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Nome: Thogeon Taletreader

Jogador: Fábio

Idade: 126 anos

Raça/Etnia: Elfo da Lua

Profissão: Caçador de Recompensas

Cabelos/Olhos: Brancos/Negros

Cor da Pele: Morena

Altura/Peso: 1,80 m/75 kg

O nome de Thogeon é inspirado em um raro alinhamento das constelações de Labraen e Maerilzoun. Elas irradiam a Lua, fazendo com que tal astro adquira uma esplendorosa refulgência dourada. Este evento somente havia acontecido uma vez até então, durante o nascimento do grande Thorgur Blindsword, Elfo da Lua que ajudou na batalha contra os Drows. Ele foi um guerreiro inigualável e carismático, habilidoso tanto com a espada quanto com o arco. A lenda conta que seu espírito renasce sempre que percebe um distúrbio entre as forças do Bem e do Mal.

Enquanto a família de Thogeon fugia de Cedarleaf durante o ataque de Cireka, a General Githyanki, sua mãe, Lilien, deu a luz em uma caverna nas montanhas com a ajuda de seu pai, Thon, e de uma parteira, a Elfa da Floresta Fliandreas. Logo após o nascimento da criança, Fliandreas teve uma visão do espírito de Thorgur Blindsword retornando ao Plano Material e a pele clara do bebê adquiriu um tom mais escuro. Seus cabelos ficaram brancos e uma marca em forma de espada apareceu sobre suas costelas. A mãe de Thogeon acreditava que a pele do filho não era clara como a dos outros Elfos da Lua em razão da influência do alinhamento de constelações que abençoou sua chegada a Faerûn, mas decidiu amar o belo e frágil tesouro que lhe foi dado pelos Deuses do mesmo jeito.

A infância de Thogeon foi bastante difícil. Aos 18 anos começou a ter sonhos estranhos envolvendo batalhas sangrentas e pessoas que nunca havia visto na vida. Muitos destes sonhos eram um mistério completo, porém alguns deles pareciam ser vislumbres de acontecimentos futuros. Um dia ele estava caçando com seu pai e viu um cervo olhando fixamente em sua direção. O jovem elfo pensou em atirar e abater o animal, mas ele assumiu uma posição de reverência, cumprimentando-o como se fosse um rei. Em meio à atmosfera serena da floresta, Thogeon foi se aproximando do cervo, que permitiu ser acariciado e depois fugiu pela mata. O jovem achou aquilo estranho e contou a Thon, que não acreditou em uma palavra do que ouviu e ainda debochou do garoto.

Essas visões começaram a se tornar mais frequentes à medida que Thogeon crescia. Certa noite ele caminhava pelo campo quando foi fulminado por uma delas e acabou desmaiando. O jovem elfo viu uma criatura terrível, feita apenas de ossos e escuridão, que segurava um cajado mágico. Quando ela se virou em sua direção, Thogeon foi acordado por seu pai, que chamava seu nome e o sacudia vigorosamente. Bastante suado e ofegante, o rapaz contou a Thon o sonho que tivera. Impressionado com o que escutou, seu genitor resolveu chamar a velha parteira para descobrir se ela sabia de algo sobre o assunto. Fliandreas então lhes contou sobre a lenda do grande guerreiro élfico Thorgur Blindsword e descreveu a visão profética que tivera quando Thogeon nasceu. Isso estimulou Thon a treinar o filho nas artes do arco, espada e magia. Tudo indicava que sua vida seria repleta de desafios.

Durante a juventude, Thogeon foi uma pessoa petulante e bastante brincalhona. Adorava arrancar sorrisos de sua mãe, a qual amava muito. Nessa época também conheceu sua primeira paixão, a bela Marina, com quem se casou. Marina era humana e deixava o jovem feliz, porém um dia ela adoeceu e mesmo com a ajuda da magia élfica não foi possível salvá-la. Isto fez com que ele passasse a encarar a vida com mais seriedade.

Infelizmente, logo após Thogeon alcançar a maioridade sua família teve de deixar Cedarleaf e se refugiar nas montanhas. Inconsolável, o pai do elfo era atormentado constantemente pela ignomínia que se abatera sobre o nome dos Taletreader, mas em seu íntimo alimentava a esperança de um dia reaver seu prestígio e fortuna. A razão de tantos dissabores foi a inveja de Fearum Lincastenf, capitão do exército da cidade, que cobiçava o posto de Thon. Para isso, ele concebeu um plano diabólico.

Uma noite, o pai de Thogeon estava se dirigindo ao estábulo para deixar seu cavalo, ritual que apreciava bastante, pois o animal o salvara de vários perigos no campo de batalha. Porém, algo estava errado. Primeiro, o local estava vazio e escuro. Segundo, os cavalos estavam inquietos. Terceiro, as portas do estabulo estavam abertas. Thon então sentiu uma picada na perna. Logo viu o mundo girar e a sua visão ficou turva. Quando acordou, não estava em seu quarto, mas sim em um aposento desconhecido. Ao seu lado jazia a princesa Lauriel. Ambos estavam despidos. Em seguida, Fearum Lincastenf e a guarda da cidade arrombaram a porta e o prenderam sobre acusação de alta traição. As explicações e súplicas de Thon foram ignoradas. O rei de Cedarleaf perguntou se ele tinha alguma prova de suas alegações ou se sabia quem poderia ter conspirado contra sua vida. De pronto Thon acusou o capitão, pois sua pretenção ao posto de comandante era notória. Mas Fearum possuía um álibi sólido, de modo que o pai de Thogeon se viu em uma situação muito delicada.

O rei confiava muito em Thon e preparou-se para realizar um julgamento justo. Contudo, era o próprio capitão Fearum quem iria fazer o papel de acusador e ele estava disposto a obter a cabeça do pai de Thogeon a qualquer custo. Lauriel implorou ao pai para não matar seu comandante, pois ela o conhecia desde pequenina e duvidava de sua traição. O rei inclusive chegou a ordenar que fosse feito um exame no corpo de seu Thon, a fim de descobrir a provável marca do que poderia ter-lhe picado naquela noite, mas nada foi encontrado.

No dia do julgamento, enquanto a corte se dirigia até o salão onde a audiência ocorreria, uma pessoa mascarada resgatou Thon e o retirou da cidade. Tratava-se da princesa Lauriel, que se sentiu compelida a salvar o elfo que a protegeu por toda a sua vida. A família de Thogeon não conseguiu levar muita coisa consigo, pois era necessário deixar Cedarleaf imediatamente. Mas Thon jurou que um dia iria retornar triunfante para punir o ambicioso capitão pelos seus crimes.

Talvez essa seja a verdadeira razão pela qual Thogeon sempre procurou obter fama, respeito e renome. Os elfos de Cedarleaf odiavam os Taletreader, considerando a fuga de Thon antes do julgamento como prova suficiente de sua traição. O jovem elfo desejava ardentemente provar que eles estavam errados… Ele se considerava um exímio arqueiro e costumava gabar-se de que era incapaz de errar uma flecha. Em pouco tempo começou a realizar pequenos trabalhos como mercenário sem o consentimento do pai. Em seguida, formou o seu primeiro grupo de caçadores de recompensas, composto por ele próprio, Kalira Pruxe, a Sorrateira, Franco Mono, o Ladino, e Brien Sormose, o Espadachim. Juntos eles conseguiram angariar dinheiro e reputação recuperando mercadorias roubadas, escoltando caravanas e prendendo criminosos.

Em uma dessas missões o grupo estava no encalço de um criminoso foragido que também era um mago. Eles tiveram muita dificuldade em capturá-lo, pois o bandido era poderoso e conjurou um exército de mortos-vivos para protegê-lo. Somente Thogeon e Kalira sobreviveram. Outra terrível tragédia na vida do jovem elfo! Seria este o preço da fama? Perder amigos e companheiros para recuperar o prestígio e a fortuna dos Taletreader?

Thogeon resolveu deixar Kalira em um vilarejo sob os cuidados de um curandeiro e retornar para casa. Chegando lá, descobriu que seu pai havia partido fazia algum tempo para ajudar no combate ao Rei-Bruxo de Vaasa e não retornara até o momento. Thogeon decidiu procurar por ele. Trabalhando como caçador de recompensas, espera reunir pistas suficientes para descobrir o paradeiro de Thon.

Sandro Moraes

Mestre das campanhas "O Segredo Enterrado no Gelo" e "Tirania dos Dragões", ambos ocorridos no cenário de Forgotten Realms. Mestra também no cenário de Golarion, em "O Mestre da Fortaleza Caída" e mais recentemente O Chamado de Cthulhu. Entusiasta do sistema GURPS, em especial High Fantasy, mestra e joga Pathfinder, Starfinder e D&D 5ª Edição.

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