Para ver o capítulo anterior, clique aqui.
Após terem atravessado o estranho portal, lentamente cada um deles tomou consciência de sua chegada num ambiente que lhes pareceu o coração das Ruínas Flograthi.
Estavam num terreno estéril, com emanações elementais conflitantes. O chão era rochoso e arenoso, a sensação era de abafamento, como se o ar tivesse sido aprisionado ali e nunca saído.
No centro da grande cratera, havia uma fogueira cujas chamas, na tonalidade azul pareciam ter força suficiente para iluminarem todo o lugar, no interior da fogueira o grupo viu uma espada finamente trabalhada, ao lado dela havia uma tumba feita em pedra e esculpida com muitas runas élficas, no tampo, a imagem de um majestoso elfo havia sido esculpida – era a figura de Gelderan.
Aos pés da tumba, uma pilha de ossos e um esqueleto parcialmente destruído, trajando uma conservada armadura prateada com muitas gemas decorando sua estrutura, jaziam no local.
Próximo ao esqueleto e ao lado da fogueira, um hobgoblin trajando mantos parecia ser aquele que entoava a ladainha, que havia despertado a chama.
Na chegada dos heróis ele parecia ter terminado sua prece e olhada na direção da única área não iluminada do local, de onde veio uma poderosa voz, que disse:
– Maldição! Não consigo me aproximar da espada. Pegue-a Quishant! Traga-a para mim!
Ao perceber a chegada dos heróis ele disse, das sombras, saiu o som de um riso de deboche, em seguida a criatura em seu interior declarou:
– Gelderan falhou novamente! Principalmente em enviar vocês para deterem meu estratagema. Novamente de posse de minha espada, eu terei o poder para tornar Toran uma extensão do Abismo – a criatura fez uma breve pausa, como se tivesse se surpreendido com o que acabara de dizer, continuando. – Agora entendo o porquê de ter sido enviado nessa missão… Somente os envolvidos na Desolação Flograthi poderiam saber a verdade. E se a Espada Dimensional me pertenceu, então eu sou…
Subitamente, ocorreu uma pequena explosão há poucos metros próximos da escuridão, onde um círculo de fogo se formou.
De seu interior, era possível ver apenas o olho fendido de alguma criatura que os observava de outra dimensão. O som de sua gargalhada horripilante escoou pela cratera, e sua poderosa voz foi ouvida em seguida, dizendo:
– Meus parabéns Sombra da Morte! – disse a voz em tom de deboche – Agora você descobriu o real motivo de ter lhe enviado nessa missão. Foi através de meu poder, que pude influenciar o fraco diabo de espinhos – que havia sido atingido pela dor de um golpe poderoso, para erra na conjuração e trazê-lo ao Plano Material. Mas vejo que os milênios de dor, sofrimento e transformações que lhe infringi não foram maiores do que seu orgulho. Uma vez que trouxe ao povo élfico, que tanto odiava, tamanha dor e sofrimento, ao morrer, você veio cair direto em minhas mãos. Agora, você irá completar sua missão, pois eu sei que existe algo maior do que seu orgulho, e é o medo que você tem de minha ira, pois se você fracassar e for destruído, voltará para as minhas garras! Pois você me pertence, Shaider Arull! Agora pegue a Espada Dimensional e me traga para o Plano de Crivon, para que eu mostre aos mortais daí as mil e uma formas de sentir dor! O que você tem a dizer a seu mestre Sluguel, Sombra da Morte?
Um breve silencio se formou logo após os dizeres do Senhor da Dor, em seguida, de forma tímida, a voz vinda das trevas proferiu, numa voz ouvida nas mentes de todos os presentes:
– Que a vontade do Senhor da Dor seja cumprida! Pois eu ouço e obedeço a Sluguel!
Subitamente, as trevas se dissiparam com velocidade, revelando aos presentes uma criatura horripilante.
Era um grande ser com quatro braços, um par deles era grande e humanoide e o outro par, era maior e cada um terminava em poderosas pinças, dois chifres coroavam a cabeça, enquanto prolongamentos de osso se projetavam de sua espinha e ombros, olhos brilhavam exibindo inteligência, malícia e crueldade.
Num de seus braços com mãos estava um bastão de prata, com três gemas laranjas, no topo, tinham o formato de um crânio com asas de morcego em suas laterais.
O que mais o tornava a criatura mais aterradora para Markin, foi o colar que ostentava, pois ele continha as cabeças dos três elfos que haviam estado com o alto elfo na primeira vez que haviam confrontado o corruptor. Aquela visão deixou Tinthalion perturbado, num misto de tristeza e receio.
O hobgoblin, pareceu que iria tocar no cabo da espada e se preparava para puxá-la para si, mas pareceu vacilar enquanto olhava para a pilha de ossos de Shaider Arull.
Finalmente o estratagema de Sombra da Morte fora revelado, mas no íntimo de cada uma dos heróis, isso significava que um combate titânico estava para começar e o tempo estava correndo contra eles.
Para ver a continuação, clique aqui.
Criação e elaboração: Patrick, Aharon Gonçalves, Bruno Gonçalves, Bruno Santos, Diogo Borges.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin
A Forja da Fúria - Episódio 9 - Segundo Ato - Kaarghaz e seu Bando…
Os Monstros - Episódio 13 - Urso Demônio (Vampiro: A Máscara) Acompanhem conosco o desenrolar…
Rosewood - Episódio 13 - Segundo Ato - Combate contra a Rosa Marciana (Savage Worlds)…
Os Monstros - Episódio 12 - Madame Sam (Vampiro: A Máscara) Acompanhem conosco o desenrolar…
O Tesouro da Rainha Dragão - Capítulo 5 - Episódio 1 - Terceiro Ato -…
A Forja da Fúria - Episódio 9 - Primeiro Ato - Montando Guarda (D&D 5ª…
This website uses cookies.