Olá caros Orbences!
O jogo de cartas – Magic, the Gathering, sempre nos impressionou pela suas artes fantásticas, e você sempre se perguntando, quem é o artistas capaz de criações tão impressionantes?
Por vezes me indagava com cartas cujo “poder” era digamos… desprezível, mas a arte da carta fazia dela uma obra prima! Sou um colecionador de cartas “fracas” pela sua arte e pela qualidade que esse fantástico jogo perpetra ao longo de toda sua existência.
Esse artigo é uma série de 3, que serão publicados ao longo de janeiro, para apresentar esses Mestres Ilustradores de Magic The Gathering, e começaremos pelo dinamarquês – Jesper Ejsing.
Fonte: MTG Vortex
Revisão e Publicação: Bruno de Brito
O ilustrador dinamarquês Jesper Ejsing é um dos artistas mais proeminentes da atualidade quando se trata, especialmente, de livros de RPG e artes conceituais de cardgames. Para evidenciar isto, basta mencionar que seu trabalho é vendido para as empresas mais importantes do cenário de jogos como Fantasy Flight, Pathfinder e Wizards of the Coast.
Desenhista desde os 16 anos, atuou no início de sua carreira com ilustrador de RPG para o circuito de revistas underground em seu país. Com o passar do tempo, encontrou muita dificuldade em apresentar seu trabalho fora da Dinamarca. Vale lembrar que isso foi em uma fase onde a internet ainda ganhava espaço em relação a contatos comerciais. Foram cerca de sete anos até conseguir algo no mercado americano, mais precisamente algumas ilustrações para a Fantasy Flight. Neste período, Ejsing buscava conhecer artistas americanos que o ajudassem com a exposição de seus desenhos para as grandes empresas e foi um grande nome da ilustração que o ajudou nisto, nada menos que Todd Lockwood, responsável por toda a arte conceitual de Dungeons & Dragons 3ª edição. Referência por muitos anos em termos de arte para fantasia medieval, Lockwood apresentou o portfólio do jovem dinamarquês para as pessoas certas e, logo, Ejsing estava em contato com o poderoso mercado americano. Não demorou para que ele fosse aos Estados Unidos e passasse a frequentar as grandes convenções de jogos, onde conheceu diversos artistas e absorveu diferentes estilos novos de ilustração. Nesta época, desenhou para Runelord, onde teve uma maior quantidade de imagens utilizadas e adquirindo, enfim, grande visibilidade e respeito fora da Dinamarca.
Em uma convenção em Seattle, Jesper conheceu um dos diretores da Wizards of the Coast e foi imediatamente convidado para ilustrar oficialmente para a empresa. A partir disso, Ejsing decolou para os grandes trabalhos, fazendo de suas ilustrações imagens recorrentes no cenário de jogos. Passou a ser nome conhecido no mundialmente famoso Magic: The Gathering, na linha Dungeons & Dragons 4E e em jogos como Castle Ravenloft e Descent. Na quarta edição de D&D, ele se tornou referência na concepção e resgate de antigas criaturas para o jogo, por seu cuidado especial na ilustração destas. Inclusive, foi o responsável pela super elogiada capa do Manual dos Monstros 2.
Em Pathfinder RPG, ajudou a definir um dos conceitos de arte mais elogiados do momento, ao lado de gigantes da ilustração como Wayne Reynolds e Steve Prescott. O legal disso, é que este artista sempre foi jogador de RPG e pode trabalhar com alguns dos principais cenários do mundo. Em entrevistas, ele sempre afirmou que jogava Rolemaster com seu grupo e que, mais tarde, teve o grande privilégio de ilustrar para uma das novas edições do jogo.
O grande diferencial de Jesper Ejsing é o gosto pelo clássico em relação à sua produção. Em tempos de modernidade, onde a arte digital predomina, o artista dinamarquês trabalha inteiramente em pinturas de aquarela. Segundo ele, pintar um quadro inclui essencialmente o sentimento da imagem, transmite tudo aquilo que o desenhista deseja passar sem a intervenção insossa e distante da arte digital. Não é raro que Ejsing seja comparado com grandes artistas da era clássica de Dungeons & Dragons, mais precisamente a Keith Parkinson. A comparação com este, se dá muito mais do que o gosto de ambos pela pintura de aquarelas, mas à mistura entre o real e o fantástico em suas obras. Tais obras mesclam com perfeição cenários que são ambientados no mundo real, mas que se ligam com a fantasia através da inserção das criaturas mágicas. Dragões voando sobre planícies ou gnomos cruzando densas florestas são comuns nos trabalhos dos citados ilustradores.
Veja o trabalho completo dele em www.jesperejsing.com
Confira algumas imagens de Jesper Ejsing:
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