Interseções & Interações – Parte I: Múltiplos Alvos

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No dia 06.03.21, 21.03.21 e 02.04.21 ocorreram as sessões com a tríade formada por Dhounay Zhonusha, Rathnar e Erzurel. Na trama, o trio, dentre outras coisas investiga o cemitério de Rakdanan, ou também conhecido como cemitério público de Verbobonc.

Jogadores:

Bruno Freitas (Rathnar)
Aharon Freitas (Erzurel)
Marcelo Guimarães (Dhounay)

Essa é uma história original escrita por Bruno de Brito (DM), revisada por Bruno Simões (Kalin).

Esse artigo é uma continuação da Reunião dos Heróis.

Preparativos

04 de Flocos de 592 do ano comum

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pós a reunião ocorrida pela manhã, Rathnar foi de encontro a Nay e combinou com ela de se encontrarem ali mesmo no templo, ao final da manhã do dia seguinte. Pela tarde, eles começariam as investigações. Na tarde daquele mesmo dia, Rathnar procurou negociar alguns pertences e fazer uma renda adicional.

05 de Flocos de 592 do ano comum

Rathnar tomava café na companhia de Aescriel e durante a conversa, pediu ao companheiro que enviasse uma mensagem para Riore no Ducado de Urnst, pois ele deseja ter notícias dos Campeões de Versis. E Aescriel prontamente o ajudou. Rathnar percebeu no semblante de Aescriel que as notícias não eram boas, e de fato não eram. O grupo formado por Hadauck, Grom Tal Dir, Sabyr Arcadani e Riore (líder), haviam enfrentado Vermilion, o dragão verde que dominava a cidade de Pontyrel. O confronto resultou em uma vitória, no entanto a um elevado preço. Grom havia perdido a vida e Hadauck estava entre a vida e a morte, sob efeito de um poderoso veneno, o veneno da Orquídea do Abbor-Alz.

Rathnar sabia que precisava resolver essa questão, mas havia combinado com Nay de irem no porto. A princípio ele não compreendeu, mas a mulher explicou que lá era onde todas as informações corriam, e se houvesse algo rondando o cemitério, conseguiria informações lá.

Visita ao Porto

No final da tarde eles chegaram ao porto, e por boa parte do tempo Rathnar apenas acompanhou a meio-orc. E por mais que sua natureza mista lhe causasse estranheza, o elfo achava a mulher atraente e de uma simpatia fora do comum, e essa reação não era exclusiva sua, todos ou a maioria com quem ela falava, a respeitava e tratava com relativa empatia.

E Nay percebeu quando eles estavam sendo seguidos. Ela avisou ao elfo e disse-lhe para avançar sozinho, enquanto ela o acompanharia furtivamente, e foi o que Rathnar fez. Ao chegar em uma ponte, o elfo foi abordado por homens e uma estranha figura as liderando, nada menos que um ogro, e Nay o conhecia. Era ciclope, um ogro caolho que servia a um famoso bandido do porto, Sercros.

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Rathnar já estava com a mão no punho da espada, quando ele percebeu a aproximação de Nay e ela balançando a cabeça negativamente se dirigiu ao ogro:

“- Ciclope, não? Eu e meu amigo estamos passeando pelo porto, importunamos vocês com algo?”

A Guilda do Porto

O ogro que atendia pelo nome de Ciclope mirou seu único olho na direção da mulher e ponderou se resolveria aquela demanda com a força ou com a saliva, e raramente ele o fazia com a segunda opção. Mas talvez tenha sido a forma como aquela mulher se dirigia a ele, ou fosse porque ele não estava afim de amassar alguns crânios, ele disse:

“- Vocês andam fazendo perguntas estranhas e incomodando pessoas que não devem ser incomodadas. O que vocês estão fazendo aqui?”

E novamente foi Nay que replicou:

“- Precisamos de algumas informações, talvez você ou seu senhor possa ajudar. Tenho certeza de que desfaremos qualquer má impressão que causamos. Não queremos problemas.”

E foi assim que eles conseguiram chegar até Sercros.

O Poderoso Halfling

Rathnar e Nay foram levados até um local dentro do porto fortemente protegido. Havia homens nas esquinas e no alto de algumas casas. Nay sabia ao encontro de quem eles estavam sendo conduzidos, e talvez precisaria tomar muito cuidado com as palavras a partir daquele momento.

A casa a qual foram conduzidos era de boa qualidade e dentro dela eles viram mais capangas. Sentado relaxado em uma poltrona, enquanto fumava um cachimbo, havia um halfling de longas madeixas e olhar curioso. Eles estavam diante de Sercros, famoso comerciante de Verbobonc, cuja perícia ia além das negociações às claras.

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Sercros

Após as apresentações, Nay deu a partida em seu plano:

” – Senhor Sercros, desculpe se perturbamos a paz do porto com nossas indagações, longe de nós querer atrapalhar as pessoas e seus trabalhos. Sendo muito franca, nós estamos atrás de algumas informações e talvez o senhor possa nos ajudar.”

“- Que informações seriam essas? As perguntas que vocês andam fazendo não deveriam estar sendo ventiladas em quaisquer ouvidos.”

“- Soubemos que estão ocorrendo perturbações no cemitério público. Gostaríamos de saber se você ou alguém sabe os motivos.”

Negócios e Informações

“- Muitas coisas estranhas ocorrem por ali ultimamente. Mas o que você estaria disposta a me dar em troca dessa informação: outras informações, serviços, moedas, o quê?”

“- Temos algumas moedas, podemos pagar pela informação.”

“- A depender do quanto estejam dispostos a investir, posso dar o que vocês querem. Faça a sua oferta. Mas não me frustrem com ninharias. Não gosto de ver meu tempo sendo desperdiçado.”

Nay e Rathnar chegam a um consenso que mais do que o valor da informação, era importante impressionar o halfling, ou eles poderiam correr sério perigo ali. Os dois juntaram em uma bolsa moedas e um capanga recolheu das mãos de Nay.

“- Quarenta ramas de trigo. Será que com isso, pode nos dar uma pista quente sobre o que queremos saber?”

O halfling se impressionou, mas tentou não demonstrar.

“- Sim, dá para começar com alguma coisa. Vejam bem, a informação que tenho pode ser útil. Casimir Bassi, tem feito ofertas vultuosas para quem lhe vender os Cubos de Pelor. Cada peça pode chegar a valer quase o mesmo preço que vocês me pagaram. Além disso, fontes confiáveis me disseram que ele chegou a adquirir cerca de 30 dessas pedras.”

Aquela era uma informação que impressionou, tanto Rathnar, quanto Nay. A dupla ainda tergiversou tentando obter mais informações, mas perceberam que já era hora de sair dali. E assim ocorreu. Liberados da guilda, Nay e Rathnar decidiram que deveriam se dividir. Nay daria um pulo no cemitério. Ainda que já tivesse anoitecido, poderia colher alguma informação relevante. E Rathnar regressaria para o templo da Irmandade Solar. Ele precisava compartilhar com Kalin aquela informação. Trinta cubos reunidos em um mesmo local era algo realmente perigoso.

De volta ao templo já a noite, Rathnar procura por Kalin e toma conhecimento de que ele está ausente. O elfo decide então descansar. Logo pela manhã procura por Kalin e o encontra em orações na nave principal do templo.

Nay não demorou para chegar no cemitério. E a primeira coisa estranha que notou foi uma fila de pessoas. Seguindo até o início da fila, ela notou uma jovem tomando notas da primeira posição. Não demorou para Nay perceber que se tratava de uma seleção. Aquelas pessoas estavam pleiteando uma das muitas vagas oferecidas pela administração do cemitério para serviços diversos: copeira, coveiro, faxineira, dentre outras funções. Com sua habilidade social e dissuasiva Nay conseguiu uma ficha do primeiro lugar, através de Sabrina, a jovem que realizava a triagem. No dia seguinte bem cedo ela voltaria e esperava conseguir uma vaga para trabalhar lá. Uma vez dentro, tudo seria mais fácil.

Continua em Interseções & Interações – Parte II: Digressões entre Objetivos

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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