Há pouco tempo atrás nossas mesas de RPG tiveram um grande embate em qual sistema o Mestre adotará para converter seu cenário: D&D 5ª Edição ou Pathfinder 1ª Edição.
Essa dúvida certamente deve se estender para diversas mesas de jogo.
O D&D 5ª Edição é tão diferente do Pathfinder como o AD&D é de D&D 3.5. O D&D 5ª Edição está tentando trazer de volta alguns aspectos, mais notavelmente do AD&D, com regras mais simples
Se você gosta Pathfinder, especialmente se você gosta da complexidade mecânica, eu não recomendo D&D 5ª Edição para você. Se você está procurando uma versão moderna do OD&D, eu definitivamente recomendo. Não pense nisso como algo ruim para o sistema de jogo que você joga atualmente, pense nisso como um sistema completamente diferente que também é D&D e possui um monte de semelhanças.
Use Pathfinder
- Se o DM não estiver afim de de criar/ignorar/modificar regras que não concordava nem 3.X.
- Se você quer um volume maciço de material pré-fabricados disponíveis. Isso vai mudar no futuro quase certamente, mas D&D 5ª Edição não tem muito ainda.
- Se você gosta de sistemas copyright e não pode comprar livros de regras não-PDF. A Wizards não está planejando lançar cópias do D&D 5ª Edição em formato ebook. Isso pode mudar, mas não é provável.
- Se você gosta de complexidade mecânica sobre a facilidade de uso. O D&D 5e tem um sistema de vantagem / desvantagem que se destina a substituir o sistema de bônus encontrada em 3.X. É muito leve e fácil de usar do que modificadores, em comparação ao Pathfinder, equivale ao modificador máximo de (des)vantagem de aprox. ± 5. Perceba que existe uma gama maior de possibilidades.
- Se você quiser um conjunto de regras completo, no sentido de que as regras prevêem, em algum nível para todas as ações do jogador e jogabilidade. O D&D 5ª nunca será “completo”, nesse sentido, porque isso não é o objetivo dos desenvolvedores.
Use D&D 5 Edição
- Se você estiver procurando um jogo estilo D&D Old School, mas na verdade não quer lidar com materiais clonados de terceiros (não-oficiais).
- Se você busca um jogo que possui regras que enriquecem o background e interpretação do personagem, como o sistema de ideal, vínculo e fraqueza e o uso de arquétipos.
- Se você gosta de AD&D 2ª Edição e está interessado em experimentar algo semelhante, mas novo.
- Se o seu grupo acredita que os conjuntos de regras existem como uma ferramenta para ensinar as pessoas como Mestrar ou como base para o desenvolvimento para um
- Se você quiser jogar D&D e não quer perder muito tempo ou esforço para entender um livro de regras, ou então não é bom em matemática, quer ir direto para a ação sem problemas, e não goste de D&D 4e por algum motivo.
Fonte:
- Traduzido e adaptado de http://rpg.stackexchange.com/questions/53766/differences-between-5th-edition-dd-and-pathfinder
E você, o que acha de ambas as edições?
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Bons Jogos!
Só esqueceu de ressaltar dois pontos que consider importante sobre as diferenças entre ambos sistemas, ao meu ver:
-A questão da progressão suave proposta pela 5ed que permite que você utilize monstros de praticamente qualquer ND contra os jogadores em qualquer nível sem precisar modificar esses monstros.
Isso facilita muito a vida do Mestre que quer dar um desafio interessante pra os personagens sem que os orcs, kobolds e zumbis simplesmente sumam do mundo porque os personagens estão absurdamente poderosos.
-Retirar a necessidade de encher os personagens de itens mágicos pra que eles consigam progredir e enfrentar monstros de ND compatível com seu nivel.
É perceptivel que a 3ed e o pathfinder consequentemente tem como base fundamental da construção dos personagens a posse de itens magicos equiparáveis com seu nível de poder.
Não existe como pensar num guerreiro ter qualquer chance de vencer um dragão ancião sem que possua poderosos e diversos itens mágicos. É fundamento do sistema para equilibrar os personagens.
Já na 5ed, mesmo em niveis elevados, um personagem consegue se virar e sobreviver com dificuldade a desafios de ND equivalente com apenas 2 ou 3 itens mágicos e em alguns casos até sem nenhum.
Isso permite que o Mestre fique totalmente livre pra dar itens mágicos quando achar apropriado, sem afetar o equilíbrio do jogo com essa decisão.
No mais, é exatamente isso q ele falou.
Eu acho bacana existir tantas boas opções quando se trata de jogar RPG de fantasia, seja Gurps, 3.5, Pathfinder ou 5.0, tem para todos os gostos de mestres. Todos esses sistemas podem render boas histórias e servir de excelentes plataformas para quaisquer campanha.
Como mestre posso dizer que excesso de itens mágicos, carência ou mesmo a falta deles, nunca impactaram em minhas histórias e enlaces e desafios para personagens jogadores, outros fatores são muito mais críticos, tais como ciência do perigo, interesse por ouvir contos locais sobre certo Dragão, ou mesmo que existe uma fonte de água mágica capaz de conferir grandes poderes a quem dela beber.
É papel do mestre dar esse equilíbrio seja sob medida, seja status quo. Sistema algum conseguirá em profunda simplicidade ser aderente à determinada realidade, pois o conceito de realidade é variável em cada mundo e dependente da concepção do mestre – o criador de mundos.
No fim posso dizer que tenho lá minhas predileções, mas que jogando 5.0, 3.5 ou 3.75 os sistemas ajudaram mais que atrapalhou construir bons e duráveis personagens e histórias memoráveis.
Sistemas vão e vem. Não deve existir rixa nem briguinha.
O que deve prevalecer são as boas histórias e interpretações, bem como a experiência de jogo.
A qualidade de uma mesa de jogos reside basicamente em uma campanha bem conduzida pelo DM e um jogo com uma rica interpretação dos PJs.
Sem duvida toi e scuby.
Mas que cada sistema tem suas peculiaridades isso é fato.
E por isso ressaltei os pontos que facilitam a vida do mestre, afinal, um bom sistema deve permitir que o mestre conduza seu jogo da forma que quiser sem que isso cause impacto direto no equilíbrio do sistema.
E as peculiaridades de dependência de itens mágicos assim como larga progressão de poder são inerentes aos sistemas 3.x. Se isso é um defeito ou não, só o mestre pra dizer, afinal, é ele quem decide que sistema irá adotar.
Imagine que um guerreiro sem itens magicos teria CA 20 no lvl10. Com itens magicos “adequados” (levando em questão o sugerido pelo livro) poderia facilmente ter CA 30.
Em termos de jogo, convenhamos que o primeiro vai ter muito mais dificuldade que o segundo pra seguir em uma aventura com criaturas de ND apropriada. Por isso que reforço: os itens mágicos fazem parte do equilíbrio do jogo e se o mestre não dá nenhum ou dá demais, pode desequilibrar.
Por outro lado, na 5ed, se o mestre não dá nenhum o problema é minimo, agora dando de mais pode desequilibrar do mesmo jeito 😛