A alvura imaculada de uma belíssima estátua de alabastro se destaca na escuridão do santuário secreto de Lorde Brian. Os traços delicados da escultura sugerem um tipo de intimidade assustadora do artista que criou a obra com a modelo que a inspirou. Para além da mera reprodução de formas, há algo de real na expressão doce e triste da mulher retratada pelo escultor. Seu olhar longínquo parece vagar pelo espaço como uma embarcação perdida no mar, sempre à procura de um porto seguro. Diversas estantes escavadas na própria rocha ocupam as paredes do aposento, repletas de frascos contendo líquidos estranhos, cadinhos, potes, vasos e outros instrumentos alquímicos. Em uma longa mesa retangular de madeira colocada na parede norte existe um destilador, um fogareiro e um circulador. Já na parede leste foi colocada uma espécie de escrivaninha, onde Lorde Brian deixou o seu diário, as versões originais dos textos que Nieven Ammath lhe entregou e diversos diagramas e anotações explicando os detalhes de como realizar o Ritual da Eterna Lembrança com alguma segurança.
20 de Nightal de 1363 CV
Nesta gélida Noite de Auril nasceu minha sobrinha, Mary Ann Lancastenell, talvez o único motivo para eu me alegrar com o malfadado casamento de Maximillian… A fama da bruxa Kranestar na corte de Pedra do Corvo é quase tão ruim quanto a do pai. Acredito que ela engravidou na mesma noite em que os dois se conheceram… Maldita seja! Meu irmão ainda vai se arrepender por ter se envolvido com a Raposa da Neve. E provavelmente todos nós vamos pagar o preço… Mas, enfim… Que Mary Ann seja a lufada de esperança que irá afastar esses pensamentos funestos para longe…
13 de Marpenoth de 1364
Que manhã infeliz tivemos hoje… A velha Amália, que cuidou de mim, de Maximillian e até de nosso pai durante a infância, faleceu de repente enquanto passeava com Mary Ann nos jardins da torre. Mãe Nicoletta disse que o coração dela já estava cansado e simplesmente parou de bater, mas pareceu ter ficado bastante perturbada ao contemplar a expressão estampada no rosto de nossa adorada avozinha… É difícil descrever o que vi… Medo? Horror? Loucura? Aquele sorriso estranho sugere tantas coisas que não consigo pensar no assunto sem sentir um calafrio agourento! Talvez a mente da velha estivesse tão doente quanto seu coração. Alguns servos relataram que ela andava falando sozinha… Pobre Amália! Que o Deus Sofrido tenha piedade de sua alma e a receba em sua Misericórdia e Graça!
15 de Uktar de 1364 CV
Maldita bruxa Kranestar! Maldita! Cinzento era um galgo maravilhoso! Como ela pôde mandar sacrificá-lo? Não acredito que um cão tão dócil tenha atacado Mary Ann! E Maximillian ainda se curva à vontade dessa feiticeira mentirosa! Meu pai jamais teria aceitado a palavra desse tenente Malthus como prova do que quer que fosse! As coisas que a criadagem comenta sobre ele são terríveis… Alguém que costuma ser visto com frequência no Suspiro de Beshaba não é digno de confiança! Tanya inventou essa história somente para matar Cinzento, porque sabia o que ele significava para mim! Mas ela vai pagar por isso… Tyr seja minha testemunha!
Festival do Plantio de 1365 CV
Algo terrível aconteceu hoje enquanto eu passeava com Mary Ann pela Feira da Calcedônia! Uma velha anã se aproximou de nós carregando consigo uma guirlanda feita de folhas de arruda. Seu rosto, suas mãos, seus braços… Todo o seu corpo parecia ter sido tatuado com estranhas runas que eu nunca havia visto antes, nem mesmo entre o povo das montanhas! No entanto, a expressão estampada em sua face era tão familiar… Senti um calafrio imediato quando me lembrei de Amália! A anã pronunciava palavras incompreensíveis e insistia em colocar a guirlanda no pescoço de minha sobrinha, que desatou a chorar quando ela chegou mais perto… Nunca vi Mary Ann tão assustada! Talvez tenham sido seus gritos que fizeram o cavalo de um comerciante se libertar das rédeas e avançar sobre a velha! Ela ficou bastante machucada após ser atropelada pelo animal enfurecido, que só foi contido a muito custo. Todavia, antes que eu pudesse oferecer ajuda, um grupo de bárbaros tão estranhos quanto a anciã a levou embora… Apesar da aflição causada pelo acidente, não deixo de ficar perplexo quando me lembro do olhar que Mary Ann lhe dirigiu quando ela se aproximou de nós… Havia uma espécie de brilho gelado em seus olhos infantis, tão aterrorizante quanto o abismo negro com o qual tenho sonhado às vezes. E tenho quase certeza de que escutei o badalar grave de sinos distantes quando o cavalo atacou… Gostaria de esquecer essas coisas, se pudesse. Pensar nelas é doloroso, como se uma longa agulha fosse enfiada na minha cabeça…
08 de Eleasis de 1366 CV
Finalmente conseguimos apagar o incêndio! Tudo indica que o fogo começou em uma olaria. O vento quente e seco do verão se encarregou de espalhar as chamas por toda parte. Desde o fim da guerra não víamos tantas mortes. Mãe Nicoletta pereceu tentando salvar os fiéis do inferno no qual o templo de Ilmater se transformou… Abençoada seja a sua alma corajosa! Que encontre conforto ao lado do Deus Flagelado! Maximillian está furioso. Ele acredita que o incêndio não foi acidental, como afirma Malthus. Talvez meu irmão esteja percebendo a víbora que resolveu nomear como Capitão da Asa Sangrenta depois da morte de Rudolf. Até hoje não estou convencido de que um cavaleiro experiente como meu estimado primo quebrou o pescoço cavalgando uma égua mansa como Neerveen. Se a influência da bruxa Kranestar sobre Maximillian não diminuir, em breve os únicos Lancastenell vivos serão do sangue da Raposa da Neve.
29 de Ches de 1367 CV
Maximillian concordou em financiar a reconstrução do templo de Ilmater! Louvado sejam os deuses! Irei cuidar do projeto pessoalmente! Apesar de Brunar não ter aceitado muito bem a recusa de meu irmão em nomeá-lo reitor da Universidade de Mineralogia, disse que erguerá uma igreja digna da coragem de Mãe Nicoletta. Não sei se Maximillian fez bem em se indispor com nosso bom amigo nesse assunto, em especial no que diz respeito à Anjikuni. Afinal de contas, ele sempre esteve ao lado de nossa família, tendo inclusive participado da construção da Torre Lancastenell. Havia alguma coisa sombria em seus olhos… Talvez Brunar não esqueça esse insulto por décadas! Espero conseguir aplacar o rancor dele de alguma maneira…
06 de Eleint de 1367 CV
Ontem o emissário da Arquissofredora Dana Heilhald deixou a torre. Embora tenha trazido boas notícias sobre o processo de santificação de Mãe Nicoletta, ficou bastante perturbado quando viu Mary Ann. Nenhum animal ou criado se aproxima de minha sobrinha voluntariamente… Sua única amiga parece ser a filha retardada da Marquesa Van Baum. A garota que Virna havia designado para cuidar de Mary Ann desapareceu da cidade. Segundo o Capitão Malthus, ela fugiu com um amante para Vila do Corvo. Difícil acreditar nas palavras dessa víbora peçonhenta… Talvez eu investigue o caso pessoalmente. Mas está cada vez mais doloroso pensar no assunto… No exato momento em que lanço essas palavras sobre o pergaminho, sinto uma vertigem poderosa. Além disso, tenho a nítida sensação de que uma longa agulha incandescente foi introduzida na minha cabeça. Os sangramentos nasais e os pesadelos também pioraram. Não sei o que está acontecendo comigo… Às vezes estou sozinho no meu quarto e me sinto observado. Também escuto os malditos sinos e uma espécie de sussurro ou canto, não sei dizer bem. Quando for novamente a Vila do Corvo, procurarei a ajuda de Pai Finnegan. Ele saberá o que fazer. De qualquer forma, uma nova ama-seca chamada Tianna foi escolhida para tomar conta de Mary Ann. Disseram-me que ela é a irmã mais nova de N’Khara, aquela auxiliar de cozinha que vem causando alvoroço na Vila dos Servos. Segundo os boatos, a garota é tão bonita quanto a própria Sune. Os criados deveriam parar de blasfemar. Nunca se sabe quando os deuses estão ouvindo…
Festival de Inverno de 1368 CV
Todas as crianças brincam alegres no lago, menos Mary Ann… Ninguém se aproxima dela de bom grado, exceto eu, Maximillian, a bruxa Kranestar e a Raposa da Neve. Pobre garota! Passa longas horas solitárias contemplando o horizonte… Certamente a fama da família materna mantém as pessoas afastadas, com medo de se envolverem com os “adoradores do Príncipe dos Mortos-Vivos”. Até mesmo Tianna demonstra um grande receio em contrariá-la… Isso vai tornar Mary Ann ainda mais arredia e distante. Mas existe algo de essencialmente bom nela… Posso ver isso nos raros momentos em que minha sobrinha sorri e aquele olhar tão estranho e perturbador se desvanece.
12 de Mirtul de 1368 CV
Preciso descobrir quem está me seguindo… Já faz algum tempo que me sinto vigiado. Até mesmo na Feira da Calcedônia, com tantas pessoas ao meu redor, tenho certeza que alguém me observa à distância, como se aguardasse alguma coisa acontecer. Às vezes encontro rastros na floresta, mas nunca consigo surpreender meu perseguidor. Maximillian diz que eu passo tanto tempo isolado nas montanhas que acabo ficando perturbado quando retorno à cidade, mas não creio que isso seja verdade. Até mesmo Philipp, meu pajem, compartilha a mesma sensação. Alguém está se aproximando cautelosamente, talvez avaliando o risco de um ataque. Preciso ter cuidado!
25 de Uktar de 1368 CV
Philipp está completamente aterrorizado! Não deveria ter pedido a ele para ficar tomando conta de Mary Ann enquanto eu caçava no bosque… Não sei o que foi que ele viu, mas o rapaz se recusa a falar sobre o assunto. Às vezes acorda gritando no meio da noite, balbuciando coisas incoerentes sobre uma “sombra” que o está observando… Mas eu sei do que se trata e pelo bem de sua alma, irei dispensá-lo dos meus serviços. Desde que o velho elfo da floresta me abordou após meses de perseguição, também não consigo mais dormir… Ele sussurra profecias terríveis nas quais não quero acreditar! É loucura! Contudo, faz tanto sentido… Todos esses anos, sempre soube que minha sobrinha era diferente das outras crianças, mas crer que ela tem um destino sombrio a cumprir é muito difícil… O elfo diz que a concepção de Mary Ann foi “abençoada pelo Anjo” e insiste na necessidade de evitar que a profecia se concretize. Mas a que preço… O que ele insinuou é horrível demais, cruel demais, para sequer ser cogitado. O elfo deve estar enganado! Minha sobrinha é apenas uma criança inocente, atormentada pela “herança maldita” da família da mãe. Se tivesse oportunidade de ser livrar do fardo do sobrenome Kranestar, certamente seria tão alegre e sorridente quanto as outras garotas de sua idade. Me recuso a aceitar até mesmo a simples ideia do que me foi sugerido! Jamais cometeria um crime tão perverso… Melhor esquecer as longas conversas em minha cabana de caça. Aliás, esquecer é tão fácil… Lembrar, tão doloroso… O elfo disse que eu preciso realizar um ritual para continuar me lembrando, ou o “feitiço de N’landroshien” apagará minha memória. Tanto melhor… Quem sabe assim eu consiga dormir…
09 de Alturiak de 1369 CV
O novo pajem recomendado por Virna tem me servido muito bem. Robert é um rapaz bem humorado, trabalhador e corajoso. No entanto, sua curiosidade pode se transformar em um problema. Por muito pouco ele não encontrou o velho elfo na minha cabana de caça ontem. As palavras do ancião adquiriram um tom de urgência que me deixaram ainda mais assustado. Ele insiste em afirmar que a “Estrada Perdida” reaparecerá em breve e eu devo estar pronto para cumprir o meu papel de “Artífice”. Mas o elfo me pede para fazer algo terrível, tão vil e cruel que não me considero capaz. Não sei explicar a razão pela qual ainda o escuto. É como se suas palavras possuíssem a autoridade da própria Verdade! Esquecer é tão simples… Os sangramentos nasais desaparecem. O sono retorna. Mas antes que o assunto esteja definitivamente enterrado em minha memória, o ancião retorna para me lembrar de suas profecias ominosas. Não irei dar mais atenção às suas alegações infundadas. Encerrarei nossos encontros de uma vez por todas!
18 de Flamerule de 1369 CV
Tenho tomado o cuidado de não deixar meu novo pajem sozinho com Mary Ann, mas acredito que ele já percebeu que existe algo errado com minha sobrinha, até porque Robert e Tianna se tornaram bastante próximos. A garota está cada vez mais pálida, assustada e introvertida… Não sei o que os dois andam conversando, mas os efeitos das palavras dela são visíveis. Robert só dirige a palavra a Mary Ann se for imprescindível, exatamente como o resto da criadagem. Eu mesmo já não me sinto muito confortável na presença dela. Tantas coisas estranhas e inexplicáveis aconteceram ao longo dos anos que alguns servos estão convencidos de que minha sobrinha possui uma ligação genuína com o Príncipe dos Mortos-Vivos. No entanto, Maximillian parece completamente alheio ao assunto, atribuindo os mexericos da torre a má-fama da família Kranestar. Será que ele não nota a quantidade de “acidentes” e “infortúnios” que seguem Mary Ann aonde quer que ela vá? Talvez minha cunhada o tenha enfeitiçado… De qualquer forma, havia alguma coisa sobre minha sobrinha que eu sabia ou deveria saber, mas lembrar é tão doloroso que eu evito pensar no assunto.
29 de Ches de 1370 CV
Demorei muito tempo para me recuperar do ocorrido… Ignorando os pedidos de Maximillian, decidi passar algumas semanas sozinho em minha cabana de caça, na esperança de que o silêncio das montanhas aliviasse o horror que gritava em minha mente. Foi lá que o velho elfo me encontrou… Eu não o reconheci de imediato. Parecia um fantasma de outra vida, uma sombra lúgubre perdida na névoa do tempo. Mas assim que o ancião vociferou sua horrível profecia, todas as memórias vieram à tona de uma só vez. De repente, fui dragado para uma espiral de dor e loucura que conduziu meu espírito a uma terrível epifania! Ela sabia! Mary Ann sabia o que ia acontecer! Seus olhos cintilavam com um brilho gelado quando a bruxa Kranestar a obrigou a procurar a companhia de outras crianças. Apesar da frieza de sua expressão, havia uma espécie de súplica silenciosa no modo como ela se voltou para mim enquanto caminhava na direção do lago, um apelo desesperado para que eu interviesse! Minha sobrinha sabia que o gelo ia se partir assim que ela o tocasse… Tantas pessoas morreram! Não posso mais duvidar das palavras do elfo. Coisas demais aconteceram! Ilmater me perdoe, mas acredito que preciso cumprir a minha parte nessa tragédia. Sinto-me conduzido pelas mãos do Destino e de nada adiantaria tentar evitar o inevitável. Antes de partir, o ancião me entregou uma cópia da Ascensão da Estrela Errante, bem como um fragmento de uma obra profana que descreve o Ritual da Eterna Lembrança. Devo fazer os preparativos necessários. Em breve, o Olho de Beshaba arderá escarlate no céu!
02 de Kythorn de 1370 CV
Malthus insiste na tese de que Tianna se desequilibrou e acabou caindo de uma das janelas da torre. Maximillian deseja ardentemente acreditar nessas palavras, mas tenho notado que até mesmo ele já começou a enxergar a verdade sobre os fatos. Se não fosse a influência da bruxa Kranestar sobre meu irmão, talvez eu pudesse lhe contar tudo o que sei… Pobre garota! Não consigo imaginar o quanto ela sofreu desde que passou a tomar conta de Mary Ann. Espero que não tenha tirado a própria vida! Nos últimos dias estava ainda mais pálida, assustada e silenciosa do que de costume. Mal saía de perto de minha sobrinha, vigiando-a de uma forma obsessiva, como se algo de ruim fosse acontecer de repente! Que Ilmater proteja e guarde sua alma!
20 de Uktar de 1370 CV
Robert já havia ficado profundamente perturbado após a tragédia no lago. A morte de Tianna parece ter agravado sua situação. Os guardas relataram que seus gritos são ouvidos por toda a Vila dos Servos durante a noite. O rapaz está cada vez mais nervoso e apático. Ele evita até mesmo olhar para Mary Ann. Há um terror indistinto em seus olhos, cada vez mais fundos e baços… Me pergunto o quanto ele sabe sobre a verdade… Será que descobriu o que está acontecendo? Tenho sido muito cuidadoso em conduzir os preparativos para o ritual, mas tanto Robert quanto Sharona às vezes me seguem quando vou até o pequeno santuário secreto que Brunar acrescentou à igreja. Pai Lucius e seu subordinado também me vigiam, mas não descobriram nada de relevante. Se Maximillian soubesse o que estou tramando, certamente ordenaria minha execução de imediato, para o deleite da bruxa Kranestar. Portanto, não posso correr esse risco! A hora está chegando! Logo a Estrada Perdida será revelada!
22 de Eleint de 1371 CV
O outono chegou! Assim que a Nebulosa Galeão aparecer no céu noturno, realizarei o Ritual da Eterna Lembrança! Os sangramentos nasais e os pesadelos pioraram bastante desde que passei a estudar a Ascensão da Estrela Errante para evitar o esquecimento provocado pelo Feitiço de N’landroshien! Contudo, não ousarei entoar os cânticos profanos que memorizei sob o solo sagrado da igreja! Prefiro fazê-lo em minha cabana de caça. Levarei apenas uma cópia dos textos necessários, o instrumento, a bacia de pedra e os materiais para fabricar a tinta, que comprei com um maldito Zhentarim. Pelo visto, em breve Maximillian terá de lidar com a Rede Negra em Hallisfrane. Contudo, posso precisar dela no futuro, então ainda não irei prender o Zhent. Que Ilmater tenha piedade da minha alma!
17 de Hammer de 1372 CV
O ritual foi bem sucedido. Todo o horror da Ascensão da Estrela Errante foi gravado em meu corpo de forma indelével com a ajuda da magia perdida de Jhothûn… Deixei alguns suprimentos e cópias dos textos necessários à sua realização escondidos em minha cabana de caça, para o caso de meu santuário secreto em Hallisfrane ser descoberto… Contemplo agora a beleza impassível de Verenestra e tento imaginar o que Agnes diria se soubesse o que pretendo fazer… Mas não posso vacilar! A hora se aproxima! Devo desempenhar meu papel com firmeza! Caberá apenas aos deuses julgar minhas ações!
29 de Marpenoth de 1372 CV
Maldição! Como Robert descobriu os textos que eu havia escondido em minha cabana de caça? E por que ele realizou o Ritual da Eterna Lembrança? Pobre garoto! Já estava perturbado e assustado antes de cometer esse terrível erro. Agora posso ver o brilho da loucura refulgindo em seus olhos vazios… O velho elfo queria mata-lo para assegurar o sigilo de nossos planos, mas eu o fiz jurar que nada aconteceria ao rapaz, ou eu desistiria de tudo. Também fiz Robert jurar que jamais revelará a ninguém o que descobriu antes de eu concluir minha missão. Que Ilmater proteja e guarde sua alma!
08 de Uktar de 1372 CV
O velho elfo me disse que a Estrada Perdida será revelada na Noite de Auril. A hora finalmente chegou! Ele também me explicou até onde devo levar Mary Ann e o que precisarei fazer ao chegar lá… Não havia medo, compaixão ou hesitação em seus olhos. Apenas uma determinação inabalável, forjada após séculos de existência em meio a esse horror inominável… Sempre cultivei a ilusão de que estaria pronto para cumprir o meu papel nessa horrível tragédia quando as estrelas se alinhassem no céu noturno, mas tenho fortes vertigens só em imaginar a tarefa que me aguarda. Que Ilmater me dê forças para suportar esse fardo!
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