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DAMARA

HISTÓRIA

Damara surgiu há quase 300 anos atrás (1075 CV) quando Feldrin Pena de Sangue fundou a cidade de Heliogabalus às margens do lago Mogador. Por muito tempo o reino experimentou paz e prosperidade, protegido de inimigos externos por longas cadeias de montanhas e enriquecido pelo comércio de ferro, prata e calcedônia[1]. Somente as Montanhas Galena produziam cerca de 1.000.000 de P.O. de pedra-sangue por ano.

Rei-Bruxo Zhengyi

Contudo, no ano de 1347 CV o poderoso lich Zhengyi construiu o Castelo dos Perigos ao norte de Vaasa em uma única noite e se autoproclamou governante da região. Rapidamente ele arregimentou um exército de goblins, orcs, gigantes, demônios, clérigos de Orcus e mortos-vivos e se preparou para atacar o reino vizinho.

Nesse momento os damaranos estavam ocupados lidando com um inverno rigoroso e geadas prematuras que destruíram suas lavouras. Além disso, matilhas de lobos e licantropos desceram das Montanhas Galena e transformaram o norte do reino em um mar de sangue. E como se o “Inverno do Lobo” não fosse duro o suficiente, com homens e animais morrendo de fome, um mal antigo despertou nas profundezas das minas localizadas em Portal da Pedra Sangrenta e começou a matar os mineiros. Na época a região era responsável por quase metade da produção de calcedônia de todo o reino.

Aproveitando a oportunidade o Rei-Bruxo de Vaasa atacou o Passo da Pedra Sangrenta e invadiu Damara. A guerra durou 10 longos anos. As nações vizinhas, às voltas com seus próprios problemas, não enviaram nenhuma ajuda. No ano de 1357 CV as forças de Zhengyi e do Rei Virdin Pena de Sangue se enfrentaram durante um verão inteiro no Vau de Goliad, mas nenhum dos lados conseguiu obter vantagem sobre o outro até que o monarca damarano fosse enganado, traído e assassinado por Felix, seu principal general.

Com Damara tomada pelo seu exército o Rei-Bruxo passou a executar todos os nobres que ainda eram leais ao trono dos Penas de Sangue. Em seguida, dividiu a porção sul do reino em seis baronatos independentes, pesadamente taxados e vigiados. O controle das Montanhas Galena foi entregue à Cidadela dos Assassinos, uma organização criminosa que o apoiou em sua empreitada. Por fim, Zhengyi voltou sua atenção para o norte de Damara e acabou por derrubar o último bastião de resistência damarano.

Foi então que o Rei-Bruxo subitamente desapareceu, lançando seu “império” em uma nova onda de caos. Os governantes marionete dos baronatos do sul começaram a conspirar uns contra os outros e terminaram por arruinar a região tanto do ponto de vista econômico como político. Por outro lado, a Cidadela dos Assassinos se aliou à um alto sacerdote de Orcus e à um Arquimago para extorquir dinheiro e escravos do Baronato de Pedra Sangrenta.

Gareth Dragonsbane

Humilhado, espoliado e sem mais nada a perder, o povo de Damara se uniu sob o comando de Gareth Dragonsbane e seu grupo de intrépidos companheiros (Olwen Amigo-da-Floresta, Kane, Emelyn “o Cinzento”, Friar Dugald, Celedon Kearney e Riordan Parnell) contra a tirania de Zhengyi. A rebelião começou em Portal da Pedra Sangrenta e contou com a ajuda dos anões, halflings e centauros das florestas da região. Não demorou muito para que os bandidos da Cidadela dos Assassinos fossem aniquilados.

Em seguida, o grupo de heróis exterminou os servos de Orcus que infestavam as minas de calcedônia do Baronato de Pedra Sangrenta, assegurando uma inestimável fonte de recursos ao incipiente movimento de resistência que surgia para se opor aos planos de conquista do Rei-Bruxo. Isso valeu a mão de Lady Christine, filha do Barão Tranth, a Gareth Dragonsbane.

A rebelião cresceu. Arcata, Carmathan, Ostel, Morov e Polten foram sucessivamente reconquistados nas chamadas Guerras da Pedra Sangrenta.

Quando Zhengyi retornou, encontrou uma Damara unida e pronta para expulsá-lo da região. Ironicamente, outro impasse entre os dois exércitos ocorreu no vau de Goliad, mas após uma perigosa jornada ao Abismo Gareth e seus companheiros conseguiram roubar a Varinha de Orcus e levá-la até Celéstia, onde ela foi destruída. E para garantir que a influência do Príncipe-Demônio sobre as Terras Geladas havia terminado para sempre Bahamut ainda entregou aos heróis um artefato chamado Gema-Árvore, que uma vez plantado no Plano Material deu origem à uma belíssima árvore branca que baniu todos as criaturas demoníacas conjuradas pelo Rei-Bruxo de volta para os Planos Inferiores.

Sem a ajuda de Orcus Zhengyi acabou sendo derrotado. O Castelo dos Perigos desmoronou e as hordas de mortos-vivos que ele controlava se desfizeram em pó. Damara finalmente estava livre do seu jugo!

Sandro Moraes

Mestre das campanhas "O Segredo Enterrado no Gelo" e "Tirania dos Dragões", ambos ocorridos no cenário de Forgotten Realms. Mestra também no cenário de Golarion, em "O Mestre da Fortaleza Caída" e mais recentemente O Chamado de Cthulhu. Entusiasta do sistema GURPS, em especial High Fantasy, mestra e joga Pathfinder, Starfinder e D&D 5ª Edição.

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