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O cavaleiro é mais uma classe que sempre rondou os conceitos de personagens. normalmente desempenhado por guerreiros ou paladinos, além de uma classe de prestígio, o cavaleiro ganha sua própria classe, levando em consideraç~]ao as peculiaridades que o título merece. Alain é um personagem interessante mais por sua “rebeldia” do que pela classe em si, representando bem o nobre arrogante, habilidoso tanto quanto na política quanto nas armas seria uma mistura de Jaime e Tyrion Lannister, de Game of Thrones. O Cavaleiro icônico foi anunciado no blog da paizo no dia 23 de Julho de 2010  como persogagem jogável na campanha A Segunda Escuridão. Texto original de James L. Sutter.

Tradução: Fred Torres
Publicação: Fred Torres


Deferência e respeito são os privilégios dia bem nascidos. Poucos conhecem essa verdade como Alain, que sabe também que nem sempre tais privilégios são dados livremente e é o fardo do jovem nobre tomar na base da força aquilo que lhe foi negado.

Alain nasceu em Taldor no metafórico berço de ouro, filho mais novo de um rico comerciante cuja família pertencente a uma casta inferior de nobres. Quando criança, já mostrava aptidão tanto para as atividades físicas – notadamente as atividades marciais – quanto para os meandros da corte, seus códigos de etiqueta e suas intrigas. Apesar dessas habilidades o tornarem popular entre o pariato – especialmente com as jovens da corte, que eram mandadas frequente para nove meses de férias nos conventos da região – a riqueza e habilidades naturais de Alain incutiram nele uma poderosa, ou excessiva, auto estima, o que frequentemente o colocava em situações que normalmente acabariam com a vida de um homem de posição inferior à dele.

Quando o seu pai se deu conta de que os castigos físicos não seriam a forma mais efetiva de domá-lo, Alain já era quase homem feito e plenamente convencido de suas aptidões e competências para o que quer que fosse.

Se os elfos querem falar conosco, que eles aprendam uma​ língua de homem

(Alain)

Muito embora Alain não ligasse para os estudos comuns dos nobres como literatura ou linguística, ele se maravilhada com os contos dos Bardos, principalmente os que envolviam derramamento de sangue e batalhas até a morte, fazendo sempre os menestréis em sua tavernas favoritas cantarem versos de guerra e choque entre metais madrugada a dentro. Por melhor que fosse nas justas e nos combates ritualizados da nobreza, ele ansiava pela furor primitivo da guerra, onde sua superioridade em relação ao Guerreiro a sua frente não seria apenas reconhecida ou laureada, mas comprovada, além de qualquer dúvida, pelo sangue de seus oponentes em sua lâmina, tal qual as pressas manchadas de um grande predador. Ele era um nobre ante a sociedade, seria também um nobre aos olhos da natureza.

infelizmente para Alain, qualquer possibilidade de participar de uma guerra de verdade estava muito além das nada humildes posses de seu pai e nem ele nem seus dois irmãos mais velhos mostraram qualquer inclinação de ter uma rixa de sangue com uma outra casa. Os três tentaram convencer Alain a se tornar um Cavaleiro, uma forma apropriada e socialmente aceita de extravasar seu anseio pelo combate, mas a ideia de servir como escudeiro por um segundo que fosse – e de admitir receber ordens de qualquer um – era impensável para Alain. Finalmente, quando já não aguentaria mais um segundo, o jovem nobre juntou seus objetos pessoais e qualquer tesouro que tivera juntado até então e colocou sua espada no mercado, se declarando um mercenário. Partiria para a “Poesia escarlate que era o combate”

A guerra ao vivo tem muito pouco em comum com as heróicas baladas, e poucos são aqueles que retornam dela sem profundas cicatrizes na alma. Isso certamente aconteceu com Alain, mas onde outros encontram sabedoria e iluminação sobre o valor da vida e a forma brutal e sem sentido em que várias são ceifadas num combate, Alain encontrou outra coisa. Dentre o canto da lanças e espadas e escudos em choque, os gritos de cavalos e homens, o alardeado filho de mercador tornava-se uma força elemental de destruição, mutilando e devastando hostes de homens que nunca foram seus inimigos, mas meros oponentes. Embora tenha acumulado riquezas por mérito próprio fruto dos profundos bolsos de seus contratantes, para Alain o que importa era a outra recompensa, a que dizia que ali estava um homem testado no fogo da batalha, no canto do aço em choque.

Hoje Alain vai onde deseja, aceitando os trabalhos que o atraem apenas, e fazendo suas próprias expedições quando nada o apraz. Pelas suas famosas proezas nos campos de batalha, Alain frequentemente se encontra cercado de guerreiros que desejam lutar ao seu lado e, para sua surpresa, desenvolveu grande talento para liderá-los, com comandos precisos e decisivos. Esses companheiros são quase sempre mais consortes do que amigos, pois Alain sabe que por mais habilidoso que seja em comandá-los, sua experiência lhe ensinou que soldados são tipos pouco longevos, portando na hora de pagar a conta do açougue ele não derrama lágrimas.

Por mais que sua vida orbite em torno do campo de batalha, Alain ainda mantém os modos que o fizeram tão popular na corte em que fora criado (para o bem ou para o mal). Se cumprimentado por outro guerreiro ou cliente em potencial, ele pode se apresentar simplesmete como Alain, exibindo um comportamento desinteressadamente calculado, usado no intuito de ter suas habilidades valorizadas pelos seus interlocutores. Entretanto, se há uma bela dama envolvida, o “cavaleiro patife”  imediatamente assume as formas e poses da corte, ja tendo feito cair em seus braços muitas jovens nobres se ap´resentando como Alain Germande, Terceiro Filho da Casa Germande, Portador da Lança Defensora e outros títulos que lhe venham à cabeça no momento.

Em verdade, seja liderando soldados nos campos de batalha ou expulsando serviçais de sua cama pela manhã, Alain não liga muito para aqueles à sua volta. E mais do que moedas, amor e prazer carnal, Alain se importa mesmo com sua reputação e devota todas as suas energias para engrandecê-la, seja como canalha ou santo. Talvez a única criatura que ele tenha real apreço é Donahan, seu cavalo. Excepcionalmente bem treinado e tendo acompanhado Alain mais tempo do que qualquer um de seus compatriotas humanos, Donahan represnta tudo que Alain procura em um parceiro: Lealdade, confiança e obediência absolutas.

O próximo icônico é Damiel, o Louco.

Fred Torres

Ilustração de Wayne Reynolds

Dom Freddonci

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