No dia 27.08.21 ocorreu o jogo com uma parte dos Defensores do Trono, na sessão desta história o grupo se encontra aguardando a chegada dos demais membros. Um encontro com Durandal é marcado para acordos, recompensas e desconfianças.
Jogadores:
Diogo Coelho (Gatts)
Marcelo Guimarães (Dhounay)
Esse é um artigo original escrito por Bruno de Brito (DM) e revisado por Bruno Simões (Kalin)
Essa história se conecta com o fim da missão “Atrás dos Cubos – Parte Final“, e que você pode conferir aqui no canal.
10 de Flocos de 592 Ano Comum, fim da manhã
Era bom poder ter uma noite de descanso, e melhor ainda, sem grandes compromissos para aquele dia. E foi com essa sensação que Gatts e Dhounay aproveitaram para se recuperar dos dois dias anteriores. Adda, por sua vez, descansou também, mas logo cedo estava cumprindo os seus afazeres religiosos no Templo da Irmandade Solar.
No almoço, o grupo conversou, e a paladina de Heironeous, Sandy estava presente também, e foi um momento de descontração e relaxamento. O único que parecia não conseguir se desconectar das preocupações era Gatts, e não lhe faltavam motivos, ele como líder dos Defensores, assistia o grupo ruir com as baixas que lhe chegaram ao conhecimento.
No início da tarde, Dhounay, Adda e Gatts seguiram para a casa da administração do Cemitério de Rakdanam. Conforme fora acertado com Filvendor, a entrega dos cubos lhes era esperada. Mas para a surpresa do trio, não apenas Filvendor estava lá, mas o próprio Durandal. O elfo de rosto marcado havia sucumbido na luta contra Dal Quertos, mas a sua morte provavelmente era uma cilada, o elfo possuía muitos segredos e passava um ar de superioridade que lhe era praticamente natural.
Duas fileiras de elfos vestidos em malha estavam dispostos no hall principal do local, e no final estava Durandal, com Filvendor e Naeryndam, um de cada lado do líder elfo. Próximo a cadeira, também de cada lado, em uma posição estavam os Cubos, inertes. Do outro lado, estava um baú.
Durandal observou a aproximação do trio e falou:
” – Gatts, Adda e Dhounay, primeiramente quero agradecer por terem regressado na luta de ontem e nos ajudado a destruir Dal Quertos e Eredrim. Confesso que foi muito conveniente a derrota da Sinigaglia, e lhes afirmo que foi mais que uma derrota. Estes não farão mais mal algum a quem quer que seja. Seus túmulos foram destruídos, e seus restos mortais queimados. Não encontrei sinais do serviçal Zandro Von Korbin. As pessoas aqui cativas, foram libertas e por fim, aqui estão os 30 cubos prisão, conforme prometido. Adicionalmente reuni neste baú, uma parte do tesouro proveniente das posses da Sinigaglia. Incluí também a lâmina bastarda utilizada por Eredrim, como prêmio. É uma excelente espada mágica.”
Os heróis ouviam com cautela e atenção, algo em Durandal remetia a dúvida e desconfiança. Talvez fosse o efeito de sua queimadura terrível, que afetava metade de sua face, evidenciando músculos e um globo ocular opaco e branco leitoso. Era uma que certamente não inspirava confiança.
Mas ali, ele estava dividindo espólios e agradecendo o apoio, quando o grupo sabia, também devia agradecimentos. A conquista dos cubos não teria sido possível sem o apoio dos elfos, e por isso Gatts agradeceu em recíproca também.
Reduzidas as tensões e antes de partirem com os espólios, Durandal falou algo que despertou a atenção do grupo.
“- Dentro dos próximos 15 a 20 dias, espero poder invadir Reymend e expulsar a Legião do Chifre de lá. Soube que a população da cidade fora transformada em algum tipo de criatura e agora a cidade está completamente sob domínio da força inimiga. Sob a autorização do Visconde irei mobilizar um destacamento élfico junto com um séquito de sacerdotes de São Cuthbert para atacar a cidade. Mas isso por si só não é capaz de garantir reais chances de sucesso na missão. Gostaria que avaliassem a possibilidade de se juntar a nós e retomar Reymend. Com a sua ajuda, nossas chances de sucesso melhorariam significativamente.”
“E vos digo adicionalmente. É necessário pôr um fim à mácula que essa legião perpetra nos povos do Viscondado. Chegou ao meu conhecimento, através de meus batedores, que um galpão abandonado na periferia da cidade de Reymend continha inúmeras mulheres ali presas e sendo utilizadas para satisfazerem as necessidades dos guerreiros da Legião. Estupro, violência física, psicológica, mutilações, todos os tipos de atos que são inimagináveis a um ser fazer com outro foi testemunhado pelos batedores.”
Durandal, havia tocado em uma ferida aberta, ele sabia, e tinha certeza – havia funcionado.
Dhounay percebeu quando Gatts enrijeceu os músculos e olhou com frieza para o autointitulado Aran dos elfos.
“- Não sei se poderá contar com a ajuda dos Defensores do Trono, até porque essa pauta não foi submetida ao julgo dos demais membros. Mas duas coisas posso lhe garantir Durandal. Primeiro, você poderá contar comigo; E segundo, na próxima vez que você sondar a minha mente, para usar o que vê e lê, na intenção de me manipular, tenha certeza de não ser percebido, ou terá conquistado um inimigo, e isso não é uma bravata, é uma promessa. Faça isso novamente e teremos um grave problema. E mais, se eu estiver certo, você não está interessado apenas em um local para o seu povo poder viver, mas algo me diz que suas intenções estão orientadas ao Orbe Negativo, carregado por Kaeris, o dragão de ossos. Se essa for a sua intenção, saiba que precisaremos decidir sobre a sua posse quando o dragão for destruído. O artefato nos interessa tanto quanto pode lhe interessar.
O trio saiu logo depois das palavras trocadas entre Gatts e Durandal. Talvez o elfo tenha feito um julgamento indevido sobre o nível de maturidade dos Defensores do Trono, mas julgou errado. Eles não seriam peões manipulados pela inteligência de quem quer se se julgasse superior, não enquanto o grupo tivesse em seus membros a experiência, sabedoria e senso de julgamento para avaliar as situações.
No fim da tarde o grupo estava no templo novamente, e viram que Aescriel, Keira e para a surpresa de Gatts, Erzurel haviam acabado de chegar. Sem mais compromissos pelo resto do dia, Adda voltou suas atenções para a reforma que seguia firme no templo, Dhounay foi para a cidade, aonde iria segundo ela, resolver assuntos pessoais, regressando na manhã do próximo dia e Gatts aproveitou a presença dos companheiros, para conversar e se atualizar.
11 de Flocos de 592 Ano Comum
Quando a luz do sol apontou no horizonte anunciando a luz de um novo dia que chegava, Pyrus abriu os olhos. Ele estava deitado sobre um tecido branco e podia sentir o aroma de incensos que lhe extasiava. Acima dele, uma mulher negra de braços estendidos concluía os feitos de sua magia divina. As bênçãos de Al´Asran trouxe Pyrus de volta a vida.
Continua em: A Reunião de um Objetivo
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