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Adran Flecha Rápida, como se apresentou para Markin S’man, exibiu um semblante plácido e um olhar penetrante, como se pudesse ler a alma de uma pessoa.
Eles se entreolharam brevemente, quando aquele que lhe pareceu ser o líder daquela frente de elfos combatentes quebrou o silêncio e perguntou o nome daquele que os havia ajudado a obter aquela vitória contra os hobgoblins.
Após ouvir do herói a resposta, fez uma breve reverência e agradeceu a Tinthalion pela assistência fornecida naquele momento de necessidade.
Markin se apresentou como membro da Ordem dos CaLuCes. Mas Adran, demonstrando indiferença para o significado da ordem apresentada por Tinthalion, preguntou gentilmente quais eram os assuntos que o haviam levado àquela floresta.
O herói respondeu, de forma sucinta, sobre sua jornada até ali. No meio do diálogo, pediu uma pausa e foi buscar a criança que havia deixado para trás. Ela ficou escondida, como ele havia recomendado. Ao trazê-la ante a presença do líder elfo, com quem conversava, Adran o convidou para ir até seu povoado, onde poderia ser tratado dos machucados da batalha e estendeu o convite a criança, desde que ambos fossem vendados.
Vendados e escoltados pelos elfos florestais, Markin e Bianca foram levados até o povoado élfico Flograthi. O alto elfo, olhou para seus parentes, eram menores que ele e tinham um aspecto mais agressivo, no entanto, apesar de vendado, não sentiu malícia no comportamento deles, deixando-se levar, pois queria saber mais sobre aquele povo.
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Em outro ponto da floresta Adrie Verdemanto, em sua constate luta mental contra a entidade corruptora que a possuíra, conseguiu brevemente recobrar o controle sobre seu corpo.
Ela andava apressadamente, quando foi surpreendida por dois hobgoblins vigias que a cercaram, contudo seus inimigos não contavam com o grande poder magico da elfa, que os colocou para dormir num passe de mágica.
Todavia, atrás dela, um par de olhos brilhava tenuemente, em seguida a silhueta de um robusto bugbear, sorrateiramente vindo por trás da elfa, demonstrava sua vontade em neutralizá-la.
Acreditando que a elfa florestal não o havia percebido, ele elevou sua poderosa maça estrela. Contudo, quando baixou a arma num movimento para golpeá-la, para a surpresa do grande goblinoide, os olhos dela brilharam, não exibindo a luz ocular natural aos elfos, mas apresentando olhos fendidos com ares malignos.
O belo rosto da elfa se transfigurou numa horripilante carranca que devolveu ao adversário um sorriso cruel e pérfido que fez o bugbear recuar amedrontado.
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Markins, carregando a menina Bianca, seguiu com os elfos da Floresta da Vigília até a comunidade deles. Ao chegarem ao local, Markin teve uma melancólica sensação de familiaridade, o aroma das ervas e flores lhe eram agradáveis, havia um constante cheiro de frutas cítricas ao redor.
Diferentemente do restante da floresta, que exalava uma aura opressora, aquele povoado demonstrava ser um oásis, fazendo com que o espírito do herói, se elevasse e se tranquilizasse.
Ele se sentiu bem com a organização e disposição das habitações, para ele, o povoado parecia ser um réplica – em menores proporções, em luxo e grandiosidade, do Reino de Iluminah.
No local, ele pôde ver crianças e jovens elfos e pensou que aquele povoado prosperava aparentemente isolado de tudo.
Passou por algumas árvores frutíferas e viu pequenas plantações cuidadas pelas próprias crianças e jovens.
Markin teve a impressão de aquele local estaria em algum ponto central da floresta, pois as arvores pareciam muito antigas e majestosas, com tamanho e largura superiores as demais, possibilitando moradias em seu interior, fosse no patamar térreo, ou no alto das arvores, onde eram interligadas por grandes pontes de madeira e cordas.
Adran, solicitando que as vendas fossem removidas, pediu licença aos seus convidados para tratar de assuntos urgentes.
Tinthalion e Bianca foram conduzidos até uma dessas arvores, por um dos guerreiros da comitiva. Ele os acomodou no interior de uma dessas arvores, deixando-os sentados no assoalho a frente de uma mesa de chão, onde receberam alimentação e bebida para recobrarem-se do desgaste da jornada e do combate.
Em sua passagem pelo povoado, até o ponto em que foram deixados, o alto elfo não pode deixar de perceber a melancolia e tristeza que haviam se abatido sobre aquele povo, que entoavam belos e tristes hinos em despedida aos seus mortos na batalha. Ele percebeu as atenções daquele povo voltados para a presença dele e da criança humana que o acompanhava.
Pouco tempo depois, no término da refeição, o mesmo elfo guerreiro, buscou Tinthalion e o escoltou até a entrada de uma dessas grandes arvores, onde no interior, o alto elfo viu Adran sentando sobre um assoalho em posição de contemplação.
A direita dele estava uma elfa florestal de olhar sereno e aguçado, de pele ligeiramente em tom de cobre, cabelos castanho escuros, quase esverdeados. Ela vestia uma elegante e leve armadura de couro rígido tingida em marrom e bege, sendo também era a tonalidade de suas roupas. Tanto sua armadura quanto roupas traziam desenhos bordados de arvores (como se retratassem uma floresta), também vestia uma capa, no tom de verde escuro. Tinha ao seu lado um arco curto com alguns entalhes e runas élficas, a arma repousava sobre uma aljava.
A esquerda do líder elfo, estava sentado um elfo de cabelos louros claros, quase prateados, sua pela era num tom mais claro de bronze, olhos, cor de avelã, coroavam um semblante severo e ameaçador, em suas costas jaziam duas espadas curtas cruzadas e ao chão uma grande espada estava junto a um arco curto.
Todos olharam para Markin, como se perscrutando o herói em busca de algo.
Após uma breve pausa, Adran fez um sinal para que Mark S’man sentasse, sendo correspondido por ele. Em seguida Adran falou:
– Mais uma vez agradecemos pela preciosa ajuda honorável Markin S’man Tinthalion e acreditamos que sem sua assistência nosso confronto poderia ter sido mais doloroso e mortal. No entanto, não podemos deixar de saciarmos nossa curiosidade com sua presença aqui.
Apesar de sermos irmão sob os olhos de Oberon, decididamente você não pertence a este lugar e a muito tempo não tivemos contatos com nossos irmãos do oeste.
Agora nos diga francamente, o que veio fazer aqui, quais são suas intenções e quem é aquela menina a quem protege?
Calmamente Markin explicou tudo sobre sua missão aos elfos florestais, que o ouviram atentamente e foram incluindo indagações que lhes eram respondidas prontamente por Tinthalion, que foi acrescentando fatos novos.
Por fim, o alto elfo descreveu e falou sobre seu encontro com uma elfa florestal que havia sido toma pela entidade corruptora e lhes perguntou se a conheciam. Quando ele descreveu a elfa mais detalhadamente, Adran se sobressaltou e saindo de sua serenidade e disse:
– Essa é a minha irmã!
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Criação e elaboração: Patrick, Aharon.
Fontes de imagens: internet
Autoria da imagem da capa do artigo: Shin
Por um breve momento Markin saiu da estressante caçada para o confortô da. Comunidade Elfica da Floresta Flograti ou da Vigília.
A cada momento nesta comunidade Markin sentia aflorar seus conhecimentos ancestrais como se fosse um despertar um redescobrimento interno, a cada indagação, a começar como ” Vc não é de Toran”! Sacudiu Tinthalion e o fez acelerar o seu despertar para sua natureza Elfica!
Bem as vezes nos pegamos surpreendidos com um efeito inesperado de uma Bola de Fogo e ficamos sem entende até entender que Oberon e Titânia guiam o obstinado Markin S'man Tinthalion!