O ar, era puro, sem as marcas do calor incessante de uma temporada de 1 ano nas areias escaldantes de Alkemor. Em seus desertos, desbravou pirâmides esquecidas, enfrentou tribos selvagens de criaturas nunca antes vistas, tumbas abandonadas com armadilhas mortais, morreu e renasceu, foi enganada, descobriu a verdade, viveu em sombras e venceu a própria escuridão interior. Disto tornou-se desprovida de uma sombra natural, reflexo de qualquer luz…
Mas tudo isso ficou para traz, em seu peito um medalhão restabeleceu o equilíbrio de confiança, as certezas de suas habilidades e venceu novas armadilhas as quais temia culminar em igual fim de outrora…
Essa era Zelot, membro do Anel Guardião, Sombra dos Medalhões. Novamente em Arantur, Capital do Reino de Dulamar. Em suas ruas, cresceu livre e se tornou mulher, trabalhou desde cedo com os negócios com o papai, e aprendeu o valor do ouro, da negociação, da vantagem, do blefe… Estava novamente em seu habitat. Mas a garota adolescente que havia deixado aquela cidade vistosa, havia regressado diferente, e sentia essa diferença. Como tanto havia sido perdido, deixado para traz…
Seus companheiros, regojizavam a vitória sobre o deserto, e principalmente a recente conquista do Medalhão do Poder, ostentado virilmente por Krushter. Mas ela tinha dúvidas sobre a escolha do portador, crendo que riscos severos habitavam aquela posse, e se estivesse certa, não tardaria problemas ocorrerem. E ainda havia as perdas, a garota Sâmira e o genasi da terra, cujo nome não recordo.
Mas Zelot, a Sombra dos Medalhões de Krynplastor, estava de volta. Mais forte, mais madura, mais vivida, e precisava buscar informações, se atualizar e iniciar uma buscar para encontrar meios de descobrir o verdadeiro mistério por trás dos artefatos místicos de Krynplastor , ela acreditava que mesmo a profunda sabedoria do arquimago Peratus Alberdon, não detinha as respostas para o destino que aqueles objetos deveriam ter. Ou o arcano omitia verdades que não poderiam ser proferidas a nós, ainda imberbes aventureiros.
Fosse, como fosse, ela não tinha tempo para descansar, ver seus familiares, ou mesmo ver o mar… As lembranças do porto e o cheiro de maresia lhes chegava ali, boas lembranças de aventuras passadas nos oceanos não longes dali.
Silenciosa, furtiva e com dotes únicos, Zelot saiu, deixou o grupo. Ela tinha uma certeza, os caminhos haveriam de se cruzar novamente em um futuro incerto.
Havia ouvido falar de uma ordem antiga que poderia ter respostas para as suas dúvidas. Lembrara do que um teurgue chamado Auron Cramer lhe falara. Havia uma sociedade oculta conhecida a Montanha Azul, portadores de conhecimentos seculares das civilizações e suas criações mágicas, talvez… talvez, eles soubessem algo relevador sobre os artefatos. Se sim, ela descobriria.
E ela caminhou no inicio, e depois estava correndo, sentindo a firmeza do chão de pedra, feliz por não ser areia…
Texto: Bruno de Brito
Fontes do Texto: Arzien
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