Esse é o resumo da sessão ocorrida no dia 24.03.18. Os aventureiros conduziram os moradores sobreviventes da fazenda de Dandelion em direção a fazenda da Pedra de Kir, e diante de sua proprietária exigir explicações sobre tudo que estava ocorrendo.
Esta aventura é uma continuação da Pedra de Kir. Para ler os artigos anteriores clique:
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Os jogadores participantes foram:
- Fabrício Nobre (Eophain Al´Durkan);
- Bruno Simões (Kalin Orochi);
- Bruno Freitas (Rathnar Selfanar);
- Marcelo Guimarães (Aescriel Saliezur);
- Sabyr Arcadani (Pdm).
21 de Preparos, Ano 597 CY
Os membros do grupo conversavam baixo entre si. Sobre o que fariam e como. Muitas eram as possibilidades que passavam pela cabeça dos heróis:
Sobre esses pilares eles pensavam sobre o que deveriam fazer, que medida tomar. A gnomo certamente não aceitaria de bom grado todas aquelas famílias e pior ainda Dandelion e sua esposa. Mas o que ela faria? Os heróis se perguntavam se estariam dispostos a “forçar” a situação a um ponto do conflito aberto. Ocorresse o que for, eles não permitiram injustiças.
O dia seguinte transcorreu de vagar. Gnomos já possuíam um passo curto, ainda mais depois de tudo que havia ocorrido… Eles estavam exaustos, tristes, com a moral derrotada e a lembrança de seus lares destruídos pelo fogo de uma vingança que não lhes pertencia.
Kalin olhava toda aquela situação e rogava para Pelor, que tivesse clemência. Ele falaria com a gnomo, o grupo havia decidido. Ele esperava poder colocar um pouco de amor em todo aquele ódio, que só trouxe sofrimento e dor.
22 de Preparos, Ano 597 CY
A procissão de gnomos chegou ao final do dia em Pedra de Kir, do alto o grupo contemplou os muros e as fortificações da fazenda. A barragem era visível na lateral oeste da fazenda. Pedra de Kir situava no alto de uma colina. E diferente da fazenda de Dandelion, o solo respirava o verde e a natureza florescia com força naqueles prados.
A cerca de 300 metros do portão principal, todos pararam sentindo um forte odor de podridão que enchia o ar. Os heróis não demoraram para localizar a fonte do fedor. Os gnomos apontavam incrédulos para uma grande carcaça que apodrecia amarrada a um poste de madeira. Era um gigante das colinas, morto com inúmeras lacerações e mantido sentado ereto graças a uma lança fincada em seu pescoço atravessando a coluna até o solo.
Era uma visão perturbadora e as moscas e vermes faziam seu festim, com o resto de matéria ainda em decomposição que putrefazia do defunto moribundo.
Aquilo era uma mensagem, claramente Eophain entendeu. E tanto quanto poderia servir de aviso aos gigantes que ousassem invadir a Pedra de Kir, também poderia ser um bastião para uma fúria desenfreada perpetrada pelos mesmos. Em ambos os casos era uma tolice tal provocação. Você só provoca um inimigo se espera que este cometa um erro com o acesso de fúria. Ele olhou os muros, com seus 1 metro de altura, ausência de fossos, as torres estavam muito adentro da fazenda. Enfim, não havia um plano para aquela afronta.
Uma comitiva de gnomos e anões interceptaram o grupo a cerca de 200 metros da entrada da fazenda. 10 gnomo e 5 anões fortemente armados com espadas, bestas e lanças. Todos liderados por um gnomo montado em um pônei.
– Me chamo Kardish Dalthireron e sou responsável pela segurança da fazenda da Pedra de Kir. Deste ponto, vocês não podem passar.
Kalin se lançou a argumentar:
– Olá senhor Kardish, chamo-me Kalin, e quero que o senhor entenda que estes gnomos não tem para onde ir. A fazenda de Dandelion foi totalmente destruída pelo fogo e por gigantes. Peço que tenha solidariedade aos seus semelhantes. Imagino se eles não os receberia com igual teor de empatia, caso a situações fosse a inversa?
Kalin havia começado bem. Suas palavras foram bem calculadas e colocaram imediatamente o gnomo Kardish em uma situação desconfortável. Não havia alternativas, estava em seus olhos a pena e o sentimento de compaixão. Kalin conhecia bem aquelas emoções.
Kardish chamou um gnomo que estava a sua esquerda e falando em um idioma de sua raça deu algum tipo de ordem. De onde estava Aescriel pôde compreender claramente que a diplomacia de Kalin havia sido exitosa. E traduzindo para os seus companheiros o que Kardish havia dito, ele repetiu:
– Eles irão trazer, água, pão e ao que parece uma sopa. Isso já é um bom começo.
E Kalin após ter deduzido a ordem dada, continuou:
– Agora senhor Kardish, sei que não cabe ao senhor a decisão sobre a permissão desta comitiva entrar ou não em Kir. E eu lhes peço encarecidamente, chame a sua senhora. temos assuntos do total interesse dela e nosso que precisamos tratar. A fazenda de vocês corre o mesmo risco que abateu-se sobre Dandelion.
E com um deboche, o gnomo retrucou beligerante:
– Que venham! E terão o mesmo destino que aquele companheiro ali do poste. Temos armas, e conhecimento de como combater essas ameaças meu caro. A senhora Korine contratou os melhores mercenários anões das Colinas Kron. Se vierem terão o mesmo destino que aquele lá.
Rathnar observou a petulância do gnomo e balançou a cabeça negativamente. Seria um longo dia.
Um outro gnomo saiu com a ordem de trazer até ali a senhora Korine.
Afastados dos mercenários o grupo voltou a discutir. Precisavam analisar alternativas e considerar múltiplos cenários. Korine poderia estar envolvida. Ela havia orquestrado o ataque dos gigantes? Ela poderia até aceitar o povo de Dandelion, mas prenderia o velho gnomo. Eram muitas as possibilidades. Sabyr decidiu sair do circulo de conversas dos seus companheiros e se dirigiu para Kardish, iniciando lá um novo diálogo.
A refeição chegou e tanto os gnomos, bem como os heróis se alimentaram.
As horas da manhã foram passando. Sabyr retornou cerca de 1 hora depois. Havia descoberto que para derrotar aquele gigante, 10 combatentes, 4 gnomos e um anão morreram. E ainda assim os tolos acham que são capazes de lidar com uma tribo inteira.
Korine apareceeu próximo do fim da manhã. Para a surpresa de alguns heróis a gnomo era jovem e dotada de uma beleza exótica e ímpar. Em seu manto azul escuro como a noite ela se aproximou.
A hora de entender o outro lado daquele mistério havia chegado. E Kalin esperava estar pronto para arguir em favor de Dandelion e seu povo.
– Olá, desejavam a minha presença aqui?
Com um ar de curiosa, Korine observou cada um daqueles homens. E foi Kalin que começou:
– Senhorita Korine, a esta altura já sabes o que ocorreu à Fazenda de Dandelion e seus moradores. Aqui temos conosco apenas aqueles que sobreviveram. E eles precisam de seu apoio. As colinas estão deveras perigosa, e a senhora sabem o motivo.
Olhando para a barragem, Korine analisava cada palavra proferida por aquele oerita de cabelos castanhos e dourados.
Aescriel sem que fosse percebido até mesmo por seus companheiros invocou uma magia silenciosa. Sua capacidade telepática expandiu naquele entorno e mentalmente ele realizou uma pergunta:
– Carla Tyle.
Se houvesse algum pensamento no entorno daquele assunto, ele saberia. Mas Não houve retorno. O nome estava enterrado em um passado daquelas pessoas. E ele continuou silenciosamente o seu escrutínio mental ouvindo Kalin.
– O que nós queremos é que tenha piedade desses gnomos, e ceda-lhes a segurança de sua fazenda, até que tudo esteja resolvido.
Kalin havia sido bem direto e objetivo. E temia que isso pudesse ter sido um erro. Mas não foi.
– Como poderia abnegar meus semelhantes senhor Kalin. É claro que mais bocas, significa mais comida. E minha fazenda está no limite de sua capacidade, mas não vejo alternativa. Jamais negaria um teto a eles, nunca neguei e não será agora. Mas tenho 2 condições para conceder o seu pedido. O primeiro é que preciso do apoio de vocês para derrotar esses gigantes. As proteções da Pedra de Kir não os conterá se eles vierem, e o que ocorreu a Dandelion, ocorrerá aqui. Sabemos onde eles ficam, e darei meu apoio de armas para combatê-los. A segunda condição… Todos poderão entrar em Kir, exceto os Teegs. Tudo que vocês estão testemunhando aqui é culpa de Dandelion. Ele é a maior desgraça para o seu povo e os condenou através de suas decisões. A eles e a mim…
A pedra fundamental de toda aquela situação havia sido revelada. E Kalin sabia que essa seria a parte mais difícil de toda conversa.
– Sra. Korine, podemos conversar a sós?
Balançando a cabeça afirmativamente, a gnomo se afastou e o clérigo de Pelor a acompanhou. A distância quebrou o alcance da magia invocada por Aescriel, e elfo se aproximou no limite para voltar a conseguir “ler os pensamentos”, sem chamar a atenção. Kalin iria tocar em um assunto delicado e o que quer que estivesse escondido nas ameias do pensamento da gnomo, ele descobriria. Esse era o seu plano e Kalin estava conduzindo bem.
Rathnar, Sabyr e Eophain observaram os gnomos seguirem rumo a fazenda subindo a pequena ladeira. Para trás ficaram a senhora Gaddock e o próprio Dandelion. O gnomo estava feliz com a piedade que Korine havia exibido. Aquelas pessoas era a sua responsabilidade e ele havia falhado com elas. Um profundo pensamento de derrota envolveu Dandelion e lágrimas veio a superfície de seus olhos. Ele lamentava pela sua mulher.
Era hora de voltar, e aguardar o que quer que Garl Glittergold houvesse lhes reservado…
– O que você está insinuando sacerdote, que minha mãe está viva e possa estar por trás disso tudo?!
– Sra. Korine, não temos provas, mas há sinais que indicam que os gigantes não poderiam orquestrar tanta destruição ordenadamente, da forma como fizeram. Quero que você me ajude a encontrar respostas…
– Como ousa vir a mim, invocar o nome de minha querida mãe, assassinada por aquele gnomo (aponta o dedo em direção a Dandelion), e sem qualquer evidência que possa provar seus argumentos, me diz que ela pode estar viva? Que tipo de piada de mau gosto é essa?!
A gnomo estava nervosa e extremamente irritada. A conversa era para ser distante e privada, mas os gritos de Korine fez a todos perceberem que as coisas estavam saindo do controle.
Dandelion tocou o ombro de sua esposa e iria recomeçar sua jornada de onde veio. E Rathnar tocou o velho gnomo.
– Não. Vocês ficam. Por favor não vão. Ainda não acabou.
– Rathnar, direta ou indiretamente, sou sim o responsável por tudo que ocorreu. Olha o sofrimento daquela jovem… Essa mácula me acompanhará até o fim dos meus dias. Não sou o responsável pela morte da senhora Carla, mas me sinto como se fosse.
– Dandelion suas decisões geraram consequências sim. Mas essa história precisa ter um fim. Por favor, fique um pouco mais.
E acatando o pedido de Rathnar, Dandelion ficou. Era hora dele ajudar Kalin. A conversa não estava tomando um rumo muito bom e tudo poderia estar em risco agora.
– Senhorita Korine, precisamos colocar um fim nesta história.
Korine já estava farta daqueles heróis, mas ao olhar para Rathnar ficou aparentemente interessada no que ele poderia lhes dizer.
– Vamos ajudá-la. Iremos resolver o problema que Dandelion e a Pedra de Kir tem com essas criaturas.
Olhando para o gigante morto, ele continuou.
– Sabes tão bem quanto nós que se a mesma quantidade de gigantes que atacou a fazenda de Dandelion atacar a Pedra de Kir, nada restará. E por isso não possui alternativas que não aceitar nossa ajudar. E nós iremos dá-la.
Rathnar olhou para trás buscando a aprovação de seus companheiros e não enxergando objeções continuou.
– Mas temos também nossas condições, em verdade apenas uma.
– Até resolvermos esse problema, Dandelion e sua esposa ficarão na Pedra de Kir.
O silêncio procedeu as palavras de Rathnar. Mas o alto elfo de Demesnes não havia titubeado, colocado em dúvida ou como opção aquilo que propunha. Era uma condição sine qua non. Tantos os seus companheiros, bem como Korine e seus gnomos sentiram um tom de autoridade naquelas palavras. Eophain conhecia aquela sensação. E tendo vivido inúmeros combates e pelejas com seus irmãos de armas, ele sabia, aquela autoridade era irrevogável. O elfo ganhou-lhes mais uma parcela de respeito.
Korine olhou nos olhos do elfo, em busca de uma falha, uma dúvida, uma centelha de fraqueza a qual pudesse explorar e argumentar, mas não havia. O elfo havia apenas dito verdades, e sobre elas nada se poderia questionar.
– Aceito suas condições, elfo. Mas… Dandelion ficará em um casebre do lado externo de meus muros. Receberá água e alimento, até o regresso de vocês. Temos um acordo?
E com um gesto estranho ao olhar dos demais aventureiros, ela cuspiu em sua pequena mão e a estendeu para Rathnar. O alto elfo já conhecia aquele cumprimento. Era o mesmo empregado pelas fadas do Vento Cerâmico.
E Rathnar apertou-lhes a mão.
Dandelion e sua esposa foram levados para um casebre construído colado aos muros da fazenda. Rathnar e Sabyr o acompanhou, até se certificar que o local não oferecia tantos riscos quanto à própria fazenda. Os demais seguiram para a casa de Korine. Uma vez alocados em quartos e alimentados começaram a planejar a estratégia para o combate contra os gigantes.
23 de Preparos, 597 CY
Eophain dispensou a ajuda dos gnomos e anões que iriam apoiar o grupo contra a ameaça. O kensai sabia que eles poderiam atrapalhar mais que ajudar. Caberia aos seus companheiros obter toda sinergia e força necessária para conter a ameaça. Korine simpatizou com o gesto do guerreiro furyondês e acatou o pedido.
O grupo decidiu que iria averiguar a região onde os gigantes estavam e uma vez reconhecido o terreno, traçariam a estratégia para sobrepujar os gigantes da colina.
Uma das decisões do grupo era determinar se Carla Tyle estava viva, caso afirmativo ela não poderia ser morta em hipótese alguma. Ela era a solução para toda mágoa que Korine sentia por Dandelion e poderia ser o fim do atrito.
Sendo orientados por Kardish os aventureiros chegaram até uma colina que antecedia a localização da aldeia dos gigantes. Daquele ponto a ajuda do gnomo foi dispensada e rogando boa sorte aos aventureiros Kardish partiu.
Aescriel solicitou a grupo um momento, ele iria sondar a vila e identificar por onde o ataque poderia começar. E foi o que o elfo fez. Invocando palavras intricadas, e riscando o ar criando luz e pequenas explosões brilhantes, ele conteve toda magia em sua mão e a absorveu com os olhos.
E através dos olhos da magia Aescriel viu uma aldeia de construções gigantes. Ele sabia que a magia não duraria muito e por este motivo precisava identificar as principais construções. Eophain havia lhe dito que precisava saber onde eles guardavam alimentos, animais, ferramentas ou suas famílias. Pensando exatamente como um soldado, o kensai sabia que esses seriam os locais que eles ansiavam proteger sobre quaisquer condições de um ataque.
Quando a magia de clarividência cessou, os olhos de Aescriel adquiriram a tonalidade verde esmeralda habitual e ele pode falar sobre o que viu. 11 gigantes da colina com capacidade combativa perambulavam pela aldeia. Das 4 construções, o elfo conseguiu sondar 2.
Uma era um grande salão bárbaro, com um trono em seu fundo, chão coberto de peles e uma fogueira cercada por pedras no chão. O local parece ser o local de celebração e onde vive o líder dos gigantes. O segundo era o local onde algumas fêmeas e filhotes gigantes se abrigavam do frio e também era o depósito deles. Animais protegidos do frio, peles, sacos e mais sacos com sementes, centeio e outros cereais eram guardados ali. Aescriel não encontrou uma casa de ferramentas de cultivo ou tesouros.
Havia ainda a entrada de uma grande caverna a noroeste da aldeia, mas estava além do alcance de minha magia em tempo de duração. Havia alguns gnomos entre os gigantes, servindo-os como escravos.
– Conseguiu identificar o seu líder?
Indagou Eophain.
– Não. Todos são muito parecidos, e não percebi diferença nos tratamentos entre eles.
– E as outras construções, esta e esta? Apontou Rathnar ao esboço feito no papiro por Aescriel.
– Infelizmente, a duração da magia não me permitiu averiguar todas as construções.
– Tudo bem.
Nos minutos seguintes os heróis, trabalharam sobre o plano de invasão. Um confronto direto estava fora de questão. Apesar de aventureiros poderosos, eles sabiam que a cautela os havia permitido chegar até aquele momento de suas vidas. E após discutirem todas as possibilidades que tinham em mãos, o plano de incendiar a construção onde as gigantes e os filhotes estavam, juntamente com todas as sementes e animais, se tornou o pilar da estratégia.
O grupo imaginava que assim que colocassem em risco aquele local, os gigantes ficariam desnorteados e a confusão favoreceria o grupo. Mas foi a discordância de Aescriel que os fizeram repensar a estratégia. O elfo dourado discordava daquela abordagem e pelos seus companheiros foi respeitado.
A outra alternativa então era a casa do líder. Se aquele local representasse o governo dos gigantes em sua pequena constituição social, também poderia surtir efeito com intuito de causar confusão. No fim o plano constituiu em Aescriel seguir invisível e atear fogo no casarão do líder dos gigantes, enquanto paralelamente Sabyr atrairia a atenção de um grupo de gigantes para fora da aldeia. Estes seriam confrontados longe dos semelhantes. Após isso o grupo surpreenderia os gigantes pela retaguarda, se beneficiando do fator surpresa para causar o máximo de estrago possível.
E assim foi feito.
O plano do grupo funcionou perfeitamente. Três gigantes foram atraídos pelo esforço de Sabyr para fora da aldeia, e estes foram emboscados pelo grupo de tocaia. O fogo lambia eficientemente a casa do líder dos gigantes e quando o grupo surgiu, Aescriel lançou sobre eles uma poderosa evocação.
Uma cortina imóvel de chamas violeta cintilante surgiu do nada. A muralha circundou quase todos os gigantes da aldeia que estavam empenhados em aplacar as chamas que devorava a palha do teto da construção, e já se espalhava para as construções próximas. O anel de fogo os pegou de surpresa e mesmo sem tocar, o calor dentro do círculo era insuportável!
Quando os gritos de alerta dos gigantes avisavam dos invasores, era tarde demais, os aventureiros já estavam como uma elite de combate neutralizando ou aniquilando os gigantes que se lançavam em combate contra os heróis. E com uma medida desesperada os gigantes presos no circulo de fogo irromperam-no, sofrendo graves queimaduras e avançaram feridos contra os heróis.
Havia raiva, fúria e dor no grito dos gigantes da colina que avançavam. Era tudo que Eophain mais gostava. A ira sempre torna os combatentes descuidados, perigosos, mas descuidados. Eophain e Rathnar revelaram com distintas técnicas de combate por que eram considerados lendas em seus círculos de combatentes.
A espada larga de Eophain, sua lâmina juramentada era uma precursora da morte. Mesmo com uma constituição resistente, os gigantes eram derrotados um a um. Não era uma tarefa simples ou fácil como muitos poderiam dizer. Requeria anos de treinamento, inúmeras provas de habilidade, para alcançar a disciplina dos kensai, e ainda que suas características tivessem se transformado com o tempo e kensai passasse a ser considerado um título de combate, Eophain mostrava por que era considerado na Cidadela de Graylode, o melhor e mais temível entre os guerreiros de elite de Furyondy.
Rathnar dançava com suas lâminas élficas. Seus ataques eram atraídos para tendões, costelas, ligamentos e outros pontos fracos que seus inimigos tentavam proteger. Mas Rathnar havia temperado sua capacidade de combate em inúmeras outras experiências de guerra que o tornavam uma arma letal. Poucos olhos destreinados eram capazes de ver a velocidade dos ataques do elfo. Ele atacava sem sentimento, era técnica e velocidade o tempo inteiro. E mesmo abençoado com as magias divinas e arcanas de seus companheiros Kalin e Aescriel, ele sabia, que os resultados dependiam apenas de sua astúcia. Ele não considerado Raelar dos Elfos de Demesnes a toa.
Quando acabou não restavam mais gigantes combatentes. Nem mesmo seu líder que se revelou uma gigante bárbara, pouco pôde fazer frente a capacidade combinada dos heróis. Aescriel, Kalin e Sabyr representaram uma retaguarda valiosa. E o fim dos gigantes da Pedra de Kir finalmente havia chegado. Os que tinham fugido não mais retornariam. O fogo destruía a tudo, como uma valsa vingativa à Fazenda de Dandelion, se havia sido premeditado os aventureiros não mencionaram ou conversaram entre si.
E foi Aescriel com sua visão notoriamente aguçada que viu na entrada da caverna a cerca de 100 metros da aldeia uma figura gnomo de cabelos brancos… Era ela, só poderia ser.
Os aventureiros se curaram dos ferimentos através das bençãos de Pelor invocadas por Kalin e tão longo recompostos se dirigiram para a entrada da caverna.
Uma baforada quente saia continuamente da entrada daquela enorme entrada. Incomodados com a iluminação os morcegos guincharam e voaram para fora. Ossadas de grandes animais, antílopes, vacas, e outros são percebidas nos cantos extremos da caverna.
Mais uma vez, a cautela e o planejamento fez Aescriel pedir a todos um breve momento. O elfo dourado retirou de uma pequena bolsa 13 esferas de vidro e soprando um antigo encantamento sobre elas as tornou leve como o ar. os olhos verdes de Aescriel mais uma vez adquiriu uma tonalidade lilás brilhante e ao soprar um ar denso e prateado as esferas rapidamente adentraram a caverna.
Os olhos de Aescriel adquiriu uma tez normal novamente e falando aos companheiros disse:
– Vamos aguardar um pouco. Logo meus olhos observadores irão retornar e o que eles tiverem visto, eu saberei. Desta forma poderemos mais uma vez planejar melhor o que fazer. Se houver luz lá dentro, eu saberei se a caverna esconde mais gigantes.
Passou-se cerca de meia hora, e nenhum olho retornou. Percebendo a impaciência crescente de seus companheiros, Aescriel decidiu que era hora de seguir. Um pouco frustrado ele reflete se os olhos foram além da capacidade de alcance da magia, ou se foram destruídos de algum modo. A ligação mágica com os olhos era muito tênue, ele sabia disto. Ainda assim o elfo tinha uma efêmera esperança de que algum retornasse. E foi o que aconteceu.
Uma única esfera retornou e pousou nas mãos de Aescriel. Imediatamente a mente do elfo foi inundada pelas visões da esfera e uma única e simples visão lhes foi conferida.
Aescriel pediu para o grupo parar. Ele precisava compartilhar com o grupo aquela visão. O grupo não sabia o que conjecturar a respeito da visão de Aescriel. Uma pilha enorme de moedas de ouro, prata, objetos de artes e outros tesouros. Os gigantes teriam reunido todo aquele tesouros e guardado na caverna.
– A visão que eu tive meus caros, é similar aos contos de fadas, aos quais se atribui uma pilha tão valiosa a tesouro de dragões…
Arguiu Aescriel. E foi Eophain que redarguiu:
– Seja como for, são hipóteses. Já chegamos até aqui, vamos até o fim. A última peça que falta neste quebra-cabeça provavelmente está aqui dentro e se chama: Carla Tyle.
Mais uma vez o ceticismo de Eophain prevalecia. O grupo estava temeroso, mas precisava avançar, algo no íntimo de cada herói lhes alertava para um perigo. Mas eles não conseguiam defini-lo e assim avançaram.
Ao fim da caminhada pelo largo túnel, os aventureiros chegaram a uma grande câmara. Seus limites não era visíveis. Três fontes de luz iluminavam o local. Uma era proveniente do grupo, outra de um canto a esquerda do grupo e a cerca de 20 metros onde uma velha gnomo e uma gigante organizavam o que parecia ser uma cozinha.
E a última fonte de luz estava no centro daquela câmara, como um ponto de luz a cerca de 100 metros de distância do grupo. E foi neste momento que o som de asas se fez audível de onde os aventureiros estavam. Do fundo da grande caverna um ser alado e vermelho pousou sobre a pilha de ouro no centro. E com um olhar belicoso e cheio de vilania ele observou diretamente para os heróis.
Continua na próxima sessão – com a Aventura: A Caverna do Dragão!
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