Por Forflin, dos Muitos-Livros
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O Exílio
Muito tempo se passou desde que Raklin, filho de Paruk II, saíra em exílio e Paruflin mantia-se oculto junto aos Eladrin.
Gerações se passaram, e o Escudo de Moradin permanecia com os filhos de Raklin, que jurara vingança aos inimigos de Lukhudabad.
A linhagem de Paruflin manteve-se fiel a vocação arcana e seus estudos dedicavam-se a retomada da antiga Fortaleza da Cordilheira de Ariân.
O Reencontro
Após a V Era de Crivon Toran, no abençoado dia de Moradin, quando os raios cruzavam os céus do Norte, as linhagens de Raklin e Paruflin foram impelidas por um fogo interior a clamar vingança por Lukhudabad.
Os anões de Raklin, agora liderados por Raskalin, o sedento, marcharam em direção às montanhas de Ariân com o acumulo de sacrifícios, máquinas e armas que os tornaram temíveis. A arte da forjaria encontrara seu ápice fazendo suas armas letais tanto a distância quanto em proximidades de combate pessoal.
Os anões de Paruflin, cujo líder era o arcano Parklin, o audaz, erguidos em montarias selvagens conjuradas, atingiram o lado leste das cordilheiras de Ariân. Eles haviam acumulados muitos poderes elementais e possuíam artefatos mágicos que evocavam a fúria dos raios e das rochas.
Em uma noite de raios e chuvas, após 14 dias de marcha as duas linhagens se encontraram sob as escarpas obscurecidas de Lukhudabad e sorriram.
A Reconquista
Um raio cruzou os céus da antiga cordilheira de Araani e, com o estrondo do trovão, assim como outrora a voz gloriosa de Paruk fizera as montanhas tremerem, assim ecoaram as vozes dos filhos de Raklin e Paruflin, e as hostes diabólicas tremeram diante dos filhos dos céus e da terra.
As legiões de Raskalin lutaram com o calor e a força dos anões dos tempos antigos. Os golpes dos filhos da montanha soaram como música de alegria de combate, e, retumbante, lavaram cada salão de Lukhudabad com o sangue inimigo.
A magia de Parklin brilhou nos metais de Raskalin. A cada golpe um estrondo no céu arrebentava a força inimiga e tantos raios brilharam naquela noite quantas estrelas existem nos céus de Crivon Toran. A luz pálida e fria dos raios iluminou as montanhas de Araani, enquanto os filhos de Moradin vingavam a pátria profanada.
Ao final da batalha Parklin sacrificou a própria vida para terminar com a existência do Espectro da Vaidade. Em uma segunda explosão na Cordilheira de Araani, no Jardim de Pedras, com sua magia a estrangular a essência do Espectro, Parklin clamou sobre si a fúria de Moradin.
Neste momento, a furiosa explosão abriu uma fenda na cordilheira e Lukhudabad foi dividida ao meio, e as forças remanescentes das sombras fugiram em desespero.
A separação da cordilheira ficou conhecida como a Fenda de Parklin, na qual cresceu um vale fértil.
No lado leste da cordilheira cresceram árvores e, dizem, que é devido a amizade dos filhos de Paruflin com os Eladrin. Dizem ainda que o espírito de Parklin protege e vigia todo o leste da cordilheira.
Esta região se tornou um lugar abandonado e ermo, que muitos anões buscam quando querem refletir e relembrar as grandes batalhas do seu povo.
Os salões antigos de Lukhudabad do lado oeste da cordilheira foram reconstruídos pelos filhos de Raklin e passou a se chamar Montanhas do Escudo ou Murkh’abad.
Os filhos de Paruk voltaram a se unir, e a linhagem de Raklin, que manteve o Escudo de Moradin, continuou a realeza dos povos de Araani. Os filhos de Paruflin, da linhagem arcana, preferiram manter o anonimato, vivendo entre os irmãos sem qualquer distinção, prezando pela modéstia e o serviço fiel a realeza de Paruk.
Assim iniciou a VI Era de Crivon Toran, e rezam as tradições que estes eventos coincidiram com o Grande Cataclismo.
Nos dias de hoje, Ariânia é o nome da região onde vivem os Filhos de Paruk, o primeiro senhor anão, de semblante sereno e firme, com olhos de raios, pele escura e resistente como a pedra, e cuja voz retumbava como o trovão.
Criação e elaboração: Forflin dos Muitos Livros
Fonte de imagens: internet