Esse é o resumo da sessão ocorrida no dia 21.02.19, e que acabou sendo interrompida para continuar dia 16.03.19. Nesta história, Erzurel segue junto com Keira, Alvearnelle e mais 5 cavaleiros liderados por Sir Etibaldo Von Lock. Eles avançam pelas Colinas Kron para levar a diplomata dos gnomos até o seu reino natal.
Jogador: Aharon Freitas | Erzurel Graysson
Esse é um texto original escrito por Bruno de Brito e revisado pelas hábeis mãos de Bruno Simões.
10 de Preparos de 592CY
s colinas surgiam vigorosas no horizonte ao sul do Viscondado de Verbobonc. Erzurel percebeu que Keira e Etibaldo já se conheciam. O cavaleiro fora enviado com outros quatro guerreiros, para proteger a comitiva que levava Alvearnelle. Etibaldo era um homem jovem. Certamente com idade anterior aos trinta anos e uma vitalidade invejável. Erzurel compreendia por que Keira o olhava com tanta diferença. Em seu íntimo o guerreiro santo sentiu uma pontada de ciúmes.
Quando se deu conta dos pensamentos que lhe invadiam, tratou de tirá-los da mente. Precisava manter o foco, e assim prosseguiu por dois dias.
12 de Preparos de 592CY (noite)
“- Erzurel, vejo tanta fé em você e é clara a sua sabedoria. Se me permite perguntar, por que você deixou de ser um sacerdote de Pelor?”
Erzurel sabia que há alguns dias Keira queria lhe perguntar isso, e em seu íntimo, ele sentia que deveria falar sobre o assunto. Até ali, não tinha se aberto com ninguém, além de Sandy. Temia não ser compreendido, e pior – julgado. Mas o fato era que a morte de Nybas o perturbava constantemente. Não foram poucas as noites em que acordou com algum pesadelo em torno do general de armas. De algum modo, falar sobre o assunto lhe fazia sentir-se melhor e aliviar o seu fardo.
“- Nybas… Fui o responsável pela morte de um homem de nome Nybas. Um guerreiro valoroso, temente a Heironeous e a seu reino – Furyondy. Ele foi dominado por um demônio das sombras, e para evitar nos atacar, ele tentou tirar a própria vida, enfiando sua espada em seu ventre e tombando. Em seu desespero de não nos fazer mal, ele me pediu que o impedisse, e foi o que eu fiz, eu encerrei a vida dele, sob os prantos de uma amiga que me pediu justamente para fazer o contrário… Salvá-lo…
“- Tenho uma penitência a cumprir em nome do mal que fiz. Rompi minha conexão com o divino e hoje trilho o caminho do perdão. O meu gesto me fustiga e devora por dentro, e tudo que me restou foi isso, a busca pelo perdão.”
Keira ouvia sem silêncio, e emocionada pousou a mão sobre o ombro do guerreiro de Pelor, dizendo-lhes: “- Você vai conseguir.”
13 de Preparos
No dia seguinte, se puseram a caminhar novamente, e com o clima mais ameno, o único frio que o grupo sentia era do vento recortando as colinas. A região era de uma beleza ímpar. As colinas surgiam no horizonte e por todos os lados. A leste distante era possível ver a mancha verdejante da floresta Gnarley, mas a muitos dias de distância.
Os heróis pararam ao sol alto para comer suas rações e dar água aos cavalos. E foi quando eles estavam recolhendo os utensílios utilizados que duas sombras sobrevoaram a cabeça do acampamento. Todos olharam para cima e os animais se agitaram com o medo de caça que sabe quando há o perigo por perto.
Uma criatura veio pela frente do grupo e a outra pelos fundos. Erzurel e dois guerreiros se posicionaram na retaguarda e Etibaldo e seus outros dois guerreiros na dianteira. As criaturas cuspiram uma rajada ácida sobre o grupo e se aproximaram o suficiente para poder ser notadas. E foi Alvearnelle que gritou: “- Cuidado, são dragões da fenda!”
Sentindo arder diante do ácido que corroía tecido, pele e armadura, Erzurel avançou, tentando manter o monstro a uma distância razoável da carroça. O som do combate do outro lado chegou ao ouvido de cada grupo e a criatura atacava com selvageria intensa. Posicionados de forma estratégica, Erzurel e os guerreiros ganharam terreno e espaço contra a criatura. Com a ajuda de Keira na retaguarda, os ferimentos que a criatura causava eram amenizados através do poder de São Cuthbert.
Erzurel percebeu que os guerreiros que combatiam com ele eram experientes e, apesar dos danos causados pela criatura, eles resistiam bem. Cada equipe conseguiu derrotar os dragões quase que simultaneamente, e quase sem baixas. Um dos cavalos fora atingido pela rajada ácida e não resistiu aos ferimentos. Aquilo tornaria o deslocamento mais lento, mas o grupo conseguiria manter o ritmo, e foi o que fizeram.
A noite chegou rapidamente, com nuvens se formando no horizonte, indicando que ou pela madrugada ou dia seguinte, certamente o mau tempo os alcançaria.
A conversa daquela noite teve a participação de Alvearnelle e Etibaldo, além de Keira e Erzurel. A pauta era a guerra entre Tulvar e Verbobonc. A missão estava clara, levar a gnomo diplomata em segurança até Tulvar, mas e depois? Alvearnelle revelou que seu pai já ignorava o seu conselho e somente dava ouvidos a um homem que havia 3 anos se tornara primeiro ministro dos gnomos: Sauber Benelovoice. Aquele nome não havia sido mencionado pela primeira vez e ouvi-lo fez Erzurel relembrar do encontro de todo grupo em 27 de Inverno de 592. Sauber era pai de Sandy, a paladina de Heironeous e tio de Gatts.
Segundo relatos de Gatts, Sauber era o responsável por fomentar a disputa entre ambos os reinos, influenciando o lado gnomo. Por um momento ele achou que o rei gnomo estava sendo enfeitiçado pelo seu tio, e deu-lhes um poderoso artefato: O Elmo da Visão verdadeira, além de deixar-lhe com a proteção do anão Gillius Machado do Trovão, mas o elmo não revelou dissimulações, o rei gnomo de fato confia nos conselhos dele. E isso não era tudo. Gatts viu a mão cadavérica de Sauber e com seu vasto conhecimento identificou que se trata da Mão de Vecna, um artefato dado como perdido.
Muitas outras coisas foram ditas e consideradas a beira da fogueira, no entanto sem quaisquer conclusões e cada um foi se recolhendo com mais preocupações do que se imaginava. Erzurel, em particular, refletia. Entre as suas penitências, uma era a resolução de uma guerra com a manutenção da paz por pelo menos 10 anos. Se seu destino fosse resolver aquela disputa, ele não sabia por onde começar…
14 de Preparos de 592CY
O grupo despertou com frio. A fogueira extinguia-se mediante o vento e a fina chuva que caia nas colinas. A tempestade que ameaçava chegar no dia anterior, diminuíra de força e se tornou apenas uma frente fria. O grupo recolheu seus pertences e tão longo se pôs a caminhar. Três dias ainda os separavam de Tulvar, segundo os cálculos de Alvearnelle, e o grupo avançou.
Foi perto do meio daquele dia, que o grupo avistou uma grande poeira levantada no ar em meio as colinas, e aproximando cautelosamente, o grupo notou um combate acontecendo. Trolls enfrentavam homens armados em um desfiladeiro que sagrava as Colinas Kron. Erzurel e seu grupo avançou para apoiar os homens, que se encontravam em clara desvantagem. Uma bandeira presa as costas de um cavaleiro, chamou a atenção de Erzurel, o símbolo: O Novo Sol. Aquela comitiva, era a comitiva de seu pai.
Continua…
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