Audiência Final | Heróis do Pacto

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Esse resumo reúne os acontecimentos ocorridos um mês após a pausa dada pelos heróis para descansarem e se preparem para se reencontrarem novamente em Furyondy, mais precisamente, Chendl. Essa partida ocorreu no último dia de setembro de 2020 (30.09.2020). Durante essa partida, todos os jogadores ativos participaram, e os que momentaneamente se encontram afastados na mesa de jogo, foram representados pelos seus personagens.

Jogadores:

Patrick Nascimento
Diogo Coelho
Daniel Alonso
Bruno Simões
Bruno Freitas

Mestre da Masmorra: Bruno de Brito

Esse artigo é uma história com a coleta de algumas fontes oficiais, além do resultado de pesquisa da equipe do RPG Planet.

Revisão: Bruno Simões.

A primeira partida no Foundry VTT

Diante do Trono

22 de Plantio de 592 Ano Comum, Sala do trono de Chendl

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s heróis foram conduzidos à medida que foram chegando, para a Sala de Audiências, local onde o rei empossado deliberava seus pedidos, atendia pedidos e julgava causas tangíveis ao seu posto. Nem todos heróis chegaram juntos, mas Sandy, Gatts e Kalin sim. Rathnar chegou com Lester, e se surpreendeu quando viu que na sala estavam outras figuras, dentre elas Erzurel Graysson, Aescriel Saliezur, Talglor e uma sacerdotisa de São Cuthbert que ele apenas vira rapidamente em Verbobonc, salvo engano, seu nome era Keira Mertz.

Todos foram chegando e assumindo posições equidistantes, enquanto se cumprimentavam e mantinham uma postura solene. Gatts, Sandy, Pyrus, Aescriel, Kalin, Lester, Dikstra, Rathnar, Talglor Draig e Keira. À frente dos heróis estava Thrommel com seu habitual semblante pacífico, além de quatro membros de sua guarda pessoal.

Thrommel saúda a todos os presentes. Ciente do valor e importância que a experiência e maturidade acumulada de cada um representa, ele inicia falando da missão principal. E para a surpresa de todos não será da disputa do reino contra Iuz que ele iria tratar, mas sim de uma perturbação mais premente, cujo poder ameaça toda a existência como é conhecida.

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A Audiência Final

A Gênesis de uma Lenda

Dos raros registros que se tem conhecimento há pelo menos 2.500 anos, vinha ao mundo o filho de Mazel. Seu nome – Vecna. Ele e seu povo chegaram como asilados das guerras que ocorriam fruto da ocupação suelita e bakluni, ainda rescaldos das Catástrofes Gêmeas. Grande parte dos povos Flãs foi expulso de suas terras, e o povo de Vecna era integrante de um desses. Eles foram abrigados em Fleet, local que até onde se sabe, fica situado em algum ponto do Vale Sheldomar. A sua mãe, Mazel, foi uma arcana importante e que por motivos que se perderam no tempo, foi condenada pelo governo da cidade por atos de bruxaria. Mazel ardeu em chamas diante de uma grande plateia que ovacionou o ato, e Vecna testemunhou a tudo isso.

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A morte de Mazel na fogueira

Após a morte de sua mãe, Vecna saiu de Fleet e continuou a estudar magia, se tornando cada vez mais poderoso. Nesse caminho ele percebeu que para continuar o seu plano ele precisaria ter vida eterna, foi quando se tornou lich (por volta de -1.671CY). Durante essa era ele fundou o seu reino e foi responsável por destruir ou conquistar muitos outros. Uma série de estados situados onde hoje está o Deserto Brilhante foram as primeiras vítimas de Vecna. Ele destruiu todos os reinos ali localizados e transformou o solo em um terreno estéril onde nenhuma planta é capaz de nascer até hoje.

Quando havia alcançado um nível de poder imenso e seu império já era extremamente poderoso, ele decidiu voltar para Fleet, que àquela época já havia se tornado uma grande cidade. Mesmo assim, a cidade não foi capaz de resistir a ofensiva do exército de mortos vivos de Vecna. Durante esse embate, Vecna foi severamente atingido pela coalizão de sacerdotes de Pholtus. Eles invocaram um poderoso raio que quase destruiu Vecna, o que não ocorreu pela intervenção de seu pupilo, o lich Acererak. Uma vez subjugados, Vecna obrigou todos os governantes de Fleet a assistirem a morte de seus parentes e entes queridos. E ainda que centenas de anos tenham se passado desde a morte de sua mãe, Vecna condenou a todos da grandiosa cidade. Até os dias atuais Vecna sustenta tais governantes vivos em agonia lamentando tudo o que testemunharam pelas mãos do Nome Sussurrado.

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Acererak, o Lich

Muitas décadas depois deste evento, Vecna se afastou da gestão do seu império, entregando as tarefas cotidianas a seu general de maior confiança.  Nesta época, Kas já gozava de grande prestígio de Vecna e ele o considerava o seu braço direito. Kas cuidava de todos os assuntos do império e raramente Vecna era visto. Kas era detentor da Espada de mesmo nome, uma poderosa lâmina maligna inteligente.

Suspeita-se que, mediante a influência dessa espada, Kas quis tomar para si o poder sobre o império de Vecna e o desafiou em sua torre. Esse confronto titânico teve o seu ápice quando Kas arrancou a mão e um olho de Vecna. O corpo do arqui-lich, bem como Kas e a própria torre foram completamente destruídos. É dito que Vecna apenas pôde ter seu corpo destruído, por conta de sua filácteria estar contida na Espada de Kas.

Após esse advento a essência de Vecna foi para o plano astral e manteve sua conexão com o plano material graças aos artefatos – a Mão e o Olho. Com o passar das décadas surgiu no entorno de Vecna um culto cada vez maior, e foi essa fé que o permitiu ascender à divindade. Vecna se tornou um semideus.

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Kas e sua legendária espada

O Nome Sussurrado

E é a partir deste momento que as suas influências em nosso tempo começam, há cerca de 100 anos.

“- O Nome Sussurrado, O Mestre de Todos os Segredos, O Lorde Aleijado governa tudo o que não deve ser conhecido e aquilo que as pessoas desejam manter em segredo. O primeiro portador da Mão e Olho de Vecna, se tornou o avatar e foi o primeiro a derrotar a primeira composição do Círculo dos Oito. Exceto o seu líder – Mordenkainen.”

E é neste momento que o próprio arquimago se revela perante os heróis. E continua a história narrada por Thrommel.

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Mordenkainen

“- Eu sabia do risco representado por aquele que portava a Mão e o Olho de Vecna. Halmadar o Cruel, foi um grande Senhor da Guerra na Terra dos Escudos (entre os anos de 420 e 455 do Calendário Comum), um de seus espólios após uma grande batalha foram a Mão e o Olho de Vecna, conquistados na região perto de Delcombon, e ali ele estabeleceu-se em Critwall. Vinte e seis anos depois, reuni o Círculo dos Oito e em uma batalha difícil conseguimos derrotar e aprisionar Halmadar. Porém, ainda no mesmo ano, de forma traiçoeira Halmadar conseguiu se libertar de sua prisão no Castelo de Greyhawk, graças a traição de um dos membros do Círculo dos Oito – Rary. Tamanho era o poder do Avatar de Vecna que ele assassinou todos os membros do grupo, a exceção de minha pessoa, que conseguiu escapar. Após esse acontecimento, mobilizei um grande exército para confrontá-lo e um importante aliado, um semideus – Iuz. O Velho, como vocês sabem, é um teocrata, e assim como Vecna, crê que deve ser o deus supremo do plano material. Iuz conseguiu banir Vecna no plano Astral e assim seu avatar pôde ser derrotado. Vecna foi expulso para o demiplano de Cavitius, um dos Domínios do Medo de Ravenloft, a Terra das Brumas.

“- Não vem ao caso falar da passagem e conflitos entre Vecna e Kas em Ravenloft. Sim, Kas era tão poderoso que após o confronto contra Vecna, seu espírito foi parar em Ravenloft, onde ele se tornou um Vampiro e Senhor do Domínio do Medo de Tovag.”

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A Mão e o Olho de Vecna

Ascensão

– Ocorre que Vecna apenas brincava no conflito contra Kas, ignorando completamente a ameaça do vampiro. O seu interesse estava realmente em retornar a Oerth. Vecna exerceu sua influência no plano material através de sua capacidade de contato com o plano material (graças a Mão e o Olho) a existência de escrituras antigas que descreviam como um semi-deus se tornar deus. E esses sussurros chegaram ao conhecimento de Iuz. O Velho encontrou tais escritos e nele viu que parte da receita para o ritual consistia em um ingrediente peculiar: a matéria de alguma divindade. E Iuz sabia onde havia uma, ou melhor duas: A Mão e o Olho de Vecna. Ele cumpriu o ritual e caiu na armadilha. Sim, Iuz foi atraído para Cavitius, e quando percebeu o plano de Vecna, era tarde demais. Vecna foi direto ao seu encontro. O Nome Sussurrado possuía em seu domínio poder absoluto, e por isso O Velho não teve a menor chance. Iuz foi derrotado e tem sua centelha divina assimilada por Vecna. Os escritos não mentiam acerca da transformação divina daquele que seguisse o ritual. Um semi deus que conseguisse a matéria divina de outro deus, poderia sim, tornar-se um poder maior, porém A Mão e o Olho de Vecna representavam uma armadilha. Vecna finalmente ascende como Divindade Maior. E é graças a esse novo poder que ele conseguiu escapar de Ravenloft.

Porém o plano de Vecna era ainda mais audacioso do que simplesmente ascender à divindade, ou cumprir meramente sua vingança contra Iuz. Ele queria o poder de uma divindade para chegar até Sigil, a Cidade das Portas. E ele conseguiu essa façanha justamente por conta do desconhecimento de sua verdadeira natureza, pois nenhum Deus poderia adentrar Sigil.

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Sigil, a Cidade das Portas

Sigil, a Cidade das Portas está no pináculo planar e suas portas dão acesso a todos os planos do Multiverso. O desconhecimento da natureza de Vecna foi o que permitiu a poderosa guarda de Sigil liberar a sua entrada. E a primeira coisa que Vecna fez ao adentrar foi subjugar o poder da prefeita da cidade, a Senhora da Dor. E a partir daí o seu verdadeiro plano começa a desenrolar. Vecna somente queria dominar todo o Multiverso, se tornando a divindade absoluta dos mundos.

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A Senhora da Dor

Vecna somente foi detido por uma coalizão poderosa de heróis, inclusive outros deuses, celestiais e ínferos que estavam sendo seriamente ameaçados pela interferência do poder de Vecna. Com a derrota de Vecna, Iuz conseguiu escapar se tornando uma divindade distinta novamente. Porém o poder de Vecna já era tão demasiado grande que ele não se tornou um semideus, ele apenas foi rebaixado para uma divindade menor. Após isso, nunca mais se ouviu falar de Vecna novamente. Mas seus agentes operam por toda Oerth, e seu clero continua muito forte. O ressurgimento de sua Mão e do Olho neste ano em Colinas Kron, sob a posse de um sacerdote de nome Dal Quertos, é uma evidência terrível de que Vecna já colocou em prática algum plano cujo resultado certamente tratará dor e desolação a Flanaess.

E é Thrommel que retoma:

“- Eis o motivo pelo qual Furyondy jamais pôde derrotar Iuz, quando ocorreram oportunidades. O Velho tem um desejo de vingança particular e vigoroso para deter Vecna, e é ele que precisamos combater. E é por isso que vocês devem regressar a Verbobonc. Tenho convicção que as forças de Iuz e Tharizdum estão sendo manipuladas por Vecna para cumprirem seus objetivos. Seja a dominação de Kron e Verbobonc, seja a libertação de Tharizdum do Templo do Elemental Maligno. Qual é a prioridade, vocês precisarão descobrir a partir do Viscondado, mas é certo que todos essas ações precisarão ser freadas enquanto é possível.”

O Impasse

Mas nem todos os membros ali presentes tinham em mente seguir pelo caminho indicado pelo rei, e ele sabia disso quando olhou para Rathnar.  O Alto Elfo de Celadon tinha em mente retornar para Demesnes, e empenhar-se em uma campanha para derrotar ou banir Arrazárvore de seu lar e ele esperava conta com a ajuda de seus companheiros. No entanto ainda que Kalin, Lester, Aescriel tenham se dispostos a seguir com o elfo, Mordenkainen e o próprio Kalin falaram sobre o tamanho da força relacionados a lenda da criatura, cujo poder beirava o tamanho da força de uma semi-divindade.

E Rathnar buscando auxílio divino recebeu o sinal que precisava. Celadon iria aguardar um pouco mais, até que ele próprio e o máximo de aliados que conseguisse, fossem fortes o suficiente para rivalizar a força e poder da criatura que contaminava sua floresta.

Rathnar retornou, e declarou seu voto de apoio a causa de Verbobonc. Porém, de toda a equipe, apenas três não seguiriam com o grupo: Talglor, Dikstra e Draig. Estes iriam atrás de Gillius, na intenção de resgatar seu companheiro. E assim o grupo partiu de Chendl com as bênçãos de Thrommel, rumo a Verbobonc!

Continua em Chegada a Verbobonc

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Sobre o Autor: Bruno de Brito

Mestre da campanha "Aurora dos Conflitos", ocorrida no cenário de Greyhawk. Entusiasta do sistema Pathfinder, fã de Magic: The Gathering e churrasqueiro nas horas vagas.

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