No dia 27/06/2017 das 20:00 às 00:30 ocorreu a 31ª sessão de Arzien com a participação de 100% dos jogadores do Grupo 1.
Nesta sessão, o quarteto de heróis Liam, Hejaz, Thorjan e Zelot abrem a tumba de Lorde Esthalf Vermond e buscam a quarta e última filactéria de Arantos. Porém, caem em uma nefasta emboscada…
Essa é a décima quarta sessão da aventura “A Coroa da Ruína”.
Confira as últimas sessões:
Na sessão anterior, os heróis encontraram a Cripta de Lorde Esthalf e desceram uma escada secreta localizada em seu interior.
Graças a iluminação mágica do Escudo Raio do Dia, Hejaz afasta as sombras enquanto seus companheiros o seguem mais atrás, atentos a quaisquer perigos que possam encontrar.
Hejaz sentia que o ambiente era carregado por uma energia negativa fora do normal. Como clérigo da luz, ele sabia que em ambientes subterrâneos e sombrios, a emanação da deusa Shalistir prevalecia e, o tempo inteiro, tentaria extinguir fontes de luz.
Assim como na noite anterior, de alguma forma a influência das trevas nesse recinto era fortalecida. Isso reduzia pela metade quaisquer efeitos mágicos de fontes de luz que tentassem romper a escuridão. Esse poderoso efeito corruptor e aniquilador se estendia para todo cemitério (e parecia ser mais poderoso durante a noite e em ambientes subterrâneos).
Cautelosos, os heróis chegam ao final das escadas ao que parece ser uma grande câmara, cujo o chão era forrado com um piso de tonalidade marrom-amarelado. Duas colunas de pedra sustentavam o teto a uma altura aproximadamente de 6 metros.
O ambiente era silencioso e inquietante.
Ao iluminar melhor as laterais, os heróis notam tumbas de pedra fechadas, com esculturas em alto relevo de guerreiros segurando espadas, vestindo armaduras e portando escudos.
Antes de prosseguirem, Zelot busca armadilhas na tumba da direita. A ladina além de confirmar que ela estava fechada, encontra um dispositivo engenhoso que dispara gás venenoso, caso a tumba fosse violada.
Antes que pudesse tentar desativar a armadilha, a ladina e os demais escutam sons estranhos, de vozes perdidas, fantasmagóricas, semelhante a pessoas armadas andando e conversando.
As vozes das pessoas pareciam se aproximar e afastar, em diferentes volumes e direções.
Então, após uma forte pancada, os sons se cessam, e o frio percorre a espinha dos heróis.
Todos escutam uma voz que disse:
Voz Fantasmagórica: Quem invade este recinto e ousa interromper o meu descanso?!
Um medo sobrenatural afeta Zelot e Liam, que sentem calafrios e uma tremedeira inquietante. Thorjan e Hejaz superam este medo e ficam atentos ao redor.
Hejaz, percebendo que era algum tipo de manifestação de Vermond, disse:
Hejaz Gorwill: Lorde Esthalf Vermond, me chamo Hejaz Gorwill, sou Radiante de Mylanian, a Deusa da Luz.
Eu e meus companheiros viemos aqui na busca pela última filactéria de Arantos, para que possamos dar um fim a influência diabólica da Coroa da Ruína!
Um vento frio e sobrenatural percorre o ambiente.
Vozes sem sentido acompanham a ventania, como se fossem lamentações.
Então, novamente, todos escutaram a voz:
Voz Fantasmagórica: Ladrões de Tumbas!
Acham que podem levar os tesouros aqui enterrados?!
Porque acreditaria na história de vocês?
Não deveriam interromper o descanso dos mortos!
Velas se acendem nas laterais, revelando quatro tumbas de pedra (2 em cada lateral) e uma quinta tumba, mais a frente, na parte central da câmara.
Outras duas colunas de pedra podiam ser vistas mais adiante sustentando o teto da cripta.
Hejaz, percebendo que precisava dialogar com Esthalf, disse:
Hejaz Gorwill: Falamos a verdade, Lorde Esthalf Vermond!
Fomos orientados pelo Padre Alexander Birmold, que nos revelou toda a verdade sobre o Cemitério dos Guerreiros Derrotados!
Ele nos falou sobre a Queda do Rei Ferthgull e toda maldição que se abateu sobre o Último Exército da Kinária, condenando a todos a uma morte-vida neste lugar.
Sabemos que a fonte deste poder vem da Coroa da Ruína, uma relíquia diabólica que precisa ser destruída!
Se você nos entregar a quarta filactéria de Arantos, poderemos vencer e finalmente dar um descanso digno aos cavaleiros aqui enterrados!
O clérigo estendeu o escudo Raio do Dia e disse:
Hejaz Gorwill: Olhe, estou portando o Escudo Raio do Dia.
Este é um dos itens que podem derrotar a influencia da Coroa.
Confie em nós!
Por um instante, a ventania se cessa, as luzes das velas ficam mais tremeluzentes, como se quisessem apagar.
Uma figura fantasmagórica e translúcida se manifesta a frente dos heróis, revelando um homem de meia-idade, de cabelos curtos, barba e bigode escuros, com um rosto marcado pela guerra, vestindo uma armadura de batalhas e segurando uma espada longa.
O cavaleiro fantasmagórico encara Hejaz com um olhar cerrado e desconfiado, porém perdido e desesperançoso, e ao final disse:
Fantasma de Lorde Esthalf: Clérigo da Deusa da Luz, percebo que o que diz é verdade!
Conheci Alexander Birmold e jurei proteger uma das filactêrias de Arantos, afastando cultistas e intrusos.
Se, pela graça de Heinvarg, vocês conseguirem livrar este lugar da condenação, finalmente os milhares de homens que se sacrificarem neste campo de batalha poderão encontrar a paz e a….
Mas o que?
Quem são eles?!
De repente, os heróis são interrompidos por figuras que adentraram ao recinto.
Uma risada feminina, maliciosa e arrogante se faz ouvir.
Ao se virarem, os heróis notaram, na escadaria em granito, a presença da elfa Delshantra Nyamtharsar, ao lado de outros dois cultista, eram eles: Kevnor, uma misteriosa figura que eles haviam encontrado na noite anterior, e o outro era Stevan, que havia sido feriado num combate anterior contra os heróis. Dois zumbis completavam o grupo de inimigos.
Delshantra falou com tom de voz alto e imperativo:
Delshantra Nyamtharsar: Tolos sejam vocês, heróis!
Acreditavam mesmo que poderiam me intimidar?
Nós caminhamos entre os Mortos e Decadentes.
Nós, do Secto da Mão Negra e servos de Recvill, zombamos daqueles que acreditam na vida.
Enganamos a morte e nos tornamos mais fortes através dela!
Nosso espírito pertence ao único Deus capaz de nos elevar a imortalidade.
Este lugar será o sepultura de seus almas, pois seus corpos nos pertencerão após a partida dolorosa que farão aqui!
Vermond, mostre sua verdadeira face!
Mostre para eles que você é servo das forças das trevas e agora é imortal!
Eu exijo que me obedeçam!
Ergam-se Espectros!
Arranquem a vida dos infiéis!
Eu exijo que me obedeçam!
A elfa estava segurando um sinistro cajado, de cores roxa e verde escura, com runas entalhadas em cor branca. Esse cajado começou a brilhar (um brilho roxo escuro) no exato momento em que ela terminou sua fala.
Os heróis notaram que as velas que iluminam o lugar ficam mais intensas, e as chamas tremeluzentes. Sombras sinistras se formam nas paredes e colunas, bem como sons indecifráveis reverberam na câmara.
Neste momento o fantasma de Lorde Esthalf pareceu se contorcer.
Sua forma começou a mudar, e as sombras do ambiente preencheram todo seu corpo. Os heróis escutaram seu grito de dor e agonia a medida em que seu corpo foi transformado em outro ser. Num sinistro e horripilante espectro!
No lugar de um cavaleiro armadurado, os heróis notam que surgiu uma criatura complemente escura, como se vestisse um manto rasgado e não possuísse pernas (flutuando no ar). Suas garras eram longas e seu olhar sem vida. O Radiante reconheceu como sendo uma Aparição, um terrível e poderoso morto-vivo.
Ao mesmo tempo que isso aconteceu, quatro criaturas espectrais emergiram de cada uma das demais tumbas de pedra. Seus olhos e bocas eram brancos, cabelos esvoaçantes, prateados e seus corpos esquálidos e fantasmagóricos.
Hejaz também reconheceu esses mortos-vivos como sendo Espectros, criaturas sedentas de energia vital dos seres vivos!
Lorde Esthalf, na forma dessa nefasta criatura, disse:
Aparição de Lorde Esthalf: Servos das Trevas,
Acabem com os Vivos!
Extirpem a Luz!
Não Haverá Esperança para NINGUÉM!!
Deu-se início a um intenso combate.
Encurralados por duas frentes inimigas, os heróis se viram numa situação extremamente perigosa.
Rápida e veloz, Zelot utilizou o poder de seu manto mágico e conjurou uma Teia nos cultistas, aprisionando-os em pegajosas teias de aranha. Essa manobra serviu para atar os recvillitas no local da escada onde estavam, atrasando assim suas ações.
Lorde Esthalf parecia haver perdido sua essência, a de um honrado e justo cavaleiro. Agora, estava perdido e corrompido, sob a forma de aparição. Ele e seus cavaleiros, naquele momento, serviam aos desígnios do Deus da Morte.
Hejaz, ao encarar Delshantra – pessoa que declaradamente tinha sob seu poder, a vida da amada irmã do radiante, vida esta que tinha barganhado em vão pelos fragmentos que os heróis haviam conquistado até ali. O clérigo, ou novamente contemplar a elfa e toda aquela emboscada dos recvillitas, o fez ponderar brevemente o que aconteceria caso falhassem. Além de que todo aquele esforço seria em vão, para ele particularmente, pois ao se levantar contra aquele ardil, Gorwil teria condenado a vida de sua irmã, Lisandra Gorwill.
Enquanto seu aliados se engajavam em combates difíceis que se seguiriam ali, Hejaz Gorwill sentiu seu sangue ferver ao pensar na agonia e tormentos que poderiam estar sendo infringidos em sua irmão e enlouquecido momentaneamente e cego pela ira, não enxergou nenhum dos mortíferos espectros que ali estavam. Com os olhos e pele enrubescidas pela raiva, se deslocou despreocupadamente em direção aos malignos cultistas, aproveitando a impossibilidade deles em se deslocar, pensou em deflagrar sobre eles sua mais pesada bênção – a Coluna de Chamas de Mylanian!
Os espectros avançaram contra os heróis sedentos em drenar a polpuda energia vital que emanava deles. O entes desferiram poderosos ataques que alem de drenarem suas forças vitais, ainda lhes causavam terríveis machucados.
Liam conjurou seus relâmpagos e tentou se proteger com ilusões – reflexos de si, se deslocando da melhor forma por entre os inimigos. O elfo precisou agir com eficiência, pois em seu íntimo sabia que milhares dependiam do sucesso do grupo naquele momento.
Thorjan investiu com bravura sobre as criaturas, atraindo para si a maior quantidade delas, contudo sofreu com ataques de espectros, que drenaram sua energia vital. Apesar disso, o anão conseguiu atingir e destruir parte de das energias fantasmagóricas de seus inimigos com golpes do seu machado mágico.
O combate ficou mais tenso a medida que os heróis são atacados por magias a distância, conjurada pelos cultistas e ataques corpo-a-corpo dos espectros e da aparição.
Zelot, percebendo que seus companheiros precisavam urgentemente da ajuda do clérigo da Luz, atravessou correndo perigosamente o caminho dos mortos-vivos e se interpondo entre Hejaz e a trilha que o levaria a sua vingança, clamou para que ele retornasse a si, dizendo:
Zelot: Hejaz, você precisa voltar a si!
Nos precisamos de sua sabedoria e força espiritual para vencermos este combate!
Não deixe que suas emoções vençam!
Você é um Radiante, e como tal precisa mostrar a luz!
Avante Clérigo da Luz!
As palavras de Zelot conseguiram alcançar os ouvidos Hejaz, o clérigo neste instante parou, olhou novamente para Delshantra que apesar de sua condição se mantinha majestosa e íncolume em sua convicção de vitória. O Radiante, então se conteve, voltou a olhar para Lian e Thorjan, que passavam por maus bocados. E viu que sua vingança teria que esperar, pois a vida de seus aliados era deveras preciosa – não apenas pelo preceito da Senhora Luz, mas porque eles lhe eram muito caros. Assim, o clérigo olhou com ternura para a ladina e disse:
Hejaz Gorwill: Obrigado Zelot!
Logo após, o clérigo imediatamente orou à Mylanian e conseguiu focalizar sua fé numa aura de expulsão, que afastou dois dos poderosos espectro do combate imediatamente.
Percebendo que conseguiu trazer seu aliado de volta a si, Zelot se engajou no combate contra Stevan, um dos cultistas que não havia ficado preso na teia, usando suas rápidas espadas. Ela conseguiu derrotá-lo pouco tempo depois.
Com dois espectros expulsos pelo Poder da Fé de Hejaz, o combate fica menos difícil. Liam e Thorjan destruíram outros dois espectros, bem como resistiram aos ataques da aparição bravamente.
Uma vez percebendo que a maré do combate pendia para si e que seus aliados estavam minimente curados e fortalecidos, Hejaz pode se concentrar nos demais cultistas que estavam na escada. Assim, no melhor momento, ele conjurou a Coluna de Chamas de Mylanian sobre eles, duas vezes. Com o calor do fogo divino apenas Delshantra conseguiu sobreviver. Enfurecida e disposta a derrotar seu nêmesi, a elfa diabólica partiu para um combate singular contra o radiante, enquanto os outros heróis davam conta dos seus próprios adversários.
Apesar dos ardis e força de combate de sua adversária, após um poderoso golpe com seu martelo mágico, Hejaz conseguiu derrotar Delshantra. O Radiante pensou ter conseguido dar cabo da adversária, no entanto, a cultista se reergueu com um novo fôlego e preparou-se para evadir, não fosse a rapidez e precisão de Thorjan, que com seu machado degolou a clériga de Recvil. Ao tombar, a cabeça da elfa exibiu um funesto sorriso e mesmo sem suas cordas vocais, falou à todos:
Delshantra Nyamtharsar: Gasp…hrurr…
Hahahhahagg..
É tarde de-demais…sacerdote da luz!
Sua irmã está perdi…dida.
Sua alma foi condenada….
Você verá…com os proprios olhos!
HahahHHahHahaha!
A maligna elfa morreu, porém desprovida de medo em seu olhar.
Kevnor, o último dos cultistas, fugiu imediatamente assim que sua líder foi morta.
Percebendo que a influencia sobre Lorde Esthalf vinha de um cajado mágico que Delshantra segurava, e com sua morte a magia havia sido cessada, Hejaz tentou convencer o cavaleiro kinário a voltar para o lado dos heróis:
Hejaz Gorwill: Lorde Esthalf,
Você não é essa criatura terrível que se tornou!
Você um comandante!
Um justo e honrado cavaleiro!
Retorne a sua forma, abrace a nossa causa e, pela graça de Mylanian e honra de Heinvarg, vamos nos unir contra as forças malignas deste lugar!
Com a influencia dos Recvllitas destruída, Lorde Esthalf conseguiu se transformar novamente num fantasma.
Exausto, como se toda essa transformação fantasmagórica custasse parte de sua escência, Lorde Esthalf disse:
Lorde Esthalf Vermond: Heróis, estou envergonhado por tudo isso. Mas sei que a única esperança são vocês.
A quarta filactéria que procuram está aqui. – Ele aponta com os dedos e a última filactéria flutuou para fora de sua tumba de pedra.
Utilizem todo tesouro que encontrarem dentro daqueles baús – ele aponta para dois baús no canto da sala.
Podem descansar nesse lugar. Eu não deixarei que nenhum espectro ou morto-vivo se aproxime.
Porém, sejam breves!
Os inimigos se fortalecem!
O tempo esta contra todos nós!
Em seguida ele segurou sua espada e vôo em direção a uma das paredes, onde os espectros que haviam sido expulsos teimavam em regressar para o combate.
Os heróis se preparam para abrir os baús.
A sessão terminou neste momento.
Continua em A Coroa da Ruína, 4ª Parte: Masmorras do Rei Fantasma, sessão I
Segue abaixo a relação dos tesouros encontrados pelos heróis.
Moedas (5700 total) – cunhadas com símbolos antigos
Pedras preciosas (25)
Objetos de arte (3)
Pergaminhos (4)
Poções (9)
Outros
Texto original: Bruno Freitas
Revisão: Patrick Nascimento
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