Enquanto Eberk aguardava o retorno de seus companheiros numa taverna local de Terjeruk, uma figura misteriosa aparece e desafia o anão!
Vestido de mantos e cobrindo o rosto com um capuz, a figura crava uma adaga na mesa do bárbaro e diz, na linguagem anã, que se ele desejasse saber mais sobre seu passado, deveria encontra-lo nos limites da cidade, mais precisamente no portão oeste. E que fosse somente se estivesse pronto para derramar sangue!
Surpreso, Eberk reconhece imediatamente que o punhal havia sido forjado pelo seu povo antigo, bárbaros das montanhas de Krod-Hûzmik, anões da tribo Thorbânion, dizimados por exércitos humanos anos atrás.
Determinado a saber quem é a figura, Eberk avisa a seus companheiros Auron e Vlendzer, que decidem ir com ele ate o local marcado.
Do lado de fora da cidade, a figura de mantos aguarda sua chegada. Ele revela ser um anão musculoso, cheio de marcas e cicatrizes, alem de tatuagens que revelam claramente ser um anão da tribo de Eberk.
Ele diz se chamar Druadóin, anão da tribo dos Thorbânions e estava a procura de Eberk a muito tempo. Seu objetivo: encontrar um anão thorbânion para fazer cumprir a Profecia de Oversold.
Confuso, Eberk questiona Druadóin o significado disso tudo. Ele conta uma breve história:
“Há muitos anos atrás, os anões bárbaros da tribo dos Thorbânions, famosos pela sua selvageria e por dominarem o conhecimento de como fundir o metal adamante, tiveram suas terras invadidas pela 5ª Legião do Sul, um exército da Arasônia liderados pelo General Armânius, um comandante estrategista e que já havia conquistado diversos povos bárbaros de Grand-Chak.
A 5ª Legião havia vencido os Thorbânions em outras vilas e pequenos fortes, mas estava tentando tomar a Fortaleza de Dhornath, a maior fortificação dos Thorbânions, nas montanhas de Krod-Hûzmik. Dhornath era a porta de entrada de importantes minas de adamante, o raro metal tão cobiçado pelos arasônios.
Essa lendária fortificação, incrustada em um desfiladeiro com diversas passagens subterrâneas, resistia a ataques de diversas hordas e exércitos durante séculos.
A Fortaleza de Dhornath estava sendo sitiada havia semanas. Os anões resistiam bravamente o avanço do exército arasônio sob o comando de Oversold Machado Incandescente, líder da tribo Thorbânion. Mas, o destino aguardava um final trágico para os anões bárbaros.
Jorderûx, irmão de Oversold, traiu o seu povo vendendo seus serviços para o General Armânius, entregando localizações e os pontos fracos da fortaleza e aliando suas forças com as dos arasônios.
Secretamente, por dentro da fortaleza Jorderûx minava a resistência dos Thorbânions e abria passagens estratégicas para os exércitos arasônios avançarem. O maligno e ganancioso Jorderûx tinha seus próprios combatentes, fiéis a seu comando.
O final dessa história você mesmo sabe: General Armânius toma a fortaleza em poucos dias. Estava tudo perdido.
Oversold, no seu último suspiro de vida, amaldiçoou seu irmão e aqueles que o seguiram:
“O sangue que hoje corre em Dhornath será o seu amanhã, irmão. Eu te amaldiçôo! Nós juramos em frente a Grande Montanha que sempre haverá um de nós para cumprir essa promessa. Do sangue nascemos, do sangue vivemos e do sangue morreremos!””
Jorderûx sabia que assassinato e traição não tinha perdão. Ele havia renegado o Juramento Thorbânion e escolheu o caminho ganância e poder. Todos aqueles que se juntaram a Jorderûx também foram amaldiçoados.
Muitos thorbânions morreram naquela guerra. Os melhores combatentes foram levados como escravos para arenas na Arasônia, tais como você Eberk. Os mais velhos e fracos, além das fêmeas e crianças, foram feitos escravos em Dhornath.
Jorderûx Machado das Trevas tomou a fortaleza e se auto-proclamou senhor dos thorbânions. O General Armânius permitiu que o anão o servisse como um sub-comandante na fortaleza. Os arasônios finalmente tomaram as minas de adamante e iniciaram a exploração do raro metal.
Eu fui dos um comandantes de Jorderûx. Eu trai o meu povo e matei diversos irmãos da nossa raça!
Eu estou aqui para cumprir a Profecia de Oversold. Durante anos vago pelas terras em busca de um desafiante que me vença. Eu o desafio para um duelo de sangue. Lute comigo nessa areias até a morte, Eberk! Apenas um de nos sairá vivo!”
Druadóin saca uma adaga feita de adamante com um punhal de diamante e faz um circulo de 1,5m de raio na areia. Ele adentra a ele, sem armadura alguma. Eberk sabia que o duelo de sangue thorbânion é sanguinolento. Dois combatentes lutam em um circulo ate a morte portando apenas punhais (ou outras armas pequenas) e se golpeiam ate a morte. Ninguém poderia interferir no duelo. Apenas um sairia vivo daquele círculo.
Após um duradouro e terrível combate, Eberk vence Druadóin. Em seu suspiro final, o anão penitente diz:
“Salve o que restou do nosso povo e varra os arasônios e os traidores do mapa!”
Revistando o corpo do seu oponente, Eberk encontrar um mapa feito em pele de algum animal e também encontra o ultimo diamante que faltava para reviver Krusther (preso no cabo da adaga de adamante). Esse diamante, juntamente com os demais, permitiram que Shandric trouxesse Krusther de volta a vida.
Em seguida Vlendzer e Auron ajudam Eberk e todos regressam para o templo de Shandric, onde está o corpo de Krusther. Lá Eberk é ajudado pelos clérigos.
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