Greyhawk

Templo Elemental da Terra – Parte VI (O Dragão Esqueleto – II ATO)

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Já que é de sua vontade que eu obtenha sua orbe, ó grande senhor dos temores, já que teu item está nas mãos dessas criaturas inferiores, ó senhor do pavor e diante de todo receio que possuo em não lhe agradar, lhe peço: Neste local há uma espada que em minhas mãos trará a certeza de sua vitória. Dei me a de volta e eu não lhe decepcionarei.

Reflexão de Eophain

“Mesmo diante de uma situação tão adversa, mesmo estando na presença de seu mais poderoso inimigo em um  momento de lucidez e sagacidade. Já que seu inimigo utilizaria os seus talentos para o bem próprio, por que não utilizar a força e terror a seu favor? Estando ele completamente rendido, por que não barganhar com a morte?”

Dungeon Master: Bruno de Brito
Personagens:
Fabrício Nobre (Eophain)

Continuação da Sessão de 16.09.17

O Templo do Elemental Maligno

Textos dos Jogadores

Pontos de Experiência

INICIO

O dragão esqueleto deu a ordem:

Não ataquem o mortal, ele decidirá se viverá mais um dia, ou se somará ao meu exército esqueleto.

E Eophain lembrou-se do Cofre de Romag, mais uma vez teria que resignar. Ao seu redor colunas formadas por ossos de diversas criaturas formaram uma prisão em torno do kensai. Agora ele precisava saber o que o aguardaria frente aquelas criaturas e o dragão disse:

Falkenheart, exige sua submissão ou sua destruição. Deponha suas armas mortal. Grande é seu poder e resistência, talvez possa viver um pouco mais se me servir.

Quando Eophain depôs suas armas, uma estranha atmosfera envolveu o kensai e este se sentiu menos ameaçado. Alguma bruxaria havia se instalado no ambiente naquele momento. E Falkenheart continuou:

Falkenheart: Entrega-me o Orbe da Escuridão e tua servidão chegará ao fim, ele se encontra entre as posses daquele que rege este templo. Entrega-me e estarás liberto.

Eophain: Posso, cumprir o que pedes, se me deixará livre. Mas para isso precisarei da melhor arma para combater tal inimigo e seus esqueletos podem me ajudar muito. Na venda há uma espada forjada para minha força, meu poder. Ajuda-me a reconquistá-la e cumprirei o seu pedido dragão morto.

Se pudesse notar, Eophain perceberia a expressão de contentamento do dragão.

Terá meu apoio mortal. Conquiste sua espada juramentada, e busque o meu orbe.

E assim, Eophain partiu, e notou quando metros atrás todos esqueletos que haviam confrontado o seu grupo estavam em seu encalço, ossos e aço o seguindo para apoiar em uma missão deveras perigosa.

A cerca de 20 metros da venda um ser do tamanho de águia pousou no ombro de Eophain. Para surpresa do kensai o ser era uma versão menor do dragão esqueleto, o ser dotado de inteligência maligna nos olhos dirigiu a palavra ao kensai:

Irei ajudá-lo na ímpia missão de recuperar sua espada, juntamente com o orbe, nesta forma tenho apenas 1/10 de minha força, mas será mais que suficiente para você conquistar o êxito. E os meus lacaios o ajudarão!

Ao olhar para trás, Eophain viu quando um redemoinho começou a circundar o grupo de 15 esqueletos, ossos, espadas e aço se mesclando para resultar em 3 esqueletos. Estes dotados de mais placas ósseas e aço. Eles possuíam o mesmo tamanho de um homem e visivelmente estavam mais protegidos.

Os esqueletos resistentes de Kaeris

Eophain sabia que a força física deles não havia se alterado e sentia que os 3 esqueletos estavam agora sob o seu comando. Junto com esses pensamentos, uma pesada suspeita lhe dizia que o dragão não seria testemunha apenas dos seus feitos, mas também um fiscal de sua palavra.

E o kensai avançou. E na entrada da venda os gnolls pressentiram apenas por olhar o guerreiro furyondês que ele não vinha para negócios, mas o que mais impressionou os gnolls fora a ave esquelética no ombro de Eophain.

Kaeris! O que faz aqui?! Sua presença só pode significar uma coisa… Armem-se ele veio atrás do orbe!

Rasgando o que sobrara do traje sacerdotal da terra, Eophain disse:

É sabido que o que farei a partir de agora me coloca contra o templo, mas não vejo alternativas. Mas vocês tem: Entregue-me a minha espada e o orbe que guardam aqui, e nenhum mal lhes acometerão, ou resistam e provem do peso de meu martelo. Vocês decidem…

Mas a reação de combate foi inevitável, e ali se iniciava um confronto de vida ou morte. Eophain no inicio não soube bem como coordenar seus guerreiros esqueletos. Sua atenção estava fixa na sua espada juramentada atrás do balcão e pela distância e inimigos do caminho, sabia que teria que resolver aquele embate com o martelo que carregava. Resistentes como estavam poderiam servir como uma infantaria para os ataques dos gnolls. Cada inimigo era versado em uma arte. Um gnoll invocava magias divinas tal como Kalin ou Pyrus, mas entoavam cânticos de uma divindade antiga e primitiva, o outro conjurava mágicas que o kensai já houvera visto Gatts invocar, outro gnoll combatia como um perspicaz guerreiro, todo agilidade e defesa e por fim, uma última ameaça também havia se revelado. Um ser que não podia ser visto, mesmo após seus sucessivos ataques, continuava invisível aos olhos do kensai.

O caçador invisível era um segurança da Venda

Os esqueletos foram sendo derrotados, Kaeris foi de grande ajuda. Mesmo com uma ínfima parte de seu poder, sua baforada e magias foram diferenciais para o resultado da batalha. Os gnolls utilizavam de itens mágicos impressionantes. O feiticeiro que respondia por Godoy, invocava rajadas e relâmpagos de seu punhal causando grandes estragos nos esqueletos; o gnoll sacerdote que atendia pelo nome de Kardash, com uma lança tribal em mãos parecia conjurar magias com mais dificuldade de seus alvos resistirem; e por fim Ao fim, Berruk era um alvo difícil de ser acertado, não pelo seu belíssimo e reluzente escudo aparentemente feito de prata pura polida, mas sim pela sua cota de talas que fazia com que Eophain tivesse grande dificuldade para atingir.

O Combate da Venda

Mas logo o combate começou a pender contra os vendedores do templo elemental da terra. O gnoll feiticeiro e o duelista haviam sido derrotados, 2 esqueletos e o caçador invisível ainda permanecia em um combate constante, e foi o último gnoll sobrevivente, aquele que era chamado por seus irmãos derrotados de Kardash anunciou sua derrota:

Está bem, está bem! Eu me rendo, levem tudo que quiserem, eu não quero morrer aqui! O que você deseja Kaeris?!

E baixando a guarda o Caçador Invisível encerrou sua sucessão de ataques, indicando que de fato o gnoll estava se rendendo. Para surpresa de Eophain, Berruk, o gnoll combatente que havia tido o crânio atingido em cheio pelo martelo de Eophain, e o kensai jurava ter-lhe dado um ataque fatal, estava vivo, no chão e aparentemente sem quaisquer sinal dos ferimentos da batalha. Aquilo era estranho, mas ele não poderia para para entender agora. Havia chegado o momento.

Entregue-me minha espada.

Disse o kensai apontando a belíssima arma branca sobre um caixote embaixo do balcão. E continuou:

Eophain: E o Orbe a Kaeris, foi para isso que vinhemos. Sem joguetes ou dissimulações.

Kardash: Você sabe que está tão morto quanto eu, não sabe aventureiro? Kaeris não o deixará vivo. Ele não é leal, tão pouco cumpridor de sua palavra. Você pode ter o tesouro que quiser da venda e talvez podemos ter uma chance contra ele.

Eophain: Fiz um acordo com ele. Se me quisesse morto, já estaria há muito, mas cá estou, por uma troca, uma negociação. Se quiser ter alguma chance de permanecer vivo, faça o que digo gnoll.

E foi o dragão esqueleto que falou, interrompendo o diálogo que insistia em prosseguir:

Calem-se! Eu decido quem vive, quem morre, e quem me serve. Eu sou o senhor dos mortos, e agora são os meus termos.

Guerreiro, conquistastes meu respeito e como prova de minha benevolência, poderá partir com o objeto de seu desejo e mais um item apenas. Escolha e parta. Kardash pegue o artefato agora.

E assim ocorreu. Eophain recolhia sua espada larga juramentada e na dúvida entre a cota de talas de Berruk e seu escudo, optou pelo belo escudo e ao tocá-lo, sentiu o tamanho de seu poder, não obstante como utilizá-lo. As propriedades reveladas mentalmente do escudo lhe fazia entender como houvera sido possível Berruk ter sobrevivido ao seu ataque. Na verdade ele não sobreviveu, ele morreu, e o escudo lhes trouxe de volta a vida.

O Escudo da Determinação

De posse dos itens, Eophain seguiu para fora da venda, vislumbrando o gnoll retornando de uma passagem secreta atrás de uma das grandes estantes de livros, com uma esfera com aproximadamente 30cm de diâmetro. O kensai testemunhava um dos itens que fazia a lenda daquele local correr por Flanaess, um orbe elemental. Mas ele era escuro como a noite e sua presença instaurava um frio de arrepiar a alma. E o kensai se distanciou daquele local. Esperou ouvir gritos desesperados do gnoll Kardash, mas nada ouviu, apenas o silêncio.

Eophain iria agora atrás de seus companheiros e começaria pelo local onde fora deixado para trás – O corredor dos Mortos-Vivos.

Continua…

Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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