No dia 23/10/2016 das 13:00 às 18:00 ocorreu a 24ª sessão de Arzien com a participação de 100% dos jogadores do Grupo 1.
Os heróis Liam, Hejaz e Thorjan, após enfrentarem o terrível diabo dos ossos nos calabouços secretos do Templo da Casa da Piedade, se organizam para definir os próximos passos da tríade.
De posse de escritos ancestrais, os heróis descobrem segredos seculares que podem ser a chave de toda a aventura.
Essa é a sétima sessão da aventura “A Coroa da Ruína”.
Confira as últimas sessões:
Após o combate eletrizante contra a verdadeira forma do Frade Robert Shiller, um Diabo dos Ossos, os heróis saem vitoriosos após o Radiante Hejaz expulsar a criatura para de volta aos planos inferiores.
O Frei Wilson explica que aquela sala secreta possuía escritas divinas que proibiam a entrada deliberada de criaturas malignas. Porém, quando os heróis entraram no recinto, a proteção foi rompida. Por isso, e somente assim, o Frade RobertShiller (que era na verdade um Diabo dos Ossos) conseguiu acessar a câmara secreta.
Frei Wilson conta aos heróis que eles deveriam reunir os manuscritos, objetos e o antigo diário do Padre Alexander Birmold, o sacerdote que reuniu diversas informações na época em que os Missionários do Sétimo Levante, da Igreja de Arantos, realizaram um extenso trabalho de reunir os mortos, catalogá-los e criadoo que seria no futuro o Cemitério dos Guerreiros Derrotados.
Em um dado momento, quando organizavam todo o material, Frei Wilson detectou que havia mais alguém presente na sala, escondido e furtivo o tempo inteiro.
Um de olhos vermelhos aparecem flutuando no corredor que leva para fora da câmara. Os heróis escutam uma voz rouca e maliciosa vinda do corredor:
Voz Enigmática: Heróis tolos. Nada poderá impedir a ascensão da Coroa! Vocês encontrarão a morte!
Logo em seguida a misteriosa criatura desaparece nas trevas, gargalhando maliciosamente. Frei Wilson diz:
Frei Wilson: Maldição!
Eles estavam o tempo inteiro aqui.
De alguma forma aproveitaram para levar alguns manuscritos e mapas.
Não importa agora. Vocês não devem perder mais tempo!
Decifrem os mistérios dos manuscritos e do diário de Birmold.
Só assim para saberem o que fazer!
Ao lado do Frei Wilson e de outros clérigos sobreviventes, a tríade deixam o templo, que é consumido em chamas.
O Frei diz para os heróis não se preocuparem com os clérigos e nem com ele. Devem imediatamente decifrar os enigmas e manuscritos antigos do padre Alexander Birmold.
Somente eles podem revelar mais sobre a história do Rei Ferthgull, do Cemitério e, principalmente, o que faz a Coroa da Ruína.
Os heróis partem imediatamente para a Catedral da Aurora Radiante. No templo sagrado, o trio é recebido por clérigos da luz e guiados a um local adequado para que pudessem realizar seus estudos.
Hejaz e Liam se debruçam sob os manuscritos e outros objetos antigos, enquanto Thorjan pega no sono.
Dentre os itens estavam pergaminhos, folhas antigas, pedaços de ossos, penas secas, um crânio, um frasco de poção com um liquido dourado, além de outros objetos religiosos.
Enquanto separavam os itens e se organizavam para varrerem madrugada adentro em busca de informações valiosas, o Vigário Cássio Polendarth aparece e oferece ajuda ao grupo
Os manuscritos estavam escritos em três línguas: humano comum, elfo e celestial.
Cássio Polendarth, que sabia falar celestial, ajuda os heróis a desvendarem os mistérios ocultos por mais de 500 anos na Igreja de Arantos.
Os manuscritos de Birmold revelam que a Igreja de Arantos sabiam sobre a coroa, e e que ela era capaz de dar um fim a existência de Ferthgull, além de ser a responsável por tudo que aconteceu, já que ela corrompeu o antigo rei e condenou as almas de seu exército.
Segundo o diário de Birmold, muita das informações foram coletadas pelo padre quando este caminhava no campo de batalha, trabalhando em diversos funeráis e para a criação do cemitério. Ele obteve contato com espíritos e fantasmas que não conseguiam deixar o Plano Material.
Haviam relatos de soldados e bardos que acompanharam o rei na época em que marcharam para a batalha. Textos relatam a vida de Ferthgull, sobre seus anseios e desejos e podem ajudar a entender o que aconteceu depois que seu exército foi derrotado por Temorkar.
Ferthgull não era uma pessoa ruim, ele havia se tornado assim graças a coroa que havia sido entregue a ele. Poucas pessoas sabiam disso.
Birmold relata encontros com o fantasma Ferthgull nos campos e conversas com o rei, antes mesmo da sua cripta ter sido construída.
Birmold também revela que existia uma conspiração dentro da igreja de Arantos para ocultar toda verdade. Muitos dos sacerdotes estavam se corrompendo e se tornando cultistas de Recvill, na promessa de poder e imortalidade.
Dentre os textos que relatam as mudanças de comportamento do rei, de seus acessos de loucura existem textos que revelam a sua real motivação para se corromper, a sua antiga paixão: Arwen Siannodel.
Arwen Siannodel era uma elfa grishtariana e filha do Rei Herenvar Siannodel, rei elfo de Grishtar, e lorde da cidade de Shanza.
No VI Período, os homens e elfos não mantinham boas relações e durante séculos lutavam entre em si. No final desse período os elfos “toleravam os homens”, mantendo uma relação apenas para benefício de cada um (vocês ficam do lado de lá e nós de cá).
Encontros diplomáticos entre Grishtar e Kinária ocorriam de vez em quando. Em um desses encontros, na cidade de Shanza, Ferthgull conheceu Arwen e se apaixonou. A paixão foi mútua, a elfa ficou encantada com a cortesia e generosidade de Ferthgull
Essa relação jamais seria tolerada por seus parentes, nem na corte da Kinária e muito menos na Corte Élfica.
A paixão dos dois se tornou um romance de encontros secretos, em povoados isolados, locais distantes na floresta e nos campos. Arwen e Ferthgull buscaram diversas formas de ficarem juntos.
O rei fez de tudo para alimentar sua paixão.
Porém, seu romance havia sido descoberto pelo pai de Arwen, que ficou extremamente ofendido. O Rei Herenvar ordenou o fechamento das fronteiras com a Kinária, bem como aprisionou sua filha na mais alta torre de Shanza, que ficou conhecida como a Torre da Triste Melodia (que recebeu este nome pois Arwen tocava músicas de lamento e lamúria do alto da torre prisão).
Arwen, que era dotada de uma beleza estonteante, havia sido prometida a se casar com o Príncipe Lasthas Evarion, de Miretrand, um reino élfico em Riftdorian.
Ferthgull descobriu e ficou enlouquecido. Ele não aceitaria perder sua amada dessa forma.
Essa foi a mesma época em que Temorkar, o Rei Orc, invadia a Kinária e as guerras do sul haviam estourado há alguns meses.
Ferthgull sabia que se vencesse o exército do Rei Orc, poderia conquistar o respeito dos elfos e até, quem sabe, oficializar seu amor por Arwen.
A ameaça de Termorkar era real.
O Rei Orc iria varrer a terra dos homens e elfos. Herenvar Siannodel precisava de Ferthgull e da Kinária e jurou que caso vencesse Temorkar, a mão de Arwen seria sua.
Foi assim que o Rei se tornou obcecado em derrotar Temorkar, o que inclusive o levou a aceitar a Coroa da Ruína anos mais tarde como forma de vencer a guerra contra os orcs.
Os anos se passaram e Ferthgull enviava exércitos para impedir o avanço orc. Cidades, fortes, castelos e fazendas do sul foram tomadas ou destruídas pelos orcs.
Até que um dia Ferthgull recebeu a visita de um misterioso homem envolto em mantos, em seus aposentos reais. Ele estava transtornado com as crescentes derrotas de suas forças e o destino da Kinária.
Esse homem então ofereceu uma solução: a Coroa da Ruína. Ferthgull deveria trocar sua atual coroa – a da Kinária – por essa nova coroa, a qual iria lhe trazer a vitória de uma forma ou de outra.
A coroa, que assumiu a forma idêntica a sua coroa anterior, consumiu o coração de Ferthgull e o fez tomar atitudes insensatas. Ele não sabia, mas havia condenado todo seu povo ao aceitar a coroação diabólica.
Obcecado para vencer e assim consumir seu amor com a Princesa Arwen, o Rei Ferthgull preparou um gigantesco exército, reunindo três frentes de batalha e marchou para o sudoeste da Kinária, na região do atual Condado de Marantel.
Mas, infelizmente, como a história comprova, ele e seu exército não venceram.
Ao lado de generais, comandantes, guerreiros e cavaleiros, o último Rei da Kinária encontrou seu fim.
Ferthgull morreu desgostoso e cheio de mágoa por ter falhado com sua Nação e por não ter ficado ao lado de Arwen, sua amada. Dizem que encontrou seu fim sangrando até a morte, atravessado por uma lança e deitado no campo de batalha, enquanto uma chuva torrencial lavava o seu corpo e das centenas de homens mortos ao redor.
Após a notícia da morte de Ferthgull e a crescente ameaça de Temorkar, a Princesa Arwen foi enviada imediatamente para Miretrand. Ela era o símbolo da aproximação dos elfos grishiirs e de Miretrand (cujo os laços haviam sido arranhados por desavenças). Mesmo infeliz e desgostosa com a vida, ela estava pretendida a se casar com o Príncipe Lasthas Evarion.
O Rei Herenvar Siannodel fez de tudo para que ela esquecesse o Rei Ferthgull. A elfa ficou bastante triste, já que sonhava um dia voltar a Grishtar e até se casar com Ferthgull. Juntos faziam planos de juntar os dois povos, em uma nação de igualdade e justiça.
No dia de seu casamento, Arwen se jogou de uma grande cachoeira para que pudesse reencontrar Ferthgull na outra vida.
Na época isso causou um grande choque em Miretrand e Grishtar, já que o casamento das casas aproximaria mais ambos os reinos.
O Diário de Birmold deixa claro que a paixão proibida pela Princesa Arwen foi o estopim para que Ferthgull se corrompesse.
O diário de Birmold descreve com muito cuidado sobre um conjunto de itens lendários conhecidos como as Coroas Infernais.
A Coroa da Ruína faz parte de um conjunto de itens milenares chamados de Coroas Infernais, forjados em planos inferiores, mais especificamente nos Nove Infernos (também chamado de Unvellor), para corromper as almas dos mortais, em especial dos homens.
As Coroas Infernais eram itens lendários, milenares.
Sua quantidade ninguém sabe ao certo, alguns dizem serem 3, outros 5 e outros dizem serem 9, um para cada camada dos Nove Infernos.
As Coroas Infernais foram utilizadas ao longo dos Períodos por diferentes governantes, imperadores e reis.
Esses itens milenares se perderam no tempo. Muitos foram destruídos.
As Coroas Infernais mais conhecidas eram a Coroa das Trevas e a Coroa da Desolação.
Os poderes das coroas variam, porém todas compartilham de um único e grandioso poder: corromper a alma de um governante (um rei, imperador ou lorde por exemplo), para que assim condenasse por associação a alma de TODOS aqueles o seguissem (sua família, seus vassalos, servos, guerreiros, seu povo).
Isso foi o que aconteceu na Batalha do Último Rei (737 VI Prd), quando o Rei Ferthgull e seu exército tombou contra Temorkar.
Essa derrota fez com com que todos os soldados e cavaleiros também tivessem suas almas condenadas.
Ou seja, o Pacto que Ferthgull fez com as forças diabólicas se estenderam para seus súditos, no caso seu exército derrotado por Temorkar.
Após a derrota de Ferthgull, a coroa desapareceu. Ninguém sabe ao certo, mas fontes dizem que Temorkar pode ter levado consigo como prêmio e depois ela foi roubada, se perdendo.
O que importa é que Coroa da Ruína não cumpriu com seu contrato.
Todo o campo de batalha, onde milhares morreram, foi condenado. As almas ficaram vagando, o terreno ficou amaldiçoado. Segundo Birmold, houve uma intervenção divina de alguns deuses, dentre eles Ullayel (deusa élfica), Arantos e Mylanian.
Após a Batalha do Último Rei, a coroa teve seus poderes bloqueados e adormecidos. Eles não poderiam ser utilizados novamente até que o pacto com Ferthgull fosse finalizado.
O diário de Birmold descreve diversos trechos sobre a solução de derrotar a Coroa da Ruína e a influência diabólica sobre as almas condenadas.
Tudo começa com a descrição de como o Cemitério foi construída, com suas defesas clericais que impediram a entrada e saída de criaturas nefastas (ou pelo menos reduzia bastante sua influência).
Todo o Cemitério dos Guerreiros Derrotados foi protegido por forças divinas ao longo dos anos – tanto quando a Igreja de Arantos chegou ao local e construiu as primeiras covas e túmulos, quanto depois, com a criação de toda a estrutura que cerca o cemitério (construída pelas igrejas de Heinvarg e Mylanian).
Antes da chegada das Igrejas de Heinvarg e Mylanian, os padres de Arantos, membros dos Missionários do Sétimo Levante, espalharam relíquias no cemitério chamadas de Filactérias de Arantos.
Essas filatélicas eram pedaços de escritos sagrados feitos por Arantos na época em que caminhava entre os homens. Dizem que esses escritos foram feitos com seu próprio sangue, a fim de registrar sua passagem da vida terrena, a penitência e o caminho da paz e libertação que o homem deveria procurar para elevar seu espírito.
O Padre Alexander Birmold sabia que as filactérias tinham um poder de enfraquecer a influência da Coroa da Ruína, por isso foram enterradas no cemitério.
Se foram usadas juntamente com outros itens, as 4 Filactérias de Arantos tem o poder de destruir a coroa da ruína.
Esses itens foram descritos no diário de Birmold como sendo:
Se todas essas relíquias (filactérias, unguento e escudo) forem destruídas em um ritual, podem aumentar a influência diabólica sobre todas as almas do cemitério.
As filactérias de Arantos estão fragmentada e enterradas em Quatro pontos distintos do cemitério.
Os heróis vão precisar reunir as quatro filactérias para que, juntamente com o Unguento de Talaskan e o Escudo Raio do Dia, possam destruir de vez a Coroa da Ruína – libertando as almas de Ferthgull e seu exército.
Para felicidade o grupo, o Unguento de Talaskan estava entre os objetos de Birmold, entregues pelo Frei Wilson.
O Escudo Raio do Dia é uma relíquia de posse de Hejaz Gorwill, item o qual ele havia recuperado dentro do Cemitério na última vez que invadiu o local com Liam Lianon.
Já as filactérias, para encontrarem no cemitério, os heróis vão precisar usar o Crânio de Birmold.
Sim, eles descobrem que antigo padre havia deixado um texto enigmático que dizia que para saberem a localização das filactérias, deveriam buscar respostas com ele em seus restos mortais.
Após descobrirem tantas revelações, os heróis se preparam para irem ao cemitério. Hejaz reencontra com a Arcebispa Anabelle Sunshine, bem como o Bispo Derion Halvern, de Heinvarg.
O Radiante relata as autoridades religiosas tudo que aconteceu, sobre o combate contra o diabo dos ossos e de toda enganação que estava acontecendo.
As forças inferiores tinham interesse de manter distante qualquer intromissão no cemitério, para que assim de alguma forma a Coroa da Ruína, que esta em posse de Vasharn, concluísse de vez o Pacto Diabólico com Ferthgull (condenando eternamente a sua alma e de milhares de outros guerreiros).
Com tudo revelado, e após descobrirem como conseguiriam vencer a influência diabólica da Coroa, os heróis se preparam para partir de vez ao Cemitério dos Guerreiros Derrotados.
Antes de partirem para o cemitério, Hejaz resolve ir encontrar sua família. Ao chegar em casa encontra sua mãe adoentada, de cama, com uma febre muito forte. Ela estava bastante preocupada com seu filho, que não dava notícias.
Achando estranho, Hejaz percebe algo preso próximo da janela do quarto da sua mãe: um pedaço de pano enrolado e com marcas de sangue. Ao abrir, o clérigo nota um recado dizendo:
Você se opôs em meu caminho. Irei te ensinar o significado de arrependimento e dor.
Ao final a carta estava assinado em sangue, com a letra V.
Preocupado, Hejaz utiliza seu poder divino para remover a doença de sua mãe. Em seguida pede para que ela vá imediatamente para a Catedral, ao lado de Lisandra e seu pai e que não saiam de lá até ele retornar. Brieda porém avisa ao seu filho que Lisandra não havia retornado desde ontem da Loja de Tecidos, e já estava ficando preocupada.
Hejaz pede para sua mãe partir imediatamente, enquanto ele iria procurar Lisandra pessoalmente.
Ao chegar até a loja de tecidos, o clérigo da luz descobre que Lisandra havia sido raptada. Em seus aposento, no porão da loja, haviam marcas de sangue e um recado escrito em couro curtido.
Vamos resolver nossas diferenças no Cemitério.
Hejaz, bastante abalado, pede para que o namorado de sua irmã ajude a procurar o paradeiro dela na cidade.
Em seguida o Radiante se junta a seus amigos Liam e Thorjan em uma cavalgada:
Hejaz Gorwill: Vamos partir para o Cemitério imediatamente.
Já está na hora de Vasharn pagar pelo seus atos.
A sessão termina neste momento.
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Um série de grandes descobertas foram feitas nessa sessão que muniu os heróis com informações cruciais para ajudar Marantel a eliminar o mal que a assola.
O trio de heróis vai precisar agir em conjunto para conter as forças por trás desses eventos que remontam séculos de história e mistérios.
E não vai ser fácil.