Segue abaixo a história de um dos povos humanos de Arzien: os Kinários. Poderosos na época, os kinários eram bárbaros que se unificaram e deixaram as terras selvagens de Grandchak para tomar o controle de diversos assentamentos em Ilagren.
A história abaixo foi desvendada pelos heróis Liam Lianon e Hejaz Gorwill quando buscavam informações sobre a Coroa de Ferthgull, o último Rei da Kinária. Os heróis tiveram acesso a livros antigos na Biblioteca dos Tomos Esquecidos, a maior biblioteca da Montanha Azul.
Para saber mais sobre essa sessão, acesse Tríade Reunida: Revelações na Montanha Azul
Os kinários originalmente eram povos mestiços, descendentes de mulgânis e nelípcios. Eram ex-escravos que fugiram da terra de seus senhores em busca de liberdade. Os sobreviventes (e mais fortes) migraram para as montanhas e pradarias selvagens de Grandchak. Eram um dos poucos povos humanos que não se uniram sob o chamado etno-religioso conclamado por Soractus, o profeta da palavra de Domázius, o Deus Único dos Homens, durante o 5º Período.
Os kinários habitavam a parte norte de Grandchak, nas montanhas da Cordilheira de Krod-Hûzmik e savanas de Sckâd-Raz, separados em diversas tribos. Disputavam territórios entre si, contra tribos goblinóides, orcs, gigantes, e com outros povos bárbaros humanos.
Com a Queda da Domáza e Estigma de Soractus, os homens de Ilagren entraram em colapso. Os kozdrathianos, aliados às Hordas Terríveis, espalharam o caos e o terror a diversas Províncias do Império Dourado. Durante os primeiros séculos do 6º Período existiam dois grandes impérios: Beríntia e Kozdrathia, que disputavam as terras centrais e do sul de Ilagren. Os kinários eram inimigos de todos esses Impérios e Províncias. Selvagens e amantes da liberdade, vivam às margens desse palco de grandes batalhas, saqueando pequenas fortificações, vilas e outros assentamentos sempre que podiam.
Na segunda metade do 6º Período os kinários ganharam força, ascendendo como uma poderosa nação. O processo de unificação dos kinários estava acontecendo a décadas, mas oficialmente o Império foi fundado no ano de 519 VI Prd. Com a queda do Império da Kozdrathia, os kinários empreenderam diversas campanhas de guerra contra seus inimigos, obtendo cada vez mais força . Era o início da formação do Império da Kinária, que duraria 121 anos, como Império, e mais 98 anos como Reinado (ver adiante).
Segundo os historiadores, os kinários formaram uma aliança importante com os virgânos, até então povos inimigos. Os virgânos eram inimigos dos kozdrathianos e dos beríntios, as nações mais poderosas durante os primeiros séculos do VI Período. O motivo dessa aliança era claro. Os virgânos temiam o avanço dos dórlagos e rudênios a oeste, que disputavam metro a metro o controle daquelas terras durante o evento conhecido como A Guerra dos Espólios (510 a 520 VI Prd).
Os virgânos não podiam dividir suas defesas em diversas frentes pelo controle das terras conquistadas. Assim sendo, os estrategistas virgânos propuseram uma aliança com os kinários, permitindo que avançassem contra os povos rudênios e dórlagos. Essa aliança, apesar de frágil, trouxe benefício para ambos os lados.
Em 520 VI Prd o aço e o sangue preencheram nas terras do atual Reino de Dulamar. Os rudênios, dórlagos e kinários lutaram entre si pelo controle da região. Em franca vantagem, os kinários venceram em pouco tempo, estabelecendo um controle territorial que se estendia do norte de Krod-Hûzmik, leste do território dos Reinos da Borda, Lago Dreckzur até chegar no atual Reino de Dulamar. Esse foi o auge do Império da Kinária.
Os kinários escravizaram os povos sobreviventes. Eles também lutavam contra os elfos grishiirs, que defendiam com ferocidade suas terras. A Capital da Kinária passa a se chamar Galvaneris, cidade reerguida das ruínas de uma cidade kozdrathiana.
Os historiadores chamam aqueles que nasceram no Império de kinarianos, pois houveram miscigenação entre outros povos.
Com o avanço dos orcs, goblins e de outros perigos, se tornou insustentável manter o controle das fronteiras. Assim sendo, a Kinária perdeu os territórios do leste, ficando restrita ao atual Reino de Dulamar. O que sobrou da Kinária se tornou um Reinado, deixando de ser um Império. Alguns historiadores chamam essa época de “Baixo Império”.
Durante 98 anos a Kinária foi governada por 3 Reis e 1 Regente. A Dinastia dos Baliankor foi responsável pelo estabelecimento da ordem, sociedade e economia da Kinária. Apesar de terem um reconhecido poderio militar, a nação ainda estava enfraquecida pelos anos de batalha contra elfos, orcs, rebeldes e outros inimigos.
Ter se reduzido a uma Reinado ajudou a Kinária a focar seus esforços onde realmente valiam a pena: nos campos agrícolas das Planícies de Palanderus, nas minas de ferro e cobre das variadas cadeias de montanhas existentes no reino e na vastidão do oceano, que permitiu a abertura de portos e extensão do comércio. Quando estavam isolados nas terras selvagens de Grandchak, os kinários tinham que sobreviver em um ambiente extremamente hostil.
Mas, o pior inimigo dos kinários ainda estaria por vir.
Termorkar (700-745 VI Prd) foi um poderoso orc dotado de uma inteligência e força além do normal. Ele iniciou sua vida como conquistador tribal após derrotar vários líderes orcs, goblins e gigantes em Grandchak.
Temorkar unificou 2 exércitos de orcs remanescentes das Hordas Terríveis, após derrotar Org Boltun e Vobnal Lâmina Curva. Mas, a ambição de Temorkar não parava por ai. Ele ascendeu como Rei Orc de Gramech após derrotar o Rei Goblin Thrall Del-Oknar, acabando com a dinastia de mais de 500 anos. Em Gramech, Temorkar estabelece um controle rígido e durante anos treinou seus exércitos.
Em 735 VI Prd Temorkar invade a Kinária e inicia um período de Caos que duraria 10 anos. Dizem livros e escrituras antigas que Temorkar recebeu o auxílio de cultistas kozdrathianos, povo que havia sido dizimado a séculos.
Filho mais jovem dentre os três do Rei Tildo Baliankor, o Príncipe Ferthgull Baliankor sempre foi muito leal e rígido. Seu irmão mais velho, o Príncipe Aldorn Baliankor, morreu em uma missão, muito antes da invasão de Temorkar. Sua irmã, a Princesa Celvânia Baliankor, havia sido raptada e morta ainda por rebeldes dórlagos.
Quando se tornou Rei em 725 VI Prd, Ferthgull desejava o melhor para Kinária. Era conhecido pela sua arrogância, mas também por sua lealdade. Ferthgull sabia que o nome da sua família estava enfraquecido e ele precisava ser cruel com seus inimigos. Devido a seu comportamento arrogante, prepotente e tradicionalista foi que a Kinária terminou entrando em Caos quando Temorkar avançou conquistando as terras e assentamentos do sul.
Ferthgull tentou a toda custo impedir o avanço das hordas de Termorkar. Diversas vilas e cidades foram tomadas e saqueadas na época. Durante anos os orcs e goblins avançavam cada vez mais para dentro do reino. Com a coragem do seu exército abalada, Ferthgull decidiu ele mesmo ir para o campo de batalha.
Na época haviam diversas frentes de batalha nas planícies do sul, mas o principal exército de Temorkar avançava com força na região sudoeste, entre os rios Bigorna e Acordo. Foi para lá que o Rei Ferthgull marchou com seu exército de 6000 homens e lutaram na épica Batalha do Último Rei, em 737 VI Prd. O rei e seus homens morreram no campo de batalha, massacrados pelos orcs. Para alguns Ferthgull havia se tornado um mártir e herói, reconhecidos por terem se sacrificado para impedir o avanço das tropas órquicas para dentro da Kinária. Para outros, o rei havia condenado a vida de milhares devido a sua petulância e arrogância.
Depois da terrível derrota de Ferthgull, o General Valenax Arantur (698 VI Prd a 7 VII Prd) se torna o novo Regente da Kinária. As forças de Temorkar avançaram com ira e fúria para dentro da Kinária, destruindo diversas vilas e fortificações. O Regente Valenax consegue liderar seus poucos homens para impedir que tudo fosse perdido.
Durante anos houveram diversas reviravoltas, com batalhas para tomadas de vilas , territórios e fortificações. O grande feito de Valenax foi libertar os escravos dórlagos e rudênios e promover uma aliança com os elfos da Floresta Grishtar, fato que aumentou drasticamente a moral de sua tropa. Inteligente e estrategista, Valenax realizou uma sequência de batalhas pela retomada das terras perdidas.
Em 745 VI Prd Valenax derrota o Rei Temorkar na épica Batalha da Espada Reluzente e no fim dessa batalha funda o Reino de Dulamar, a nação que representaria um grandioso marco para a história dos homens. Os elfos grishiirs e os homens dulamarianos mostraram aos demais reinos que era possível que um novo período de paz e progresso alcançasse as terras de Ilagren. Naquele momento as Planícies de Palanderus passaram a se chamar Campos Valenax e a capital da Kinária, Galvaneris, passa a se chamar Arantur.
A aliança entre os elfos e homens, a muitos séculos perdida, havia sido restaurada por Valenax. Esse feito se espalhou para os diversos reinos de Ilagren. Isso fez com que o Imperador Rusbrend da Beríntia e o Rei Averkius, do Grande Reino de Elecrust, selassem em 750 VI Prd uma aliança chamada Selo da Aliança Eterna.
Foi o fim do Período da Fúria (6º Período) e o início do Período da Glória (7º Período).
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Curti muito essa estória... Servirá para consulta a cada momento. Grato por nos brindar com tamanha criatividade.