Crivon

Aventura CaLuCe: O plano de Sombra da Morte, parte 3

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Sessão de 03/01/2017

Após alguns minutos analisando o local, Merlin sentiu as fortes emanações mágica do lugar e se arrepiou. Ele sentiu que todo aquele ambiente não era natural, deduziu e contou ao grupo que as Ruínas Flograthi ocorreram em virtude de alguma grande catástrofe gerada magicamente.

O arcano alegou que de alguma forma, a catástrofe estaria vinculada ao Bastão de Zoshonnel – pois na história, haviam relatos de que Shaider Arull havia seguido para aquelas terras, e que, talvez, também estaria relacionada ha alguma intervenção elemental, pois haviam resíduos de dos elementos fogo e água.

O grupo continuou pelo pântano.

O grupo decidiu continuar a jornada entre as ruínas, até voltarem a uma área de charco, onde perceberam plataformas arruinadas a frente deles. Astutamente, Merlin aconselhou ao grupo utilizar uma corda para garantir uma passagem segura contra possíveis areias movediças que por ventura existisse no local.

A recomendação foi aceita, Drigos desenrolou uma corda de sua mochila e a entregou a Markin, o mais leve entre os quatro. O alto elfo, com a corda enrolada em seu braço, iniciou a travessia e com muita agilidade chegou a plataforma. Assim um a um, os outros membros do grupo atravessaram.

Num momento de maior perigo, quando Drigos pareceu afundar na areia movediça, os Wenishy e Markin o puxaram com a corda que estava amarrada a seu braço, salvando-o da morte. Drigos agradeceu a dupla e a Merlin pela previdente ideia do uso da corda, enquanto cuspia o lodo e terra que havia engolido durante o momento de perigo, bebendo água em seguida para limpar a boca.

A comitiva seguiu pelas plataformas até chegar num grande pátio, que parecia uma ilha em meio as ruínas chamuscadas e afundadas. Neste ambiente, eles ouviram em suas mentes a uma sinistra voz grasnada que disse:

– Hum… um deles carrega uma espada sagrada! Mas o outro, o de mantos, carrega um item de grande poder! Esse será meu Cabeça de Sapo!

Em resposta a primeira fala, o grupo ouviu telepaticamente uma segunda voz, grunhindo, que disse:

– Mim odeia espadas sagradas! Mim odeia paladinos! Pode ficar com as coisas Bico de Urubu! Mim só quer matar invasores.

Percebendo o combate iminente, sem saber onde seus inimigos estavam, Drigos expandiu sua consciência e descobriu que uma forte presença corruptora estava submersa alguns metros à frente deles numa grande saliência que havia se tornado um poço, no entanto, a segunda presença deveria estar distante de sua aura de detecção.

Drigos alertou o grupo, antes que a criatura realizasse um ataque surpresa, o que levou a um melhor posicionamento dos membros da comitiva, que tiveram que enfrentar aquilo que Drigos identificou como um herzou, uma criatura vinda do Abismo. O corruptor saltou na direção de Wenishy e Markin que estavam de prontidão e iniciaram com ele um combate violento.

Cabeça de Sapo, como era chamado, pareceu ser um adversário duro na queda.

Cabeça de Sapo, como era chamado, era uma criatura de compleição poderosa e demonstrava grande vigor e força, tinha um forte odor nauseante, mas que não foi suficiente para afetar os heróis. Durante a batalha, ele causou grandes machucados em Wenishy e Markin.

Durante a batalha, Wenishy foi duramente atacado pelas costas, num voo rasante do segundo corruptor – que se assemelhava muito a criatura em que o Comandante Grievuss havia se transformado, apesar deste demonstrar grande consciência de seus poderes, o que mostrou ao grupo de heróis o quão difícil seria aquele embate. A criatura passou rasgando com suas garras a retaguarda do paladino, que não esperava o ataque que o enfraqueceu muito.

A batalha contra os dois corruptores foi difícil. Fonte: Roll20.net

Tornando-se invisível para não ser morto, Wenishy se retirou para recuperar-se, enquanto Drigos (que estava cuidando da proteção de Merlin), tomou seu lugar no confronto.

O corruptor chamado Cabeça de Urubu, trouxe dificuldades para os heróis.

Merlin aproveitando que os inimigos não o haviam focado, utilizou uma magia de invisibilidade maior, que o permitia agir sem ser detectado e aproveitando um momento em que ambos os corruptores estavam próximos, os atingiu com sua poderosa magia de bola de fogo.

Markin, utilizando suas técnicas de luta e magia, confrontou os inimigos em conjunto com os paladinos demonstrando temeridade e agilidade.

Apesar de ter sido um combate difícil e perigoso, pois o corruptor alado tinha como estratégia passar atingindo as costas dos oponentes em voos rasantes, aproveitando que os combatentes miravam o herzou, ambos os corruptores foram sobrepujados e destruídos pelos heróis.

Os inimigos foram completamente destruídos. Fonte: Roll20.net

Ao final, quando o último dos inimigos havia sido destruído e despachado de volta para o Abismo, jurando vingança, eles ouviram um grito de dor profundo, de alguém que ansiava por ajuda. Contudo, antes de prosseguirem, decidiram recuperarem-se dos machucados, enquanto Kraver mais uma vez analisava o ambiente, reforçando suas suposições anteriores.

Tinthalion confirmou suas suposições pois para ele, aquele ambiente era originalmente uma continuação da floresta, mas que havia sido transformado por forças elementais conflitantes.

Para ver a continuação, clique aqui.

Criação e elaboração: Patrick, Aharon Gonçalves, Bruno Gonçalves, Bruno Santos, Diogo Borges.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin

Patrick Nascimento

View Comments

  • Muito bom!

    Relatos fieis aos acontecimentos durante as sessões online.

    Essa aventura foi fantástica...

    ...Mas o melhor ainda está por vir.

  • Realmente Toi, relatos fidedignos. Os cavaleiros da luz celestial em qualquer fração de seu contingente total, possui grande sinergia e conhecimento sobre como combater protegendo os mais vulneráveis e obtendo vantagem contra os inimigos.

    Os paladinos como os mais resistentes na frente de batalha, cumpriram seu papel de serem os alvos dos ataques, mas os danos contra Wenishay foram bem severos, ainda bem que ele conseguiu evadir para se recuperar.

    Agora o que preocupou muito Wenishay foi a vulnerabilidade irresponsável a qual Merlin submeteu o aeroprisma. Esse é aquele tipo de gesto simples, que tem o potencial de gerar um problema imenso.

    Espero que o mago lembre da quantidade de vidas que custaram proteger o artefato.

    • É justamente esse comportamento que também preocupa Merlin.

      Oras, se não existe confiança mútua na equipe, se toda vez que realizar uma ação que julga ter sido correta (cujo risco x retorno foi calculado, com base com o que tinha naquele momento) tiver que resultar em uma sombra e olhares de repressão de Wenishay, então a confiança do grupo sempre ficara abalada.

      O julgamento e olhar recriminatório existe a todo momento. Será essa a postura adequada?

      O mago não explicou a todos sobre suas intenções ao coletar o aeroprisma da Torre de Cristal? Sim, ele explicou sem esconder nada.

      Até aquele momento, com aquelas informações, tudo que Merlin tinha eram ligações com possível retorno de Dark Force. O aeroprisma poderia responder de forma rápida e eficaz.

      Acho egoísmo demais envolver o mago com essa sombra de irresponsabilidade e recriminação.

      Mesmo porque:

      1) Merlin revelou o que fez, sem esconder NADA (inclusive ter dado a opção de retornar a Torre e DEVOLVER o aeroprisma, caso todos julgassem critico a sua atitude). Caso se lembrem, Merlin iria fazer isso no dia seguinte após a sinergia com o aeroprisma. Mas, devido a urgente missão na Floresta Flograthi, foi adiado o dia seguinte mais próximo;

      2) Merlin é um dos membros do Cavaleiros da Luz Celestial mais antigos e isso deveria significar algo em relação a seus amigos e ao sentimento de Grupo;

      3) Merlin não é nenhum mago amador ou iniciante, ele sabe perfeitamente dos riscos;

      4) Merlin teve toda sua terra natal e familiares mortos pelas forças de Lassic, que estavam ligadas a Dark Force. Sao cicatrizes muito profundas, que apesar de serem de teor emocional, elas possuem um certo peso em suas decisões lógicas.

      Dito isso, Merlin espera que não apenas essa sua ação, mas outras que virão, sejam vistas sem tantos olhares de julgamento e peso de culpa de seu companheiro paladino.

      Isso não ajuda em nada.

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Published by
Patrick Nascimento
Tags: CaLuCes

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