Esse é o resumo da aventura ocorrida no último sábado 03.08.18, e contou com uma equipe de peso, foram reunidos os Heróis Selvagens e os Heróis de Ferro em um encontro cheio de reviravoltas e um violento ataque de insetos, trazidos a Verbobonc pela força dos “Cubos de Pelor”, conseguirão todos heróis sobreviver a esse encontro, confira nas próximas linhas. Em tempo, participaram da sessão:
Aharon Freitas (Erzurel)
Patrick Nascimento (Sandy Benelovoice)
Dankester (PdM)
Fabrício Nobre (Eophain)
Bruno Gonçalves (Rathnar)
Bruno Simões (Kalin)
Marcelo Guimarães (Aescriel)
Hadauck (PdM)Essa é uma história original escrita por Bruno de Brito e revisada pelo Nobre Fabrício.
Nivellen
04 de Preparos de 597 CY
s Heróis Selvagens surgem diante do Templo Flor de Sol. E logo que tomam conhecimento que os Heróis de Ferro se deslocaram para uma região conhecida outrora como a fazenda de Nivellen, um local que outrora foram uma vasta plantação nos arredores do viscondado. Cientes de que algum tipo de pertubação irrompeu no local eles seguem no rastro de seus companheiros.
Eophain, Hadauck, Rathnar, Aescriel e Kalin avançavam. Deslocando-se o mais rápido possível através de estradas de terra batida e campos de plantação ressecada pelo sol. Já próximo do local, enquanto estavam atravessando uma ponte baixa já destruída pelo tempo, ouviram um zumbido agudo, vindo do alto de suas cabeças. Dos céus vieram insetos voadores gigantes, com aspecto perturbador que lembrava grandes mosquitos, quase do tamanho de um homem. As criaturas aladas avançaram sobre o grupo, ávidas pelo sangue dos heróis. Cinco destes seres voavam rapidamente porem, quando estavam a cerca de 6m de distância, os heróis sentiram um estranho efeito tomar seus corpos.
Eophain foi o primeiro a sentir os efeitos ofensivos daqueles seres. Ele não sabia explicar o que ocorria em seu corpo. Começou com um leve engasgar que foi rapidamente seguido por tosses cada vez mais intensas. Seus lábios ressecaram numa velocidade assustadora, partindo e vertendo sangue pela boca. Sua garganta agora ardia, seca e nem mesmo saliva era produzida pelo corpo. Um sede sem precedentes foi sentida, como se toda água existente no corpo houvesse evaporado num estalar de dedos. Ele fora abatido por uma tremenda desidratação. Olhando para os seus companheiros, notou que Aescriel, Hadauck e Rathnar haviam sido abatidos pelo mesma sede desesperadora. Todos foram atingidos pela aura de estagnação que aquelas criaturas emanavam simultaneamente. E, enquanto os heróis afetados buscavam em suas posses por cantis ou quaisquer fonte de líquido que possuíssem, os insetos os atacaram.
Sede Perigosa
O caos e descontrole estava instaurado no grupo. Ávidos por encontrar agua ou qualquer fonte de liquido que aplacasse a repentina e incontrolável sede, os heróis perderam o foco no combate. Os insetos aproveitaram a confusão criada pela aura de estagnação e tacaram suas vitimas, com ataques fortes precisos e violentos. Na retaguarda, Aescriel e Kalin escaparam do efeito desidratante causados pelos insetos. Ambos voltaram seus esforços para o combate, tentando dividir suas ações entre ofensiva e suporte aos companheiros. O arcano Aescriel, através de gestos complexos e palavras que entoavam um mantra magico, invocaram varias copias ilusórias de si próprio, a fim de evitar ser atacado pelas criaturas enquanto provinha suporte a seus aliados incapacitados. Já Kalin por sua vez, sentiu os ataques perfurantes dos ferrões dos insetos, ao mesmo tempo em que um poderoso veneno era inoculando em sua corrente sanguínea. Por mais poderoso que fosse o veneno o sacerdote se manteve firme. Seus aliados corriam grande risco de morte e ele tomara para si a responsabilidade de mantê-los a salvo.
Kalin invocou a mais simples, porém verdadeira representação de sua fé. –“Pai, meus amigos tem sede.” – clamou o Sacerdote. Das suas mãos, uma torrente de agua brotou e Kalin agradeceu aos céus por ter sido ouvido. À visão da torrente fresca para os heróis sedentos causou alvoroço. Correndo desesperadamente, avançaram para saciar a maldita sede. Àquela altura, cantis e até mesmo poções foram sorvidas pelos atingidos na vã tentativa de aplacar a desidratação.
Porém para a surpresa do sacerdote e de Aescriel, a sede dos companheiros afetados não passara. Desesperados, continuavam a sorver a agua que brotava das mãos do sacerdote. Percebendo que o aquilo só pioraria a condição que se encontravam, Kalin deixou o solo absorver toda a água que abundava de suas mãos. A sede de seus aliados era tamanha que lambiam a rocha e a lama na parca tentativa de se saciar. Tendo agora seus aliados sofrivelmente dependentes de qualquer liquido, Kalin apenas orava para que aquilo acabasse logo, enquanto os heróis sofriam com os impiedosos ataques dos ferrões inimigos.
Enquanto isto, Aescriel sentia dificuldades em prestar combate aos seres insectoides. Pela primeira vez ele sentia as penalidades por ter que combater com apenas um olho. Sua outra vista havia sido rasgada pelas garras de Melniirkumaukreton, o dragão vermelho de Pedra de Kir. O elfo do sol carregava agora a cicatriz oriunda do ferimento. Uma lembrança de sua teimosia e resistência contra a vontade do dragão maligno. Seus reflexos, bem como sua capacidade de perceber o seu redor havia sido duramente penalizada.
Prole Luminosa
Os primeiros instantes de combate foram marcados pelos constantes e dolorosos ataques dos insetos. Com o tempo, os heróis sentiram a vontade de beber água se extinguir. Somente a partir dai já bastante debilitados, que os heróis revidaram. Mesmo feridos e envenenados pelos insetos, os aventureiros conseguiram reagrupar a estratégia de combate para derrotar as criaturas. Rathnar, com uma precisão absoluta, abatia os insetos que por ventura voasse para além do alcance das armas corpo a corpo de seus aliados. Nenhuma criatura, nem mesmo as capazes de voo, estavam fora do alcance da ira do alto elfo. Versátil, suas habilidades eram tão letais no arco e flecha quanto nas espadas gêmeas. O elfo era um mestre na arquearia, dono de uma verdadeira perícia e habilidades com o manejo da arma de combate a distância.
Com a força combinada dos heróis, um a um, os insetos foram sendo derrotados.
Aescriel observava ao final do combate aqueles seres. E tentava buscar em seus vastos saberes que tipo de criatura era aquela e, observando mais atentamente, ele recordou de algumas de suas características. Aquele inseto era de Flanaess, nativo, embora o mago acreditasse a principio serem criaturas extra planares. Alguns espécimes como aqueles haviam sido avistados em pântanos de Hemopnaland, uma ilha continental ao sul da península de Flanaess. O nome daquele inseto era Prole Luminosa, isto por conta de partes do seu corpo onde o sangue é tão vermelho que transparece à pele. Além disso, Aescriel descobriu o que afetou os seus companheiros. Era conhecida pelos estudiosos como “Aura de Estagnação”. Cada um daqueles insetos emanava um pó de seu corpo, invisível aos olhos e de efeito mental que, quando inalado, testava a sanidade de suas vítimas. Aqueles que não resistissem seriam afetados por uma sede insuportável. Existem relatos nos tomos de estudo de pobres almas que se afogaram na tentativa de aplacar a sede insaciável.
Interações: Rathnar e Kalin
Cada herói, sozinho ou com auxilio, reparou seus ferimentos e amenizaram o efeito do veneno da melhor forma que podiam. Tão logo conseguiam andar, deram prosseguimento em sua busca por Sandy e o sacerdote Erzurel. Durante a caminhada, Kalin, o sacerdote de Pelor, estava muito curioso com os poderes e habilidades manifestadas por Rathnar e o indagou:
– “Desde quando você possui poderes de Paladino? – Questionou o Clérigo – Sempre lhe tive como um guerreiro de grande habilidade, mas não me recordo de seus poderes divinos que apresentou recuperando os outros”.
– “Meu caro Kalin, muita coisa mudou desde nossa ultima empreitada na caverna do Dragão – Respondeu o alto Elfo, buscando na memoria acontecimentos que pareciam de um passado muito distante. – Corellon Larethian iluminou e ascendeu meu espírito, me tornando um de seus Campeões. Ele mostrou-me o meu verdadeiro caminho. Caminho este que me afastei devido minha falta de fé e proposito. Eu estava perdido. As ações que tive ate a fatídica tragédia naquela caverna mostraram o tamanho de minha fraqueza. Dessa forma, hoje me tornei um agente em prol de Sua causa. Ainda tenho muito que aprender sobre a nova condição e as novas doutrinas do Grande Pai” – Concluiu o guerreiro élfico, pousando a mão no ombro de Kalin e lhe dando um leve sorriso.
– “Fico feliz por você, meu amigo. Tenho certeza que honrará a escolha de Corellon”- Falou Kalin com sinceridade.
– “Espero não só honrá-lo, mas também a todos vocês. Lamento minha postura anterior. Não enxerguei que possuía aliados e os amigos de longa data que agora abraçam minha causa. Entendo agora a importância da fé e união que tanto defende com vigor, veracidade e convicção”.
– “Ótimo. Grandioso meu velho amigo! É bom ouvir que seu caminho agora é claro. Fico feliz de ter encontrado novamente o caminho da fé e de seu Deus.” – Glorificou Kalin, em jubilo.
– “Sim meu amigo, você é um bastião de fé e sabedoria. Espero aprender muito contigo ao meu lado. Sua fé e temperança serão meu exemplo. Meu retorno ao caminho correto ainda é muito recente. No momento, acho que tenho apenas uma ínfima parte disso”.
Interações: Eophain e Hadauck
Na retaguarda Eophain observava o dialogo. Desde que retornara da morte, aparentemente, algo havia realmente mudado no elfo. Ele não sabia explicar, mas o guerreiro élfico parecia mais solícito, disposto a ajudar a todos, sendo cordial e sempre dando uma palavra de apoio e motivação. Talvez os ocorridos pós sua queda houvessem afetado a maneira como se conduziam as coisas naquela equipe. Se esta fosse a consequência de sua morte e ressureição, mesmo sendo desconfortavelmente trivial o tratamento dado pelos demais, ele se daria por satisfeito. Notório apenas ao Kensai era a coloração esbranquiçada que tomou os cabelos do elfo Rathnar. Talvez algum efeito colateral de alguma magica.
Outra observação digna de nota era a presença de um novo guerreiro nas fileiras dos Heróis de Ferro. Atendia pelo nome de Hadauk. Aproveitando o breve momento de tranquilidade enquanto andavam, Eophain se aproximou de Hadauck e este, notando a aproximação do kensai, o observou.
– “Não fomos devidamente apresentados mas, uma vez que caminhamos lado a lado, vejo a necessidade de fazer as devidas apresentações. Sou Eophain Al Durkan, Kensai de Furyondy. Vejo que Kalin já o conhece então tomo para mim também como meu aliado” – afirmou o guerreiro Kensai, estendendo a mão em cumprimento ao Blacunita.
E Hadauck em retorno estendeu a mão ao homem que se apresentava. E com um sorriso de dentes brancos, falou:
– “Me chamo Hadauck, alguns me chamam de “O Falcione”, mas pode me chamar por Hadauck, que já está de bom tamanho”.
E assim os heróis prosseguiram…
Heróis de Ferro
Não muito longe de onde estavam os Heróis Selvagens, Sandy e Dankester se encontravam em uma situação similar aos outros heróis. Conduzindo o hipogrifo de Dankester, Sandy sentia a direção de onde Silvertite estava, e notou quando estavam sendo seguidos. Os insetos gigantes estavam no encalço da dupla. A paladina forçou o hipogrifo a bater mais fortemente as asas e ganhou distância dos insetos.
Após um breve momento de voo, Sandy notou. Cercada por quatro dos insetos Silvertite urrava ameaçando os inimigos à distância. O hipogrifo mal pousou e Dankester, bem como a paladina assumiram posições de retaguarda, e os insetos avançaram.
Tal como ocorrido, aos Heróis Selvagens, quando os insetos se aproximaram estes exalaram uma aura de estagnação. Porém, seja por sorte,seja por habilidade, apenas o hipogrifo de Dankester fora acometido pela sede enlouquecida. Erzurel cavalgando com sua égua avistou a paladina e o halfling e se somou ao embate para apoiá-los.
A prole se mostrou um inimigo muito difícil, foi quando a paladina ordenou para que Silvertite desse seu urro mais elevado e o dragonado urrou. Com a elevada potencia do grito animal, os insetos se viram desnorteados, porém o efeito atingiu também aos aliados da paladina. Erzurel e Dankester se viram atordoados pelo efeito do urro de Silvertite.
Silvertite e Sandy Benelovoice iniciaram ataques combinados e uma a um foram pondo fim as criaturas. O dragonado ainda urrou uma segunda vez, e mesmo sob os protestos de Erzurel, a paladina optou pela estratégia, no lugar de ver os insetos injetarem seus venenos em seus aliados. O combate terminou ao mesmo tempo que Sandy, Erzurel e Dankester avistaram a chegada dos Heróis Selvagens.
Heróis Selvagens e de Ferro
Fim da Tarde do dia 04 de Preparos de 597 CY
Os insetos já estavam todos mortos quando Hadauck, Aescriel, Rathnar, Kalin e Eophain chegaram. Sandy se felicitou em ver seus companheiros. Não fazia mais que quase uma semana havia se separado deles para que cada comitiva cumprisse a missão delegada pelo Príncipe Thrommel. Agora estavam todos ali.
Eophain percebeu a ausência de Nybas e ao questionar a paladina, notou que o semblante dela se arrefeceu em uma tristeza que falava mais que mil palavras.
– O nobre Nybas jaz morto. Pereceu para nos defender ante criaturas das trevas que assombraram o Templo da Flor de Sol.
Eophain, bem como Aescriel e Kalin não ocultaram a tristeza. Nybas era um nobre herói e uma força de elevada poder frente as batalhas que aquele grupo estava enfrentando. E foi Erzurel que continuou:
– Caros amigos, esses insetos tem sido atraídos ou trazidos, não sei dizer bem ao certo, pela influência de fragmentos do antigo Monólito de Pelor. Silvertite, o dragonado de Sandy, havia levado quatro dos fragmentos do monólito para longe e ao que parece esses são os responsáveis pela aparição desses insetos.
E foi Kalin que questionou primeiro:
– Como assim Aescriel, os fragmentos do monólito de Pelor são os responsáveis pela aparição dessas criaturas?
E o halfling Dankester disse:
– Não temos certeza como, mas tudo indica que sim.
Dankester e o Cajado
Poucos ali conheciam Lester, imagine Dankester, uma das contrapartes do halfling secular. Mas Rathnar conhecia bem o pequenino, ele sabia de sua origem e como ele adquiria as múltiplas personalidades. Preso durante 1.500 anos nas masmorras que um dia viria ser o Lar de Tamoreus, Rathnar e anão Talglor foram responsáveis por libertar o halfling de sua prisão. Em troca Lester mostrou o caminho para saída do labirinto que os heróis se encontravam.
E Rathnar após apertar a mão do halfling, disse:
– É bom vê-lo pequenino, e melhor ainda em boa companhia. Você está de posse do Andarilho?
O halfling mirou o alto elfo nos olhos e apontando o indicador na direção da paladina se fez entender.
Rathnar se dirigiu a paladina e seu olhar traduzia suas intenções. Sandy o observou e após um sorriso, retirou de suas costas o cajado.
Lá estava ele, o Andarilho, belo e refeito. Como se nunca tivesse sido destruído. As últimas lembranças do elfo era do cajado se rompendo em milhares de pedaços e explodindo com a intensidade de uma estrela, destruindo tudo e todos em um raio de quase 1 quilômetro da floresta de Celadon.
Sandy entregou para Rathnar o Andarilho, e sentindo o calor em suas mãos, Rathnar se sentiu pleno.
O Grande Inseto
A força combinada dos Heróis de Ferro e Selvagens foram em direção do local onde Silvertite havia deixado a mochila cair. Cerca de uma hora antes enquanto atendia ao pedido de Sandy para trazer-lhes os fragmentos, o Dragonado foi perseguido pelos insetos, e deixou a mochila para trás, imaginando que a prole estava atrás disto. Funcionou parcialmente, pois parte dos insetos continuou no encalço do dragonado. Outra parte ficou para trás.
O grupo decidiu avançar até o local juntos, acreditando que havia o risco de haverem mais insetos, e eles não estavam errados.
O grupo chegou até uma grande clareira e notaram no seu centro, não apenas mais das proles, como gigantes centopeias e um verme inseto maior, que parecia estar sendo trazido de algum outro plano para este. Ao redor do grande ser, estavam os quatro cubos de pelor
O grupo avistou mais das proles e agora outros insetos, e notara, quando os monstros disparam na direção do grupo. Eles pareciam querer evitar o avanço do grupo na direção do grande ser que parecia estar sendo trazido de outra dimensão e o grupo percebeu isso.
Barreira de Espadas
O Avanço iminente dos insetos fez com que os heróis tomassem suas iniciativas. O treinamento militar, juntamente com os anos de serviço no exército de Furyondy, deram a Sandy e Eophain a capacidade de agir rapidamente em situações de combate contra inimigos numerosos. Com uma simples troca de olhares ambos já sabiam o que fazer. E, enquanto o guerreiro Kensai avançava para pôr em pratica sua estratégia, a paladina deu as primeiras orientações aos demais:
– “Vamos formar uma linha de resistência, precisamos de uma barreira para proteger os conjuradores. Aescriel, Dankester, Kalin e Rathnar deem cobertura”!
Sandy orientava a retaguarda enquanto Eophain investia a frente. Analisando rapidamente o terreno, o guerreiro determinou o perímetro limite onde à luta seria travada e, sacando sua maça recém-adquirida, lançou magicamente um enorme pedregulho, atropelando todos os insetos em sua frente e explodindo no grande verme que nascia no centro da clareira. Dankester foi o segundo a agir, falando dizeres complexos e gesticulando de forma, aparentemente, aleatória. De suas mãos fez surgir uma pequena esfera flamejante que foi arremessada em direção do grande verme. A esfera produziu um arco de fogo no ar, à medida que ganhava mais calor e tamanho, seguindo as ordens proferidas pelo halfling que a controlava. A esfera de fogo, ao atingir seu alvo, explodiu com intensidade, produzindo um calor capaz de derreter pedra e aço, queimando todos os inimigos em um raio que tomava quase toda a clareira.
O ataque do halfling inspirou o grupo. As flechas mortais de Rathnar sibilavam, cortando o ar e atingindo vários insetos. Aescriel proferia palavras mágicas de proteção, enquanto uma miríade de imagens do elfo dourado surgia, a fim de confundir os oponentes. Sandy avançou junto com Kalin, Erzurel e Hadauck, posicionando-se assim lado a lado com Eophain. Formavam uma barreira de laminas contra os insetos. A estratégia implementada pelos capitães de tropas de Furyondy funcionou. Os insetos pararam na linha formada pelos heróis.
O que veio a seguir foi à aura de estagnação e sede, emanada da Prole Luminosa.
Aura de Estagnação
A aura de estagnação atingiu a todos, sem exceção. Apenas os heróis mais ao fundo da barreira estavam longe o bastante para evitar o efeito nocivo. Mesmo Sandy Benelovoice, com sua lendária resistência, foi abatida pelo efeito. Todos os heróis afetados buscaram incessantemente por água ou qualquer fonte de líquido, enquanto os insetos atacavam e injetavam através de seus ferrões o veneno nauseante que abatia a força de vontade dos heróis.
Projéteis mágicos feitos de pura energia invocados por Aescriel, atingiam vigorosamente os insetos. O Mago elfo já tinha ciência que necessitava de ataques mais poderosos contra a alta resistência das criaturas. Dankester, novamente falando um dialeto magico, invocou o seu Elemental da terra para apoiar e reforçar a barreira montada pelos heróis a frente.
Enquanto a Prole Luminosa combatia os invasores, o grande inseto ganhava tempo, tentando assim sair por completo do portal. A criatura possua um corpo alongado como de uma grande centopeia. Placas de um tom lilás revestiam todo seu corpo. Em sua cabeça, dezenas de olhos amarelos opacos observavam tudo, movimentando-se freneticamente, enquanto da lateral do pescoço quatro grandes tentáculos representavam as armas de ataque corpo a corpo da criatura.
O ser fez um movimento brusco, verticalizando ao máximo seu corpo insetóide. Um suposto liquido, em grande quantidade, parecia subir-lhe, brotando do abdômen em direção a monstruosa mandíbula. Voltado sua face em direção ao combate, lançou de sua bocarra um jato verde concentrado e espesso, fumegando um gás de igual tom na direção dos heróis.
O gás e o liquido viscoso queimaram a pele dos heróis ao mero toque. Todos aventureiros no caminho, bem como as proles luminosas foram atingidas porem, aparentemente, os insetos nada sentiram nenhum dano. Já os heróis sentiram o ácido corroer armas e armaduras, chegando ate a carne de seus corpos.
Combate pela Vida
O combate que se iniciou com equilíbrio das forças e com certa vantagem para os heróis de Ferro e Selvagens, agora adquirira um ritmo preocupante. O efeito da aura de estagnação havia se passado, mas os insetos voadores e as centopeias atacavam vorazmente. As magias de Dankester e Aescriel rompiam o ar na direção dos inimigos, enquanto as flechas de Rathnar voavam carregadas de uma força benigna, atingindo múltiplos alvos. Ainda assim, os insetos minavam gradativamente a força dos heróis.
Sandy viu quando um dos insetos atingiu Silvertite ferozmente e o dragonado urrou de dor. A paladina sabia das condições de sua companheira tão bem quanto das próprias. Ela mesma estava cansada e exaurida. Ela não tivera tempo de recuperar as bênçãos dos paladinos de Heironeous e toda sua capacidade divina estava no limite. Foi quando, em um movimento deliberado para pegar sua espada que havia caído acidentalmente no chão, uma prole se aproveitou e atingiu a paladina na altura do abdômen. Sandy cuspiu um sangue vermelho e tombou, desacordada no solo.
Os heróis foram surpreendidos pela queda da paladina. Porem era muito difícil prestar-lhe auxilio, uma vez que eles próprios estavam em situação de combate. Ainda assim Kalin, temendo pelo pior e colocando a própria vida em risco, forçou o caminho em meio aos insetos até a sua companheira. Aescriel, Dankester e Rathnar continuaram a saraivada de flechas e magias contras os inimigos, tentando ao máximo dar cobertura ao companheiro. Enquanto isso, Eophain assumia a frente de combate, dispondo o corpo da paladina atrás de si. Todos voltaram seus esforços para oferecer a cobertura e proteção necessária para os sacerdotes do grupo prestassem socorro a paladina inerte no chão.
Sopro de Vida
Quando Kalin finalmente alcançou o corpo da paladina, constatou o pior. Com sangue vertendo dos ferimentos e já sem pulso, a vida já havia deixado o corpo de Sandy. Porem, o sacerdote de Pelor havia alcançado, através de sua fé e perseverança, um poder raro e valiosíssimo. Seu Deus havia visto em Kalin sabedoria e dedicação para com seus dogmas e, como dadiva, havia concedido ao sacerdote a capacidade de proporcionar um sopro de vida para os recém caídos. Assim, ainda havia uma esperança. O sacerdote proferiu uma reza antiga e intrincada do clero de Pelor. Uma oração que falava do calor da vida e vento que a traz. Quebrando um diamante do tamanho de um polegar entre as mãos, ele derramou uma nuvem de pó brilhante sobre a paladina. Quando o sacerdote concluiu a reza, de sua boca soprou uma brisa abrilhantado, com lampejos dourado como ouro e reluzente como o fogo.
A brisa atingiu o falecido corpo da Paladina. O sopro do sacerdote entrou pelas narinas e boca de Sandy, inflando seus pulmões repentinamente. Em seguida, a paladina abriu os olhos. O pó de diamante cicatrizava parcialmente seus ferimentos, a medida que ela se erguia com o apoio de Kalin. Assim, Sandy Benelovoice vivia novamente.
Erzurel observava a cena, impressionado. Nunca antes teve maior certeza de que era para aquilo que ele havia se preparado a vida inteira e, em silencio, orou pelo milagre que seu Deus fizera. Ele não pretendia ser um guerreiro de Pelor, ainda que tal ofício fosse tão grandioso quando o sacerdócio do clero do Sol Pai. Ele queria operar milagres pelos outros assim como seu colega de clero acabara de fazer. Ele desejava mais que tudo renovar a vida e promover o brilho do sol justo sobre todos os que necessitassem, assim como fizera seu aliado Kalin Orochi.
O Golpe Final
Com o retorno da paladina todo o grupo respirou mais aliviado, embora o combate ainda fosse ferrenho para aqueles que estavam de pé. A tensão permanecia no ar e o perigo iminente. Silvertite, que quase perdera o controle ao ver a paladina cair, agora direcionava sua raiva contra os insetos. Erzurel auxiliava como podia, enquanto Eophain, mesmo desprovido de sua poderosa lamina juramentada, desferia ataques incessantes aos insetos. Pouco a pouco os insetos menores eram derrotados, restando apenas o verme maior, que insistia em sair do portal para aquele mundo.
E foi Hadauck que investiu para combater a criatura extraplanar. O Baklunita proferiu uma estranha palavra de comando e o grupo viu quando seu falcione se dividir ao meio, formando duas novas laminas idênticas. Uma delas ele arremessou contra o grande inseto e, para surpresa de todos, a lamina flutuou com vida própria, desferindo ataques contra a criatura. Enquanto o guerreiro, erguendo a espada gêmea, despejava contra o grande inseto outros poderosos ataques.
Com as flechas imbuídas de destruição do mal, disparadas pelo arco mortal de Rathnar além das magias incisivas conjuradas por Aescriel, o ser não resistiu e tombou, antes mesmo de poder mostrar o tamanho de sua força contra o guerreiro mais próximo.
O Desaparecimento dos Cubos
Após o ferrenho combate, o grupo se reuniu em torno de Sandy, todos querendo ver o real estado da companheira. Após constatarem que a paladina estava bem, todos, aos poucos, foram se acalmando. Eophain, mestre no combate com laminas de duas mãos, elogiou à habilidade de combate de Hadauck, fazendo Rathnar se recordar das lendas em torno do falcione que o companheiro utilizava, a Esemble.
Kalin e Erzurel foram de encontro ao local onde estava o grande inseto. Para a surpresa deles, a criatura e os fragmentos haviam desaparecido. No local havia apenas os sinais da evocação.
Restava aos heróis confabularem sobre tudo que havia ocorrido e regressar para o Templo da Flor de Sol. Todos estavam exaustos e decidiram que passariam cerca de dois dias no Viscondado recuperando seus ferimentos, reabastecendo provisões e adquirindo armamentos. Em breve teriam que seguir rumos distintos novamente. Mais uma dúvida se agregava aquele emaranhado de mistérios que os perseguiam. Qual a ligação dos fragmentos com aqueles vis insetos? Como podiam criar portais para outros planos? Perguntas que deveriam ser respondidas com urgência, antes que aquele mal se alastrasse ainda mais.
Inicia deste ponto em diante, um capítulo especial dos Heróis Selvagens e de Ferro – As Interações.
Continua…
PONTOS DE EXPERIÊNCIAS
O grupo conseguiu com êxito evitar que um portal aberto pelos fragmentos do Monólito de Pelor trouxesse ao Viscondado um verdadeiro enxame destruidor, e sem baixas venceram ao desafio, ainda que não tenham a menor noção de para onde foram parar os 4 fragmentos responsáveis por tantos problemas.
Foram concedidos 25 Ptos. de Experiência x nível para todos os personagens e não houveram penalidades.
Depois chequem se o nível de vocês está correto (considerando quando ocorreu a aventura). Foram utilizadas referências do roll20.