No ato todos pensaram em Kalin, era uma oportunidade de ouro para trazer de volta o sacerdote de Pelor, porém o preço era deveras alto, uma soma de 40.000 moedas de ouro. Mas para a surpresa do grupo havia um pagamento alternativo que poderia ser feito – As asas de Frumar.
Narração: Bruno de Brito
Jogadores:
Gatts (Diogo)
Daniel Alonso (Pyrus)
Fabrício Nobre (Eophain)
Bruno Simões (Kalin Orochi )
1ª Sessão desta etapa ocorreu no sábado: 18.06.17 (após longos 4 meses, voltamos ao tabuleiro para viver a história mais rpgística já vivida por esses heróis em Greynawk)!
2ª Sessão de Continuação, ocorreu dia 29.07.17 (Agradeço aos esforços dos jogadores: Fabrício, Diogo Coelho e Don Alonso – tem sido cada vez mais difícil coincidir nossas agendas, e o empenho e interesse dos jogadores mostra que viver as aventuras de Greyhawk, é um exercício prazeroso.)
O Templo do Elemental Maligno
Textos dos Jogadores
Pontos de Experiência
SESSÃO DE 18.06.17
Enquanto Gatts, Pyrus e Questin observavam os estranhos objetos a venda por preços exorbitantes, Eophain mais afastado e encostado em uma parede verificava com os pés a pilha de objetos descartados por aqueles que não viam valor. E em meio a essa exploração desinteressada ele viu um pequeno molho com 3 chaves. Ele discretamente pegou o objeto e aguardou seus companheiros.
Couro de Porco, Punhado de pó de ferro, Areia colorida, Pêlo de cavalo, Pêlo de gato, Pêlo de raposa, Pêlo de touro, Cílio e goma arábica, Teia de aranha, Pó de prata, Bola de guano e enxofre, Gaze e fumaça, Melado, Ovo podre, Bambu, Alcaçuz, Pedra, pó de cal, areia, água e madeira.
São muitos os componentes necessários para se conseguir conjurar magia, e Gatts sabia muito bem o valor daqueles apetrechos simplórios, mas 1.000 moedas de ouro era um absurdo! Entretanto onde naquela masmorra “bendita” encontraria exatamente alguns componentes mais raros?! O cavaleiro arcano pagou, e com um último olhar para o pergaminho na caixa de madeira, suspirou longamente pensando no efeito que poderia produzir sobre seu aliado…
Um olhar mais cuidadoso lhe chamou a atenção para um símbolo, um glifo esculpido na madeira cujo tampo de vidro lhe permitia claramente ver.
Era o símbolo utilizado por muitos religiosos para representar a Terra. Certamente o pergaminho era daquela assinatura divina.
Fosse como fosse, eles compraram seus componentes e imediatamente saíram do aposento. No corredor, Eophain foi o primeiro a falar:
“Temos como obter aquele pergaminho?”
E Gatts respondeu:
“Sim, mas o valor daquele poderoso encanto, por mais miraculoso que seja, está inflacionado. Pelos meus cálculos, um pergaminho com aquela categoria de magia, deveria valer em torno de 13.000 moedas de ouro Furyondesas, uma grande soma, entretanto, no caso daquele ali, avaliado em quase 3x mais o valor de mercado. E isso me leva a uma outra conclusão. Aquele pergaminho não está ali para ser vendido, e sim adquirido como recompensa pelo pagamento alternativo, as asas de Frumar.”
Todos pararam reflexivos. O cavaleiro arcano tinha apresentado uma teoria, realmente indubitável.
E Questin, o halfling retrucou:
Se for assim, até mesmo pagando essa soma de moedas, poderíamos nos tornar alvos certos. E então o que faremos, deixaremos o sacerdote descansando por hora?
O corpo de Kalin havia sido cuidadosamente colocado na ante sala do Cofre de Romag, local que para ser acessado, precisaria receber uma carga mágica do 5º círculo. E ali apenas 1 herói possuía tal capacidade, Pyrus.
Ao final, a decisão do grupo foi esperar. Explorariam o templo um pouco mais entendendo sua ecologia e avançando em seus mistérios, para que seus passos fossem melhores calculados.
…
Um silêncio sepulcral estabeleceu-se no avanço dos aventureiros, corredor, após corredor, os aventureiros sentiam uma atmosfera pesada, antiga, vez ou outra luzes passavam através de passagens distantes, talvez bugbears do templo, talvez outros seres. Fosse o que fosse, o grupo já havia mapeado aquela área, até chegarem em uma bifurcação, a qual tinha certeza, nunca tinham explorado. E Pyrus designou Questin à exploração inicial, com sua habilidade furtiva.
“Questin, avance por esse caminho a direita, veja se há algo digno de nota, e retorne”.
E o halfling prontamente seguiu. No inicio a penumbra produzida pela luz dos heróis, permitia ao pequenino enxergar parcialmente o caminho a frente, a medida que se afastava, sua visão ficava mais precária, e o halfling decidiu seguir próximo a parede. Após algumas dezenas de metros, ele sentiu uma mudança na área, talvez o caminho houvesse se aberto para uma sala, mas não havia luz, porém havia um cheiro pesado de podridão, matéria orgânica em decomposição, ele não sabe se planta, ou se animal, mas era certo que tinha um odor fétido. Dali, o pequenino decidiu retornar, seu instinto lhe advertia de um perigo que ele não podia enxergar…
Ao voltar, decidiu testar suas habilidades, e furtivamente passou por seus companheiros em meio a iluminação do corredor em que estes se encontravam. Eles estavam absortos em uma conversa sobre as Asas de Frumar, e não podia notá-lo. E Questin chegou até o fundo do corredor onde se encontrava Gatts.
“Vocês estão dispersos viu?!”
Com um susto todos se viraram para ver o halfling ao fim do corredor, após Gatts. O guerreiro furyondês fez uma cara feia e alertou o halfling para que não fizesse isto novamente, sob o risco dele não reagir bem…
“Me desculpe Gatts, eu não resisti (risos). Bem senhores, há corredor, e mais corredor a frente desta passagem, após algumas dezenas de metros, abre-se para uma sala. Não avancei por que sentir um forte cheio de matéria orgânica em decomposição, não sei se planta ou animal, mas dali decidi recuar”.
Pyrus, Gatts e Eophain refletiram sobre as informações trazidas por Questin, e optaram por continuar no caminho conhecido.
Mais a frente, um corredor lateral já conhecido dos heróis revelaram duas portas cerradas. E Eophain pediu a Questin que testasse abrir com as chaves encontradas na pilha de descarte de outrora.
O halfling testou as chaves e sem sucesso retornou dizendo:
“Uma das portas é bem reforçada, e a chave que a abre é bem mais elaborada que estas. A outra porta é mais simples, mas também não é aberta por qualquer dessas chaves. Das 3 chaves, duas abrem portas mundanas, e uma em particular me parece que abre um baú ou cadeado, algo assim, pois é pequena”.
Os aventureiros prosseguiram o caminho pelo corredor principal. E em mais um corredor lateral eles viram que sujeira se anunciava até o fim dele e depois ele virava novamente. Como não haviam explorado aquele lado, decidiram explorar.
O corredor terminava virando para uma sala onde pilhas de lixo se amontoavam em pilhas na sala com aproximadamente 13 metros quadrados. Uma porta ao final desta sala, estava fechada. Havia sinais de aquele local era utilizado pelos bugbears como um aterro sanitário. O fedor era grande, havia excrementos por todos os lados.
Ainda assim os heróis decidiram explorar o local. Pyrus foi a frente e um pouco mais atrás Eophain. Questin e Gatts ficaram na entrada, ainda no corredor, mas atento aos companheiros.
De repente um grupo de criaturas saíram das pilhas de lixo e começaram a atacar o grupo. Centopeias com dezenas de pernas e uma cabeça terminando em presas que pingavam uma peçonha, as criaturas era horríveis e pareciam se alimentar dos restos ali deixados.
As criaturas grandes como um ser humano e com uma dura carapaça, apesar de famintas, elas atacava descoordenadas, e mais na ânsia de mordiscar os aventureiros foram facilmente derrotadas, e quando restavam poucas Pyrus foi surpreendido pelo surgimento por detrás de uma pilha próxima de uma criatura maior e muito mais perigosa que as centopeias.
E o ser foi surgindo e de onde estava realizando um poderoso ataque com suas pinças quitinosas. Pyrus sentiu o peso do ataque e a força preênsil daquele ataque, mas conseguiu se desvencilhar. Quando atingiu Pyrus o ser fez um movimento de lambuzá-lo com seus tentáculos. O sacerdote de Joramy sentiu uma certa dormência na sua pele, mas fosse lá o efeito que aquilo produzia, ele não sentia nada além disso.
Recuando para se recuperar, Pyrus após se afastar, conjurou sobre si, a benção de cura de Joramy e os demais membros do grupo se preparavam para avançar juntos. Sobre protestos de Gatts, Questin permaneceu para trás, recusando a se envolver no combate direto.
Para surpresa do grupo, após atacar, e notar o recuo de sua vítima, a criatura voltou para trás do monte de lixo e desapareceu da vista dos heróis.
Todos respiraram tenso pelos segundos seguintes. Para onde a criatura havia ido, será que estaria por detrás daquela pilha de lixo?
O grupo inteiro avançou com cautela, com Questin mais a frente como batedor.
Para surpresa de Gatts, a criatura voltou a surgir desta vez na pilha ao lado dele, longe de onde houvera desaparecido. E já surgiu atacando, se beneficiando do fator surpresa. Tamanha era sua força que o cavaleiro arcano pouco pode fazer na tentativa de se esquivar, e tal como Pyrus, também sentiu a força das garras em forma de guilhotina.
Eophain tomou a dianteira do combate, dando espaço para Gatts recuar, e desferiu contra a criatura dois habilidosos golpes com um martelo. O kensai tentava pensar no quão eficiente seria se estivesse de posse de sua Lâmina Juramentada, perdida para o Cofre de Romag… Mas ignorando os pensamentos se preparou para que aquele confronto fosse rápido.
Porém revestido por uma grossa carapaça, aquele ser não precisava se esquivar dos ataques dos heróis, sua quitina resistia a grande parte dos golpes. E o primeiro em retaliação que o monstro deu na direção de Eophain, surtiu sobre ele um efeito que o paralisou. Gatts percebeu quando a substância expelida todo o tempo dos tentáculos sob a boca da criatura lambuzou o kensai, paralisando seus movimentos.
De longe, Pyrus viu o risco e buscou dentro de si a fé necessária para tentar liberar seu companheiro daquela paralisia. Invocando as preces de Joramy, Pyrus conjurou sobre Eophain uma poderosa benção que o libertou da paralisia, na verdade lhe deu uma segunda chance de resistir a mesma, e o kensai superou a dificuldade se libertando.
Entretanto cada ataque que a criatura lançava sobre Eophain, havia um novo risco do mesmo sofrer a paralisia, e indubitavelmente ocorreu. Pyrus se preparava para com a ajuda de Joramy ter força para enfrentar o ser, enquanto Gatts lançava sobre Eophain uma magia capaz de conferir-lhes a pele de uma rocha. E Questin espreitava lateralmente a criatura buscando um ponto fraco para seu ataque letal.
Eophain foi paralisado novamente, e agora cabia aos três restantes vencer a fera do esgoto do templo Elemental da Terra, seriam os heróis capazes de tal êxito?
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