Essa história é uma continuação da publicação “Três Passagens” do fragmento: Espírito Quebrado, esse é um texto mais completo, ainda que contínuo do documento: “O Diário da Titã de Heironeous”, de autoria de Patrick Nascimento, Mestre de Crivon, Redator deste Blog e Membro Fundador do Grupo: Orbe dos Dragões.
“O alento de uma breve pausa para os integrantes da grande caravana de refugiados que escapou da invadida e dominada Hommlet, havia contagiado aquelas pessoas desprovidas de seus lares, desoladas e cansadas da extenuante jornada imposta por seus defensores, que insistiam em manter a marcha, no entanto, todo o grupo, incluindo os heróis que a tutelavam estavam no limiar de suas forças e decidiram consentir numa pausa, para que todos pudessem, dentro do possível, descansar pelo menos o físico, pois a paladina sentiu com sua grande empatia e viu nitidamente que todos estavam com seus espíritos cansados dos horrores presenciados ou vividos em meio a toda a barbárie e maldade perpetrada pelos malignos invasores. Enquanto se banhava acompanhada de um grupo de mulheres que decidiu escoltar com Ydey até um ponto de banho, ela contemplou uma jovem mãe com seu bebê, a mulher banhou o filho com muito carinho e cuidado, sorrindo, talvez (como pensou Sandy), por ter conseguido livrar daquela crueldade seu único tesouro. Enquanto contemplou aquela cena, a paladina sentiu que seu rosto esfriado pelo clima do lugar, era molhado por um líquido morno que descia de seus olhos castanhos. Ela lentamente tocou as lágrimas, escondendo-se das demais para que não percebessem, o que julgou naquele momento um ato de fraqueza, olhou para seu reflexo na água e lembrou que o mais próximo de uma filha que teve, agora estava morta. Conforme lhe havia dito Gatts, Silvertite havia feito o sacrifício máximo e sofreu as graves consequências de desafiar um poder maior do que poderia conter. Sandy Benelovoice, pela primeira vez em toda a sua jornada de heroísmo, bravura e perseverança olhou para seu reflexo e viu seu espírito quebrado.”
Sentindo a pressão da masmorra onde havia adentrado se dissolver magicamente com o teletransporte, Sandy Benelovoice, olhou para os corpos de Pyrus, Eophain e Lazarus, que pareciam inertes, sem se dar conta do local e das pessoas ao seu redor, começou a tratativa de seus aliados. Não tardou até que outros se unissem a ela, na ajuda ao trio de inconscientes heróis, por fim descobriram que apena o necromante havia sobrevivido ao ataque, mas ainda se encontrava sem sentidos. Sandy se lamentou por, em seu desesperado resgate, não ter podido ajuda-los a tempo e fez uma breve prece pelas almas dos que não puderam ser salvos, enquanto delicadamente fechou seus olhos, que exibiram um estranho olhar que lhe pareceu um misto de agonia e medo.
Ydey segurou no ombro de Benelovoice e lhe perguntou sobre o que havia acontecido – enquanto Calmert, se aproximou. Percebendo a aproximação do senhor do templo de Santo Cutberth, ela se levantou e reservadamente, lhes contou sobre o ocorrido, para o horror de ambos os clérigos, que ouviram a tudo estupefatos. Enquanto conversaram, foram andando até o pátio externo do templo fortaleza, passando pelos inúmero feridos e moribundos oriundos dos confrontos, Calmert ouviu atentamente cada palavra da guerreira sagrada e refletia, provavelmente escolhendo o que dizer. Quando passaram pelo portla da igreja em direção ao pátio externo, Benelovoice sentiu uma poderosa pontada em seu coração, como uma punhalada e brevemente perdeu suas forças, caído curvada no chão, foi amparada por Calmert e Ydey que lhe perguntaram o que havia acontecido com a paladina. No entanto, ainda sem palavras devido a perda do fôlego do duro golpe sentido, ela se virou para seus amparadores com uma pequena lágrima em seu olhar, que fugiu inadvertidamente de seu olho esquerdo. Sandy sabia que em algum lugar, sua sagrada montaria e mais leal companheira havia perecido.
Ydey, arrebatada pela empatia que sentiu pela paladina, sem controlar sua emoção, em lágrimas, perguntou pelo irmão, todavia, ao contemplar o olhar de desolação da paladina em resposta a sua indagação ela compreendeu e elevou a vista em sinal de prece pelo irmão perdido no confronto contra o draco abissal.
Tentando quebrar o clima fúnebre e funesto, eis que surgiu Questin com um sorriso maroto por ver a paladina viva. Ao se aproximar dela lhe congratulou por seu regresso a salvo e perguntou por cada um dos membros que haviam partido em missão, ao perceber em seu olhar triste e vazio, que eles não retornaram vivos, em seu íntimo se regozijou por não ter ido com eles, mas lamentou a morte de cada. Diante daquele cenário, o halfling sugeriu a todos que fosse dada a retirada de dos sobreviventes e que fugissem da cidade tomada, antes que o inimigo chegasse até aquele último refúgio e liquidasse os últimos remanescentes de Hommlet. Após ponderarem brevemente nas possibilidades, entre uma resistência armada e a fuga, que poderia significar a aniquilação total, caso fossem apanhados na estrada, Sandy pensou que poderia organizar um grupo para ganhar tempo para o povo enquanto ela e aqueles que quisessem tentariam conter os inimigos o máximo que pudessem. Assim ela abraçando o pequeno ladino, que ficou desconcertado com o ato da severa guerreira, o agradeceu e disse:
– É conhecido, que quando os grandes e poderosos falham, caberá aos pequenos a chave sobre o destino de muitos. Obrigado por seu apoio e conselhos. Faremos como disse. Pois enquanto houverem súditos, haverá um reino. E independente de nossas motivações – a paladina olhou para o horizonte onde estava o celeiro onde havia deixado Silvertite, é nosso dever protege-los a todo o custo.
Assim ela decidiu que todos deveriam organizar uma grande caravana de refugiados e partir o mais rápido possível, levando o estritamente necessário. Sendo que após um breve diálogo ficou acertado que a caravana deveria se dirigir para Nulb ao invés de Verbobonc, por ser a vila mais próxima de Hommlet.
Calmert e Ydey partiram para avisar a todos, quando Lazarus surgiu e conversou com a paladina brevemente, ao que parecia, ele havia ouvido o que havia sido deliberado ali e pareceu disposto a ajudar todos. Disse de forma enigmática que ganharia tempo para o plano da paladina de evasão dos sobreviventes e partiu.
Muito próximo de onde estavam, o clérigo Erzurel Grayson de Pelor, adentrava pelos portões do templo de St. Cutberth, viu o necromante deixar a construção e percebeu o estado de penúria ao qual o povo de Hommlet havia sido jogado pelas forças de Tharizdun e imediatamente começou a tratar daqueles mais próximos, fosse com as bênçãos de sua divindade ou com seu conhecimento medicinal, adiando seu encontro com Calmert, uma vez que não havia nada de boa a relatar e ao tratar dos ferimentos daquele povo poderia desviar sua atenção e afastar as lembranças da dura derrota sofrida nas mãos dos cultistas invasores, que ainda o abalavam e atemorizavam.
Theros Gatts Nalambar, como um caminhante dos ares, surgiu dos céus, descendo suave e exatamente no ponto em que Sandy estava, e viu que a prima havia começado a organizar um grupo de combatentes para tentar auxiliar na defesa de uma caravana que estava sendo reunida, contendo algumas carroças e muitas pessoas, os sobreviventes do conflito. Notou que ela estava com sua atenção voltada para a tarefa e não o havia notado e então chamou-a. Ao perceber que Gatts estava vivo, ela enviou os combatentes para que auxiliassem e ajudassem a agilizar nos preparativos da saída que não deveria demorar, pois o tempo urgia e se dirigiu a passos largos até o primo, o agarrou num apertado abraço e disse o quanto havia se preocupado com ele e o catou com os olhos em busca de ferimentos, aos quais ele negou ter. Eles então começaram a relatar um para o outro os acontecimentos pelos quais tinham passado até aquele encontro.
No entanto a guerreira sagrada percebeu que o semblante do guerreiro arcano estava abatido e soturno, como se tentasse esconder, inutilmente, algo que ele pensou que a prima não pudesse captar. Por fim, sentido uma pequena pontada de dor em seu peito, por imaginar sobre o que ele poderia esta ocultando, ela quebrou o silencio e, com uma expressão severa, disse:
– Gatts, meu primo, não apenas pelo fato de ser um paladina cujo treinamento me capacita a perceber uma mentira ou a ocultação da mesma, mas como sua prima, seu sangue, eu lhe conheço muito bem e sei todos os seus trejeitos. Você melhor do que ninguém deveria saber que não pode ocultar nada de mim. Posso imaginar o que me dirá, por ver em seu semblante o pesar, mas preciso saber o que aconteceu, diga!
Desconsertado, Theros contou os detalhes desde sua fuga do campo de batalha até aquele momento e o ponto mais marcante de sua jornada de regresso foi ter encontrado Silvertite, passando por uma interminável sessão de tortura imposta pelo inimigo, que lhe havia subjugado, arrancado suas asas e a pendurado com grilhões, quanto dois carrascos cuidavam de seu sofrimento, pois enquanto um deles lhe atormentava lhe estripando, o outro vinha com um cajado de cura e antes de seu suspiro final, a curava, para continuar a sessão de tortura, que seria interminável. Em meio a seus urros de dor contidos a brava criatura conseguiu resistir ao máximo e não convocou sua mestra para salvá-la, pois sabia que era exatamente isso que Malba, o Olho Ancião, esperava e ansiava. Todavia, Gatts entendendo os planos do inimigo, não pôde ficar parado observando aquela barbárie e num ato de grande coragem e misericórdia, voou e lançou uma poderosa esfera de chamas que irrompeu numa grande explosão que consumiu os carrascos e deu o golpe final que libertou a montaria sagrada de Benelovoice de toda aquela selvageria.
A paladina, estarrecida, ficou paralisada em choque ao ouvir atentamente a narrativa do primo e compreendeu a agonia e tristeza dele, cujo papel fora de dar fim ao sofrimento de sua celestial montaria. No entanto, sentindo novamente uma aguda pontada em seu peito, ela perdeu novamente o fôlego, enquanto viu o mundo rodar a sua frente, sentiu que perderia os sentidos, mas não desmaiou. Percebendo que sua vista havia ficado turva com as lágrimas que vertiam de seus olhos incessantemente. Num ímpeto de grande dor e tristeza, desceu ao chão com seus punhos fechados e socou a terra batida repetidas vezes, em sinal de protesto contra o mal que havia sido infligido contra Silvertite, enquanto gritava de dor pela perda de seu animal. Todos a sua volta, ouviram o desespero da paladina, que até aquele momento demonstrou austeridade e compostura de uma nobre guerreira, no entanto, sua casca de bravura havia se desmanchado com a triste notícia. Gatts a olhou com compaixão, sem saber como reagir, deixou que ela extravasasse sua perda e lhe disse após uma longa pausa:
– Sandy, sei que tem o direito de lamentar por sua perda. Mas agora ainda não é a hora. Lhe peço que se recomponha. O que faremos Sandy?
A guerreira sagrada, foi alcançada pela a razão das palavras de Nalambar, parou de se mexer, secou as lágrimas com as costas das mãos, se levantou, com um semblante abatido e vermelho e disse, resoluta:
– Estou com meu espírito quebrado! – ela olhou novamente para o horizonte, onde se localizava o celeiro, como que pensando em ir até lá para acabar com o máximo de cultistas que pudesse, mas desviando o olhar e aquele pensamento, continuou – Mas temos de levar o povo de Hommlet para longe desta cidade o quanto antes Gatts, o sacrifício de Silvertite e dos demais não deverá ser em vão. Precisamos salvaguardar o povo desta cidade e garantir que eles cheguem a salvo na cidade mais próxima, que no caso será Nulb. Lázarus saiu dizendo que nos ganhará tempo para que possamos partir. Como pode ver a comitiva já está pronta, nos ajude a leva-la.
Ele devolveu o Escudo do Príncipe para a paladina, e percebeu que ela estava trajada com uma brilhante e arrojada armadura que lhe delineava o corpo, Gatts questionou a necessidade de eles seguirem com a caravana, uma vez que a terra de Hommlet ainda estava sob o julgo do inimigo, ao que a guerreira sagrada lhe disse:
– Gatts o povo de Hommlet é mais importante do que a cidade. Pois um reino sem súditos não existe. Precisamos cuidar para que mais nenhum súdito pereça para os cultistas à Tharizdun.
Consentido ao ouvir as palavras de Benelovoice, Gatts se preparava para partir para ajudar a todos, quando Erzurel apareceu para ambos e os cumprimentou com pesar. A dupla o felicitou por ter conseguido escapar do massacre perpetrado pelo Olho Tirano e lhe perguntou sobre o destino de Aescriel, que estava com ele. O clérigo respondeu que o sombrio elfo o havia teletransportado magicamente para um brejo, não muito distante dali, na orla da Casa do Fosso e lá havia se despedido dele na companhia de outro vampiro.
Sem muito tempo para tentarem compreender o significado das informações que Grayson havia trazido, Sandy pediu a ajuda dele para com os sobreviventes, lhe informando do plano de evacuação da cidade. Ao ver o clérigo de Pelor, Sandy entendeu como um sinal de esperança que o sacrifício de Silvertite não havia sido em vão, pois ao menos um nobre herói não havia perecido naquela armadilha mortal. Não tardando muito, a caravana havia deixado Hommlet, que ainda ardia em chamas
Na estrada, enquanto marchavam, ganhando lentamente terreno, Sandy utilizou suas técnicas, há muito não usadas de guiar e liderar rebanhos, adaptando-a para aquela circunstância, ajudando a caravana como podia, enquanto havia destinado Questin e um pequeno grupo de homens para a missão de seguirem como batedores da caravana.
Num determinado instante, cansada, mas sem transparecer sinais disso, viu seu primo se aproximar e então conversavam sobre os rumos da caravana, quando iniciaram um debate sobre o que fazer com a varinha que continha o poder de realizar um desejo. Gatts havia tido tempo para analisar o item e contou a paladina suas capacidades. Eles ficaram envoltos nas implicações éticas do uso do item e dos possíveis desdobramentos provenientes dele.
Durante o diálogo, que foi se intensificando, devido ao aparente desinteresse do guerreiro arcano em querer utilizar a varinha para um propósito maior, por ter a certeza de que ao usá-la, perderia parte de seu poder místico conquistado no decorrer de suas missões e aventuras que seria drenado ao utilizar o poderoso item mágico. Foi quando no auge da discussão, Theros, num tom quase zombeteiro, enquanto a olhou em desafio, lhe disse:
– Poderíamos ressuscitar Silvertite
Sandy arregalou seus olhos castanho, como quem não esperasse pela proposta indecorosa, e ao mesmo tempo, em seu mais profundo íntimo, possivelmente desejada. Em seguida, fechou seu semblante cansado fazendo um sinal de lástima, por fim respondeu em tom ríspido e severo:
– Por Heironeous! Não me tente! Estou cansada, por favor, não me tente!
Nalambar, sentindo-se mal pela ofensa, se calou, estendendo a varinha para entregar a paladina. Sandy olhou com tristeza para o primo e lhe disse com ternura:
– É certo que muita coisa neste mundo se degenerou, que vivemos muitas coisas separadamente e que não somos mais os mesmo de quando enfrentamos Clavo Bafo de Pedra. Mas se existem uma coisa que para mim é tão certa quanto minha fé em Furyond e em Heironeous é a minha fé em você! Gatts, você é o único familiar que tenho e o único em quem posso confiar – ela pegou na mão que segurava a varinha e a fechou delicadamente – Guarde esse item, até que possamos pensar num uso realmente adequado para ele. Como disse, estamos no limiar de nossas forças, não estamos pensando direito. Mas encontraremos uma saída para isso – ela tentou esboçar um sorriso, que pareceu demandar dela um grande esforço, dada a dor, tristeza e cansaço que a consumiam por dentro – Nós sempre encontramos uma saída, não é mesmo?!
Neste instante, enquanto Erzurel se aproximava, Questin retornou com notícias de que a vanguarda estaria bem, mas que os combatentes não se mostravam tão atentos ou animados em proteger a caravana. Gatts propôs uma pausa, o que foi também recomendado pelo halfling. Consentindo numa pausa, não naquele momento, mas quando a noite caísse completamente, Sandy recomendou que os heróis se dividissem com ela ficando na retaguarda, Gatts na vanguarda e Erzurel no centro com a maioria dos feridos. Theros se preocupou em deixar a prima sozinha cuidando da retaguarda, quando, surgindo da mata, veio Lazarus, que informou que o ardil que havia utilizado atrapalhou os inimigos e que eles não preocupariam por algum tempo. Conseguindo a colaboração de todos, ela partiu para ajudar o povo da caravana e deixou o poderoso guerreiro arcano sozinho, que se fechou em pensamentos e conjecturas.
A noite chegou e com ela foi consentido um descanso para os membros daquela caravana. Era passível de se perceber o nível de exaustão de todos os seus membros. Sandy, com suas últimas forças ajudou a montar o acampamento e a organizar os homens para montar guardas que rondas e pensou em tomar um banho frio, ao tomar ciência de seu estado deplorável, como uma forma de limpar seu corpo de todo aquele mal e de suas reverberações ali impressas nos olhares de desolação de muitos daqueles despossuídos de seus lares e de seus entes queridos.
Ydey, que parecia se manter próxima a guerreira sagrada, ficou ao lado de Benelovoice, ao ouvir que ela estava preparando um comboio de mulheres para se banharem, para ajudar. Assim, um grupo saiu com essa finalidade. Após se banharem, todas retornaram com uma sensação de alento naquela noite. Mas para a estranheza de Sandy, algo estava estranho, pois em meio a todo aquele acampamento improvisado, parecia que um grande casebre havia sido erguido no local, como num passe de mágica, uma fumaça saindo de uma chaminé, indicava que certamente a temperatura em seu interior estaria melhor do que ali fora. Ela percebeu que aquilo somente poderia ser obra de seu primo, todavia, quando se preparava para ir até lá, viu que Gatts e Lázarus haviam adentrado juntos o local, então se conteve, para não atrapalhar a conversa deles. Ficou intrigada com o fato dele não ter convidado nenhum dos outros.
Mantendo sua vigília até que alguém a rendesse. Enquanto vigiava, observou que o diálogo parecia demorar muito. O frio parecia ter se intensificado, Sandy pressentiu que a qualquer momento poderia nevar. Quando uma dupla de jovens veio para rendê-la, levantou-se e foi a passos largos em direção a estranha residência para saber o motivo da conversa. Subitamente, como que pressentindo, Lázarus saiu rapidamente da cabana e antes de seguir seu caminho passou ao lado da paladina e disse-lhe em tom monocórdico:
– Seu primo é um louco! Um louco leal.
Sem dizer-lhe mais nada e muito menos lhe dar tempo para perguntas, Lázarus partiu, deixando o círculo do acampamento até desaparecer atrás de um morro.
A paladina voltou atenção para a casa construída por Gatts. Estava cansada, mas em seu íntimo sentia que deveria ver seu primo mais uma vez. Quando um clarão proveniente de uma coluna de luz prateada que rompeu do teto do refúgio de Gatts iluminou todo acampamento. A coluna de luz se elevou até o céu, trespassando as nuvens no alto.
Preocupada com o que poderia ter ocorrido, imediatamente Benelovoice correu, mas antes que pudesse chegar até porta, em meio a um novo clarão, viu suas mãos seguidas de seu corpo brilhando levemente e se desfazendo em areia prateada. Estupefata, ela não havia entendido o que ocorrera e antes que fosse totalmente dragada pelas areias do tempo viu que todo o acampamento estava em situação similar.
A Titã de Heironeous tentou resistir, mas foi em vão. Enfim, ela desapareceu…
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