Resumo da sessão ocorrida no domingo 15.03.2020. Foi uma partida excelente pois iniciamos lembrando todos os acontecimentos ocorridos na última partida (27.07.2019), e logo na sequência, uma revisão das decisões tomadas, que foram mantidas tal como conversado em julho (graças aos deuses kkkkk).
Nesse resumo você acompanha a continuação da história. Os aventureiros se enveredam pelas águas misteriosas do Nyr Dyv e após chegar à ilha independente de Beremusa, realizam negócios com um Yuan-ti e logo mais enfrentam uma poderosa tempestade que traz consigo monstros perigosos à toda tripulação e a embarcação do Dol Angra.
Jogadores:
Bruno Simões – Kalin Orochi
Bruno Freitas – Rathnar
Marcelo Guimarães – AescrielRevisão: Bruno Simões
Negociação Difícil
15 de Preparos de 592CY, à noite.
“- Eu sou Chapelle e vendo além de itens exóticos, componentes materiais para magias, bem como alguns itens mágicos, o que pode interessar a vocês?”
Antes que qualquer membro do grupo pudesse dizer qualquer coisa, foi Rathnar o primeiro a agir. O paladino de Corellon invocou os poderes do Deus dos Elfos para detectar sobre o vendedor o mal, e qual não foi sua surpresa quando ele o sentiu.
Os demais membros do grupo estranharam a postura de Rathnar, mas aguardaram a reação de Chapelle, e o que o yuan-ti fez surpreendeu ainda mais. Ele começou a também fazer gestos e falar palavras sibilando em direção a Rathnar, mas foi Aescriel o primeiro a perceber que ele estava blefando para com o paladino. Ao fim disse: “- Estranho os seus modos, no entanto falta-lhes educação ao adentrar o domicílio alheio e invocar mágica sem a devida autorização.”
E Rathnar foi rápido em responder:
“- Me desculpe, mas minha índole impede tratar com agentes malignos. Aos demais, estarei aguardando do lado de fora.”
E Kalin o acompanhou.
Portfólio a venda
Novamente Aescriel pediu desculpas pelo comportamento de seu companheiro, e manifestou o interesse em conhecer o portfólio de itens mágicos a venda, e o Yuan-ti ignorando o ocorrido, sorri ao elfo do sol e a Lester, e diz: “-Vamos aos negócios. O que vocês buscam?”
Aescriel manifestou interesse em itens metamágicos capazes de fortalecer suas magias, além disso, estava aberto ao que ele tivesse a oferecer. E foi o que Chapelle fez. O Yuan-ti apresentou cinco itens mágicos:
O Elmo de Kurdhuras
O último item vocês já viram. Ele apoia o braço sobre o aquário de vidro onde repousa o elmo feito em ouro. Este é o elmo de Kurdhuras. Este item é parte de um conjunto com outros três itens. Reza a lenda que durante um conflito entre o leviatã do oceano de Dramidj e o Kraken lá existente, o Leviatã saiu extremamente ferido e acabou sendo capturado por um poderoso arquimago. Este arquimago quebrou a essência da monstruosa criatura em 4 partes e forjou o Conjunto de Kurdhuras, o elfo, o anel, o peitoral e o tridente.
É dito que aquele que conseguir reunir os quatro itens, poderá uma vez por semana, se transformar no próprio leviatã!
Aescriel e Lester estavam impressionados. E indagaram sobre os poderes sobre o elmo.
O elmo é dotado de muitos poderes, e acredito ser o item mais forte do conjunto. Seu usuário se torna uno com as espécies marinhas, adquirindo seu subtipo sem prejuízo a sua anatomia. Além disso, detém a capacidade de respirar na água indefinidamente, bem como mover-se sem qualquer restrição sob as águas. Não obstante o elmo lhe ajudará a melhorar a reação para com criaturas marinhas, naturais ou mágicas. E o último e mais poderoso poder, é o de avisar quando próximo de outro item do conjunto. Caso algum dos itens esteja próximo, você sentirá a direção.
Chapelle observava o deleite do halfling e do elfo acerca dos poderes do elmo e se esforçava para não sorrir. Por detrás daquele poderoso elmo havia algo que ele não mencionaria. Quando o arquimago dividiu Kurdhuras, cada parte de seu corpo ficou representada pelas partes do conjunto. O tridente representa seus dentes em sua poderosa mordida; O anel as garras da criatura; O peitoral seu corpo em sua grande resistência, e o elmo a mente da criatura…
Esforços comuns
Aescriel e Lester ponderaram sobre os itens apresentados. Todos eles de alguma forma eram valiosos para as missões que o grupo certamente desempenharia dali para frente, e um em especial havia atraído a atenção dos aventureiros – o Elmo de Kurdhuras. Aescriel se viu forçado a regressar até Kalin e Rathnar do lado de fora para falar sobre os itens e decidir quais seriam comprados.
A decisão foi unânime sobre a importância de adquirir o elmo. Os quatro aventureiros analisaram suas posses e as quantidades de moedas somadas de cada um era insuficiente. Aescriel disse que precisaria comprar o Bastão metamagico, e foi Rathnar que colocou à disposição para negociação um item em sua posse de grande valor, e remexendo suas coisas ele retira uma gema de cor de um tom escuro com uma fenda que parecia pulsar em seu interior. “- Essa é uma gema de Fhauskanger. Uma gema da punição. Ela representa o terror contra construtos e extraplanares, e quero entregá-la para ser vendida em troca deste elmo. O seu valor deve cobrir 1/3 do que vale esse elmo. Tentem negociar com ele.”
Quando Aescriel e Lester adentraram na cabana novamente, Rathnar ponderou se aquilo que estava fazendo não era contraproducente, considerando sua posição de paladino, e chegou à conclusão que lhe era vedado caminhar com seres cuja conduta fosse oposta a sua, no entanto não havia regras que restringisse negociar com entes de alinhamento contrário, desde que os bens negociados não fossem de origem duvidosa.
A Conquista da Negociação
Chapelle aguardava o retorno dos heróis folheando um fino caderno de folhas velhas, em seu semblante era possível notar uma certa impaciência crescer. Kalin se juntou a Aescriel e Lester para apoiar na negociação que viria. E quando os heróis chegaram até ele manifestaram o interesse no bastão, cujo elfo do sol já tinha dito ter interesse. Isso aliviou as palavras que o Yuan-ti direcionaria para os aventureiros. Aescriel adquiriu o bastão de potencializar e estava contente com a sua aquisição.
Lester trouxe a atenção de Chapelle quando disse que o grupo tinha interesse em adquirir o Elmo do Leviatã. Aescriel completou dizendo que tinha uma gema e que caso aceitasse poderia compor a negociação, para a aquisição. Chapelle pediu para verificar a gema e colocando um pequeno monóculo começou a analisar a gema. Enquanto verificava a joia, Aescriel complementava informando os poderosos efeitos da pedra. Ao final disse, para a surpresa do vendedor: “- Essa poderosa gema, está avaliada em cinquenta mil ramas.”
Queremos o Elmo
Chapelle olhou para o elfo do sol com certa surpresa e exibindo um sorriso discreto, balançou a cabeça afirmativamente, completando; “-Sim.” Mas o sorriso discreto não escapou a percepção do clérigo de Pelor Kalin Orochi, e a leitura sensorial que o clérigo teve lhe revelou que o valor era maior que o que Aescriel tinha estabelecido, e no ele interpelou entrando na negociação:
“- É claro que esse é um valor confecção (blefou o clérigo), você sabe tão bem quanto nós, sendo um vendedor de itens, que essa gema vale muito mais, talvez até o dobro.”
E Chapelle cedeu, confirmando as considerações do clérigo. “- De fato, 50 mil é o custo para manufaturar uma preciosidade dessas, o seu valor de mercado é de cem mil moedas aproximadamente. Considerando a raridade de ambos os itens em questão, além do fato de ter interesse na gema, aceito-a como troca. Fica faltando a diferença de cinquenta mil. Como pretendem pagar?”
Kalin adicionou uma rara esmeralda perfeita como parte, e ajudou a reduzir a diferença em cinco mil, faltava agora outros quarenta e cinco.
Reconsiderações
Kalin alegou que precisaria consultar o companheiro elfo do lado de fora para determinar como conseguir o resto do dinheiro. Chapelle ofereceu como alternativa o empréstimo consignado do item, com a condição de pagar diferença em até um mês com uma taxa de juros de 10%, mas os heróis não quiseram. Uma última alternativa foi lançada: o próprio Chapelle acompanharia os aventureiros e alugaria o elmo por 1.000 ramas por dia, até os heróis terem a diferença ou simplesmente devolverem o item.
Negando as duas sugestões, mais uma vez o grupo se reuniu do lado de fora para a aumentar a impaciência do Yuan-ti.
Os aventureiros não queriam o compromisso de ter que voltar a Beremusa para entregar o restante das moedas, ou ter um Yuan-ti caminhando junto com eles.
Rathnar ouviu com atenção a situação colocada e ponderando com a mão fechada apoiada no queixo considerava mentalmente a ação do yuan-ti. Ele fora honesto. Decidiu pagar pelo dobro do valor do item, aquilo foi absolutamente inesperado. E ele decidiu então dar um voto de confiança e adentrou no estabelecimento.
Arremate
Olhando para o Yuan-ti, Rathnar novamente pediu desculpas ao vendedor. Precisava reconhecer a sua honestidade perante a situação da pedra, e com isso gostaria de oferecer um novo item para finalizar a negociação. Rathnar retirou do pescoço um belo pingente com com formato de um losango, com uma pedra circundada por um tipo de metal. A joia luzia com um brilho intenso de tom amarelado ouro e era muito bela. Esse é um amuleto de proteção contra localização e detecção, com ele você se torna magicamente invisível contra magias que tem lhe encontrar. É um poderoso item mágico que queremos que considere quitar a diferença e quem sabe talvez gerar um saldo para adquirirmos outros itens.
E novamente Chapelle analisou o colar, atestando suas propriedades e confirmando que aceitaria o item para completar o valor de arremate do elmo.
Concluída a operação, antes que findasse a operação, Aescriel pediu para poder identificar as propriedades do elmo, com que Chapelle autorizou sem reservas. Entretanto o poder do item era demasiado avançado para as habilidades do mago da Ordem de Greyhawk. Logo após declarar que não conseguiu identificar os poderes do item, para atestar o que foi colocado pelo vendedor, ele entregou a Rathnar.
Rathnar pegou o elmo e sentindo o peso do ouro, ponderou sobre qualquer ardil que pudesse estar embutido no item, mas tendo detectado o mal e não sentido qualquer faceta maléfica, decidiu colocar o elmo.
Seguindo adiante
Antes de sair da venda, Chapelle admitiu que houve um erro de interpretação em suas ações. “- Caso o companheiro elfo, Aescriel quisesse ter me vendido a gema por 50 mil, a teria comprado por 50 mil. Independente de ser valor de mercado ou manufatura. De todo modo, acredito que fizemos um excelente negócio.”
Chapelle retirou um belíssimo punhal da cintura e anexou a gema na arma.
Já era tarde da noite quando os aventureiros retornaram ao Dol Angra. Ainda assim a tripulação estava ativa garantindo o carregamento de mantimentos para os dias de viagem pelo Nyr Dyv. Insix não estava presente, e os heróis aproveitaram para ir dormir.
Com a luz das velas apagadas no interior da venda, ele não precisaria de luz para ver na completa escuridão. Enquanto observava o punhal com a manifestação dos poderes somados ao da arma, ele testava seu peso e perfuração. Logo em seguida pôs o colar, sentindo que a manifestação de seus poderes só viria a se concretizar quando passassem 24 horas.
Mas não era isso que lhe interessava afinal. Ele coçava com o polegar da mão esquerda um anel posicionado no dedo médio, um anel maciço feito de puro ouro, sem qualquer escrita ou pedras, e com a outra mão alisava sobre a roupa um peitoral igualmente belo, feito de ouro e ondulado como se representassem costelas. Sorrindo ele foi saindo da venda, sem se importar em fechar o estabelecimento atrás de si, ninguém teria coragem de invadir aquele local… Ele tinha uma longa viagem a fazer e uma vingança a ser concretizada com uma ajuda inesperada.
O Alerta dos Golfinhos
16 de Preparos de 592CY
Os aventureiros despertam com a embarcação navegando pelo Nyr Dyv, seguindo um curso firme, com tempo claro e limpo. A rotina do Dol Angra é bastante movimentada e os aventureiros acabam se vendo envolvidos em alguma das tarefas do dia a dia do barco.
Apenas Rathnar não se envolve. O elfo passa toda manhã e parte da tarde testando os benefícios do Elmo do Leviatã. Com a mobilidade sob as águas sem qualquer tipo de restrição e com a plena visão das águas, ele conversa com peixes, testa tiro de arco, notando que o alcance das flechas é reduzido, mas seus efeitos não, e passa um tempo indefinido sob as águas por conta da possibilidade de respirar nessa condição.
Pela tarde o paladino dos elfos encontra golfinhos com os quais pode ter uma conversa mais produtiva, e eles alertam Rathnar da proximidade de uma grande tempestade que os aventureiros encontrarão no curso que estão seguindo.
Rathnar retorna ao convés e alerta Insix e seus companheiros, e desta forma parte da tripulação vai descansar para acordar a noite e se preparar para um turno mais difícil. E assim os heróis também procedem.
Ventos e Tempestades no horizonte
O Dol Angra já balançava vigorosamente quando Kalin acordou, e quase simultaneamente, seu companheiro de quarto Aescriel também. Kalin já tinha o hábito de acordar cedo em função de sua rotina divina. Ele sempre antecedia suas preces antes do sol nascer; já Aescriel como elfo, dormia pouco por natureza da raça. Mas ambos perceberam que o despertar foi forçado, e no convés eles conseguiram discernir gritos apavorados, algo não estava correto, e não era apenas pela tempestade e o mar bravio.
Quando a dupla saiu no corredor se apoiando na parede oposta por conta de um solavanco, notaram Lester e Rathnar também saindo do quarto. Eles foram acordados pelo mesmo motivo.
Quando o quarteto começou a subir as escadas que davam acesso ao convés perceberam os motivos de toda a agonia. O barco estava sendo invadido e não era pelas águas da tormenta.
Os sahuagins eram pequenos humanoides onde qualquer semelhança a homens acabava aí. Com garras e patas com membranas, e uma cabeça de peixe eles eram conhecidos como os “goblins do mar” e apesar de sempre estarem em grande número, individualmente não representavam grande ameaça. O problema é que junto com eles uma poderosa criatura havia ancorado na proa do navio.
A Fera do Mar
Enquanto enfrentavam apenas a tempestade, os marujos conseguiam com relativa habilidade controlar o Dol Angra em cada vala ou onda que se formava. Os marujos corriam para bordo e estibordo gritando ordens, puxando cordas e praguejando ante a grande tempestade, e a embarcação chacoalhava veemente. E foi Jair que viu quando na lâmina d´água que se formou a partir de uma onda, uma criatura de proporções inimagináveis serpentear em direção ao Dol Angra, a fera soltou sobre a proa a bombordo e com apenas um ataque engoliu o marujo antes que pudesse soltar seu grito de desespero.
A enorme serpente marinha enrolara-se no entorno da embarcação e não bastasse a violência das ondas, a criatura agora torcia a estrutura do barco, que estalava e rangia diante do aperto. E os heróis entraram em ação. O primeiro a agir foi Rathnar que notou um grupo de marujos lutando na proa, além Renfri e Mordrec (membros da Espada de Dol Angra), e o que o paladino dos elfos fez foi invocar uma poderosa aura, a Aura do Arconte. Todos os inimigos a seis metros de Rathnar sentiram dúvida por mero temor de atacá-los e isso daria uma oportunidade a todos os aliados. Mas o poder do paladino não se restringiu apenas a esse efeito, com uma rápida ação ele invocou a Aura da Justiça. Todos os aliados próximos sentiam que seus ataques poderiam ser mais fortes contra inimigos malignos.
Quando a penumbra foi dissipada com o nimbo de luz de Kalin, todos puderam ver com clareza o tamanho do problema que o grupo enfrentaria. Até aquele momento o que iluminava a embarcação era as poucas lanternas cobertas e os relâmpagos que cortavam os seus dando flash da situação. E ao mesmo tempo Aescriel invocou uma magia de voo, alçando altura suficiente para avaliar a situação. Lester conjurou sobre um sahuagin próximo seus mísseis mágicos, abatendo-o instantaneamente.
A Fúria da Serpente
A criatura atacava a qualquer um em seu raio de alcance, e não obstante engolia marujos e ou os jogava ao mar com a força de sua cauda ou sua bocarra. Junto aos ataques Rathnar foi o primeiro dos heróis a ser alvo do ataque, mas a sorte lhe favoreceu, quando as brumas que lhe envolvia graças a armadura o livrou da mordida perigosa. Já os demais tripulantes não tiveram a mesma sorte. Mordrec o meio-orc monge da Espada de Dol Angra foi pego pelo rabo da criatura e era esmagado.
Em um primeiro momento Rathnar olhou para a grande serpente e sentiu com ela uma conexão. Apesar de aparentemente desprovida de inteligência, o ser parecia poder compreender, e ele disse:
“-Criatura das profundezas marinha, ordeno que cesse o ataque!” E por um breve momento parecia que a criatura atenderia o seu pedido, mas Rathnar falhou, não pelas palavras e entonação diplomática, mas pelo que fez logo na sequência. Ele atacou a três dos sahuagins que estavam próximos, sem conseguir ser tão efetivo com a espada quanto o era com o arco e não obstante em sua tentativa de ser diplomático sustentando uma posição ofensiva. O foco deveria ter sido dado a perigosa criatura marinha de maior proporção, seja pela palavra, fosse pela espada. Kalin notando a situação delicada em que o meio-orc Mordrec se encontrava liberou um pulso de energia positiva curando a todos em seu raio de alcance, principalmente ao meio-orc.
Todos ouviram quando Insix chegou até a proa gritando ordens e praguejando a criatura cujo peso fazia a sua embarcação gemer ante a força contra a madeira. Junto com a comandante da embarcação surgiu atrás da serpente um grande humanoide feito de rocha e alguns cristais, era Lestermental, o elemental da terra do halfling. O elemental assim como Insix já chegaram prestando os seus primeiros ataques contra a gigante serpente, que sentiu principalmente o ataque do elemental. Aescriel calculava e se preparava para fazer um perigoso movimento.
No momento seguinte Rathnar direcionou seus ataques contra a serpente que fazia novas vítimas. O corpo de Mordrec estava no assoalho desacordado com Renfri, a filha de Insix protegendo-o dos sahuagins. A enorme boca cheia de dentes da serpente focou no elemental que havia lhe aplicado duras pancadas momentos antes, enquanto a cauda da criatura varria Rathnar, Insix e outros marujos próximos. O que impressionou a todos foi que de todos os alvos da chibatada Insix foi a única que foi capturada pelo rabo preênsil.
Ataque Coordenado
O ataque que veio na sequência foi em uma poderosa cadência, principalmente pelo primeiro deles. Aescriel voou para fora do barco alinhado com a proa, contudo esse movimento inesperadamente vulnerabilizou o arcano ante a criatura, que o atacou com uma poderosa mordida, e o elfo do sol sentiu quando as presas da criatura firmaram fortemente em sua cintura. Aescriel se desvencilhou e imediatamente iniciou um conjunto intricado de gestos e palavras complexas, e à medida que a magia ia sendo convocada, os relâmpagos da tormenta começaram a vibrar mais alto nos céus. Nas suas mãos a estática começou a estalar, pequenos arcos voltaicos se formaram, e pontos lilás e azul dançaram entre os dedos. Quando a magia estava quase pronta, ele adicionou um toque de poder. Sacando de sua cintura o bastão comprado nas mãos de Chapelle, falou palavras intrincadas e os relâmpagos da tempestade começaram a circundar o elfo.
Com o bastão apontado na direção da besta marinha, a eletricidade a sua volta se concentrou no pequeno pedaço de aço polido.
Uma poderosa descarga elétrica se desprendeu do bastão e atravessando tudo no caminho. Primeiro fulminou dois sahuagins que simplesmente foram reduzidos a poeira e atingiu a serpente marinha em cheio.
O ataque seguinte veio de Lester que invocou novamente seus misseis arcanos contra a criatura. O halfling estava com raiva da serpente pois a alguns momentos atrás ela tinha destruído ferozmente seu elemental. E ele já considerava seriamente iniciar a convocação de um novo ser.
O próximo a agir era Rathnar que apesar de não tão habilidoso com a espada, acreditava ser possível derrotar a criatura, mas ouviu em sua mente uma voz que não era a sua, e ela lhes disse:
“- Se errar ou falhar em ser forte o suficiente para derrotar a criatura, você perderá a capitã da embarcação para a fera e nunca mais a verá novamente…”
Rapidamente o alto elfo voltou para a situação e ponderou as palavras soadas em sua mente, o elmo era capaz de se comunicar.
“- Fera marinha, não queremos continuar essa batalha, eu peço que deixe a mulher presa por ti no chão, e nós permitiremos que fuja. Você está muito ferida, não vencerá.”
Rathnar falava baixando a sua espada em um tom amistoso e conciliador, e rezava a Corellon que funcionasse, e funcionou.
A gigantesca serpente soltou Insix quase sem vida, devido ao aperto vigoroso. Kalin se aproximou para curar e a criatura foi recuando seu corpanzil para dentro da maré revolta. Os sahuagins remanescentes foram recuando para a maré, e os aventureiros e marujos jogaram os corpos das criaturas abatidas na água. Os aventureiros recuaram para as suas cabines, visto que não detinham conhecimento para ajudar durante a tempestade, mas o pior tinha passado.
Rathnar refletia sobre o elmo, ouvindo o ronco do halfling Lester, ele observava o belo item feito de ouro, até que o olho abriu para ele.
Continua em A Ilha de Caermus.
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