de entrada, que divide a taverna da estalagem. Era Quendrix, ela declarou que  a nobre tinha uma alternativa: ela poderia ir com ela para a Cidadela do Portal.

Segunda a guerreira, que havia sido incumbida por Lady Mirian Tasselroff – Sua Alteza, de buscá-la para levá-la até seu esposo, Sir Valérius Tasselroff, que estava na  Cidadela do Portal em ações militares.

Durante o diálogo entre as duas, Quendrix – arqueada sobre o balcão do bar e bebendo muitos copos de rum, demonstrou grande pragmatismo. Sua conversa com Juliette, que exibiu para a guerreira uma fraqueza e incerteza quanto as questões que estariam por trás da atitude de Sua Alteza ao enviar Quendrix para leva-la, a fez desconfiar dos propósitos ali expostos, e com o ritmo da conversa ela deduziu que as intenções de Lady Mirian Tasselroff seriam utilizar Juliette como algum tipo de instrumento de controle das ações de Sir Valérius, o que a deixou sobressaltada.

A ameaçadora Quendrix Rastanan, a Heroína de Unicórnio Cinza. Fonte: internet

Rastanan, durante a conversa declarou que não foi recebida pela xerife, que mantinha a tutela sobre a jovem ladina, e portanto não havia obtido autorização para leva-la dali. Mas se ofereceu para leva-la, se assim Juliette quisesse, dizendo, de forma sombria, que poderia leva-la independentemente da permissão da autoridade local, utilizando sua força.

Horrorizada, mas tentando disfarçar, Juliette se despediu da guerreira, retirando-se para seus aposentos, ela cumprimentou Quendrix e partiu, subindo as escadas, enquanto trombava, devido ao medo que sentiu, num hospede que descia as escadas.

Uma sensação de pânico pareceu dominar seu ser, enquanto subiu as escadas da estalagem, a mente de Juliette fervilhava ideias paranoicas.

Os olhos atentos de Delgrim

Enquanto Sigurn se retirou para seus aposentos, atento a todo o acontecimento, Delgrim permaneceu na taverna, ao longe observou Juliette e Quendrix conversarem, esperando e torcendo para não ter que intervir ou que nada de dramático acontecesse.

Intrigado, Delgrim observou a conversa e o que faria Quendrix. Fonte; internet

Bebendo a mesma caneca de cerveja, sempre com olhos atentos, ele percebeu que o diálogo entre as duas mulheres pareceu não estar fluindo bem para a nobre Juliette. Que ao final da conversa pareceu deixar o recinto com um semblante de preocupado e infeliz.

Ainda assim, ele permaneceu para ver qual seria o próximo passo de Quendrix e ao acompanhar de forma reservada o que ela viria a fazer. Percebeu quando a guerreira, já no saguão que dividia a estalagem da taverna, pareceu em dúvida: se subiria para um descanso ou se iria para a rua.

Para disfarçar sua presença, ele trocou lisonjas com uma camareira, para matar o tempo e tentar não levantar suspeitas.

Pareceu ao anão que a conversa entre as duas mulher poderia não ter terminado exatamente como Quendrix queria, talvez ela fosse atrás de Juliette – seu maior temor.

Em seu íntimo ele pediu ao Criador, que ela saísse e que nada de mais acontecesse, que simplesmente as suspeitas lançadas por Juliette não passassem de uma simples maquinação de sua paranoia.

Por fim, ele viu quando a Heroína de Unicórnio Cinza foi repentinamente convidada por Andreas Vanderslake para tomarem uma bebida no Worg Empalado, por conta do bardo que havia aparecido no saguão. Ao ver que a dupla partiu, e tomando conhecimento do paradeiro da guerreira, Delgrim suspirou aliviado e subiu para seu quarto.

Juliette, a dama fugitiva

Ao chegar ao seu quarto, Juliette tomou uma decisão: ela não descasaria ali. Assim, resoluta, pegou algumas de suas coisas mais necessárias e saiu do quarto. Mas pensou que precisaria colocar alguém ali em seu lugar. Então, quando encontrou um homem, com dimensões próximas as suas, ela o encantou, enviando-o para seu quarto, para que deitasse em sua cama.

Ao sair de seu quarto, preocupada e sobressaltada, partiu rapidamente em direção ao quarto de Sigurn. Encontrando o jovem anão, confessou a ele sua preocupação com a segurança de todos, pedindo para aguardar Delgrim que havia ficado na taverna. Ambos aguardaram em seu quarto, enquanto a porta ficou encostada, Juliette ficou frestando para ver a chegada de Delgrim.

Delgrim chegou ao andar, sendo chamada por Juliette. Desconfiado, os anões ficam com Juliette no quarto, ouvindo suas suspeitas e seu medo. Como Juliette percebeu que os anões não pareceram favoráveis a sua ideia – de encontrar com Frida para conseguirem um abrigo seguro. Inconformada com a atitude de seus amigos, ela se despediu deles e pulou pela janela, pegando o rumo das ruas, iluminada pela lua minguante, as vezes encoberta por nuvens de chuva.

Sigurn ficou preocupado com Juliette. Fonte: internet

Os anões, estupefatos com a atitude de Juliette, após se recuperarem, discutiram qual o próximo passo que tomariam. Ao final, eles decidiram que Sigurn seguiria  até o Worg Empalado para constatar se Quendrix estaria lá, enquanto Delgrim, iria logo depois de conversar com Glader – que depois de saber do ocorrido, o aconselhou a tomar cuidado.

Juntos, após terem a confirmação da posição de Quendrix, eles procurariam por Juliette a dama em fugitiva. Enquanto uma fina chuva caiu na cidadela.

Para ver a continuação, clique aqui.

Criação e elaboração: Patrick, Alan, Ângelo, Sandro.
Autoria da logo de capa: Shin
Fontes de imagens: internet

Pontuações de experiência:

As pontuações de experiência pelas interpretações foram:

  • Juliette – 150 ptos de xp
  • Delgrim -130 ptos de xp
  • Sigurn – 110 ptos de xp

Carta da sessão:

Juliette, a Dama Fugitiva.

Observações:

Sigurn sabe que:

  1. As pessoas podem portar armas, mas somente guardas podem sacá-las;
  2. Não é permitido matar sob pena de enforcamento, ou envio para trabalhos forçados nas Mina de Sal no Mar de Bulette;
  3. Apenas a morte por comprovada auto defesa é permitida;
  4. Duelos são permitidos para resguardar a honra comprovadamente ferida, desde que autorizados por autoridade local;
  5. Brigas não armadas, podem ser punidas com detenção de um dia.

Patrick Nascimento

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Patrick Nascimento

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