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Personagens:
Drigos “Fênix” Poderkaine (humano mothaviano) – paladino de Tyr de 11º nível
Joshua Wenishay Poderkaine (humano mothaviano) – paladino de Tyr de 11º nível
Kraver Kravinoff “Merlin”(humano mothaviano) – mago evocador de 11º nível
Markin’Sman Thintalion (elfo) – cavaleiro arcano de 11º nível
Fugindo do frio
Sessão do dia 23/08/2017
Um pesada neve caiu no recinto, esfriando os ânimos ainda exaltados dos heróis, o combate havia findado, os heróis, ouviram o chamado nervoso da estranha mulher que os conclamou a fugirem daquele recinto de batalha, mas ao invés de a seguirem imediatamente, decidiram – a pedido de Drigos, procurar a garota que ele alegou ter visto durante o confronto, parecendo ser a única sobrevivente daquela caravana massacrada.
Contudo, após o empenho de Markin, Merlin e Drigos, nenhum deles foi capaz de encontrar a tal garota. Ao longe viram a mulher se afastando do local do combate, ao descer por uma encosta e seguir um trilha.
A mulher os esperou, sem entender inicialmente o porquê da demora, e começou a avançar, entendendo que aquele grupo pareceu não querer sua ajuda. Percebendo que a mulher se afastava e aproveitando a grande velocidade que ainda mantinha, Tinthalion avisou seus amigos que iria atrás dela, enquanto eles começariam a caminhada atrás dela.
Kraver percebeu que atrás deles havia o som de tambores ao longe, além de que os dois orcs que haviam fugido, retornaram gritando:
Fala traduzida do orc:
– ELES AINDA ESTÃO AQUI! GRITE PARA O GIGANTE VIR AQUI AGOOOORRAAA!
Kravinoff tentou atingir o orc com sua chama magica mas não conseguiu, ao passo que o orc tentou acertar-lhe com um flecha, mas o arcano com seguiu se esquivar a tempo. Drigos, desta vez atento ao que o inimigo disse, traduziu para os aliados, que perceberam que se demorassem ali, o conflito poderia se estender de maneira indesejada.
Wenishay praguejou, porém o paladino sabia que apesar da grande capacidade de seu grupo e da chance de serem capazes de eliminar os inimigos que viriam, ainda assim, era um risco que ele não poderia sujeitar seu grupo, ainda mais diante daquele tempo inóspito. Era imperativo que eles fugissem do frio que os açoitava como um carrasco cruel.
Todos começaram a sentir os efeitos daquele frio implacável, sentindo um tremor de frio que dominava seus corpos expostos àquela intempérie. Drigos, sabiamente, pegou uma das fedidas mantas de peles utilizada por um dos orcs, diminuindo o frio que sentiu.
Markin conseguiu alcançar a mulher, que aquela altura estava toda envolvida num pesado manto de peles, o elfo perguntou quem era ela e o que fazia ali, mas a mulher puxando o capuz de seu manto, simplesmente retrucou:
Fala da mulher:
– Vocês foram meio lentos, mas com sorte, poderemos chegar num esconderijo. Mas preciso que se apressem, ou estaremos todos perdidos!
O grupo desceu uma encosta rapidamente, foram ao encontro da mulher que havia parado para conversar com Markin. Enquanto desceram, Drigos conseguiu traduzir para o aliados o grito de um outro orc, que disse:
Fala traduzida do orc:
– Eles pegaram nosso saque?
Logo após o outro orc respondeu:
Fala traduzida de um orc:
– Parece que não
Enquanto o grupo correu em direção a mulher e a Markin, Drigos os informou que talvez os orcs não os perseguissem inicialmente. Contudo, o grupo estava mais preocupado em fugir do frio que começou a afetá-los pesadamente. A frente deles, mantendo dianteira e distância do grupo, a guia os orientou, por um tortuoso caminho gélido, entre subidas, descidas, num território escarpado, fio e traiçoeiro, até alcançarem um quase interminável labirinto de altos arbustos.
O grupo estava exausto, mas sentiram que apesar do caminho tortuoso era difícil, de algum modo, a guia os levava com velocidade e eles não encontravam empecilhos para vencerem o caminho.
Cansados, alguns deles vislumbraram a possibilidade de que a mulher os estaria levando para alguma armadilha, enquanto outros pensavam que aquela caminhada na neve seria interminável. Todavia, ao final, eles viram a guia abrindo entre longos arbusto coberto de neve, uma passagem e perceberam que haviam alcançado um refúgio numa ruína de torre. O local estava destruído, a escadaria que levaria ao nível superior não tinha nem rastros de existência, o buraco por onde seguiria a escada estava tapado com feno e madeiras velhas. Havia a entrada por onde entraram – um buraco na parede, e um outro buraco maior que exibiu o lado de fora e a neve que caia.
Interpelada, a guia, se apresentou, seu nome era Jocasta Numbert, e disse ao grupo que ali fora um posto avançado ecnorita, mas que estava desativado a muito tempo
Demonstrando uma preocupação – capitada pela intuição de Drigos, a mulher rapidamente acendeu uma fogueira para combater o frio que ela sabia ser letal para aquelas pessoas. Ela percebeu que apesar de aparentemente serem poderosos o bastante para derrotarem um bando inteiro de orcs, aqueles intrépidos viajantes definitivamente não faziam ideia ou se quer estavam preparadas para enfrentarem aquelas baixas temperaturas.
Mesmo compadecida com eles, quando Merlin decidiu ajudá-la com seu truque de fogo, ao tocar no ombro dela, a mulher se encolheu evitando o toque dele.
Após as apresentações, Drigos perguntou se ela estava preocupada com alguma coisa, a mulher, sem se dar conta declarou que estava realmente preocupada com com o filho, pois imaginou que num tempo daqueles, ele poderia estar brincando na neve e poderia ter se afastado da vila, algo que ela o proibira de fazer.
Enquanto Wenishay, cansado com estava, removia seu armadura – que contribuíra em muito para o frio que sentiu, Merlin acendeu um cachimbo, enquanto Drigos assumiu a guarda de uma das entradas. Markin buscou se aquecer o máximo que pode junto a fogueira.
Durante o rápido momento em que conversaram, eles souberam que Jocasta estava ali para tentar alertar os membros daquela caravana do perigo de possíveis ataques orcs, mas não havia chegada a tempo e tudo o que pode fazer foi assistir a matança. A guia elogiou os heróis ressaltando que eles deveriam ser bastante capacitados e experientes para terem conseguido eliminar 19 orcs e 2 ogros das colinas.
Quando interpelada por Markin sobre a Muralha Guardiã e o quão distantes eles estariam dela, Drigos percebeu um certo tom de estranhamento da mulher ao responder o elfo de que sem aquelas condições de tempo, e a pé, eles chegariam em menos de um dia.
Quando indagada sobre seu estranhamento com a Fortaleza de Helm e se eles forneciam alguma ajuda, ela apenas respondeu, de uma forma fria e demonstrando um certo nível de insatisfação:
Fala de Jocasta:
– Os guardiões apenas se importam em guarda sua muralha e nada mais. Eles não se importam com o que acontece com as pessoas deste lado. As vezes me pergunto se eles estão nos protegendo ou se estão protegendo aqueles que estão do outro lado! Tomem cuidado ao procurarem por eles, pois se chegarem a noite, podem ser varados por suas flechas.
A mulher, ao perceber que seus convidados, estavam mais a vontade, os informou que sairia para bater o perímetro em busca de possíveis batedores orcs ou outras ameaças. Deixando os aventureiro a sós. Wenishay determinou os turnos com seus amigos – enquanto aguardariam o regresso da mulher, extremamente cansado aproveitou para tirar um cochilo, antes de adormecer, pensou em Tyla.
Markin, Kraver e Drigos discutiram suas impressões sobre a mulher e pensaram que ela poderia ser de valia, ao conduzi-los para sua vila.
Ambos tentaram lembrar de seus estudos sobre a Muralha Guardiã e lembraram que:
- A Muralha Guardião, situada na Cordilheira da Perdição, havia sido construída após a derrota das forças de Zamana Alma das Trevas a mais de 4 milênios;
- A Fortaleza de Helm foi construída 1 milênio após a construção da muralha, pelos guardiões (helmitas¹);
- Historicamente, os guardiões protegem a o local a todo o custo, não se relacionando muito com os povos “aliados” em seu entorno. Permanecem, na maioria do tempo, reclusos.
O grupo elucubrou que possivelmente os helmitas não estejam preocupados com os povos de fora da muralha.
Uma luz na escuridão gélida
O grupo se revezou em turno, enquanto esperaram o regresso da guia. No primeiro turno, Drigos observou com uma certa compaixão seus aliados – todos se espremendo próximos a fogueira, como cães que buscam qualquer calor que possa os aquecer. Durante seu turno, ele ouviu o uivo de um lobo, que julgou estar distante, pelo volume do som.
Os demais pegaram seus turnos, naquele momentos, em meio a um estranho suspense, enquanto aguardaram o retorno de Jocasta. A guia retornou, dizendo que não havia encontrado sinais dos orcs ou de qualquer ameça que pudesse lhes tirar a segurança. Ela, com um olhar infeliz, disse-lhes que não haveria como eles seguirem até a vila naquele tempo e que provavelmente o melhor seria esperar a nevasca cessar, o que ela julgou que ocorreria durante a noite. Pediu que continuassem os turnos, enquanto se aqueceu e adormeceu.
Os turnos continuaram até que a mulher despertou. O grupo cogitou que se ela achasse melhor partir, sem eles, se fosse o melhor para ela, que ela partisse. Porém, com um olhar maternal, ela lhes disse:
Fala de Jocasta:
– Que mãe seria eu, se deixasse pessoas que precisam, perdidas nesta nevasca! Levarei vocês até minha vila, e lá pagarei uma bebida pelo feito que realizaram contra os orcs.
O grupo olhou para ela com contentamento, enquanto ela vislumbrou o tempo – já noturno, no exterior do abrigo. A guia pegou duas tochas em sua mochila e as acendeu, entregou uma para Wenishay e segurou a outra, enquanto avisou que apagaria a fogueira. Ao final disse:
Fala de Jocasta:
– Como a neve cedeu, poderemos seguir até chegarmos a outro abrigo no caminho. Teremos que seguir por algumas trilhas até lá. Precisaremos ser rápidos, pois poderá nevar novamente a qualquer momento.
Drigos falou para ela que ouviu o som do uivo de um lobo e a mulher, segurando a tocha, convidando o grupo a sair do abrigo que começava a esfriar, disse:
Fala de Jocasta:
– São lobos dos estepes. Eles surgem quando o tempo fica mais frio. Se os orcs derem azar, estaremos com sorte!
Segurando uma luz na escuridão gélida daquela noite sinistra, a mulher encarou o exterior do abrigo, sendo seguida pelos intrépidos heróis.
Continua…
Criação e elaboração: Patrick, Aharon Gonçalves, Bruno Gonçalves, Bruno Santos, Diogo Coelho.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin
Legenda: ¹ - Helmitas - seguidores de Helm, deus dos guardiões.
Pontuações de experiência:
As pontuações de experiência pelas interpretações foram:
- Drigos – 200 xp
- Joshua – 150xp (pequeno atraso);
- Kraver – 200 xp
- Markin – 150 xp (pequeno atraso);