A carroça andava lentamente por Cormanthor, devido à forte chuva que caia, transformando a estrada em lama. O caminho a ser percorrido, chamado por alguns de Trilha das Lágrimas, chegava próximo do fim, e o destino era único, a Abadia da Espada. Mesmo perto de alcançar seu destino, o condutor encontrava-se angustiado, a olhar constantemente para coberta da condução. Ali havia uma um corpo envolto em lençol, outrora branco, úmido de sangue e pus. O porte era de um adulto, mas na realidade era uma criança de 14 anos, que gemia baixo de dor como um moribundo.
O homem que regressava ao seu antigo local de treinamento chegou esbaforido, e assim que parou seu transporte, pegou rapidamente o corpo, ergueu seu manto vermelho para proteger da chuva, e correu. A pressa era tanta, que não se percebia a alegria do retorno. E o seu destino? A ala de feridos da Abadia.
O Jovem, foi retirado de uma mansão em chamas, localizada em Cachoeira da Adaga, no Vale da Estaca. O seu salvador chamado de Baergil estava em rota de fuga após concluir sua missão, resgatar uma Lágrima de Tempus que se encontrava sobre a posse de um poderoso vampiro colecionador de relíquias, Adelbarion Amadriate. Ao tentar sair da construção que ardia em chamas ouviu gritos de desespero de um criança.
Os cuidados prestados ao jovem mutilado pelas chamas foram precisos. Ele se desenvolveu com saúde, muita força e vigor. Já mais velho, e respondendo pelo nome de Lucius, o rapaz foi encaminhado para o treinamento militar da Abadia para no futuro fazer parte dos Jurados Pela Espada, comandados pelo campeão de Tempus Jarath Burlisk.
O incêndio deixou uma grande sequela, a maior parte do corpo (principalmente a face) do jovem era deformado e repuxado por suas cicatrizes. Os outros recrutas eram impiedosos, e o massacravam com o escárnio diário. Todos o chamavam por Cicatriz, mas Lucius não deixava barato, e não abaixava a cabeça, assim partia para briga. Muitos foram os dentes quebrados, até que o brigão e anti-social foi expulso do rígido treinamento militar.
O jovem deformado, anti-social e indisciplinado foi alocado para outro propósito. Ele passou a ser responsável pela limpeza, não só da Capela dos Valores Caídos como também da Biblioteca de Guerra. No início foi muito difícil, principalmente pela saudade de treinar com sua arma de escolha, machado grande. Mas depois, longe dos escárnios, tinha o silêncio na alma que o possibilitava se confortar orando fervorosamente pelo Senhor da Batalha. Além disso, passou a ler e compreender melhor os dogmas do Martelo Inimigo.
Desta maneira passaram-se anos, e aos poucos Lucius foi chamando atenção de um velho sacerdote, que ministrava cultos e lecionava aspirantes ao clero. O trabalho de limpeza era realizado com afinco, além disso, treinava sozinho todas as noites, sem falar em alguns livros que sumiam e reapareciam misteriosamente. Nada escapava ao velho sábio, que apadrinhou o jovem, por todos conhecidos como “cicatriz”, que estava prestes a receber poderes concebidos pelo Senhor da Batalha.
Após algum tempo de treinamento, Lucius se firmara como Clérigo de Tempus, surpreendendo muitos, fazendo assim parte dos Devotos. E para pôr sua fé e capacidade em cheque, seu mestre lhe deu sua primeira missão. O seu objetivo era seguir junto com um pelotão com o propósito de proteger um carregamento de armas e armadura que partiu da Abadia da Espada até Colina Longínqua. O caminho era perigoso, devido a ameaça de orcs e goblins, e o combate foi inevitável, sendo assim apenas 3 dos 10 componentes do pelotão regressaram com vida, sendo Lucius o mais inexperiente destes.
Quando regressou para Abadia encontrou seu mestre que estava de partida para ultima missão. Antes de ir para o plano da batalha, ele recompensou seu pupilo, conjurando sobre ele a magia Regeneração. O velho sacerdote sabia das capacidades do seu pupilo, mas sabia mais ainda das suas fraquezas, principalmente a grande dificuldade de se relacionar com demais indivíduos, fruto dos seus traumas que duraram da infância até a idade adulta.
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Lucius é um herói que já esteve no limite do "lado bom da força", para o lado "escuro", digo isto pois eu, Kirkmund que também estive em aventuras com ele, muitas vezes testemunhei ações erráticas, egoístas e que na maioria das vezes trouxeram graves consequências de justiça a qual o grupo batalha, e visa garantir.
Acredito que hoje Lucius é um verdadeiro herói, com os valores da batalha pendendo sempre para o bem e uma tranquilidade mantida pelo sabor do aço que carrega em nome de Tempus.
Eu espero que com a maturidade das experiências vividas ele se torne um herói de respeito, valor e reconhecimento pelo seus atos em todos os lugares que estiver pelos Vales. Nesse intuito, Kirkmund o apoiará totalmente, do contrário, não sei o que poderá ser da Comitiva dos Bravos...
Ass. Kirkmund, O Peregrino.