Pathfinder 2ª Edição

Pathfinder 2ª Ed. | Onde foram parar as multiclasses?

Avalie o conteúdo!

Olá prestigiados aventureiros, demorou um pouco mais do que eu gostaria para tornar a escrever. E falar exclusivamente de Pathfinder 2º edição. Mas antes de entrar no mérito das multiclasses, quero trazer boas notícias! O Livro Básico 2ed, bem como o Bestiário, estão disponíveis para a venda na versão digital! E não, não vai lhe custar 1.000 Bolsominions. Os valores estão mais acessíveis e me surpreendeu pela acessibilidade.

E se você assim como eu, comprou os livros durante o financiamento coletivo e agora aguarda suas versões físicas chegarem pelo correio, uma má notícia. Por conta da Pandemia, a gráfica que estava imprimindo as versões, está paralisada e não há previsão de quando torne a voltar aos trabalhos. Portanto se você estava esperando em pé, melhor sentar =)

Só mais uma informação, se você perdeu os primeiros artigos sobre PF2, “não temas mortal”, você poderá lê-los clicando aqui.

Agora vamos ao que interessa!

E agora José?!

As multiclasses sempre foram uma constante no RPG desde o velho AD&D até as versões mais recentes, mas isso mudou em Pathfinder segunda edição, e lhe digo, mudou para melhor!

Antes de falar das mudanças, vamos a uma análise preliminar de como funcionava as multiclasses nos sistemas anteriores. Quando você combinava duas classes básicas, você acabava dividindo habilidades iniciais de cada classe, e enquanto os seus aliados alcançavam habilidades de níveis altos, você beirava os poderes intermediários. Isso produzia na maioria dos jogadores uma sensação de arrependimento terrível, pois eles sempre se via como mais fracos.

Uma alternativa para remediar essa fraqueza, era adquirir Classes de Prestígio. Muitas delas criavam um novo core de personagem e isso arrefecia um pouco a sensação de frustração (na maioria dos casos). Esse foi o papel do Cavaleiro Arcano, Teurgista Místico, Trapaceiro Arcano, etc. Mas alcançar essas classes de prestígio, muitas vezes era difícil e finalmente quando você alcançava, as habilidades eram utilizadas muito pouco, pois acabavam sendo muito específicas, quando você escolheu ser um multiclasse, justamente para ser mais versátil. O próprio Pathfinder à época em sua primeira ed, tentou encontrar meios de caminho, criando classes básicas que quase gerava a combinação perfeita. Foi o caso do Magus (uma espécie de guerreiro mago) e Oráculo (Uma espécie de clérigo feiticeiro).

Mas agora é diferente.

Arquétipos

Para você entender como ficou o multiclasse em PF2, você precisa entender que agora você pode criar qualquer combinação. A priori, para um grupo restrito de classes, mas que abrange todas as que interessa a maioria dos jogadores.

O Arquétipo, é a 2º classe que você adquire.

A lógica do arquétipo é a seguinte: Você possui uma classe básica, e essa classe é a sua principal. Quando você guerreiro, deseja iniciar os caminhos da magia, estará adicionando o arquétipo de mago, clérigo, feiticeiro ou bardo, e vice-versa (caso fosse uma dessas classes e comprasse talento de arquétipo guerreiro). Partindo dessa lógica, toda vez que você “guerreiro” (mantendo a linha do exemplo), evolui e adquire Talentos de Classe, você pode convertê-los em talentos de arquétipo. Existe algumas restrições mencionadas no livro, e por isso recomendo muito a leitura. Você encontra tudo no capítulo 3, página 219 do Livro Básico.

Os arquétipos disponíveis no livro básico são: Alquimista, Bárbaro, Bardo, Campeão, Clérigo, Druida, Feiticeiro, Guerreiro, Ladino, Mago, Monge e Patrulheiro. São ao todo 12 arquétipos que referendam as classes básicas. Mas não confunda as coisas, as habilidades constadas em cada arquétipo não lhe torna aquela classe. Por exemplo Guerreiro com arquétipo Mago, ele não é um mago tão forte quanto um mago puro, mas é tão forte quanto qualquer guerreiro cujo nível de talentos de classe for compatível.

 

Detalhes Finais

Todos os arquétipos abrem a sua seção com um talento obrigatório para quem deseja ser multiclasse. São os chamados Talento de “Dedicação”. Para cada um dos 12 arquétipos que mostrei no capítulo anterior, há um talento de dedicação e ele é pré-requisito para todos arquétipos que são disponibilizados.

A última pergunta que vale a pena ser respondida nesse artigo é: “- Mas e aí, quando posso adquirir um arquétipo?”

Vamos lá. Cada talento tem como pré-requisito, além de outras informações, o nível que você deve ser para poder comprá-lo. A mesma coisa acontece aqui. Lembrando sempre que talentos de arquétipos só podem ser comprados com talentos de classe. Os Talentos de Dedicação (O primeiro a ser comprado em todos os arquétipos) é um talento de nível 2, logo, você deve ser no mínimo 2º nível para poder comprá-lo. Um alquimista, por exemplo, recebe um talento de classe no 2º nível, logo ele pode, por exemplo, convertê-lo em talento de arquétipo e comprar por Dedicação de Bardo. É importante dizer que você precisa cumprir os pré-requisitos para comprar qualquer talento de arquétipo, e não obstante, você não pode adquirir o arquétipo de uma classe que você possui. Por exemplo, você alquimista, não pode adquirir o arquétipo alquimista.

Arquétipos de Conjuração

Lembra quando disse que um personagem com arquétipo de mago, não poderia se comparar a classe básica de mesmo nome? Pois bem, neste capítulo, explico o motivo.

Existem 5 arquétipos conjuradores de magia, são eles: mago, feiticeiro, druida, bardo e clérigo. Quando você atinge o 4º nível, pode comprar um talento de conjuração básica (abrindo mão do talento de classe ganho nesse nível), que lhe permite conjurar magias de 1º nível. Em uma primeira ótica, parece um pouco complicado, mas não é. No 6º nível, você alcança magias de 2º nível e por fim no 8º você alcança as magias de 3º círculo.

Os próximos círculos de magias são alcançados com a compra do talento de conjuração especialista, disponível a partir do 12º nível de personagem. Com ele, você acessa magias de 4º círculo. No 14º, poderá conjurar magias de 5º círculo e 16º nível, conjurar magias de 6º círculo. Para conjurar magias mais poderosas que o 6º círculo, você precisará do próximo talento: Conjuração Mestre. Com ele, no 20º nível você alcança as magias do 8º círculo. E o 9º círculo? rsrsrsrs Só para conjuradores puros. Eles precisavam ter alguma vantagem né?!

Enfim, pessoal, espero ter conseguido dirimir a dúvida de vocês com relação a como passa a se comportar as famosas multiclasses. Se restou ainda alguma questão, fique a vontade para deixar seu comentário. Terei enorme prazer em responder.

Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

Recent Posts

Os Monstros – Episódio 13 – Urso Demônio (Vampiro: A Máscara)

Os Monstros - Episódio 13 - Urso Demônio (Vampiro: A Máscara) Acompanhem conosco o desenrolar…

6 dias ago

Rosewood – Episódio 13 – Segundo Ato – Combate contra a Rosa Marciana (Savage Worlds)

Rosewood - Episódio 13 - Segundo Ato - Combate contra a Rosa Marciana (Savage Worlds)…

1 semana ago

Os Monstros – Episódio 12 – Madame Sam (Vampiro: A Máscara)

Os Monstros - Episódio 12 - Madame Sam (Vampiro: A Máscara) Acompanhem conosco o desenrolar…

2 semanas ago

A Forja da Fúria – Episódio 9 – Primeiro Ato – Montando Guarda (D&D 5ª Edição)

A Forja da Fúria - Episódio 9 - Primeiro Ato - Montando Guarda (D&D 5ª…

3 semanas ago

This website uses cookies.