No dia 03/01/2017 das 20:00 às 23:00 ocorreu a 25ª sessão de Arzien com a participação de 100% dos jogadores do Grupo 1 até a metade da sessão, em seguida com 2/3 dos jogadores na segunda metade da segunda sessão.
Os heróis Liam, Hejaz e Thorjan, descobriram segredos seculares nos manuscritos e diário do Padre Alexander Birmold que revelam a verdadeira história do Rei Ferthgull e a Coroa da Ruína.
Com essas novas informações, a Triíade segue em direção ao Cemitério dos Guerreiros Derrotados para encontrarem as Filactérias de Arantos.
Essa é a oitava sessão da aventura “A Coroa da Ruína”.
Confira as últimas sessões:
- A Coroa da Ruína, 1ª parte: Atravessando Grishtar
- A Coroa da Ruína, 2ª parte: Burocracia em Marantel
A Missão da Tríade
Hejaz ainda estava bastante abalado pelo sequestro de sua irmã, que ao que tudo indica, foi levada pelas forças de Vasharn. O Radiante sente um peso grande em seus ombros, pois sabe que isso só aconteceu por ele ter descoberto os planos de Vasharn em Marantel.
Os heróis haviam descoberto segredos seculares após desvendarem os mistérios ocultos pelo Padre Alexander Birmold. Cruzaram madrugada a dentro revirando anotações e o diário do sacerdote – o qual estava escrito em três diferentes línguas.
Agora, após descansarem por toda manhã na Catedral da Aurora Radiante, os heróis partem em direção ao Cemitério.
Eles precisam encontrar as filactérias de Arantos e, de posse do Unguento de Talaskan e do Escudo Raio do Dia, conseguir eliminar a influência da Coroa da Ruína e derrotar as forças malignas lideradas por Vasharn.
Chegada ao Cemitério
A tríade deixa a cidade de Marantel e seguem em direção ao leste, para o Cemitério dos Guerreiros Derrotados.
Após cerca de 4 horas cavalgando, chegam ao cemitério a noite. De longe os heróis avistam um acampamento, localizado na entrada do cemitério. Hejaz e Liam já estiveram neste local antes e a memória dos dois revivem parte da aventura que estiveram na busca pelo Escudo Raio do Dia.
Quando já estão mais próximo, os heróis avistam torres de madeira, tendas, cavalos, toras de madeira empilhada, um verdadeiro acampamento a céu aberto. Do alto de postos de observação, os heróis avistam homens portando bestas pesadas, outros homens armados com lanças e espadas observam os heróis espalhados pelo acampamento.
Dois cavaleiros se aproximam e um deles diz, estendendo a mão direita:
Cavaleiro: Alto lá! Em nome da Igreja de Heinvarg, identifiquem-se cavaleiros!
Hejaz se aproxima com sua montaria e diz:
Hejaz Gorwill: Bom noite bravos vigilantes da Igreja de Heinvarg, me chamo Hejaz Gorwill, Radiante de Mylanian.
Eu e meus amigos, Liam Lianon e Thorjan Rhunaheim viemos adentrar ao cemitério. Temos a autorização de todas as três Igrejas de Marantel.
O segundo cavaleiro, que estava portando um elmo, retira-o e se aproxima do grupo. Os heróis notam uma bela mulher de cabelos castanhos ondulados, olhos verdes, lábios carnudos, portando um peitoral de aço e uma espada longa na bainha.
Eu sou Beatriz Manto Azul, paladina de Heinvarg e líder de campo deste destacamento militar.
Sei quem é você, Radiante Hejaz e fico surpresa em ver o seu retorno ao Cemitério, depois de tudo que aconteceu.
Deixe-me ver essas cartas de autorização.
Hejaz entrega as cartas de autorização, assinadas pelo Bispo Derion Halvern e a Arcebispa Anabelle Sunshine. A paladina de Heinvarg prontamente verifica os documentos, bem como a carta do Bispo Derion Halvern, alertando da urgência da missão dos heróis. Ela confere os selos e assinaturas dos documentos, utilizando a luz da tocha do outro homem que está ao seu lado.
Neste meio tempo o feiticeiro Liam Lianon fala:
Liam Lianon: Beatriz Manto Azul, sou Lian Lianon, Feiticeiro membros dos Vigilantes da Montanha Azul.
Viemos de Marantel em uma missão urgente.
Precisamos adentrar ao cemitério, pois há uma grande ameaça para o Condado de Marantel e ao Reino de Dulamar caso as forças que lá estão consigam o que querem.
A paladina de Heinvarg observa o que Liam tem a dizer e nada diz.
Depois de ler os documentos, ela acena positivamente com a cabeça para o cavaleiro ao seu lado e entrega para ele os documentos. Ela se vira para os heróis e diz:
Beatriz Manto Azul: Antes, preciso saber quais as reais intenções de vocês.
Heinvarg, conceda-me a honra de enxergar o mal onde quer que ele esteja!
A paladina segura com a mão esquerda um símbolo sagrado e com a direita estende em direção aos heróis com a palma da mão aberta. Seus olhos brilham levemente, em tons azuis.
Em seguida em diz:
Beatriz Manto Azul: Heróis, precisava fazer isso. Estamos montando vigilância nas redondezas do cemitério há dias, tentando impedir a entrada de quaisquer intrusos e também impedir a saída de mortos-vivos de lá.
O Cemitério dos Guerreiros Derrotados é um local envolto em honra e martírio. Infelizmente, forças malignas corromperam o local e teimam em buscar tesouros e poderes obscuros lá dentro.
Não iremos adentrar ao local com vocês. Existem variados tipos de mortos-vivos, armadilhas e forças malignas que se escondem por trás das lápides e catacumbas.
Estaremos aqui fora, cumprindo com nossa missão. Iremos fornecer apoio, como alimentação, remédios, cobertores e guardando seus cavalos.
Sei que vocês vieram com um propósito nobre e espero que consigam cumprir com a missão de vocês. Enquanto isso, nós manteremos vigilância até a situação voltar ao normal.
Cuidado lá dentro, avistamos luzes de tochas e lanternas. Certamente existem intrusos, mas não sabemos suas reais intenções.
Vou acompanha-los até o portão do cemitério.
Os heróis agradecem a Beatriz. Deixam seus cavalos e se preparam para adentrar ao Cemitério dos Guerreiros Derrotados.
O terreno próximo ao cemitério é acinzentado, morto, sem vida. Árvores, raízes secas e arbustos sem vida teimam em nascer neste ambiente nefasto – uma tentativa em vão.
Antes de adentrarem ao local, os heróis avistam uma tabuleta de pedra erguida a frente da estátua de rei vestindo uma pesada armadura. Havia os seguintes dizeres escritos nesta tabuleta:
Aqui Jaz o Último Exército da Kinária, Liderados pelo Magnífico, Honrado, Justo e Corajoso Rei Ferthgull Baliankor III.
Os Homens e Mulheres aqui enterrados representam a Epítome da Honra, Esperança e Justiça para todo Reino de Unido de Dullack-Mar.
Todos os Povos desta Nação para Sempre Lembrarão de seus Feitos e Sacrifício em prol da Vida e Liberdade.
Descansem em Paz, Nobre Rei e todo seu Exército de Guerreiros Valentes e Incansáveis.
Que Seus Espíritos encontrem o Glória, Paz e Tranquilidade nos Planos Superiores.
19 de Khossus, 23 VII Prd , Reino Unido de Dullak-Mar, Ilagren
Cemitério dos Guerreiros Derrotados – Construído pelos Missionários do Sétimo Levante e Posteriormente Reformado e Ampliado pelas Igrejas de Arantos, Mylanian e Heinvarg
O pesado portão do cemitério, com 6 metros de largura, 4,5m de altura, todo feito em aço e outras ligas de metal está trancado com uma pesada corrente e um cadeado.
Beatriz Manto Azul retira uma chave da cintura e prontamente abre o cadeado. Ele remove as correntes e o portão é aberto, revelando um local obscuro, tomado por uma ténue neblina e com um leve cheiro de morte e terra molhada.
Assim que adentram, as correntes são colocadas de volta e o cadeado trancafiado.
Beatriz Manto-Azul: Precisamos manter o portão fechado.
Assim, que precisarem retornar, os homens que estão de guarda darão passagem a vocês.
Que o Senhor da Bravura e Justiça esteja com vocês.
A Paladina acena positivamente, em um sinal de confiança.
Assim, a tríade finalmente adentra ao Cemitério dos Guerreiros Derrotados.
Entrada no Cemitério
Assim que cruzam o portão do cemitério, os heróis notam uma estrada de paralelepípedos. A medida que começam a dar os primeiros passos, percebem lápides de pedra, estátuas de guerreiros e árvores secas e retorcidas.
Hejaz e Liam sabem que esse caminho leva diretamente a Colina do Rei, onde está a Cripta de Ferthgull. A extensão do cemitério é grandiosa. O terreno é irregular, pois foi construído próximo aos sopés de montanhas, em uma região de colinas.
Os heróis sentem um calafrio percorrer sua espinha. Mal adentram ao lugar e já começam a sentir efeitos sobrenaturais.
A neblina que permeia todo o cemitério impede que o elfo e o anão consigam enxergar muito longe com a visão no escuro. A luz mágica neste lugar também parece sofrer um efeito redutor muito grande. Graças a atmosfera maligna que cerca o cemitério, o alcance de qualquer iluminação mágica é reduzido pela metade.
O clima é aterrador.
Sombras formadas pela luz de suas fontes luminosas parecem ganhar vida. Sussurros sombrios podem ser escutados vindos de todos os cantos.
Vultos e formas na escuridão parecem observá-los ao longe.
É muito fácil confundir imaginação de realidade neste lugar lendário, envolto de mistérios seculares.
O clérigo da Luz sente uma atmosfera muito negativa permeando todo o ambiente. Da primeira vez que o Radiante havia entrado no cemitério, havia sentido esse efeito também. Porém, dessa vez era mais forte. Era como se houvesse a influência de alguma força ou energia mais poderosa.
Hejaz deduz que a presença da Coroa da Ruína e de forças diabólicas afetaram todo o ambiente.
O Crânio de Birmold
Sem perder mais tempo, Gorwill retira o crânio do Padre Alexander Birmold da mochila e inicia a conjuração de uma magia divina capaz de falar com mortos. Como ele havia descoberto em seu diário antigo, precisava se comunicar com falecido padre para obter informações.
O clérigo acende algumas velas, um incenso e, em posse do seu símbolo sagrado, entoa cânticos e palavras mágicas.
Após alguns minutos, Hejaz consegue sintonizar com o plano dos mortos e inicia uma conexão com o espírito de Birmold.
Os heróis percebem um leve brilho amarelado se formar na órbita ocular do crânio. Em seguida escutam uma voz rouca, profunda e ecoante diz:
Crânio de Birmold: Quem interrompe meu descanso sagrado? Identifique-se, mortal.
Hejaz responde, enquanto segura o crânio com ambas as mãos. Liam e Thorjan conseguem ver os olhos do clérigo totalmente brancos, sem a íris e as pupilas. O clérigo parece estar em transe enquanto conversa com o crânio.
Hejaz: Me chamo Hejaz Gorwill, sou clérigo de Mylanian, a Deusa da Luz.
Padre Alexander Birmold, eu e meus aliados estamos em busca das Filactérias de Arantos, no Cemitério dos Guerreiros Derrotados.
Por favor, peço que nos indique a localização das filactérias para que possamos destruir a influência da Coroa da Ruína e livrar de vez a alma do Rei Ferthgull e o Último Exército da Kinária.
Liam e Thorjan notam as mãos de Hejaz tremerem. Ele parece suar frio enquanto mantém o contato com os mortos.
O crânio responde:
Crânio de Birmold: Para a primeira filactéria encontrar, deste ponto para o Leste devem seguir.
A 4,5 m ao sul de um chafariz , e depois a 3 metros para o oeste a filactéria escondida vai estar.
Dentro de um baú enterrado no chão vocês devem investigar.
Voltem para este mesmo lugar quando encontrar.
Somente assim, as demais filactérias irei revelar.
Depois de obterem a indicação da primeira filactéria, os heróis seguem para o leste.
Desagradável Recepção
O trio, bastante atento e de prontidão, caminha calmamente por entre as lápides de pedra, árvores e arbustos.
Em um dado momento, Liam escuta um som estranho vindo de trás de uma árvore.
Antes que o elfo pudesse reagir, uma figura emerge pelas suas costas. No mesmo instante, outras duas figuras idênticas emergem das sombras. Uma quarta parece sair de trás de uma lápide, onde espreitava silenciosamente.
Os heróis reconhecem essas: eram Carniçais!
Mortos-vivos silenciosos e selvagens que atacam qualquer coisa viva para saciar sua fome interminável.
Os quatro carniçais cercam os heróis, que ficam surpreendidos!
As criaturas atacam com garras e mordidas, tentando paralisar seus oponentes.
Porém, a tríade se mostra superior e conseguem vencer este desafio.
Os mortos-vivos são destruídos e os heróis continuam o caminho.
Infeliz Surpresa…
Após terem derrotado os carniçais, os heróis continuam o caminho, cruzando túmulos e árvores retorcidas.
Cerca de 200 metros adiante, os heróis percebem um grande buraco escavado de cerca de 4,5m por 1,5m. Ao iluminarem melhor, percebem um chafariz antigo, seco, recoberto por plantas e juncos. Uma charrete vazia estava ao lado deste buraco, bem como pás e montes de terra. Parece que houveram escavações nessa região.
Os heróis notam que há um baú de pedra próximo ao fosso escavado. Mas, antes que pudessem investigar, heróis escutam um barulho vindo das sombras!
Flechas saltam da escuridão e atingem Liam e Hejaz. Diversos esqueletos portando armas e armaduras enferrujadas, aparecem na penumbra cercando o grupo.
Contudo antes que pudessem realizar qualquer investida, Hejaz utiliza o Poder da Fé na Deusa da Luz e desintegra todos os mortos-vivos!
Depois de destruírem o grupo de esqueletos, os heróis procuram resquícios de onde poderia estar a filactéria. Eles percebem que o buraco aberto no chão estava exatamente na posição que o crânio de Birmold havia explicado.
Ao lado eles percebem um baú de pedra bem ornamentado, aberto e vazio.
A tríade conclui que alguém encontrou a filactéria antes deles.
Mas quem?
Seria Vasharn? Como ele sabe?
Sem mais delongas o grupo retorna para a área inicial do cemitério, no ponto onde utilizaram o Crânio de Birmold pela primeira vez.
Suas preocupações aumentam ainda mais…
Resumo muito bom! São registros importantes para a manutenção da sequência lógica dos fatos. Parabéns mestre Bruno.
Hejaz Gorwil, Radiante de Mylanian está preocupado, sua mente oscila entre a ameaça sobre a Cidade de Marantel, sua terra natal e o sequestro de sua irmão, no entanto a necessidade de manter vivos seus fieis amigos, Thorjan e Lian, e derrotar o sinistro estratagema montado entre Vasharn e criaturas diabólicas são desafios que estão a sua frente e aos quais ele não pode se esquivar ou vacilar.
O clérigo ora à Senhora da Luz para lhe conceder sabedoria e força para erradicar as sombras criadas pelo mal que afligiu o Cemitério dos Derrotados!
Saber que sua irmã, Lisandra Gorwill, foi sequestrada por Vasharn deixa o nobre clérigo em uma posição difícil.
Mas, a responsabilidade como Radiante e ao lado de seus companheiros fala mais alto.
Hejaz parte para talvez uma das mais difíceis (e sombrias) missões.
O retorno ao Cemitério dos Guerreiros Derrotados faze Hejaz recordar da primeira vez que ele e Liam adentraram ao local (em uma missão que o fez recuperar o Escudo Raio do Dia).
Mas não só isso.
Hejaz não consegue esquecer da aflição, angústia e sofrimento que passou quando ficou perdido no Plano das Sombras, depois de ter sido enganado e derrotado por Vasharn.
Na ocasião o bruxo não apenas havia recuperado a desconhecida Coroa da Ruína. Ele desejava também a Trombeta de Talundil (a Trombeta do Sono).
O Radiante escolheu salvar Thorjan e a trombeta, se sacrificando no processo.
Mas isso é passado.
Hejaz agora precisa reencontrar Vasharn para finalmente fazê-lo pagar pelo seus atos diante da Deusa da Luz.
Impressionante, como Vc faz com que um lugar que já havíamos visitado antes pareça ser outro a se explorar “infinitamente” e ainda é só o começo, até então tudo parece dentro do esperado mortos vivos criaturas bizarras e cultivadas da morte.
Parabéns por nós fazer redescobrir O Cemitério dos Guerreiros Derrotados.
VASHARN BOTE A CARA NO SOL.
Hahahaha.
Vasharn prefere ficar oculto nas trevas.
Vocês foram os únicos capazes de descobrir tudo que estava por trás de seus planos.
As consequências da aventura que Hejaz, Thorjan e Vasharn fizeram no Plano das Sombras, para recuperarem a Trombeta do Sono das garras da bruxa Morbrind, se mostrou muito mais perigosa e escalável.
Vasharn havia recuperado um tesouro que buscava a anos: a Coroa da Ruína.
Agora, séculos de segredos foram revelados.
Estava em jogo toda a segurança de Marantel e Dulamar.
E somente a Tríade pode conter os agentes diabólicos que anseiam pelo fechamento do último pacto da Coroa: a cobiçada alma de Ferthgull e do último exército da Kinária.