No dia 17/06/2017 das 08:00 às 12:30 ocorreu a 30ª sessão de Arzien com a participação de 100% dos jogadores do Grupo 1.
O quarteto de heróis Liam, Hejaz, Thorjan e Zelot após descansarem de uma longa noite de aventuras, retornam para o Cemitério dos Guerreiros Derrotados. Lá enfrentam alguns mortos-vivos e na sequência seguem para o Sepulcro dos Comandantes, na busca da cripta de um antigo comandante kinário.
Essa é a décima terceira sessão da aventura “A Coroa da Ruína”.
Confira as últimas sessões:
Após uma longa noite de intensas batalhas e encontros no Cemitério dos Guerreiros Derrotados, os heróis finalmente podem descansar.
Eles chegam ao acampamento do lado de fora, na entrada do cemitério.
A paladina Beatriz Manto-Azul cede um espaço na tenda principal aos heróis para que pudessem repousar. Apesar de pequeno e do pouco conforto, foi suficiente para protegê-los do frio. Sacos de dormir e cobertores foram disponibilizados, bem como alimentação (sopa, pão e castanhas) e água.
Tanto do lado de fora quanto dentro da tenda haviam pessoas feridas e enfraquecidas. A maioria eram soldados do Condado de Marantel e guerreiros fiéis a Igreja da Espada do Juramento, de Heinvarg.
Conforme os heróis já sabiam, essa comitiva, liderada pela paladina, estava a serviço da Igreja de Heinvarg e tinham a importante missão de proteger todas as cercanias do cemitério (impedindo a entrada e saída de intrusos e eliminando mortos-vivos que escapassem do lugar).
Apesar de restarem poucas horas para amanhecer, essa noite estava sendo muito difícil para o destacamento da Igreja de Heinvarg.
Muitos cavaleiros e soldados ainda estavam patrulhando as imediações e redondezas, na busca de mortos-vivos. Outros buscavam se recuperar dos ferimentos e golpes sofridos pelas nefastas criaturas da noite.
Espalhados pelo acampamento, Clérigos de Heinvarg se esforçavam para ajudar o máximo que podiam os cavaleiros e soldados feridos.
Depois de se alimentarem os heróis buscam repousar (afinal, em menos de 2 horas o dia iria amanhecer).
Antes de dormirem, Hejaz conjura uma magia de Enviar Mensagens para entrar em contato com sua irmã Lisandra Gorwill, a qual descobriu estar aprisionada (para saber mais leia aqui).
Porém, a única resposta que o Radiante obteve foi a de um som semelhante a uma ventania e assobios sem sentido, além da sensação de um vazio perturbador.
Após uma oração para a Deusa da Luz, Hejaz roga para que sua irmã esteja em viva, em segurança e que consiga resistir das mazelas que possa estar sofrendo. Ele também roga por proteção para ele, seus companheiros e todos os guerreiros e clérigos do Condado diante de tudo que vem acontecendo.
O clérigo da luz precisava ser forte – mesmo em um momento delicado como este.
Antes de adormecer, o feiticeiro Liam Lianon recebe uma mensagem mágica através do seu broche que permite comunicação com a Montanha Azul. Ele escuta uma voz feminina, a qual reconhece como sendo de Selêne VonZyke, que diz:
“Liam, o item que busca é a Coroa da Ruína.
Se a encontrar, traga para a Montanha Azul imediatamente!
Para tocá-la, utilize um manto limpo, encharcado com água benta.”
O feiticeiro entende neste momento que os Vigilantes da Montanha Azul sabiam a verdadeira natureza do item que ele e seus aliados estavam buscando. E, como guardiões, certamente desejam salvaguardá-la em um local seguro.
Durante o sono, a ladina tem um pesadelo aterrador.
Ela se vê caminhando em um planalto desértico, com céus cobertos de nuvens fragmentadas e espalhadas, de tonalidade roxa escura, como se fosse em outro plano de existência.
Zelot avista uma figura de costas, próximo a um penhasco bastante íngreme.
Vestida com um traje leve de tecido macio, descalça e diante de fortes ventos e chuva. Seus cabelos eram negros e lisos e ela parecia flertar diante do abismo a sua frente, como se estivesse contemplando-o.
Ao chegar mais próximo a ladina escuta uma voz feminina, em tom de lamúria, que diz:
Agora, você entende.
Sente.
Percebe.
Não me arrependo de deixá-lo com você.
Agora você está mais forte e viva.
Não era isso que queria?
Agora você o tem, Sombra dos Medalhões.
Porém, cuidado. Muito cuidado…
Quando você olha para o Abismo, o Abismo olha para você!
Ao se virar, Zelot reconhece Miyu Katsurana, a monja membra do seu grupo, que havia sido morta por Kreven, O Névoa, no último embate contra O Altar, nas catacumbas de Haran-Pharak, em Luckendor (para saber mais, leia aqui).
No lugar seus olhos haviam dois buracos completamente vazios, os quais encaravam a ladina como se estivesse julgando-a, congelando seu sangue e causando arrepios.
Em um gesto rápido, Miyu segura o antebraço da ladina, que estava surpresa, e se joga, de costas, em direção ao abismo, arrastando-a consigo!
Ambas caem no desfiladeiro sem fim.
Sem ar e com uma sensação de estar realmente caindo em um abismo, Zelot desperta do terrível pesadelo…
Hejaz também tem um pesadelo nesta noite.
O Radiante sonha que está caminhando em uma planície, semelhante as planícies dos arredores do Condado de Marantel. O Clérigo percebe uma vasta neblina se formar a sua frente, mas ele não a teme e segue de forma firme, portando o Escudo Raio do Dia.
Em um dado momento, enquanto caminha atentamente, a neblina se abre, revelando uma cidade, com estradas, muros e construções, idênticos aos da cidade de Marantel.
Ele encontra a cidade vazia, com lojas e casas abertas e ruas desoladas.
Em dado momento, ele dobra uma esquina e percebe algumas figuras caminhando sem sentido, envolta nas brumas e sombras.
Uma dessas figuras se aproxima e o Radiante vê sua irmã Lisandra Gorwill, com a pele pálida, como se estivesse sem sangue. Seus cabelos estavam quebradiços e seus olhos sem vida.
Hejaz percebe outros vultos também saírem das brumas e das casas. Eram dezenas, depois centenas deles. Lentamente tomam as ruas e cercam o clérigo.
O Radiante é cercado por mortos-vivos, que pareciam estar ansiosos pela sua vida. Eles agarram o clérigo com força, que tenta, em vão, afastá-los com o poder de sua Fé.
Os zumbis e mortos-vivos arrancam pedaços de sua carne e o sufocam com seus corpos e garras.
Eles estavam ansiosos para extinguirem a última luz daquela cidade condenada.
Hejaz desperta do pesadelo.
Um sentimento de vazio e culpa preenche seu peito.
Após os terríveis pesadelos, os heróis despertam no dia seguinte.
Eles recuperam em parte de seus ferimentos, do cansaço físico e mental, e também recuperam suas magias arcanas (Liam) e clericais (Hejaz).
Percebendo a escassez de recursos no acampamento, o Radiante conjura Criar Alimentos e consegue alimentar seus amigos e a maioria dos soldados locais.
Antes de deixarem novamente o acampamento, eles descobrem que a paladina Beatriz Manto Azul havia partido mais cedo, para uma nova missão junto com outros cavaleiros (eles foram dar apoio outro grupo que estava precisando de ajuda).
Sem perderem mais tempo, os heróis seguem de volta ao cemitério, agora mais determinados do que nunca.
Apesar de ser meio-dia, o tempo estava nublado e o cemitério permeado por brumas e neblinas espessas, o que bloqueava a visão dos heróis.
Enquanto caminhavam de volta, seguindo a estrada principal de paralelepípedos, o quarteto encontra um totem de madeira e ossos, com um crânio cravado em seu topo, além de penas negras e faixas de tecido, manchados com sangue.
Após analisarem com cuidado, inclusive com magia, os heróis descobrem que se tratava de algum relicário de Recvill, certamente criado pelos cultistas que rondavam o cemitério (inclusive, semelhante a outro que haviam encontrado na noite anterior).
De repente, zumbis e esqueletos aparecem e atacam os heróis.
O combate é breve, porém poucos segundos depois mais mortos-vivos se aproximam.
O grupo descobre que o totem estava atraindo mortos-vivos com algum tipo de magia nefasta! Para piorar, o Radiante também percebe que item fortalecia os mortos que estavam próximos a ele.
Os heróis agem rápido para conter o avanço dos mortos.
Thorjan e Zelot destroem os esqueletos guerreiros usando suas habilidades combativas.
Com suas magias arcanas, o feiticeiro Liam consegue destruir parcialmente o totem recvillita, dando oportunidade para Hejaz o destruir de vez com um golpe de seu martelo mágico, eliminando sua emanação maligna.
Os heróis conseguem destruir o restante dos mortos-vivos sem mais problemas.
Após enfrentarem os esqueletos e zumbis, os heróis continuam pela estrada de paralelepípedos, até alcançarem a base da Colina do Descanso do Rei.
De lá, seguem para o leste, bordejando a colina (conforme fizeram noite anterior).
Centenas de metros depois, chegam ao Sepulcro do Comandante, um local cercado por ruínas de uma muralha de pedra, cheio de criptas, tumbas e estátuas de antigos líderes do exército da Kinária.
Conforme as informações do Crânio de Birmold (obtidas também na noite anterior), os heróis procuram especificamente a cripta de Lorde Esthalf Vermond, o Vingativo.
Caminhando entre as tumbas e criptas, os heróis tem a sensação de estarem sendo observados, por vultos e sombras que teimam em se esconder.
Eles sabiam que os recvillitas, liderados por Delshantra, estavam nas cercanias, aguardando um momento para se revelarem.
Hejaz, apesar de preocupado, não podia arriscar confiar nesses adoradores do Deus da Morte e Corrupção.
Após investigar o nome de uma das estátuas de cavaleiros, Hejaz encontra a cripta de Lorde Esthalf Vermond.
Neste momento, o Radiante avisa a seus companheiros e pede para que fiquem alerta.
Liam tenta encontrar perigo nas redondezas, estendendo sua percepção élfica. O feiticeiro sabia que seus inimigos estavam a espreita e poderiam atacar a qualquer momento.
Thorjan segura forte seu machado enquanto aguarda seus companheiros tomarem a decisão de entrar ou não no local. O anão já estava impaciente, afinal aquele ambiente, rodeado de mortos vivos e neblina não o agradava de maneira alguma.
Zelot, furtivamente, escala a construção e busca por armadilhas próximo ao portão de pedra.
A ladina encontra uma armadilha de dardos envenenados no teto, logo acima da porta de pedra da cripta. Com maestria, ela consegue desarmar a armadilha.
Para abrir o acesso a cripta, conforme as orientações dada pelo Crânio de Birmold, Zelot gira três vezes para direita uma estrela de 6 pontas que estava no alto da entrada (a famosa Estrela dos Guerreiros do Sul).
O pesado portão de pedra se abre, revelando um local sujo, rodeado de teias e poeira. O cheiro era intenso, abafado e úmido, nada agradável, como se o local estivesse trancafiado há séculos.
Havia uma pequena sala vazia logo a frente. Uma alavanca de pedra podia ser vista na lateral, presa na parede.
Após constatar que não haviam outras armadilhas, Zelot abaixa a alavanca e então o chão se abre, revelando uma escadaria secreta.
Sem perderem mais tempo, o quarteto desce as escadas de pedra….
A sessão termina neste momento.
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