A marcha da horda das trevas

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Personagens envolvidos: 
Delgrim Escudo Dourado – anão da montanha – guerreiro
Juliette Tasselroff – endoariana (humana) – ladina
Forflin dos Muitos Livros – anão da montanha – mago
Sigurn Escudo Abençoado – anão da montanha – guerreiro

A marcha da horda das trevas

Lutando contra o sonho, Forflin ainda tentava ouvir algo mais, mas o barulho e o tremor da terra pareceram ter ido. Quando começou a dormitar, eis que sentiu a mão pesada de Edgar, que lhe disse com um sorriso em seu rosto jovial:

– Vá dormir mais um pouco Forflin, estou bem e pegarei mais esse turno.

Edgar Crivon Crônicas em Crivon
Edgard

O anão arcano anuiu com a cabeça e foi descansar mais um pouco, mas antes relatou ao guerreiro o que ouvira em seu turno e o alertou da possível presença de orcs naquela região. Enquanto Forflin dormia, Edgar tirando uma pequena pepita de ouro de um dos bolsos de sua algibeira, olhou para a mata e em seguida contemplou demoradamente cada um dos membros daquela comitiva, parando seu olhar, por fim, em Juliette.

Era tarde daquela manhã, quando o grupo lentamente despertou. Eles estranharam acordarem naquele momento que já passava do horário do desjejum e no qual já deveriam estar em marcha rumo a Cidadela Templo de Elorian, perceberam que tinham um novo membro no grupo, contudo viram que dois membros haviam sumido: Edgar e Thunderlad.

Outra situação, que deixou todos desconfortáveis (principalmente para Forflin), havia ocorrido: todos os valores monetários, de quase todos os membros do grupo (exceto Foflin), haviam sido levados, recaindo a culpa sobre a dupla que desaparecera, fato que criou uma grande mal-estar, apesar de Juliette ter intuído que Forflin não estaria envolvido naquela trapaça e pareceu estar mais abalado do que os demais, ainda sem acreditar que eles poderiam ter feito algo do tipo.

Para ocuparem seu tempo, enquanto acreditavam que a dupla havia saído para fazer uma varredura no terreno a volta do acampamento, o grupo teve um diálogo com Delgrin e Sigurn, sobre suas origens e propósitos. Contudo, preocupado com a demora no retorno da dupla, decidiram vasculhar a mata em busca deles, marcando suas passagens para não se perderem.

Durante a busca, Forflin fez uma aterradora descoberta. O corpo de um anão empalado e perdurado por lanças orcs em meio a mata, a cena parecia dizer que fim um adversário poderia ter caso encontrasse aquelas malignas criaturas. O arcano retornou ao seu grupo lhes trazendo a triste notícia, que lhe revirava o estômago e trazia a si uma necessidade de vingança pela atrocidade infringida a um de seus patrícios anões.

O grupo o seguiu em meio a mata chegando até o local demarcado por Forflin, onde Delgrin, triste, pôde constatar que aquele anão era um do guardas de sua comitiva. O grupo, que naquele momento ficou em alerta, percebeu que haviam muitas pegadas no chão, além de marcas de agressão a mata e arbustos amassados, mas eles não conseguiram identificar o ponto de chegada e saída daquela grande quantidade de pegadas.

Concluíram que o anão havia sido deixado ali como uma espécie de aviso para que invasores de afastassem ou não prosseguissem naquela direção e concluíram que um acampamento poderia estar por perto. Assim, a comitiva prosseguiu, eles ainda tinham esperanças de que isso estaria relacionado com o desaparecimento de Edgar e Thundelad.

A comitiva caminhou pela mata por alguns minutos, até encontrarem novos rastros. Diante dos indícios, o grupo destacou Juliette como batedora, por ser a mais silenciosa da comitiva, para verificar se a frente havia um acampamento orc.

Assim, Juliette Tasselroff seguiu sorrateiramente e, entre momentos de suspense vivenciados em sua primeira experiência como batedora, percebeu que realmente havia um acampamento orc, com alguns vigias aleatoriamente dispostos no chão e em arvores, algumas barracas espalhadas, soldados que pareciam estarem fazendo suas refeições e em atividades diversas, pareciam não se preocuparem com invasores.

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Juliette espiona o acampamento orc – Fonte: Roll20.net

O sucesso em sua manobra furtiva imbuiu na ladina uma grande confiança, uma vez que lhe pareceu que os orcs pareciam não a ter percebido em momento algum, e a fez seguir se aproximando ousadamente do que seria o centro do acampamento, onde pode perceber um tigre preso numa jaula de ferro, sendo fustigado por um dos orcs, que parecia se entreter ao aborrecê-lo.

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O tigre aprisionado era fustigado e aborrecido pelos orcs, que pareciam se divertir com isso.

No entanto, aquilo que mais havia lhe chamado atenção, uma grande jaula de madeira e ferro, onde agonizavam alguns prisioneiros, dentre eles Alexander Brussel, que estava severamente machucado e sem a mão direita, assim como muitos dos prisioneiros do sexo masculino, como um robusto anão em estado deplorável.

Haviam prisioneiras, dentre elas a que mais chamou sua atenção foi uma bela garota de traços muitos finos, com um olhar triste porém elegante, apesar de suas roupas estarem bastante machucadas e sujas, ela parecia ser a única entre os prisioneiros que não havia sofrido agressões físicas e o mais intrigante é que parecia cantar num encantador idioma, que fazia com que a música que cantava ficasse ainda mais melodiosa e desse um ar de dignidade aquela situação miserável, a qual estava submetida, e de certa forma, parecia entreter aos outros prisioneiros, os fazendo esquecerem suas dores e mazelas do julgo orc.

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A enigmática elfa

Juliette viu que havia um ouvinte, que diferente dos orcs que faziam algazarra, riam enquanto comiam e pareciam zombar da cantoria, fazendo pantomimas, uma pessoa, que mais se assemelhava a um homem, parecia prestar atenção ao canto que se dirigia a ele, que pela inclinação da cantora, parecia ser uma elfa dourada.

Uma figura, envolta em mantos, vestia um chalé escuro, que escondia muito se seu rosto, menos algumas cicatrizes que ainda estavam a mostra. Algo que chamou profundamente a atenção da ladina, foram os profundos olhos cor de âmbar do sujeito, lhe pareceu que as pupilas e íris fossem uma coisa só. A misteriosa figura parecia contemplar a cantora, paralisado e contemplativo.

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O misterioso Olhos Âmbar.

Percebendo que aquele era o momento de retornar, Juliette iniciou sua retirada, percebendo que os orcs pareciam estarem se alimentando de corpos humanoides, provavelmente dos prisioneiros.

Seu grupo estava preocupado, Forflin, que alimentava em seu íntimo um crescente desejo para ir a desforra contra os orcs, pensou que alguma coisa poderia ter dado errado, mas Delgrin o acalmou dizendo-lhe que se algo tivesse dado errado, eles certamente ouviriam algum grito de socorro vindo da jovem, Sigurn concordou com a lógica dele. Assim os anões aguardaram ansiosos pelo retorno de Juliette e quando se mostraram impacientes com a demora no retorno da jovem, eis que ela reapareceu e lhes contou, sem riqueza de detalhes, que realmente havia um acampamento orc, onde haviam alguns prisioneiros, mas que o perímetro a volta do local estava vigiado, apesar de aparente falta de organização deles, que estavam distraídos se alimentando, que havia um tigre selvagem preso numa jaula, sendo fustigado por eles e que havia a possibilidade de que um dos integrantes do acampamento, alguém que parecia ser um homem, poderia ser um conjurador.

A comitiva debateu sobre o que fariam a respeito, para Juliette, o ideal era que não se arriscassem e prosseguissem caminho ruma a Cidadela Templo de Elorian, onde poderiam conseguir uma ajuda mais adequada, no entanto, os demais membros destacaram que dessa forma o resgate não chegaria a tempo de salvá-los. Assim, a o grupo deliberou por armarem um plano estratégico que conseguisse culminar na libertação dos prisioneiros.

Eles sabiam dos riscos e com a ajuda de Juliette sabiam o que poderiam enfrentar pela frente, assim, eles optaram por realizar um assalto ao acampamento orc.

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Criação e elaboração: Patrick, Alan, Ângelo, Sandro, Shin.
Autoria da logo de capa: Shin
Fontes de imagens: internet

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Sobre o Autor: Patrick Nascimento

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